Herman Cain, dono da cadeia norte-americana de fast food "Godfather's Pizza", é um dos principais apoiantes de Donald Trump na corrida à reeleição para as presidenciais dos EUA e tem estado presente em alguns comícios da campanha do candidato à reeleição.
No início desta semana, o republicano foi diagnosticado com Covid-19, tendo sido entretanto internado por "apresentar sintomas suficientemente graves para requerer hospitalização". A notícia foi dada no Twitter do próprio, na quinta-feira, garantindo que Cain "estava a descansar confortavelmente num hospital da região de Atlanta".
"Lamentamos anunciar que Herman Cain testou positivo à Covid-19 e, atualmente, está a receber tratamento num hospital da região de Atlanta", lê-se num comunicado divulgado na publicação.
"Não há como saber com certeza como ou onde Cain contraíu o coronavírus", acrescenta o documento, apesar de muitas vozes críticas já apontarem o comício no Oklahoma como a fonte provavel de contaminação.
O apoiante afro-americano da campanha de Trump esteve no comício em Tulsa, no Oklahoma, a 20 de junho. Nesse dia, horas antes do evento, foi anunciado que seis membros da comitiva de Trump, que estavam a preparar e a trabalhar na organização do comício, tinham testado positivo à Covid-19.
Ainda assim, durante o comício em Tulsa nem Herman Cain nem a maioria dos presentes usou máscara de proteção, recomendada pelas autoridades de saúde para minimizar a propagação do vírus, como o próprio mostrou através de uma fotografia que publicou na rede social.
Entretanto, Herman Cain continuou a expressar apoio à medida de não obrigar os participantes a usar máscara nos eventos de campanha de Donald Trump, como no comício marcado para o próximo sábado, 4 de julho, no Monte Rushmore, no Dakota do Sul.
"As máscaras não serão obrigatórias para o evento, que contará com a presença do presidente Trump", escreveu Cain no Twitter, na quarta-feira.
Recorde-se que Herman Cain foi candidato à investidura pelo Partido Republicano para as presidenciais norte-americanas em 2012 e é dos poucos afro-americanos com relevância na equipa de campanha de Donald Trump. O conhecimento sobre o diagnóstico positivo à Covid-19 do republicano tem gerado controvérsia, principalmente depois de ter participado e apoiado a presença de pessoas nos eventos sem proteção facial.
Tim Murtaugh, porta-voz da campanha de Trump, esclareceu, em comunicado, que Herman Cain não esteve em contacto com o presidente norte-americano durante os comícios e que todos os participantes do evento em Tulsa foram rastreados posteriormente - não adiantando, no entanto, os resultados das testagens.
Cain, ex-CEO da multinacional "Burger King", tem 74 anos e já enfrentou uma doença oncológica, pertencendo, por isso, aos grupos de maior risco da Covid-19.