Foto: Antena1
Pires de Lima não vai ser candidato à liderança do CDS-PP. Em entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios, o antigo ministro da Economia revelou que não avança e não sente obrigação de o fazer, mesmo que lhe peçam. Pires de Lima quer ver à frente do partido um moderado, com pensamento liberal, e rejeita qualquer tentativa de fazer do CDS um partido confessional.
Apesar do apreço pessoal, Pires de Lima responsabiliza Assunção Cristas pelo mau resultado eleitoral, considera que a decisão de se manter como deputada é pessoal mas acredita que o grupo parlamentar do CDS pode ser o melhor do parlamento, aliás define-os desde já como "os 5 bravos do parlamento".
Admite que o programa para as legislativas estava bem feito mas as ideias foram apresentadas muito tarde e acusa o CDS de, a partir das eleições autárquicas, ter entrado num modo de autossuficiência, afastando-se do PSD, sem criar alternativa política ao PS.
Nesta entrevista Pires de Lima recupera a ideia de "um partido sexy", adianta que é preciso fazer uma reflexão profunda, aprender com os erros e eleger quatro ou cinco bandeiras para o futuro.
O antigo ministro da Economia acredita que a Antonio Costa vai levar a legislatura até ao fim e por isso aconselha a direita a preparar-se desde já para ser alternativa política. PSD e CDS tem de conversar e criar pontes. Por outro lado, Pires de Lima, considera que o CDS deve atrair o PS para as suas causas e eventualmente estabelecer acordos com o partido de governo.
Na construção de uma alternativa, Pires de Lima admite entendimentos do CDS com todos os partidos não socialistas, exceto com o Chega.
Pode ver aqui na íntegra esta entrevista de António Pires de Lima, Gestor, a Rosário Lira (Antena1) e Alexandra Machado (Jornal de Negócios):