Exército israelita recusa ter sido surpreendido com resistência do Hamas
Populações no norte de Israel vivem no receio da ameaça do Hezbollah
"A Rússia está contente com esta guerra", clama Zelensky sobre Médio Oriente
Dezenas de milhares de deslocados procuram refúgio em hospitais
Israelita sobreviveu a ataque do Hamas escondida em caravana
"Mais uma divisão dentro do Governo israelita"
"Antony Blinken está a tentar começar a falar do futuro de Gaza"
EUA acenam com progressos em esforços para "pausas humanitárias"
Netanyahu volta a rejeitar cessar-fogo sem retorno de reféns
Marcelo faz incursão em manifestação pró-palestiniana e ouve críticas
Tropas israelitas alcançam linha costeira perto da cidade de Gaza
Hagari garante que o Tsahal continua a "permitir um corredor" para que os residentes do norte da Faixa de Gaza possam rumar a sul. O exército "vai continuar a atacar fortemente e a intensificar a operação terrestre no norte da Faixa de Gaza e na cidade de Gaza".
Exército israelita conta estar a combater nas ruas de Gaza dentro de 48 horas
- As Forças de Defesa de Israel, noticia o Haaretz, esperam dar início a combates terrestres nas ruas de Gaza dentro de 48 horas, uma vez fechado o cerco à cidade. O objetivo será enfrentar diretamente os militantes do Hamas entrincheirados em diferentes edifícios e na rede de túneis;
- Antony Blinken disse este domingo no Iraque que os Estados Unidos estão a trabalhar afincadamente para assegurar que o conflito em Gaza não se alarga a mais territórios. "Estamos completamente focados em trazer para casa os reféns em Gaza", declarou o secretário de Estado norte-americano, acrescentando que uma pausa humanitária pode facilitar essa recuperação de reféns;
- O Hezbolah indica ter disparado este domingo múltiplos rockets contra o norte de Israel. Tratou-se, segundo o movimento xiita libanês de Hassan Nasrallah, da retaliação a um ataque israelita no sul do Líbano que causou as mortes de uma mulher e duas crianças. O movimento descreve esta ação como "um crime brutal e odioso";
- O Hamas acusa o exército israelita de ter efetuado "bombardeamentos intensos", ao início da noite, perto de vários hospitais no norte da Faixa de Gaza. A internet e as comunicações telefónicas foram cortadas pouco antes;
- Cindy McCain, diretora executiva do Programa Alimentar Mundial da ONU, avisa que as reservas de alimentos na Faixa de Gaza são neste momento "perigosamente Baixas";
- O secretário-geral da ONU advertiu contra o aumento global da desinformação no contexto da guerra no Médio Oriente. "A polarização e a desumanização estão a ser alimentadas por um tsunami de desinformação. Temos de enfrentar as forças do antissemitismo, da intolerânia anti-muçulmama e todas as formas de ódio", escreveu António Guterres na rede social X;
- Em comunicado, a Comissão Europeia aponta "níveis extraordinários" de "incidentes antissemitas". "O aumento de incidentes antissemitas na Europa atingiu níveis extraordinários nos últimos dias, reminiscentes de alguns dos tempos mais negros da história. Os judeus europeus estão hoje a viver de novo com medo", assinala a Comissão Von der Leyen;
- As Forças de Defesa de Israel vieram este domingo denunciar o que dizem ser uma "exploração sistemática de hospitais" por parte do braço armado do movimento radical Hamas. Em resposta às críticas das Nações Unidas, que reprovam Israel por sucessivos bombardeamentos nas proximidades de hospitais, o porta-voz militar Daniel Hagari afirmou que os ataques em Gaza são conduzidos com base em dados dos serviços de informações e ao abrigo das leis internacionais. "Não queremos atingir hospitais e ambulâncias", frisou;
- O primeiro-ministro israelita voltou a fechar a porta a um cessar-fogo sem a libertação de reféns. "Não haverá cessar-fogo sem que os nossos reféns sejam devolvidos. Dizemos isto aos nossos inimigos e aos nossos amigos. Vamos continuar até que os derrotemos", vincou Benjamin Netanyahu durante uma deslocação a uma base da Força Aérea no sul de Israel;
- O presidente da República insistiu este domingo que a posição portuguesa face ao conflito israelo-palestiniano é a mesma adotada pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. Marcelo Rebelo de Sousa protagonizou, em Belém, tensas trocas de palavras com manifestantes pró-palestinianos.
Foto: Mohammed Fayq Abu Mostafa - Reuters
Chefe da Missão Diplomática da Palestina em Portugal é entrevistado esta segunda-feira na RTP3
Francisco apela à libertação imediata de reféns
Let the hostages be freed immediately. Let’s think of the children, of all the children affected by this war, as well as in Ukraine and by other conflicts: this is how their future is being killed. Let us pray that there might be the strength to say, “enough”.
— Pope Francis (@Pontifex) November 5, 2023
"Deixem os reféns saírem em liberdade imediatamente. Pensemos nas crianças, em todas as crianças afetadas por esta guerra, bem como na Ucrânia e noutros conflitos: é assim que estão a matar o seu futuro. Rezemos para que haja força para dizer chega", lê-se na conta do sumo pontífice da Igreja Católica no antigo Twitter.
