O Ministério do Negócios Estrangeiros de Timor-Leste confirmou, esta segunda-feira, que já há um cidadão timorense infetado pelo novo coronavírus. Trata-se de um funcionário de uma embaixada na Ásia.
"Foi admitido há dois dias num hospital num país estrangeiro e está neste momento a receber tratamento", disse o ministro, citado pela Lusa.
O cidadão "não está em situação grave e está a ser acompanhado permanentemente", garantiu.
Na embaixada timorense em causa, os funcionários estão todos em regime de teletrabalho e quem esteve em contacto nos últimos 14 dias com o doente, está "em quarentena", seguindo as regras locais e as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Mais de 860 pessoas em quarentena acompanhada
Até agora, Timor-Leste tem no seu território apenas um caso confirmado de Covid-19 e trata-se de um cidadão estrangeiro.
Mas, neste momento, estão em quarentena domiciliária mais de 860 pessoas em 14 locais designados pelo Governo de Timor-Leste, em vários pontos do país, como medida preventiva da covid-19, segundo informação atualizada fornecida pelo Ministério da Saúde.
Segundo os dados das autoridades de saúde timorenses, divulgados esta segunda-feira, há 341 pessoas a cumprir quarentena em casa e as restantes estão noutros locais, identificados apenas como locais de A a N.
A este total somam-se ainda 215 outras pessoas que já cumpriram o período de quarentena de 14 dias nas suas casas.
A este total somam-se ainda 215 outras pessoas que já cumpriram o período de quarentena de 14 dias nas suas casas.
Clínica em Díli sem orçamento ou material
A Clínica do Bairro Pité (CBP), uma das principais clínicas de Díli - capital de Timor-Leste -, está sem orçamento, sem material de proteção pessoal e sem desinfetante.
Embora não haja muitos casos confirmados de infeção de covid-19 no país, esta clínica continua a receber dezenas de doentes, muitos com doenças respiratórias e pulmonares, e assume que não tem orçamento nem material de proteção pessoal. Uma situação que se torna mais grave no âmbito das medidas de resposta à pandemia da covid-19.
"Precisamos de apoio do Governo. Temos muitos doentes, mas não temos suficientes consumíveis, nem máscaras, material de proteção pessoal para os nossos voluntários e nem sequer desinfetante", afirma responsável do projeto, Inácio dos Santos, citado pela Lusa.
"Precisamos de apoio urgente", declara.
"Precisamos de apoio do Governo. Temos muitos doentes, mas não temos suficientes consumíveis, nem máscaras, material de proteção pessoal para os nossos voluntários e nem sequer desinfetante", afirma responsável do projeto, Inácio dos Santos, citado pela Lusa.
"Precisamos de apoio urgente", declara.
Os funcionários da clínica são todos voluntários, e agora cada vez menos. O número de voluntários diminuiu depois do surgimento da covid-19, com muitos a explicarem terem receio de trabalhar sem material de proteção e que, por isso, preferem não trabalhar.
"Perdemos cerca de 30 voluntários e desde sábado passado tivemos mesmo que parar os nossos serviços", explicou o responsável da instituição de saúde.
"Perdemos cerca de 30 voluntários e desde sábado passado tivemos mesmo que parar os nossos serviços", explicou o responsável da instituição de saúde.
Esta clínica é um serviço central para muitos dos habitantes da cidade, especialmente os mais desfavorecidos.
"Estamos a receber muitas pessoas com problemas de infeções pulmonares, especialmente tuberculose. Também casos de malnutrição e outros problemas como dengue", referiu ainda.
O responsável da CBP recordou que a clínica deteta e trata mais de um terço dos casos de tuberculose em Díli, gere mais de 50 por cento dos casos de HIV e é o "único centro para leucemia", sendo até usado pelo Hospital Nacional Guido Valadares para ali referenciar pacientes.
Se mais casos de covid-19 surgirem no país, a clínica não tem orçamento, material de proteção nem desifetante para poder enfrentar a pandemia.
"Estamos a receber muitas pessoas com problemas de infeções pulmonares, especialmente tuberculose. Também casos de malnutrição e outros problemas como dengue", referiu ainda.
O responsável da CBP recordou que a clínica deteta e trata mais de um terço dos casos de tuberculose em Díli, gere mais de 50 por cento dos casos de HIV e é o "único centro para leucemia", sendo até usado pelo Hospital Nacional Guido Valadares para ali referenciar pacientes.
Se mais casos de covid-19 surgirem no país, a clínica não tem orçamento, material de proteção nem desifetante para poder enfrentar a pandemia.
c/ Lusa