Administração Trump estabelece novos critérios de entrada nos Estados Unidos

por Jorge Almeida - RTP
Jonathan Ernst - Reuters

Depois de o Supremo Tribunal ter restaurado parcialmente a proibição de entrada de cidadãos de seis países nos EUA, Donald Trump estabeleceu novos critérios de entrada no país.

A Casa Branca anunciou novas regras para os requerentes de vistos de seis países (Irão, Líbia, Síria, Somália, Sudão e Iémen) e para os refugiados.

Nos próximos 90 dias, quem não tiver uma “relação próxima” com os Estados Unidos não pode entrar no país.

A definição de “relação próxima” consiste em ter o pai, o cônjuge, filhos, noras, irmãos ou meios-irmãos a residir legalmente no país.

Ficam excluídos avós, tios, sobrinhos e netos.

Um iraniano abraça a irmã depois de ter conseguido entrar nos EUA. Foto: Brian Snyder - Reuters

Ficam também isentos das novas regras aqueles que têm vínculos educacionais ou comerciais com os EUA e os que já possuem vistos de entrada válidos.

O tribunal também aprovou a proibição de 120 dias para os refugiados, permitindo que o Governo Federal vete a entrada dos requerentes de pedido de refugiados que não possuam "relacionamento de boa-fé" com uma pessoa ou entidade norte-americanas.
“Vitória para a segurança nacional”
O Presidente dos Estados Unidos classificou a decisão do Supremo como “uma vitória para a segurança nacional”, embora muitos advogados já tenham avisado que as restrições vão originar novos conflitos legais.

Em concreto, espera-se que o significado exato da frase "relacionamento de boa-fé" seja claramente definido.

Vários grupos de ativistas prometem ajudar todas as pessoas que sejam abrangidas pela proibição. A New York Immigration Coalition vai estar no Aeroporto Internacional John F. Kennedy para "monitorizar os efeitos dos impedimentos sobre os muçulmanos e os refugiados”.

Até ao momento, as novas ordens parecem não ter tido influência no movimento normal dos viajantes.
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