Envio de arsenais para a Ucrânia potencia recorde na exportação de armamento norte-americano
A venda de equipamentos militares dos Estados Unidos para países estrangeiros aumentou 29 por cento no último ano. É um recorde nas exportações de armamento na ordem dos 318,8 mil milhões de dólares, de acordo com o Departamento de Estado, valores que beneficiaram do fornecimento de arsenais para a Ucrânia.
As vendas aprovadas no ano passado incluíram 23 mil milhões de dólares em aquisição e modernização de aeronaves F-16 para a Turquia, 18,8 mil milhões em caças F-15 para Israel e 2,5 mil milhões em tanques M1A2 Abrams para a Roménia. Os pedidos aprovados em 2024 vão, em geral, para a lista dos fabricantes de armas norte-americanos, que esperam encomendas de centenas de milhares de projéteis de artilharia, centenas de intercetadores de mísseis Patriot e um aumento nas encomendas de veículos blindados.
Há duas maneiras através das quais os governos estrangeiros compram armas de empresas norte-americanas: ou em vendas comerciais diretas negociadas com uma empresa, ou vendas militares estrangeiras nas quais um governo normalmente contacta um funcionário do Departamento de Defesa na embaixada dos EUA no seu país. Ambas as situações exigem aprovação da Casa Branca.
De acordo com o Departamento de Estado, as vendas militares diretas por empresas dos EUA aumentaram para 200,8 mil milhões de dólares no ano fiscal de 2024, de 157,5 mil milhões no ano fiscal de 2023, enquanto as vendas mediadas pelo Governo norte-americano aumentaram para 117,9 mil milhões de dólares em 2024, de 80,9 mil milhões no ano anterior.
Durante a campanha presidencial, o republicano Donald Trump alertou os países aliados para investirem mais em Defesa. E, agora que tomou posse, já assumiu que quer que outros membros da Aliança Atlântica gastem 5 por cento do seu Produto Interno Bruto neste departamento – um aumento de dois pontos percentuais face ao atual.
Os funcionários do Governo dos EUA responsáveis pela venda de armamento tentam responder ao aumento da procura de material bélico, que cresceu exponencialmente desde a invasão russa da Ucrânia. Vários governos de países aliados dos Estados Unidos pretendem aumentar o armamento para Defesa, depois de terem fornecido armas a Kiev, e assim repor o stock dos seus arsenais.