EUA estão a trabalhar para que conflito não se espalhe, assegura secretário de Estado norte-americano
Antony Blinken disse este domingo no Iraque que os Estados Unidos estão a trabalhar afincadamente para assegurar que o conflito em Gaza não se alarga a mais territórios.
"Estamos completamente focados em trazer para casa os reféns em Gaza", declarou em conferência de imprensa, acrescentando que uma pausa humanitária pode facilitar essa recuperação de reféns.
O chefe da diplomacia dos EUA quis ainda sublinhar que "a atual ajuda humanitária em Gaza é largamente insuficiente" e que "as vozes e aspirações palestinianas têm de estar no centro do futuro" dessa região.
Avançando que teve uma conversa "boa e franca" com o Governo iraquiano na sua visita, o responsável deixou "uma mensagem muito clara sobre as ameaças a pessoal norte-americano: não o façam".
"Os ataques a pessoal norte-americano é uma questão de soberania iraquiana, contra os seus próprios interesses", afirmou.
O movimento xiita libanês de Hassan Nasrallah indica ter disparado este domingo múltiplos rockets contra o norte de Israel
Forças de Defesa de Israel esperam dar início a combates no interior da cidade dentro de 48 horas
O exército do Estado hebraico, escreve ainda o jornal, "acredita que é possível ir ao encontro do objetivo do Governo de destruir o Hamas, mas isto vai requerer um longo período: de um número de meses a um ano, ou até mais".
Nesta fase, as tropas israelitas deverão abster-se de entrar nos túneis sob a cidade, uma vez que os estrategas israelitas temem que estes estejam armadilhados. Cada um dos túneis deverá ser controlado, a partir do exterior, por forças especiais.
"Em alguns casos, se as secretas indicarem que tal é apropriado, a Força Aérea atacará o túnel do ar, neutralizando quem estiver no interior", adianta o Haaretz.
Hamas denuncia "bombardeamentos intensos" perto de hospitais em Gaza
"Há mais de uma hora, bombardeamentos intensos têm ocorrido em torno de hospitais", disse o serviço de imprensa do governo do Hamas.
Os bombardeamentos ocorreram principalmente perto do hospital al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, segundo a mesma fonte.
Os ataques verificaram-se pouco depois de os militares israelitas terem acusado mais uma vez o Hamas de utilizar hospitais no conflito.
O exército israelita divulgou hoje imagens que alegadamente mostram membros do Hamas a disparar de um hospital em Gaza e expondo a existência de um local de lançamento de mísseis a 75 metros de um hospital sob o qual estão túneis do Hamas.
O Hamas negou categoricamente as acusações, afirmando que Israel procura um pretexto para atacar hospitais.
O governo do Hamas disse hoje estar pronto para receber "uma comissão internacional de inquérito" para inspecionar os hospitais e garantir que não são utilizados para fins militares pelo movimento.
As linhas telefónicas e de Internet na Faixa de Gaza foram cortadas hoje por Israel, pela terceira vez desde o início da guerra, em 07 de outubro, anunciou a operadora palestiniana Paltel.
Pouco depois do apagão, o exército israelita lançou intensos bombardeamentos na cidade de Gaza e noutras áreas no norte da Faixa de Gaza. As explosões foram tão intensas que puderam ser ouvidas em Rafah, no extremo sul do território palestiniano, segundo um jornalista da France-Presse (AFP) no local.
Considerado terrorista pela UE, Estados Unidos e Israel, o grupo islamita palestiniano Hamas efetuou em 07 de outubro um ataque de dimensões sem precedentes em território israelita, fazendo mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.
Iniciou-se então uma forte retaliação de Israel àquele enclave palestiniano pobre, desde 2007 controlado pelo Hamas, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira o cerco à cidade de Gaza.
De acordo com o mais recente relatório do Hamas, divulgado hoje, 9.770 pessoas, incluindo 4.800 crianças e 2.550 mulheres, foram mortas na Faixa de Gaza desde 7 de outubro, em bombardeamentos de retaliação perpetrados por Israel.
Ajuda a Gaza "longe de ser suficiente"
The flow of food and aid from #Egypt to #Gaza is on the rise, but it is nowhere near enough. Needs are unthinkable, desperation is deepening.
— Cindy McCain (@WFPChief) November 5, 2023
There is no more time to lose. Lives depend on it. pic.twitter.com/xrbkRdaU2j
"Os pais em Gaza não sabem se vão poder alimentar hoje os seus filhos e se estes sequer sobreviverão para ver o dia seguinte. O sofrimento a poucos metros de distância é insuportável, deste lado da fronteira", afirma a responsável, deixando um "apelo urgente" em prol de "milhões de pessoas cujas vidas estão a ser devastadas por esta crise".
Secretário-geral da ONU adverte contra aumento global da desinformação no contexto da guerra no Médio Oriente
Polarization and dehumanization are being fueled by a tsunami of disinformation.
