Conversa Capital com Isabel Camarinha, secretária-geral da CGTP

por Antena1

Foto: Antena1

A CGTP já nota no governo os efeitos da maioria absoluta. Promete insistir no diálogo, mas vai intensificar a luta e não exclui a possibilidade de uma greve geral com a UGT.

Em entrevista Antena 1 e ao Jornal de Negócios, a secretária-Geral da CGTP, Isabel Camarinha, adianta que a CGTP é contra as maiorias absolutas porque quem as tem, tendencialmente, não quer ouvir os trabalhadores e com este governo diz que já se sente isso.
Neste sentido, refere que a CGTP negoceia com o governo, mas o governo não está a cumprir o direito à negociação, porque apresenta as suas propostas e não faz cedências.
Isabel Camarinha revela que já pediu reunião com o primeiro-ministro, mas ainda não obteve resposta. Pretende nessa reunião apresentar as reivindicações da CGTP, em relação ao aumento da inflação, e que passam por um aumento desde já do salário mínimo. A proposta dos 800 euros em julho já foi colocada em cima da mesa na concertação social, mas não houve resposta do governo.
Neste âmbito, a CGTP considera que seria também vantajoso uma redução do IVA nalguns bens essenciais. Já quanto a uma descida do IRC às empresas que promovam o aumento dos salários, Isabel Camarinha está contra. Face à intransigência do Governo, a secretária-Geral da CGTP promete intensificar a luta e não exclui a possibilidade de uma greve geral com a UGT.


Entrevista conduzida pelos jornalistas Rosário Lira, da Antena1 e Catarina Almeida Pereira do Jornal de Negócios.
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