Torre Eiffel, Louvre e Versailles vão continuar fechados aos turistas

por Lusa

O museu do Louvre, a Torre Eiffel e o Palácio de Versailles são alguns dos monumentos icónicos franceses cujas visitas continuarão interditas, mesmo quando o país levantar as restrições relativas à pandemia da covid-19 na próxima semana.

A Torre Eiffel provavelmente não poderá reabrir antes da segunda quinzena de junho, disse o representante do sindicato dos trabalhadores daquele monumento, Stephane Dieu.

Segundo explicou, ainda será preciso ajustar, em conjunto com a direção, a melhor forma de proteger funcionários e visitantes e manter o distanciamento social.

"Neste momento, não é possível [reabrir], mesmo com toda a boa vontade do mundo", garantiu Stephane Dieu.

Quando a torre reabrir, os turistas que procuram as vistas deslumbrantes de Paris podem exercitar-se nas escadas porque os elevadores, que normalmente levam os visitantes aos três níveis da Eiffel, deverão permanecer fechados, adiantou.

No Museu do Louvre, a informação transmitida pela direção aos trabalhadores dá conta da vontade de reabrir entre final de junho e meados de julho, disse o sindicalista Andre Sacristin, que esteve envolvido nas discussões de planeamento, adiantando que haverá regras rígidas de higiene pública.

A visita ao "Louvre não será como antes. Isso é impossível", asseguro Sacristin, acrescentando que todos, funcionários e visitantes, terão de usar máscaras.

Cerca de 20% a 30% das salas do museu deverão manter-se fechadas, mesmo depois de julho, mas "claro que será possível ver a Mona Lisa", admitiu Sacristin.

Quanto ao Palácio de Versalhes, antiga residência dos reis de França, não reabrirá na terça-feira, quando a maioria das restrições serão levantadas em França, não existindo ainda data para a abertura de portas aos visitantes.

A adaptação dos principais locais onde os turistas fazem questão de ir aos novos imperativos do coronavírus também está a ser complicada noutros locais, como é o caso de alguns dos principais museus de Madrid.

Os museus do Prado, da Rainha Sofia e o Thyssen - o chamado "triângulo das artes" da cidade espanhola -- têm a sua reabertura programada para 06 de junho, duas semanas depois de terem sido oficialmente autorizados a receber novamente visitantes.

Inicialmente, parte do espaço de exibição manter-se-á fechado e o número de visitantes será limitado a 30% do limite anterior à pandemia.

Enquanto os museus espanhóis menores foram rápidos a reabrir portas já este mês, os principais disseram que precisavam de mais tempo para preparar equipamentos de proteção para funcionários, gerir as verificações de temperatura dos visitantes e projetar as medidas de controlo de multidões.

O Prado, a joia da coroa dos museus espanhóis, com obras de Francisco de Goya, Diego de Velazquez e outros mestres, está fechado desde 11 de março, o período de encerramento do museu mais longo em oito décadas, desde a Guerra Civil de 1936-1939.

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