A presidência rotativa da União Europeia é este sábado assumida pela França. O contexto é fortemente marcado pelo recrudescimento dos casos de covid-19 alimentado pela variante Ómicron. Mas também pela tensão com a Rússia, por causa da Ucrânia.
A reforma do Espaço Schengen, os fluxos migratórios e uma cimeira com a União Africana são prioridades francesas, às quais se acrescenta a realização, em março, de uma cimeira da União Europeia, tendo em vista discutir um novo modelo europeu de crescimento e de investimento no pós-pandemia.
Esta é a 13ª presidência rotativa semestral assumida pela França.
Outros dos objetivos de Paris é a defesa da introdução do salário mínimo europeu e da transparência salarial entre homens e mulheres.
A pasta francesa inclui uma conferência sobre os Balcãs Ocidentais, prevista para junho, visando promover a integração económica da região e “lutar contra a interferência e manipulação por parte de várias potências regionais que procuram desestabilizar a Europa”.
A França sucede à Eslovénia na presidência semestral rotativa do Conselho da União Europeia, que representa os interesses dos 27 países-membros perante a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu. Será substituído pela República Checa no segundo semestre de 2022. José Manuel Rosendo - Antena 1
A generalidade dos analistas encara a presidência europeia semestral, que começa a cerca de três meses das eleições presidenciais em França como um possível impulso para Emmanuel Macron, que continua a alimentar um tabu sobre a sua recandidatura.
“Esta presidência oferece-lhe uma plataforma que é bem-vinda, de forma a destacar o seu desempenho europeu, para se distinguir de alguns dos seus adversários e para apresentar novas reivindicações, novas ideias”, afirmou Claire Demesmay, investigadora do Centro Franco-Alemão Marc-Bloch de Berlim, citada pelas agências internacionais.
c/ agências