Principal apoiante negro de Trump hospitalizado depois de comício sem máscara

por RTP
Jonathan Ernst/Reuters

Após duas semanas de se ter vangloriado por ter estado sem máscara no famoso comício de Donald Trump em Tusla, Herman Cain foi hospitalizado por apresentar "sintomas suficientemente graves", depois de ter testado positivo à Covid-19.

Herman Cain, dono da cadeia norte-americana de fast food "Godfather's Pizza", é um dos principais apoiantes de Donald Trump na corrida à reeleição para as presidenciais dos EUA e tem estado presente em alguns comícios da campanha do candidato à reeleição.

No início desta semana, o republicano foi diagnosticado com Covid-19, tendo sido entretanto internado por "apresentar sintomas suficientemente graves para requerer hospitalização". A notícia foi dada no Twitter do próprio, na quinta-feira, garantindo que Cain "estava a descansar confortavelmente num hospital da região de Atlanta".

"Lamentamos anunciar que Herman Cain testou positivo à Covid-19 e, atualmente, está a receber tratamento num hospital da região de Atlanta", lê-se num comunicado divulgado na publicação. 


"Não há como saber com certeza como ou onde Cain contraíu o coronavírus", acrescenta o documento, apesar de muitas vozes críticas já apontarem o comício no Oklahoma como a fonte provavel de contaminação.

O apoiante afro-americano da campanha de Trump esteve no comício em Tulsa, no Oklahoma, a 20 de junho. Nesse dia, horas antes do evento, foi anunciado que seis membros da comitiva de Trump, que estavam a preparar e a trabalhar na organização do comício, tinham testado positivo à Covid-19.

Ainda assim, durante o comício em Tulsa nem Herman Cain nem a maioria dos presentes usou máscara de proteção, recomendada pelas autoridades de saúde para minimizar a propagação do vírus, como o próprio mostrou através de uma fotografia que publicou na rede social.



Entretanto, Herman Cain continuou a expressar apoio à medida de não obrigar os participantes a usar máscara nos eventos de campanha de Donald Trump, como no comício marcado para o próximo sábado, 4 de julho, no Monte Rushmore, no Dakota do Sul.

"As máscaras não serão obrigatórias para o evento, que contará com a presença do presidente Trump", escreveu Cain no Twitter, na quarta-feira.

Recorde-se que Herman Cain foi candidato à investidura pelo Partido Republicano para as presidenciais norte-americanas em 2012 e é dos poucos afro-americanos com relevância na equipa de campanha de Donald Trump. O conhecimento sobre o diagnóstico positivo à Covid-19 do republicano tem gerado controvérsia, principalmente depois de ter participado e apoiado a presença de pessoas nos eventos sem proteção facial.

Tim Murtaugh, porta-voz da campanha de Trump, esclareceu, em comunicado, que Herman Cain não esteve em contacto com o presidente norte-americano durante os comícios e que todos os participantes do evento em Tulsa foram rastreados posteriormente - não adiantando, no entanto, os resultados das testagens.

Cain, ex-CEO da multinacional "Burger King", tem 74 anos e já enfrentou uma doença oncológica, pertencendo, por isso, aos grupos de maior risco da Covid-19.

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