A chanceler alemã mudou subitamente de tom e, por um instante, achou-se na posição de moderar discursos do seu ministro das Finanças ou do próprio presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
A utilização da palavra "compromisso", aparentemente banida do léxico de Berlim e Bruxelas, constitui uma novidade e apresenta um contraste flagrante com a linguagem ontem utilizada, nomeadamente pelo ministro federal das Finanças, Wolfgang Schäuble, que foi repetindo de forma consistente a necessidade de a Grécia cumprir os acordos vigentes e a impossibilidade de alterar esses acordos.
Embora a chanceler alemã tenha reiterado que a credibilidade da Europa depende do respeito pelas regras e da fiabilidade dos parceiros envolvidos, foi prometendo também que seriam examinadas as propostas do Governo grego. E explicou: "As pessoas aceitam soluções de compromisso quando as vantagens são maiores do que as desvantagens".