Em contexto de escalada de infeções. França assume presidência da UE

por RTP
Ludovic Marin - Reuters

A presidência rotativa da União Europeia é este sábado assumida pela França. O contexto é fortemente marcado pelo recrudescimento dos casos de covid-19 alimentado pela variante Ómicron. Mas também pela tensão com a Rússia, por causa da Ucrânia.

O presidente francês, Emmanuel Macron, que apresentará a 19 de janeiro, em Estrasburgo, o programa da presidência francesa do Conselho, adiantou no início de dezembro as prioridades para o semestre.

A reforma do Espaço Schengen, os fluxos migratórios e uma cimeira com a União Africana são prioridades francesas, às quais se acrescenta a realização, em março, de uma cimeira da União Europeia, tendo em vista discutir um novo modelo europeu de crescimento e de investimento no pós-pandemia.

Esta é a 13ª presidência rotativa semestral assumida pela França.
Outros dos objetivos de Paris é a defesa da introdução do salário mínimo europeu e da transparência salarial entre homens e mulheres.

A pasta francesa inclui uma conferência sobre os Balcãs Ocidentais, prevista para junho, visando promover a integração económica da região e “lutar contra a interferência e manipulação por parte de várias potências regionais que procuram desestabilizar a Europa”.

A França sucede à Eslovénia na presidência semestral rotativa do Conselho da União Europeia, que representa os interesses dos 27 países-membros perante a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu. Será substituído pela República Checa no segundo semestre de 2022.
José Manuel Rosendo - Antena 1

A generalidade dos analistas encara a presidência europeia semestral, que começa a cerca de três meses das eleições presidenciais em França como um possível impulso para Emmanuel Macron, que continua a alimentar um tabu sobre a sua recandidatura.

“Esta presidência oferece-lhe uma plataforma que é bem-vinda, de forma a destacar o seu desempenho europeu, para se distinguir de alguns dos seus adversários e para apresentar novas reivindicações, novas ideias”, afirmou Claire Demesmay, investigadora do Centro Franco-Alemão Marc-Bloch de Berlim, citada pelas agências internacionais.

c/ agências
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