Mundo
Guerra no Médio Oriente
Gaza. Relatora da ONU alvo de sanções promete não se deixar silenciar
Francesca Albanese, relatora da ONU para os Direitos Humanos na Palestina que foi alvo de sanções dos EUA, na semana passada, prometeu não se deixar silenciar e saudou a conferência de 30 países que tem como objetivo acabar com a ocupação israelita da Palestina como "o desenvolvimento político mais significativo dos últimos 20 meses".
Citada por The Guardian, Albanese diz que a conferência que começa esta terça-feira em Bogotá, na Colômbia, acontece numa “altura crucial” para Israel e para o povo palestiniano.
O objetivo da conferência é definir medidas que os países participantes podem tomar para implementar uma moção da assembleia-geral da ONU que obriga os Estados-membros a tomarem medidas no sentido de levar Israel a pôr fim à ocupação ilegal da Palestina.
A moção deu até setembro de 2025 para implementar um parecer consultivo do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) de julho de 2024, que declarou que a ocupação dos territórios palestinianos por Israel era ilegal. Entre os países que participam neste encontro estão a China, Espanha e Catar.
No seu parecer consultivo, o TIJ afirmou que “as preocupações de segurança de Israel não se sobrepõem ao princípio da proibição da aquisição de território pela força” e apelou para que o país termine a sua ocupação “o mais rápido possível”. O tribunal afirmou ainda que os Estados-membros da ONU têm a obrigação de “não prestar auxílio ou assistência à manutenção da situação criada pela presença ilegal de Israel no território palestino ocupado”.
“Durante muito tempo, o direito internacional foi tratado como opcional – aplicado seletivamente àqueles rotulados como fracos, ignorado por aqueles que agem como poderosos. Esse duplo padrão erodiu os próprios fundamentos da ordem jurídica. Essa era precisa de acabar”, dirá Albanese em Bogotá, segundo o Guardian.
“O mundo irá lembrar-se do que nós, Estados e indivíduos, fizemos neste momento – se recuamos com medo ou nos levantamos em defesa da dignidade humana”, disse.
Os Estados Unidos anunciaram na semana passada que Albanese seria incluída na lista de sanções de Washington por ter cooperado com a investigação do TIJ sobre Israel e a guerra contra os territórios palestinianos e ter encetado “uma campanha de guerra política e económica contra os Estados Unidos e Israel”.
Albanese, que acusou os EUA de “intimidação ao estilo da máfia”, está determinada a mostrar que as sanções do Departamento de Estado dos EUA não a intimidarão e deverá abordar este tema na conferência em Bogotá.
“Estes ataques não devem ser vistos como contra mim pessoalmente. São um alerta para todos que ousam defender a justiça e a liberdade internacionais. Mas não podemos dar-nos ao luxo de ser silenciados – e sei que não estou sozinha”, dirá Albanese.
“Não se trata de mim ou de qualquer outro indivíduo, mas de justiça para o povo palestino no momento mais crítico da sua história”, acrescenta.
O objetivo da conferência é definir medidas que os países participantes podem tomar para implementar uma moção da assembleia-geral da ONU que obriga os Estados-membros a tomarem medidas no sentido de levar Israel a pôr fim à ocupação ilegal da Palestina.
A moção deu até setembro de 2025 para implementar um parecer consultivo do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) de julho de 2024, que declarou que a ocupação dos territórios palestinianos por Israel era ilegal. Entre os países que participam neste encontro estão a China, Espanha e Catar.
No seu parecer consultivo, o TIJ afirmou que “as preocupações de segurança de Israel não se sobrepõem ao princípio da proibição da aquisição de território pela força” e apelou para que o país termine a sua ocupação “o mais rápido possível”. O tribunal afirmou ainda que os Estados-membros da ONU têm a obrigação de “não prestar auxílio ou assistência à manutenção da situação criada pela presença ilegal de Israel no território palestino ocupado”.
“Durante muito tempo, o direito internacional foi tratado como opcional – aplicado seletivamente àqueles rotulados como fracos, ignorado por aqueles que agem como poderosos. Esse duplo padrão erodiu os próprios fundamentos da ordem jurídica. Essa era precisa de acabar”, dirá Albanese em Bogotá, segundo o Guardian.
“O mundo irá lembrar-se do que nós, Estados e indivíduos, fizemos neste momento – se recuamos com medo ou nos levantamos em defesa da dignidade humana”, disse.
Os Estados Unidos anunciaram na semana passada que Albanese seria incluída na lista de sanções de Washington por ter cooperado com a investigação do TIJ sobre Israel e a guerra contra os territórios palestinianos e ter encetado “uma campanha de guerra política e económica contra os Estados Unidos e Israel”.
Albanese, que acusou os EUA de “intimidação ao estilo da máfia”, está determinada a mostrar que as sanções do Departamento de Estado dos EUA não a intimidarão e deverá abordar este tema na conferência em Bogotá.
“Estes ataques não devem ser vistos como contra mim pessoalmente. São um alerta para todos que ousam defender a justiça e a liberdade internacionais. Mas não podemos dar-nos ao luxo de ser silenciados – e sei que não estou sozinha”, dirá Albanese.
“Não se trata de mim ou de qualquer outro indivíduo, mas de justiça para o povo palestino no momento mais crítico da sua história”, acrescenta.