Covid-19. Investigadores norte-americanos identificam duas variantes

por Mário Aleixo - RTP
Os cientistas estudam duas variantes do vírus SARS-CoV-2 nos Estados Unidos Stelios Misinas - Reuters

Investigadores norte-americanos detetaram duas variantes do vírus SARS-CoV-2 com um comportamento semelhante à da variante britânica e que poderão ser mais contagiosas, segundo um estudo preliminar divulgado na quarta-feira.

Uma das variantes sofreu uma mutação semelhante à registada no Reino Unido, enquanto outra, nunca vista, foi detetada em Columbus, no estado do Ohio, onde se tornou na variante dominante em poucas semanas.

"A variante de Columbus tem a base genética de casos semelhantes que estudámos, mas apresenta três mutações que significariam uma evolução muito importante", afirmou o professor de patologia da Universidade de Ohio State, Dan Jones, citado pela agência noticiosa Efe.

De acordo com Jones, a nova variante "aumentou a transmissibilidade (do coronavírus) em comparação" com o vírus original, com o investigador a acreditar que as medidas de confinamento não serão suficientes para impedir a propagação desta estirpe.

As duas variantes têm origem em mutações dentro dos Estados Unidos e não foram importadas de outros países desde março, quando foram iniciadas as sequenciações.

A investigação, que ainda não foi revista, aponta que o coronavírus SARS-CoV-2 está a experienciar um período de alterações significativas na sua composição genética.

Os investigadores assinalaram que é demasiado cedo para entender se as novas variantes estão a responder às vacinas que estão a ser administradas desde dezembro à população em risco nos Estados Unidos.

O grupo de trabalho da Casa Branca sugeriu no início do mês que poderá haver uma "variante dos EUA" devido ao aumento das infeções ocorridas no país durante os últimos meses.

c/ agências

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