Redes Sociais. Utilizadores querem receber pela partilha de dados

por RTP
De acordo com os inquiridos, os dados de utilização apenas valem 1,82 dólares por mês e os anúncios via mensagens de texto não têm qualquer valor Valentin Flauraud - Reuters

Um estudo realizado pelo Technology Policy Institute, sediado nos Estados Unidos, tentou quantificar o valor da privacidade e dos dados online. O estudo avaliou quanto vale a privacidade nos Estados Unidos, Alemanha, México, Brasil, Colômbia e Argentina.

O estudo abordou a preocupação dos utilizadores sobre a forma como as plataformas de tecnologia colecionam e monitorizam os seus dados pessoais.

“As diferenças na valorização da privacidade entre os diferentes países mostram que as pessoas, em alguns lugares, podem preferir regras mais fracas, enquanto que em outros lugares preferem regras mais fortes”, disse o presidente da Technology Policy Institute (TPI), Scott Wallsten, citado pela Reuters.O estudo verificou que os utilizadores alemães são aqueles que mais valorizam a privacidade e, por isso, são aqueles que mais querem receber para permitir que as plataformas usem os seus dados pessoais e os partilhem com terceiros.

Wallsten afirma que “a valorização da privacidade é necessária para a realização de qualquer análise das políticas de privacidade propostas pelas plataformas”.

O estudo concluiu que os utilizadores atribuem o valor mais alto às informações financeiras, como o saldo bancário e informações biométricas, como dados de impressões digitais. Mostra também que os dados relacionados com a localização são os menos valiosos.

Em média, uma plataforma de tecnologia teria de pagar 8,44 dólares mensais aos utilizadores para poder partilhar as suas informações bancárias e 7,56 dólares para partilhar informações relacionadas com, as suas impressões digitais.



De acordo com os inquiridos, os dados de utilização apenas valem 1,82 dólares por mês e os anúncios via mensagens de texto não têm qualquer valor.

O estudo do TPI verificou que os consumidores latino-americanos têm preferência por ver anúncios nos smartphones, em comparação com os utilizadores alemães ou norte-americanos.

“A prevalência e o valor dos dados em praticamente todos os setores cresceram tremendamente, para alguns este é o recurso mais valioso do mundo", afirma Wallsten. "No entanto, junto com esse crescimento em volume e valor, ganhou uma importância crescente na adequação das políticas - equilibrando as preferências de privacidade com os benefícios derivados do uso de dados".
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