Procura de dívida sénior não preferencial da CGD foi 7 vezes superior à oferta

por Lusa

A emissão de dívida sénior não preferencial da CGD, no montante de 500 milhões de euros, a cinco anos e com uma taxa de juro de 1,25%, teve uma procura sete vezes superior à oferta, divulgou hoje a instituição.

Esta foi a primeira emissão deste tipo de dívida realizada por um banco português, no seguimento da aprovação do seu enquadramento legal, de acordo com a Caixa Geral de Depósitos.

O banco realizou hoje uma emissão de dívida sénior não preferencial (`senior non preferred`), no montante de 500 milhões de euros, com prazo a cinco anos e uma taxa de juro de 1,25%.

"A emissão foi colocada exclusivamente junto de investidores institucionais, na sequência do `roadshow` que teve lugar nos dias 14 e 15 de novembro em Lisboa, Paris e Londres, durante o qual a CGD realizou reuniões com 40 investidores", refere a entidade, em comunicado.

Ao todo foram recebidas "cerca de 220 ordens, ultrapassando os 3.500 milhões de euros", refere.

Por distribuição geográfica de colocação junto dos investidores, o Reino Unido representou 28%, França e Portugal 16% cada um, Holanda e Espanha 8% cada e Itália 7%.

"Por tipo de investidores, salienta-se as gestoras de ativos, que tomaram mais de 70% do total da emissão", acrescenta.

A emissão insere-se no plano de financiamento definido para o cumprimento dos requisitos MREL (`Minimum Requirements for own funds and Eligible Liabilities`) fixados pelo Banco de Portugal, de acordo com decisão do Conselho Único de Resolução.

A operação, segundo a Bloomberg, foi conduzida por cinco bancos: CaixaBank, HSBC, Morgan Stanley, NatWest Markets e Société Générale.

Esta é a primeira vez que o banco público foi ao mercado de dívida desde junho de 2018, no âmbito do processo de recapitalização, no valor de 4,9 mil milhões de euros.

Em 21 de junho, a CGD emitiu 500 milhões de euros em dívida `tier2` a contar para o reforço de capital.

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