O ministro alemão das Finanças, que já no fim de semana tinha sugerido um "Grexit" temporário, voltou hoje à carga, usando o argumento do FMI de que a dívida grega é insustentável. Pois é, diz Schäuble - e se o perdão da dívida é inevitável, também deve sê-lo a saída do euro.
Schäuble reconhece que muitos economistas - e nisto alude especialmente à posição categórica do Fundo Monetário Internacional - consideram imprescindível um perdão de parte substancial da dívida grega, entretanto em vias de se tornar astronómica e insustentável.
Mas, desta inesperada concessão aos argumentos do FMI, Schäuble passa para a insistência na sua anterior tese do "Grexit" temporário: "Um verdadeiro perdão da dívida é incompatível com a condição de membro da zona euro".
Schäuble considerou ainda "um bocado desconcertante" a sucessão de acontecimentos da última semana na Grécia, com um eleitorado a dizer "não" às medidas de austeridade, e com o mesmo Governo que tinha chamado esse eleitorado às urnas a dizer "sim" às mesmas medidas e até a outras mais drásticas.