— António Guterres (@antonioguterres) November 5, 2023
We must stand up to the forces of antisemitism, anti-Muslim bigotry and all forms of hate.
"A polarização e a desumanização estão a ser alimentadas por um tsunami de desinformação. Temos de enfrentar as forças do antissemitismo, da intolerânia anti-muçulmama e todas as formas de ódio", escreve Guterres na rede social X.
Linhas telefónicas e Internet novamente cortadas em Gaza
"Lamentamos anunciar o encerramento total dos serviços de comunicações e internet em Gaza depois de o lado israelita ter desligado os servidores", disse a Paltel em comunicado.
Pouco depois do apagão, o exército israelita lançou intensos bombardeamentos na cidade de Gaza e noutras áreas no norte da Faixa de Gaza.
As explosões foram tão intensas que puderam ser ouvidas em Rafah, no extremo sul do território palestiniano, segundo um jornalista da AFP no local.
A 07 de outubro, o Hamas -- classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - efetuou um ataque de dimensões sem precedentes a território israelita, fazendo mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.
Iniciou-se então uma forte retaliação de Israel àquele enclave palestiniano pobre, desde 2007 controlado pelo Hamas, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira o cerco à cidade de Gaza.
Em 27 de outubro, Israel iniciou uma incursão terrestre que já avançou até à Cidade de Gaza, a principal cidade da Faixa de Gaza.
Benjamin Netanyahu acusa líder do Hamas Yahya Sinwar de "não se preocupar com o seu povo"
Em comunicado, Comissão Europeia aponta "níveis extraordinários" de "incidentes antissemitas"
"Vimos um recrudescimento de incidentes e retórica antissemita na União Europeia e no mundo: cocktails Molotov atirados a uma sinagoga na Alemanha, estrelas de David pintadas em edifícios residenciais em França, um cemitério judeu profanado na Áustria, lojas judaicas e sinagogas atacadas em Espanha, manifestantes a entoar palavras de ódio contra judeus", prossegue.
"Nestes tempos difíceis, a União Europeia está ao lado das suas comunidades judaicas", afirma-se ainda no comunicado, citado na edição online do jornal britânico The Guardian.
O diário observa que o comunicado da Comissão Europeia faz apenas duas referências ao recrudescimento da islamofobia na Europa: "Temos de contrariar o crescimento do antissemitismo, tal como o crescimento do ódio anti-muçulmano que temos vindo a testemunhar nas últimas semanas - que não têm lugar na Europa. Em paralelo, temos de acelerar o reforço de legislação relevante para garantir que as plataformas online reajam rápida e eficazmente a conteúdos antissemitas ou anti-muçulmanos, seja conteúdo terrorista, discurso de ódio ou desinformação".
Telavive acusa Hamas de usar hospitais em Gaza para ocultar túneis
Em plena guerra entre Israel e as milícias palestinianas em Gaza, já no seu trigésimo dia, Hagari revelou, numa conferência de imprensa, dados dos seus serviços de informações e do Exército segundo os quais o Hospital Indonésio e o Hospital do Qatar, ambos no norte da Faixa, estão a ser usados "para atividades terroristas clandestinas do Hamas".
O porta-voz explicou que os dois centros médicos são usados como parte da estrutura do túnel subterrâneo dos combatentes do Hamas na Faixa de Gaza.
Em relação ao Hospital do Qatar, observou que no âmbito da sua ofensiva terrestre, os soldados israelitas descobriram que nas suas instalações havia "uma abertura para um túnel que é utilizado para atividades terroristas".
"Os terroristas também dispararam contra os nossos soldados de dentro do hospital", acrescentou Hagari, que reiterou a sua acusação de que o Hamas usa a população civil de Gaza como escudo humano, e denunciou que o grupo islamita "é fraco sem escudos humanos".
Por outro lado, também acusou o Hamas de ter construído o Hospital Indonésio, há anos, como esconderijo para o seu "centro de comando" entre as cidades de Beit Hanoun e Jabalia, no norte de Gaza, onde agora ocorrem combates no terreno desde o início da ofensiva terrestre israelita, que começou em 27 de outubro e em que já morreram 29 soldados israelitas.
Segundo Hagari, a prova de que o hospital estaria conectado à rede subterrânea das milícias é que Israel identificou pontos de lançamento de projéteis supostamente ligados à estrutura subterrânea a apenas 75 metros do próprio centro médico.
O Hamas "coloca armas debaixo de escolas, mesquitas, casas", acrescentou o porta-voz, que reiterou a acusação de que o principal hospital da Faixa, o Al Shifa, na cidade de Gaza, abriga, nos túneis, um quartel-general do Hamas.
Desde o início da guerra, em 07 de outubro, os palestinianos em Gaza denunciaram as repetidas ameaças de Israel de evacuar os centros de saúde sob ameaça de ataque, bem como os ataques nos seus arredores, que causaram danos, feridos ou mesmo mortes.
Na sexta-feira, um ataque israelita que atingiu ambulâncias em frente ao Hospital Shifa, em Gaza, fez 15 mortos.
