PR da África do Sul defende acesso "rápido e equitativo" à vacina

por Lusa

O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, defendeu hoje o acesso "rápido e equitativo" às vacinas contra a covid-19 no combate global para superar a pandemia causada pelo novo coronavírus.

"Para combater a pandemia, precisamos de reunir recursos, capacidades, conhecimento e propriedade intelectual", referiu Ramaphosa, que intervinha numa videoconferência dedicada a promover um plano global de recuperação da doença pandémica.

"É por isso que continuamos a apelar aos líderes mundiais a apoiar a iniciativa Covax para garantir o acesso rápido e equitativo às vacinas covid-19 para todos os países", afirmou Ramaphosa, acrescentando que "aplaudimos o Presidente [francês, Emmanuel] Macron e a UE [União Europeia] para quem os países mais ricos deveriam doar 5% das vacinas adquiridas aos países em desenvolvimento".

A Covax é uma iniciativa conjunta da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Aliança para o Acesso às Vacinas (GAVI) para fornecer vacinas contra a covid-19 a países de médio e baixo rendimento.

O chefe de Estado sul-africano sublinhou que "é importante que os líderes mundiais permitam a transferência de tecnologia médica durante a pandemia", segundo um comunicado divulgado hoje pela Presidência da República sul-africana para assinalar o evento.

"Isso permitirá aos nossos países aumentarem a produção de vacinas covid-19 e outros produtos médicos, reduzir os preços e melhorar a distribuição para chegar a todos os cantos do mundo", salientou.

Ramaphosa deixou ainda um apelo: "Juntamente com esses esforços para superar a pandemia, devemos trabalhar em conjunto para acabar com a fome, promover a educação, retomar o ensino e proteger o planeta".

"Ao fazermos isso, estaremos a contribuir para uma recuperação justa e inclusiva", frisou.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, alertou esta segunda-feira que dez países administraram 75% das vacinas contra a covid-19 e que 130 não receberam uma única dose.

O chefe de Estado sul-africano participou hoje por videoconferência no evento "Um plano de recuperação para o Mundo", promovido pela organização de advocacia internacional Global Citizen, juntamente com a Comissão Europeia e a Organização Mundial da Saúde.

A África do Sul, que iniciou na semana passada o seu programa nacional de vacinação, registou nas últimas 24 horas 792 novos casos de infeção por covid-19, elevando para 1.504.588 o número total de pessoas infetadas pela doença desde março, naquele que é o país mais afetado pela covid-19 no continente africano.

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