Josep Borrel diz que UE vai treinar mais 15.000 tropas ucranianas num "país vizinho"
À saída da uma reunião informal de ministros da Defesa da União Europeia, Josep Borrel, responsável da UE para as relações externas, anunciou que os Estados-membros acordaram em treinar mais 15.000 soldados ucranianos.
Este treino deverá realizar-se o mais depressa possível, num país próximo da Ucrânia mas não em território ucraniano, sublinhou Borrell. O objetivo é treinar ao todo 75.000 tropas ucranianas até ao final do ano.
Desde a invasão russa em fevereiro de 2022, a União Europeia já treinou
cerca de 60.000 soldados ucranianos e vai treinar mais 15.000 até ao
fim de 2024.
Kiev tinha solicitado que esse treino se realizasse no país, argumentando que seria mais rápido, com menos custos e logisticamente mais simples, mas o bloco rejeitou essa hipótese, invocando razões de segurança e questionando se essa eventualidade não iria desviar meios essenciais ucranianos para proteger os treinadores.
"Alguns Estados-membros estão prontos, outros relutantes", afirmou Borrell aos repórteres após a reunião. "No fim, decidimos que o treino deverá ter lugar o mais próximo possível da Ucrânia, mas não em território ucraniano".
O espanhol frisou que, pessoalmente, estava favorável à sugestão de Kiev. "Porque não?". Estariam "mais perto do ambiente no qual terão de combater, Poderia ser mais apropriado", explicou.
O espanhol frisou que, pessoalmente, estava favorável à sugestão de Kiev. "Porque não?". Estariam "mais perto do ambiente no qual terão de combater, Poderia ser mais apropriado", explicou.
Contudo, o envio de uma missão da União Europeia à Ucrânia iria requerer o acordo de todos os 27 membros do bloco.
Borrell revelou que propôs o estabelecimento de uma pequena célula de coordenação na Ucrânia em ligação com as forças ucranianas de forma a tornar mais eficaz o trabalho da UE.
A decisão desta sexta-feira não irá impedir Estados-membros, em grupo ou individualmente, de treinar tropas ucranianas dentro de território de Kiev. A França admitiu avançar com um projeto semelhante este ano, mas fontes diplomáticas contactadas pela agência Reuters, sublinham que não há sinais de que tal venha a concretizar-se tão cedo.
Borrel acrescentou que a UE providenciou cerca de 650.000 munições e mísseis à Ucrânia, ao abrigo de uma iniciativa lançada em março de 2023, cujo objetivo era entregar um milhão de munições em 12 meses.
"Estamos a acelerar cada vez mais ao produzir mais rapidamente", acrescentou. "A indústria está a incrementar a capacidade".
"Espero que o objetivo seja atingifo até ao final do ano", referiu.
com Reuters