O secretário-geral do PS defendeu esta terça-feira a reposição do pagamento do subsídio de Natal do setor público com o salário de novembro e admitiu repor os dois feriados religiosos, a par dos dois civis, caso forme Governo.
O líder socialista admitiu que, durante a próxima legislatura, o subsídio de Natal deixará de ser pago em duodécimos aos trabalhadores do setor público, tal como acontece desde que entrou em vigor o Orçamento do Estado para 2013.
Segundo António Costa, "não há nenhuma razão" para a distribuição do pagamento do subsídio de Natal em duodécimos, devendo antes ser pago, "como sempre, com o vencimento correspondente ao mês de novembro".
"As pessoas devem poder ter esse vencimento complementar e não diluído no vencimento normal. É assim que deve voltar a ser na administração pública e no setor privado em função da própria contratação coletiva", advogou.
Durante a sessão, António Costa foi instado a esclarecer de vez quais os feriados que um Governo socialista repõe caso forme Governo - ponto em que aproveitou então para reiterar que reporá imediatamente, já em 2015, o feriado dedicado à Restauração da independência, o 1.º de Dezembro.
"Há feriados que têm a ver com a nossa História e que qualquer país que tenha o mínimo de autoestima em caso algum prescinde de os ter: O 1.º de Dezembro, da independência, a data das datas, pois sem a qual não poderiam comemorar nenhuma das outras; e o 5 de Outubro, porque faz parte da identidade da nossa democracia", referiu.
Mas o líder socialista também abriu a porta à reposição dos dois feriados religiosos, o de Corpo de Deus e o 1.º de Novembro.
"Apesar de não ser crente, respeito obviamente as convicções religiosas da maioria da nossa população e também o significado dos feriados religiosos. Restabelecer os dois feriados civis não impede o restabelecimento dos demais feriados e acho que o devemos também fazer nos termos negociados entre Portugal e a Santa Sé", afirmou o secretário-geral do PS.
(Com Lusa)