Miguel Frasquilho à Antena 1: "TAP não tem de ser um Novo Banco"

por RTP

Miguel Frasquilho, presidente do Conselho de Administração da TAP, em entrevista à Antena1, não garante que o empréstimo de 1200 milhões seja suficiente. "É tempo de incerteza. É muito prematuro", diz Miguel Frasquilho ao admitir apenas que "hoje, o montante parece ser o adequado para ultrapassar este período".


Miguel Frasquilho garante que o plano estratégico da empresa deve estar pronto em menos de seis meses: "é um processo que não vai ser isento de dor e sacrifício", reconhece, ao acrescentar que os sindicatos estão muito conscientes dos sacrifícios que vão ser feitos.

Miguel Frasquilho recusa a ideia de a TAP se transformar numa empresa regional. "Não é exequível" garante ao sublinhar que se a TAP desaparecesse, uma parte significativa das rotas não seria coberta. Nem a curto prazo, nem a médio e longo prazo.

Nesta entrevista à Antena 1, Miguel Frasquilho garante não ter duvidas que o governo defendeu a TAP na UE. Afasta a ideia de que as declarações do ministro da tutela prejudicaram a imagem da empresa e sobre eventuais divisões entre os representantes do Estado, admite que divergências há sempre, mas "os interesses da TAP foram sempre respeitados e defendidos"

Quem manda mais, Lacerda Machado ou Miguel Frasquilho? À pergunta, o presidente do Conselho de Administração da TAP responde que nunca precisou usar o voto de qualidade. Sobre a equipa que sai, Frasquilho não comenta as escolhas e decisões de Antonoaldo Neves nem de David Neeleman, limita-se a dizer que o projeto estratégico que vigora até ao final do ano teve vertentes que foram cumpridas - a nível operacional e de transformação digital - e teve outras que não foram cumpridas - como a vertente financeira.

Entrevista conduzida pela editora de política da Antena 1, Natália Carvalho.
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