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Guerra no Médio Oriente
Faixa de Gaza. O apelo da ONU e mais vítimas de ataques israelitas
Mais de 70 pessoas morreram em Gaza, vítimas de ataques israelitas nas últimas 24 horas, de acordo com fontes hospitalares à Al Jazeera. Enquanto a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinianos (UNRWA) insiste no apelo a Israel.
Considerada a espinha dorsal da ajuda humanitária para os palestinianos, a UNRWA pede a Israel que suspenda o "cerco" a Gaza.
Desta forma permitindo a entrega de ajuda humanitária pela ONU a cerca de dois milhões de palestinianos na Faixa de Gaza." A UNRWA continua a ser a tábua de salvação para a população de Gaza", escreveu a agência da ONU no X.
Since the war began in #Gaza, UNRWA has never stopped working — not through bombardment, displacement, or despair.
— UNRWA (@UNRWA) June 27, 2025
UNRWA remains a lifeline to people in Gaza.
The siege by the State of Israel on Gaza must be lifted.
Let us continue to do our jobs.#UNRWAworks pic.twitter.com/ZTAKebAWy1
O apelo renovado da UNRWA feito esta sexta-feira depois de Israel ter impedido a entrada de ajuda no norte de Gaza.
Atualmente, a ajuda humanitária em Gaza está a ser distribuída pela organização Fundação Humanitária de Gaza (GHF), apoiada por Israel e pelos EUA.
Esta organização é acusada pela ONU e várias ONG’s de causar a morte de centenas de palestinianos enquanto procuram obter ajuda alimentar.
Para além destes 72 mortos, são também notícia os palestinianos que têm sido abatidos a tiro junto ou a caminho dos locais de distribuição de ajuda da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), apoiada pelos EUA e por Israel. Há três dias, o gabinete da ONU para os Direitos Humanos revelou que pelo menos 410 palestinianos foram mortos junto ou a caminho dos centros de ajuda humanitária da GHF.Já o governo de Gaza, nas mãos do Hamas, afirma esta sexta-feira que pelo menos 549 pessoas foram mortas nessas circunstâncias, nas últimas quatro semanas.
A grande maioria das vítimas são pessoas que passaram a viver em campos de refugiados (de Jenin, Tulkarem e Nur Shams).
Os campos de refugiados já abrigaram mais de 40.000 palestinianos – muitos foram deslocados por causa do cerco militar israelita.
As Nações Unidas afirmam que este é o maior movimento de deslocados na Faixa de Gaza desde que Israel o ocupou em 1967.
Após os ataques terroristas do Hamas em Israel, em outubro de 2023, a ofensiva israeliita na Faixa de Gaza matou mais de 56 mil pessoas e feriu mais de 132 mil, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Estima-se que 1.139 pessoas foram mortas em Israel durante os ataques de 7 de outubro e 251 foram, então, feitas reféns.