O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, reagiu ao anúncio de tréguas entre a Índia e o Paquistão, este sábado, esperando que esta seja uma "paz duradoura" entre os dois países, que ciclicamente se defrontam pelo controlo dos territórios fronteiriços de Jammu e Caxemira.
"O secretário-geral congratula-se com o acordo de cessar-fogo entre a Índia e o Paquistão como um passo positivo para pôr fim às atuais hostilidades e reduzir as tensões. Espera que este acordo contribua para uma paz duradoura e crie um ambiente propício à resolução de questões mais amplas e antigas entre os dois países", afirmou o seu porta-voz em comunicado.
A esperança de Guterres foi expressa igualmente por diversas capitais mundiais.
Paris considerou o acordo "a escolha da responsabilidade", Londres saudou-o como "extremamente bem-vindo" e Berlim disse que era "um primeiro passo importante".
O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou esta tarde um cessar-fogo total e imediato entre as duas potências nucleares, o que foi rapidamente confirmado.
De acordo com o secretário do Ministério indiano dos Negócios Estrangeiros, Vikram Misri, o acordo foi alcançado após uma conversa telefónica entre os chefes das operações militares dos dois países, que deverão voltar a falar na segunda-feira, 12 de maio.
A Índia lançou ataques com mísseis em solo paquistanês na quarta-feira, em retaliação pelo ataque de 22 de abril na Caxemira controlada pela Índia.
O Paquistão retaliou imediatamente, e os dois países trocaram ataques com mísseis, fogo de artilharia e ataques de drones até ao acordo anunciado no sábado.
A Índia acusa o Paquistão de apoiar o grupo jihadista suspeito de matar 26 civis na cidade turística de Pahalgam, uma acusação que Islamabad nega veementemente.
A esperança de Guterres foi expressa igualmente por diversas capitais mundiais.
Paris considerou o acordo "a escolha da responsabilidade", Londres saudou-o como "extremamente bem-vindo" e Berlim disse que era "um primeiro passo importante".
A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, considerou a trégua um passo vital para uma desescalada. "Devem fazer-se todos os esforços para garantir que é respeitada. A UE continua empenhada na paz, estabilidade e combate ao terrorismo na região", referiu.
O líder interino do Bangladesh, Muhammad Yunus, aplaudiu "sinceramente" o primeiro-ministro indiano Shri Narendra Modi e o primeiro-ministro paquistanês Shehbaz Sharif pelo acordo com fim a negociações. "O Bangladesh continuará a apoiar os nossos dois vizinhos para resolver as diferenças através da diplomacia", garantiu.
Já o ministério saudita dos Negócios Estrangeiros acolheu o cessar-fogo com "otimismo", aplaudindo a prova de contenção e "sabedoria" demonstrada pelas partes, expressando o apoio à "resolução de disputas pela via do diálogo e meios pacíficos".
O líder interino do Bangladesh, Muhammad Yunus, aplaudiu "sinceramente" o primeiro-ministro indiano Shri Narendra Modi e o primeiro-ministro paquistanês Shehbaz Sharif pelo acordo com fim a negociações. "O Bangladesh continuará a apoiar os nossos dois vizinhos para resolver as diferenças através da diplomacia", garantiu.
Já o ministério saudita dos Negócios Estrangeiros acolheu o cessar-fogo com "otimismo", aplaudindo a prova de contenção e "sabedoria" demonstrada pelas partes, expressando o apoio à "resolução de disputas pela via do diálogo e meios pacíficos".
Também Teerão aplaudiu o anúncio de cessar-fogo.
Pequim disse que apoia os esforços da Índia e do Paquistão para chegar a um cessar-fogo e continua "disposta a continuar a desempenhar um papel construtivo" neste processo, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, num telefonema com o seu homólogo paquistanês, segundo a agência de notícias Xinhua.
A China partilha fronteiras tanto com a Índia como com o Paquistão.
Violação de tréguas sábado à noite
Contudo, a Índia confirmou depois que o tratado de partilha de água entre os dois países continuava suspenso, o que pode levar Islamabad a reagir.
Precisamente, e já durante a noite de sábado registaram-se explosões na cidade de Srinagar, na Caxemira indiana, disse Omar Abdullah, ministro-chefe do território federal, numa publicação no X. "O que raio aconteceu ao cessar-fogo? Ouviram-se
explosões em Srinagar", publicou Abdullah, insinuando que o Paquistão
poderá ter violado as tréguas.
As forças armadas indianas responderam às "violações do cessar-fogo por parte do Paquistão", disse o secretário dos Negócios Estrangeiros indiano, Vikram Misri.
As forças armadas receberam instruções para "lidar fortemente" com as violações, disse Misri
As forças armadas receberam instruções para "lidar fortemente" com as violações, disse Misri
Índia e Paquistão são ambos potências nucleares, levantando receios que o conflito assuma contornos extremamente graves.
O anúncio de cessar-fogoO presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou esta tarde um cessar-fogo total e imediato entre as duas potências nucleares, o que foi rapidamente confirmado.
De acordo com o secretário do Ministério indiano dos Negócios Estrangeiros, Vikram Misri, o acordo foi alcançado após uma conversa telefónica entre os chefes das operações militares dos dois países, que deverão voltar a falar na segunda-feira, 12 de maio.
A Índia lançou ataques com mísseis em solo paquistanês na quarta-feira, em retaliação pelo ataque de 22 de abril na Caxemira controlada pela Índia.
O Paquistão retaliou imediatamente, e os dois países trocaram ataques com mísseis, fogo de artilharia e ataques de drones até ao acordo anunciado no sábado.
A Índia acusa o Paquistão de apoiar o grupo jihadista suspeito de matar 26 civis na cidade turística de Pahalgam, uma acusação que Islamabad nega veementemente.