Os Estados Unidos condenaram a detenção do opositor russo Alexei Navalny no seu regresso à Rússia, este domingo, vários meses após o seu alegado envenenamento, declarou o chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo.
Para o secretário de Estado da administração Trump, a detenção do opositor russo "é a última de uma série de tentativas para silenciar Navalny e outras figuras da oposição e vozes independentes que criticam as autoridades russas".
Antes, o conselheiro de segurança nacional do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, que toma posse na quarta-feira, tinha exigido a libertação imediata de Navalny.
"Navalny deve ser libertado imediatamente e os responsáveis pelo ataque inadmissível à sua vida devem ser responsabilizados", escreveu Jake Sullivan numa mensagem publicada na sua conta do Twitter.
Também o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, considerou "inaceitável" a detenção de Alexei Navalny e apelou às autoridades russas para que o libertem "imediatamente".
Razões evocadas para a detenção
Num comunicado, o FSIN informou que Alexei Navalny, que regressou à Rússia após vários meses em convalescença na Alemanha após um alegado envenenamento com um agente neurotóxico, "permanecerá detido até à decisão do tribunal" sobre o seu caso, sem especificar uma data.
Principal figura da oposição ao Kremlin, Navalny foi interpelado pela polícia à chegada ao aeroporto Cheremetievo de Moscovo, quando ia passar pelo controlo de passaportes, segundo testemunharam jornalistas da agência France-Presse (AFP) no local.
Os serviços prisionais russos precisaram que Navalny, de 44 anos, "figura numa lista de pessoas procuradas desde 29 de dezembro de 2020 por múltiplas violações do seu período probatório".