Europa aprova solução grega e estabiliza Zona Euro

Ao fim de quase dez horas de reunião os chefes de Estado e Governo dos 17 países da Zona Euro chegaram a acordo. Para já a banca internacional irá permitir reduzir a dívida da Grécia em 100 mil milhões de euros, cerca de metade do total, enquanto o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira é reforçado até ao montante de um bilião de euros. Já os bancos vão ter de reforçar capitais próprios para 9 por cento e vão ter de utilizar capitais privados, antes de outras opções.

RTP /
Sorrisos do presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, no final da maratona negocial de Bruxelas Olivier Hoslet/EPA

O novo plano aprovado já esta madrugada para a Grécia prevê que a banca aceite perdas de 50 por cento nos investimentos na dívida soberana grega, medida que os negociadores da banca, o Instituto Financeiro Internacional (IFI), que representa as instituições, vai ter agora de fazer cumprir pelos bancos individuais.

Este perdão da dívida irá permitir que se avance para uma nova ajuda à economia grega no valor de 100 mil milhões de euros, um valor pouco abaixo dos 110 mil milhões que os 17 Estados da zona euro tinham acordado na cimeira de julho.

O resultado da cimeira europeia, que terminou já esta madrugada em Bruxelas, permitiu ao primeiro-ministro português acreditar que o plano de recapitalização da banca acordado pelos líderes europeus em Bruxelas permitirá normalizar a situação financeira na Europa, embora os países continuem a ter trabalho a executar.

No entanto, Passos Coelho diz que "sem dúvida" a Europa sai da cimeira de Bruxelas com "um conjunto de instrumentos" que lhe permitirão trilhar um caminho de maior normalização e menor instabilidade.

Um dos principais instrumentos acordados pelos 17 países da zona euro foi o de aumentar o fundo de resgate da moeda única de 440 mil milhões de euros para um bilião de euros, um acordo conseguido após uma maratona negocial de dez horas em Bruxelas para o reforço do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) que já apoia Portugal e Irlanda e que, face a este aumento, poderá servir para auxiliar também a Itália e Espanha, algo que os mercados já avançaram como sendo necessário.

Outras das medidas que saiu do encontro de chefes de Estado e de Governo desta madrugada tem a ver com os bancos que vão ter de reforçar os capitais próprios para 9 por cento e vão ter de utilizar capitais privados, antes de outras opções.
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