Israel afirma que tenta minimizar as baixas civis e que ataca com base em informações de inteligência, enquanto os palestinianos e grupos de direitos humanos acusam Telavive de atacar indiscriminadamente locais densamente povoados.
Considerado terrorista pela UE, Estados Unidos e Israel, o grupo islamita palestiniano Hamas efetuou em 07 de outubro um ataque de dimensões sem precedentes em território israelita, fazendo mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.
Iniciou-se então uma forte retaliação de Israel àquele enclave palestiniano pobre, desde 2007 controlado pelo Hamas, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira o cerco à cidade de Gaza.
De acordo com o mais recente relatório do Hamas, divulgado hoje, 9.770 pessoas, incluindo 4.800 crianças e 2.550 mulheres, foram mortas na Faixa de Gaza desde 7 de outubro, em bombardeamentos de retaliação perpetrados por Israel.
Pelo menos 345 soldados israelitas foram mortos desde 7 de outubro, segundo o exército.
Drone israelita terá atingido carro civil, matando três crianças, noticia estação libanesa Al Mayadeen
Ruth Perez, que sofria de paralisia cerebral e distrofia muscular, estava dada como desaparecida desde 7 de outubro
Israel acusa Hamas de usar instalações médicas como bastiões militares
Em resposta às críticas das Nações Unidas, que reprovam Israel por sucessivos bombardeamentos nas proximidades de hospitais, o porta-voz militar israelita Daniel Hagari afirmou que os ataques em Gaza são conduzidos com base em dados dos serviços de informações e ao abrigo das leis internacionais. "Não queremos atingir hospitais e ambulâncias", frisou.
Segundo Daniel Hagari, o Hospital Al-Shifa, o maior da cidade de Gaza, assenta sobre um centro de comando do Hamas.
"Disse o que Portugal pensa e o que todos pensamos". Marcelo entre manifestantes pró-palestinianos
Foto: José Sena Goulão - Lusa
Sobre as palavras que transmitiu ao chefe da missão diplomática da Palestina em Portugal na sexta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que “disse o que Portugal pensa e o que todos pensamos”.
A outra manifestante, o presidente quis esclarecer que o que disse a Nabil Abuznaid foi que “um grupo começou agora mas, noutras ocasiões, outros grupos começaram”.
“Você devia ter vergonha”, apontou outro dos manifestantes, a quem Marcelo respondeu que não disse que foram os palestinianos quem começou a guerra, mas sim “um grupo”. “O senhor não é comentador, é o presidente de todos os portugueses. O senhor fala demais”, criticou o participante no protesto.
“Marcelo, aprende a história da Palestina” e "não são números, são pessoas" foram algumas das frases ouvidas na manifestação em Belém.
Enquanto caminhava por entre os participantes no protesto nos jardins de Belém, o chefe de Estado expressou por várias vezes que Portugal defende o “direito a haver um Estado palestiniano”, mas que, para tal, “tem de haver condições”.
“Quando há decisões tomadas ao longo de muito tempo pelas Nações Unidas, depois se não há condições para aplicar, isso depois questiona a própria autoridade das Nações Unidas”, acrescentou.
“Sei que culpam Israel por isto, mas desta vez foi alguém do vosso lado que começou”, afirmou então o presidente. Na mesma troca de palavras, Marcelo disse saber que os palestinianos vivem sob ocupação há décadas, mas continuou a defender que “não deviam ter começado isto”.
Primeiro-ministro israelita volta a fechar a porta a cessar-fogo sem libertação de reféns
Balanço de vítimas de explosão no campo de refugiados aponta para 52 mortos
O tenente-coronel Peter Lerner, porta-voz do Tsahal, não quis confirmar, ouvido pela BBC, se a explosão no campo de Al-Maghazi foi causada pelos bombardeamentos israelitas. Afirmou que a situação no sul da Faixa de Gaza "é definitivamente mais segura".
Mark Regev, conselheiro do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, reforça a posição transmitida no sábado a Antony Blinken
Questionado sobre as alegadas mortes de 60 reféns durante os bombardeamentos israelitas sobre Gaza, reportadas no sábado pelo Hamas, Regev é taxativo: "Não posso confirmar. Acredito que é parte da propaganda psicológica do Hamas".
"Eles querem que paremos de os atingir e portanto dizem-nos que estamos a matar os nossos. É nisso que querem que acreditemos. Obviamente, isso não é verdade", acentua.
Quanto às exigências de luz verde do Estado hebraico à entrada de combustível em Gaza, o conselheiro do primeiro-ministro israelita sublinha que está autorizado o acesso ilimitado para alimentos, medicamentos e água.
"O combustível é mais sensível, porque pode servir para geradores de hospitais - o que é bom - mas pode também abastecer a máquina militar do Hamas, especificamente a capacidade de dispararem rockets contra Israel", contrapõe.
Dezenas de mortos em novo ataque israelita contra campo de refugiados
Foto: Haitham Imad - EPA
Situação dos reféns "é prioridade muito grande para a sociedade israelita"
Cessar-fogo em Gaza "parece muito mais longe"
Egito denuncia "dificuldades logísticas" para levar ajuda humanitária a Gaza
A denúncia foi feita pelo ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito, Sameh Shukri, durante uma reunião no Cairo, com a diretora executiva do Programa Alimentar Mundial (PAM), Cindy McCain, referiu em comunicado de imprensa.
