Coreia do Norte responde a Donald Trump com ameaça à ilha de Guam

por RTP
Donald Trump prometeu à Coreia do Norte "uma guerra como nunca se viu" e Pyongyang respondeu com uma ameaça à ilha de Guam. KCNA - Reuters

Donald Trump prometeu à Coreia do Norte "uma guerra como nunca se viu" e Pyongyang respondeu com uma ameaça. O regime de Kim Jong-Un ameaça lançar um míssil para as bases americanas na ilha de Guam, no Pacífico. O governador da ilha já disse que Guam está preparada para qualquer eventualidade e falou com as autoridades norte-americanas.

A agência de notícias da Coreia do Norte avançou que Pyongyang “estuda com cuidado o plano operacional para disparar fogo nas zonas situadas à volta de Guam”. A KCNA indica ainda que o projeto será finalizado e “posto em prática de forma consecutiva e simultânea logo que Kim Jong-Un, comandante supremo da forma nuclear, o decida”.

A ameaça norte-coreana surgiu poucas horas depois de o Presidente norte-americano ter ameaçado receber a Coreia do Norte com “fúria e fogo”.


Por sua vez, esta reação de Donald Trump tinha chegado depois de ter sido divulgado um relatório que indica que Pyongyang já consegue meter uma ogiva nuclear num míssil balístico capaz de atingir uma grande cidade americana.

Apesar da ameaça de Pyongyang, o Departamento de Segurança Nacional de Guam descartou um hipotético ataque com mísseis balísticos por parte da Coreia do Norte. O governador aponta que o perigo é real mas tranquiliza os locais.

"Quero tranquilizar o povo de Guam de que atualmente não há ameaças à nossa ilha ou à das Marianas", afirmou Eddie Calvo, governador de Guam, ao diário Pacific Daily News. Não obstante, Eddie Calvo assinalou ter falado sobre o desafio bélico com responsáveis da Casa Branca e militares.

"Um ataque ou ameaça contra Guam é um ataque ou uma ameaça contra os Estados Unidos", frisou o governador. Guam, um dos territórios "não incorporados" dos Estados Unidos, localiza-se a 3.430 quilómetros a sudeste da Coreia do Norte.

A ilha de Guam tem cerca de 550 quilómetros quadrados, sendo um ponto-chave para as tropas norte-americanas. Está situado num ponto estratégico: entre a península coreana e o mar da China meridional.



Cerca de seis mil soldados encontram-se na ilha, nomeadamente na base aérea Anderson e na base naval Guam. Cerca de 162 mil pessoas vivem neste local, que subsiste fundamental do turismo e da própria presença militar norte-americana.

Também Madeleine Bordallo, a deputada que representa o território, se mostra confiante de que as forças norte-americanas têm capacidade para proteger a ilha de Guam. A deputada pediu já a Donald Trump para mostrar uma liderança forte e para trabalhar com a comunidade internacional de forma a parar os avanços da Coreia do Norte no programa de armas nucleares.

No entanto, a Associated Press indica que os residentes de Guam receiam ser apanhados pela crescente tensão entre Washington e Pyongyang.
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