Coreia do Sul confirma exercícios militares com Estados Unidos após Jogos Olímpicos

por Lusa
Kim Hong-Ji - Reuters

A Coreia do Sul assegurou esta terça-feira que vai realizar os exercícios militares conjuntos anuais com os Estados Unidos da América uma vez concluídos os Jogos Olímpicos de Inverno, apesar da aproximação com a Coreia do Norte.

O Ministério da Defesa sul-coreano confirmou, num relatório parlamentar, a decisão, noticiou a agência Efe, salientando que esta é a primeira vez que Seul aborda a realização destes exercícios após a visita histórica de uma delegação norte-coreana liderada por Kim Yo-jong, irmã do líder do regime de Pyongyang, Kim Jong-un, ao país vizinho

Esta deslocação tornou-se no momento de maior aproximação entre as duas Coreias - tecnicamente ainda em guerra - e ocorreu no âmbito dos Jogos Olímpicos, que decorrem em PyeongChang.
"Degelo olímpico"

Seul e Washington adiaram as manobras militares de Foal Eagle e Key Resolve, habitualmente realizadas entre o fim de fevereiro e o início de março, que a Coreia do Norte considera um ensaio para invadir o seu território, devido à realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Inverno, que terminam a 18 de março.

O "degelo olímpico" incluiu um convite, por parte do dirigente norte-coreano ao Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, para participar numa cimeira em Pyongyang, o que suscitou a possibilidade de os exercícios militares serem adiados.

Porém, o Ministério da Defesa rejeitou esta terça-feira tal possibilidade, mas também não avançou datas para as atividades militares conjuntas. Um porta-voz do ministério informou que as datas serão conhecidas nos próximos dias.

Já o general Vincent Brooks, que lidera o contingente norte-americano de 28 mil efetivos em solo coreano, garantiu, numa comissão parlamentar, que Washington e Seul realizarão "uma vez por ano" o treino, independentemente da aproximação entre as duas Coreias.

Seul está convicta de que a melhoria das relações com Pyongyang pode contribuir a que o regime norte-coreano regresse à mesa das negociações com os Estados Unidos que, apesar se mostrarem céticos, insistem que Pyongyang deveria mostrar, primeiro, as suas intenções para a desnuclearização.
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