“Além do bombardeamento israelita do outro lado, [na fronteira em Rafah], Israel impõe restrições logísticas que dificultam a chegada de ajuda à Faixa” de Gaza, referiu no documento.
Segundo o Egito, desde que a passagem por Rafah foi aberta, há duas semanas, os camiões com ajuda humanitária - com água, alimentos, medicamentos e material médico – dirigem-se primeiro à passagem de Awja, entre o Egito e Israel, para serem inspecionados pelas autoridades israelitas.
Posteriormente, os camiões regressam a Rafah, por via terrestre, mas apenas aqueles que obtiveram autorização israelita, indica a mesma fonte do governo do Cairo, que considerou como “um abrandamento” no processo de fornecimento da ajuda humanitária.
A reunião entre Sameh Shuki e Cindy McCain também abordou “a deterioração das condições em Gaza e as crescentes necessidades humanitárias da população”, ao mesmo tempo que enfatizou como atuar para “adaptar-se à dimensão e ao alcance da crise humanitária na Faixa” de Gaza, segundo o documento.
O ministro disse ter explicado “à diretora executiva do PAM os esforços egípcios para levar ajuda humanitária a Gaza de forma direta e através das facilidades que concede aos governos e às agências doadoras”.
Dezenas de milhares de indonésios manifestam-se para pedir fim da guerra em Gaza
"Israel é o verdadeiro terrorista", "parem o genocídio em Gaza" e "apoiamos Gaza, Palestina livre" são algumas das mensagens nas faixas da manifestação em que muitos agitaram a bandeira palestiniana na capital indonésia, o país com o maior número de muçulmanos do mundo.
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Indonésia, Retno Marsudi, e a candidata presidencial Anies Baswedan, bem como outros líderes políticos e religiosos, participaram na marcha que terminou no Monumento Nacional.
Vários grupos religiosos emitiram uma declaração conjunta, na qual exigem o fim imediato da guerra e uma investigação internacional sobre alegados "crimes de guerra e crimes contra a humanidade" que Israel possa ter cometido.
A 07 de outubro, o Hamas -- classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - efetuou um ataque de dimensões sem precedentes a território israelita, fazendo mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.
Iniciou-se então uma forte retaliação de Israel àquele enclave palestiniano pobre, desde 2007 controlado pelo Hamas, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira o cerco à cidade de Gaza.
Em 27 de outubro, Israel iniciou uma incursão terrestre que já avançou até à Cidade de Gaza, a principal cidade da Faixa de Gaza.
Os Estados Unidos, a Austrália, o Canadá e a União Europeia, entre outros, apelaram a pausas humanitárias para permitir a entrada de ajuda humanitária, mas Israel, que mantém um bloqueio a Gaza, recusa.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, rejeita um eventual cessar-fogo temporário em Gaza se a libertação dos 241 reféns do Hamas não for garantida.
Mais de 300 americanos saíram de Gaza
Presidente turco assume missão de salvar palestinianos da "opressão de Israel"
"É nosso dever salvar os nossos irmãos palestinianos da opressão de Israel, parar os massacres que estão a ser cometidos em Gaza à vista de todo o mundo", disse o Presidente turco durante a inauguração de uma residência para idosos na província de Rize.
Ajuda que entra em Gaza "longe" de ser suficiente
"Precisamos de continuar a trabalhar em conjunto para conseguir um acesso seguro e sustentado a Gaza, a uma escala que esteja de acordo com as condições catastróficas que as famílias enfrentam no local", afirmou McCain, depois de visitar o posto fronteiriço de Rafah, através do qual um número limitado de camiões de ajuda humanitária foi autorizado a entrar em Gaza.
Turquia discutiu situação em Gaza com Jordânia e Egito
Fidan trocou pontos de vista sobre "a cessação dos ataques contra a população civil em Gaza" e sobre a obtenção de um cessar-fogo urgente, disse a fonte.
Fidan também discutiu com o ministro egípcio dos Negócios Estrangeiros, Sameh Shoukry, os esforços para garantir o fornecimento contínuo e sem entraves de ajuda humanitária a Gaza, acrescentou a fonte.
Na segunda-feira, Fidan vai encontrar-se em Ancara com o Secretário de Estado norte-americano Antony Blinken.
Líder palestiniano fala em genocídio do seu povo em encontro com Blinken
"Encontramo-nos de novo em circunstâncias extremamente difíceis. Não tenho palavras para descrever a guerra de genocídio, a destruição que está a sofrer o nosso povo palestiniano em Gaza às mãos da máquina de guerra israelita, sem ter em conta as normas do direito internacional", afirmou Abbas, citado pela agência de notícias da Palestina Wafa.
O líder palestiniano e o secretário de Estado Antony Blinken, estiveram hoje reunidos na sede da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), em Ramallah, sendo esta a primeira vez que o chefe da diplomacia dos EUA se desloca à Cisjordânia ocupada desde o início da guerra, em 7 de outubro.
