Covid-19. Europa recomenda terceira dose da vacina para todos os adultos

por RTP

A diretora da agência de saúde pública da União Europeia, Andrea Ammon, disse esta quarta-feira que os reforços da vacina contra a Covid-19 devem ser considerados para todos os adultos, com prioridade para os maiores de 40 anos.

A indicação representa uma mudança naquelas que têm sido as orientações da agência.

As recomendações emitidas pelo Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) não são vinculativas, mas são normalmente usadas pelos Estados-membros como guias de orientação para a tomada de decisões.

Ammon diz que os reforços devem ser administrados pelo menos seis meses após a conclusão do programa de vacinação.

“O objetivo é aumentar a proteção contra infeções devido ao declínio da imunidade, o que poderia reduzir potencialmente a transmissão na população e prevenir hospitalizações e mortes adicionais. A dose de reforço é recomendada seis meses após completar o esquema primário, no mínimo”, argumenta Ammon.

“Motivar as pessoas a seguir essas medidas é ainda mais importante à medida que avançamos para o inverno e a época festiva, quando mais pessoas viajarão e se reunirão em ambientes fechados”, frisa.

“Estou ciente de que é necessário um esforço significativo das autoridades de saúde pública e da sociedade em geral para atingir esse objetivo. Mas agora é a hora de percorrer aquele quilómetro extra”, conclui.
Menos de 70% da população europeia vacinada
A ECDC adianta que as análises apontam para um “peso potencial” da covid-19 em dezembro e janeiro “a não ser que sejam aplicadas medidas de saúde pública, combinadas com um aumento do esforço de vacinação”.

“Ainda há muitos indivíduos em risco de infeção grave por COVID-19 que precisamos proteger o mais rápido possível. Precisamos nos concentrar urgentemente em fechar essa lacuna de imunidade, oferecer doses de reforço a todos os adultos e reintroduzir medidas não farmacêuticas”, adverte.

Os dados apontam para que menos de 70% do total da população europeia está totalmente vacinada.

Por causa disso, a ECDC prevê que haja um gtande aumento de internamentos de pessoas não vacinadas, sobretudo em grupos de risco.

“O atual nível geral de vacinação na UE será, portanto, insuficiente para limitar a carga de casos COVID-19 e hospitalizações durante os meses de inverno”, reforça a diretora do ECDC, alertando que a Europa tem de fechar as lacunas de vacinação e garantir uma imunização equitativa entre países.
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