Mundo
Guerra no Médio Oriente
Administração Trump revoga designação de "organização terrorista" ao HTS da Síria
À medida que Washington avança para aliviar as sanções contra a Síria, a administração Trump revogou a designação de organização terrorista estrangeira para a Frente Al-Nusrah, também conhecida como Hay'at Tahrir al-Sham (HTS), que derrubou o regime do presidente Bashar al-Assad em dezembro. A informação consta num memorando do Departamento de Estado apresentado esta segunda-feira.
O anúncio surge uma semana depois do presidente norte-americano Donald Trump ter assinado um decreto que encerra um programa de sanções contra a Síria, para ajudar a acabar com o isolamento do país do sistema financeiro internacional e dar continuidade à promessa dos EUA de ajudar na reconstrução do país após a guerra civil.
O memorando datado de 23 de junho foi assinado pelo secretário americano de Estado, Marco Rubio, e publicado previamente esta segunda-feira antes de ser oficializado na terça-feira.
"Em consulta com o procurador-Geral e o secretário americano do Tesouro, revogo a designação da Frente Al-Nusrah, também conhecida como Hay'at Tahrir al-Sham (e outros pseudónimos) como Organização Terrorista Estrangeira", escreveu Rubio no memorando.
A Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham ou HTS), antiga afiliada da rede terrorista Al-Qaida na Síria, derrubou o regime do presidente Bashar al-Assad em dezembro, durante uma ofensiva relâmpago liderada pelo presidente sírio Ahmed al-Sharaa, juntamente com outros rebeldes islâmicos.
Em maio, Donald Trump encontrou-se com Ahmed al-Sharaa em Riade, na Arábia Saudita, no âmbito de uma visita a três países do Médio Oriente. Numa mudança de política entre Washington e Damasco, o presidente dos EUA anunciou ao seu homólogo sírio que iria suspender as sanções dos EUA contra a Síria.
Cumprindo as promessas feitas, os EUA revogaram a designação do HTS como organização terrorista estrangeira, a 23 de junho de 2025, seguindo-se a assinatura do decreto para suspender as sanções à Síria por Donald Trump, a 30 de junho.
c/agências