Este encontro não constava da agenda nem foi previamente anunciado, tendo terminado sem declarações, segundo a AP.
Mais de 9.700 mortos desde o início do conflito
Segundo o ministério, 2.550 dos mortos desde 7 de outubro são mulheres.
Papa apela a cessar-fogo e libertação de reféns
"Continuo a pensar na grave situação na Palestina e em Israel, onde tantas pessoas perderam a vida", disse após a oração do Angelus perante milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro. Francisco recordou ainda que muitos dos reféns são crianças.
"Peço-vos, em nome de Deus, que parem, que cessem o fogo. Espero que sejam exploradas todas as possibilidades para que se evite absolutamente um alargamento do conflito, para que os feridos possam ser ajudados, para que a ajuda possa chegar a Gaza, onde a situação humanitária é muito grave, e para que os reféns possam ser libertados imediatamente", continuou.
EUA "serão duramente atingidos" se não houver cessar-fogo em Gaza
"O nosso conselho para os americanos é que parem imediatamente a guerra em Gaza e implementem um cessar-fogo, caso contrário serão duramente atingidos", disse Mohammad-Reza Ashtiani.
O Irão considera que os EUA estão "militarmente envolvidos" no conflito.
Programa alimentar assume urgência no abastecimento de alimentos em Gaza
Cindy McCain, que visitou a passagem fronteiriça em Rafah, Egito, constatou que "embora tenha havido um aumento constante de ajuda a entrar em Gaza, não é suficiente para satisfazer as necessidades exponencialmente crescentes".
Numa nota de imprensa do programa da organização da ONU com sede em Roma, Itália, a diretora defendeu que, "neste momento, os pais em Gaza não sabem se conseguem alimentar os seus filhos hoje e se sobreviverão para os ver amanhã".
"O sofrimento a poucos metros de distância é incompreensível deste lado da fronteira. Hoje faço um apelo urgente pelos milhões de pessoas cujas vidas estão a ser destruídas por esta crise", exortou.
A diretora do programa valorizou "todos os esforços [do Egito] para facilitar um fluxo constante de fornecimento humanitário através da sua fronteira com Gaza" assim como o trabalho da organização Crescente Vermelho.
Mas, acrescentou, "é necessário continuar a trabalhar juntos para conseguir um acesso seguro e protegido a Gaza a uma escala alinhada com as condições catastróficas que as famílias ali enfrentam".
"A crise em Gaza não é só uma tragédia local, é uma crua lembrança de que a nossa crise alimentar global está a piorar. Esta crise não só ameaça a paz e a estabilidade regionais, como também mina os nossos esforços coletivos para combater a fome em todo o mundo", considerou Cindy McCain.
O Programa Alimentar Mundial está a aumentar esforços para, nas próximas semanas, chegar urgentemente com alimentos a mais de um milhão de pessoas. Até agora mais de 650.000 pessoas em Gaza e na Cisjordânia receberam assistência alimentar, desde o início do conflito, em 07 de outubro.
Esta organização distribui diariamente pão fresco, barras de tâmaras e comida enlatada a famílias nos refúgios da ONU e ainda cestas de alimentos às famílias deslocadas nas comunidades anfitriãs.
O programa também continua a transferir dinheiro para quem possa comprar alimentos disponíveis em lojas que ainda estão abertas.
Autoridade Palestiniana diz que é necessário cessar-fogo imediato em Gaza
"O Secretário também expressou o compromisso dos Estados Unidos em trabalhar para a realização das aspirações legítimas dos palestinianos para o estabelecimento de um Estado palestiniano", disse Miller.
Blinken sugeriu ainda que uma "Autoridade Palestiniana eficaz e revitalizada" seria a melhor opção para gerir a faixa de separação, mas admitiu que outros países e agências internacionais desempenhariam provavelmente um papel na segurança e na governação durante o período de transição.
A visita de Antony Blinken à Cisjordânia não foi anunciada e o encontro com o presidente palestiniano durou cerca de uma hora. No final, não prestaram declarações aos jornalistas.
França apela a "trégua humanitária imediata"
"Uma trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada é absolutamente necessária e deve conduzir a um cessar-fogo", declarou a chefe da diplomacia francesa no final de uma reunião em Doha com o seu homólogo do Catar.
Catherine Colonna sublinhou que a França está a trabalhar para que um texto nesse sentido seja adotado pelo Conselho de Segurança da ONU, que se encontra muito dividido sobre o assunto desde o início da guerra.
Segundo a chefe da Diplomacia francesa já morreram demasiados civis nos ataques israelitas a Gaza e “as escolas, hospitais, trabalhadores humanitários e jornalistas devem ser protegidos”
Colonna acrescentou que uma conferência humanitária internacional, que terá lugar em França a 9 de novembro, abordará o respeito pelo direito internacional, as necessidades básicas como a saúde, a água, a energia e a alimentação, e apelará a ações concretas para os civis em Gaza.
