Conversa Capital com António Pires de Lima

por Antena 1

Foto: Antena1

Pires de Lima não vai ser candidato à liderança do CDS-PP. Em entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios, o antigo ministro da Economia revelou que não avança e não sente obrigação de o fazer, mesmo que lhe peçam. Pires de Lima quer ver à frente do partido um moderado, com pensamento liberal, e rejeita qualquer tentativa de fazer do CDS um partido confessional.


Pires de Lima desafia Adolfo Mesquita Nunes a avançar e promete apoia-lo. Entre as alternativas não rejeita o nome de João Almeida mas adianta que o candidato a líder não tem necessariamente de ser um deputado. Já quanto a um eventual regresso de Paulo Portas, o antigo ministro adianta que todos têm saudades dele mas como amigo aconselha que talvez seja bom continuar focado na vida que escolheu, depois de sair da liderança.

Apesar do apreço pessoal, Pires de Lima responsabiliza Assunção Cristas pelo mau resultado eleitoral, considera que a decisão de se manter como deputada é pessoal mas acredita que o grupo parlamentar do CDS pode ser o melhor do parlamento, aliás define-os desde já como "os 5 bravos do parlamento".

Admite que o programa para as legislativas estava bem feito mas as ideias foram apresentadas muito tarde e acusa o CDS de, a partir das eleições autárquicas, ter entrado num modo de autossuficiência, afastando-se do PSD, sem criar alternativa política ao PS.

Nesta entrevista Pires de Lima recupera a ideia de "um partido sexy", adianta que é preciso fazer uma reflexão profunda, aprender com os erros e eleger quatro ou cinco bandeiras para o futuro.

O antigo ministro da Economia acredita que a Antonio Costa vai levar a legislatura até ao fim e por isso aconselha a direita a preparar-se desde já para ser alternativa política. PSD e CDS tem de conversar e criar pontes. Por outro lado, Pires de Lima, considera que o CDS deve atrair o PS para as suas causas e eventualmente estabelecer acordos com o partido de governo.

Na construção de uma alternativa, Pires de Lima admite entendimentos do CDS com todos os partidos não socialistas, exceto com o Chega.

Pode ver aqui na íntegra esta entrevista de António Pires de Lima, Gestor, a Rosário Lira (Antena1) e Alexandra Machado (Jornal de Negócios):


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