Os líderes da União Europeia (UE) discutem esta quinta-feira, em Bruxelas, o pedido de adiamento do Brexit apresentado pelo Governo britânico, num Conselho Europeu que afinal já não será o de “adeus” do Reino Unido.
Num contexto de indesmentível saturação do lado da UE a 27 com as hesitações, avanços e recuos de Londres, a discussão promete ser animada entre os líderes europeus – entre os quais o primeiro-ministro português, António Costa -, já que, se é verdade que sempre todos admitiram preferir uma saída ordenada do Reino Unido, são muitos aqueles que duvidam que um prolongamento curto sirva de algo.
Uma questão central na discussão e na decisão a ser tomada pelos 27 – que têm de aprovar de forma unânime o pedido do Reino Unido - prende-se com a complexidade legal do prolongamento até final de junho, pois há eleições europeias em maio, entre os dias 23 e 26.
A primeira-ministra britânica opõe-se a um pedido de adiamento para lá do dia 30 de junho. Theresa May pediu ao presidente do Conselho Europeu a extensão do prazo para essa data.
A Comissão Europeia solicitara mesmo a May que a data de extensão do artigo 50º do Tratado de Lisboa não ultrapassasse a data das eleições europeias, por poder causar “dificuldades institucionais e incerteza legal”, mas a primeira-ministra britânica avançou mesmo com o pedido de um prolongamento curto.