Mais de 100 ataques contra instalações de saúde em Gaza desde 7 de outubro
“Desde 7 de outubro, a OMS documentou 102 ataques a instalações de cuidados de saúde na Faixa de Gaza. Os ataques resultaram em 504 mortes, 459 feridos, danos em 39 instalações e afetaram 31 ambulâncias”, escreveu a Organização Mundial de Saúde nas redes sociais.
“Mais de metade dos ataques à saúde e mais de metade dos hospitais danificados ocorreram na Cidade de Gaza. Os cuidados de saúde não são um alvo. A OMS apela à proteção ativa dos civis e dos cuidados de saúde”.Since 7 October, WHO has documented 102 attacks on health care in the Gaza Strip.
— WHO in occupied Palestinian territory (@WHOoPt) November 5, 2023
Attacks have resulted in 504 fatalities, 459 injuries, damage to 39 facilities and affected 31 ambulances.
Over half of health attacks and over a half of hospitals damaged were in Gaza City.… pic.twitter.com/tcxgfcdUln
Antony Blinken reunido com o presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, em Ramallah
É a primeira vez que o Secretário de Estado americano visita a Cisjordânia ocupada desde o início da guerra, a 7 de outubro, desencadeada por um ataque sangrento do Hamas em solo israelita, depois de ter efetuado várias viagens a Israel e à Jordânia.
Líder da oposição israelita pede demissão imediata do ministro do Património
“Uma declaração chocante e louca de um ministro irresponsável. Ele prejudicou as famílias dos raptados, prejudicou a sociedade israelita e prejudicou a nossa posição internacional. A presença de extremistas no governo coloca-nos em perigo e o sucesso dos objetivos de guerra - a vitória sobre o Hamas e o regresso dos raptados. Netanyahu deve demiti-lo esta manhã”, escreveu o ex-primeiro-ministro na rede X.אמירה מזעזעת ומטורפת של שר חסר אחריות. הוא פגע במשפחות החטופים, פגע בחברה הישראלית ופגע במעמדנו הבינלאומי.
— יאיר לפיד - Yair Lapid (@yairlapid) November 5, 2023
הנוכחות של הקיצוניים בממשלה מסכנת אותנו ואת הצלחת המטרות המלחמה - ניצחון חמאס והחזרת החטופים.
נתניהו חייב לפטר אותו עוד הבוקר. pic.twitter.com/hJhk9LUq9a
Vinte e um palestinianos de uma só família mortos por alvos israelitas
Novo balanço. Ataque a campo de refugiados de Maghazi faz 45 mortos
"O número de mártires do massacre de Maghazi aumentou para 45", refere a informação divulgada pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, citada pela AFP.
Num primeiro balanço, o porta-voz do ministério, Asraf Al-Qudra, tinha indicado que "mais de 30 mártires" foram levados para o hospital "após o massacre cometido" naquele campo de refugiados.
A maioria das vítimas "são crianças e mulheres", afirmou o ministério indicando que foram diretamente visadas habitações.
Muhammad Alaloul, fotógrafo e jornalista da agência noticiosa turca Anadolu, cuja casa ficou parcialmente destruída, disse à AFP que os seus quatro filhos, Ahmed, Quais, Rahaf e Kenan, bem como quatro dos seus irmãos foram mortos nos bombardeamentos.
Quando questionado, um porta-voz do exército israelita disse que estava a verificar se as forças israelitas estavam a operar na zona do campo de Maghazi.
Segundo o Hamas, um dos bombardeamentos israelitas atingiu no sábado uma escola da ONU que albergava palestinianos deslocados do campo de refugiados Jabaliya, matando 15 pessoas.
Na sexta-feira à noite, o Hamas tinha também dito que um ataque a uma escola que estava a ser usada como abrigo improvisado para deslocados no norte da Faixa de Gaza matou 20 pessoas e deixando ainda dezenas de feridos.
Num balanço efetuado no sábado, o Ministério da Saúde de Gaza adiantou que até essa data tinham sido mortas 9.488 pessoas, incluindo 3.900 crianças, na Faixa de Gaza desde o início da guerra com Israel.
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Três palestinianos mortos na Cisjordânia
Dois palestinianos, de 22 e 20 anos de idade, foram mortos "no ataque das forças de ocupação israelitas a Abu Dis", uma cidade palestiniana separada de Jerusalém apenas pelo muro israelita que circunda a Cisjordânia, revelou o ministério da Autoridade Palestiniana, com sede em Ramallah.
Um deles foi atingido mortalmente por "uma bala no peito" e "seis outros ficaram feridos, três deles gravemente".
Mais a sul, outro jovem palestiniano foi "morto por balas israelitas em Nuba, a noroeste de Hebron", a grande cidade no sul da Cisjordânia.
Além disso, um palestiniano de 17 anos "sucumbiu aos ferimentos depois de ter sido atingido por balas dos ocupantes israelitas há vários dias em al-Eizariyeh", também nos arredores de Jerusalém, segundo a mesma fonte.
Desde o início da guerra desencadeada em 7 de outubro pelo ataque mortal do Hamas contra Israel, mais de 150 palestinianos foram mortos na Cisjordânia ocupada por soldados ou colonos israelitas, segundo o Ministério da Saúde.
Netanyahu descarta hipótese de bomba nuclear
O ministro do Património, Amichai Eliyahu, do partido Otzma Yehudit, foi citado pelo Times of Israel como tendo dito, numa entrevista à Rádio Kol Berama, que o povo palestiniano "pode ir para a Irlanda ou para os desertos, os monstros de Gaza devem encontrar uma solução por si próprios", acrescentando que aqueles que agitam uma bandeira palestiniana ou do Hamas "não devem continuar a viver à face da terra".
O jornal cita que o lançamento de uma bomba nuclear na Faixa de Gaza "é uma das possibilidades" e que a ajuda humanitária à população deve ser restringida, afirmando que "não daríamos ajuda humanitária aos nazis. Não existem civis não envolvidos em Gaza".
Este domingo o primeiro-ministro usou as redes sociais para descartar tal possibilidade.
Prime Minister Benjamin Netanyahu:
— Prime Minister of Israel (@IsraeliPM) November 5, 2023
Minister Amihai Eliyahu's statements are not based in reality. Israel and the IDF are operating in accordance with the highest standards of international law to avoid harming innocents. We will continue to do so until our victory.
Hamas afirma que ataques israelitas mataram mais de 60 reféns
A 26 de outubro, o Hamas já tinha anunciado a morte de mais de 50 reféns dos 241 que se acredita estarem nas mãos das Brigadas Al Qasam e de outros grupos armados palestinianos que operam na Faixa de Gaza.
Na breve nota, o Movimento islamita acrescenta que os 23 corpos dos reféns que continuam desaparecidos sob os escombros podem nunca ser resgatados "devido à contínua e brutal agressão da ocupação contra Gaza".
O Hamas não identifica as vítimas, nem avança mais detalhes.
Exército diz que atacou 2.500 alvos do Hamas desde início de incursão terrestre
"Desde o início das operações terrestres na Faixa de Gaza, o exército atacou mais de 2.500 alvos terroristas", informaram as Forças de Defesa de Israel em comunicado.
Os soldados continuam a matar "terroristas" em combates corpo a corpo, sublinha a nota, acrescentando ainda que a força aérea atingiu infraestruturas do Hamas, depósitos de armas, postos de observação e centros de comando e controlo do grupo islamita na Faixa de Gaza.
O movimento islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza, território palestiniano, lançou em 07 de outubro um ataque sem precedentes contra Israel, causando a morte de mais de 1.400 pessoas e fazendo 241 reféns, segundo as autoridades israelitas.
Israel tem retaliado com ataques contra Gaza, que já mataram mais de nove mil pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas.
Ponto da situação
- Fontes palestinianas acusaram Israel por um bombardeamento ao campo de refugiados de Maghazi, no sábado à noite, no centro da Faixa de Gaza, indicando que terá provocado dezenas de mortos. Segundo a agência de notícias palestiniana WAFA, um ataque aéreo israelita provocou pelo menos 51 mortos, mas o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas refere mais de 30 vítimas mortais, segundo a AFP;
- A maioria das vítimas “são crianças e mulheres”, afirma o ministério na rede social Telegram, indicando que foram diretamente visadas habitações. Uma testemunha ocular disse à AFP que várias casas foram atingidas por um ataque aéreo. Segundo a WAFA, vários aviões de combate das forças israelitas atacaram uma casa de família, deixando-a destruída, causando danos às casas e infraestruturas vizinhas;
- Os aviões israelitas também terão atacado outros bairros localizados no norte e oeste de Gaza, relata a agência. Da mesma forma, pelo menos outros 15 ataques foram registados nas proximidades de um hospital localizado no norte do território de Gaza;
- Também no norte, os bombardeamentos israelitas danificaram um dos principais poços da região, em Tal al Zaatar, segundo a WAFA. Estes ataques somam-se ao ataque perpetrado no sábado à tarde contra uma escola do campo de refugiados de Yabalia, no qual pelo menos 20 pessoas morreram e outras 70 ficaram feridas;
- Manifestantes pró-palestinianos organizaram protestos no sábado em cidades de todo o mundo - incluindo Londres, Berlim, Paris, Istambul, Washington e Sydney - para exigir um cessar-fogo.
- O Crescente Vermelho Palestiniano recebeu 30 camiões de ajuda humanitária que entraram em Gaza através do posto fronteiriço de Rafah no sábado. Três foram entregues à Cruz Vermelha e 19 à UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinianos. Oito camiões do Crescente Vermelho Egício foram entregues ao Crescente Vermelho Palestiniano;
- O governo de Gaza, dirigido pelo Hamas, suspendeu no sábado a evacuação para o Egito dos titulares de passaportes estrangeiros, depois de Israel ter recusado a evacuação de alguns palestinianos feridos para hospitais egípcios, revelou um funcionário da fronteira;
- O presidente dos EUA, Joe Biden, assinalou no sábado a existência de pequenos sinais de progresso no sentido de uma pausa humanitária na guerra entre Israel e o Hamas. Os responsáveis norte-americanos têm vindo a insistir numa pausa, mas até agora com pouco impacto.