O Memorial do Holocausto em França foi vandalizado com um `graffiti` pró-uigur no dia em que se recorda e homenageia as vítimas do genocídio nazi contra milhões de judeus.
A embaixada israelita em França publicou nas redes sociais uma fotografia do `graffiti` pró-uigur numa parede gravada com nomes de dezenas de milhares de vítimas francesas do Holocausto, expressando "horror e raiva" com o vandalismo "num dia tão simbólico".
A polícia de Paris indicou que o `graffiti` foi descoberto esta manhã, enquanto estavam a ser realizadas ou planeadas cerimónias em todo o mundo para marcar o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, comemorado no aniversário da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.
Embora a França assista a vandalismo ou violência antissemita de forma persistente, mas dispersa, o `graffiti` encontrado hoje não era explicitamente contra os judeus.
Incluía a mensagem "Uighur Lives Matter" ("A vida dos uigures importa"), numa referência ao tratamento dado pela China a essa minoria étnica, grande parte da qual é muçulmana.
O governo chinês deteve um milhão ou mais de membros de grupos minoritários étnicos turcos em Xinjiang, mantendo-os em campos de internamento e prisões no quais são submetidos a disciplina ideológica, forçados a renunciar à sua religião, idioma e vítimas de abusos físicos.
A China suspeita há anos que os uigures nutrem tendências separatistas.
O nacional-socialismo, implantado na Alemanha em 1933 na sequência da ascensão, com o apoio das elites alemãs, de Adolf Hitler ao poder, estabeleceu gradualmente um regime totalitário, no qual judeus, opositores políticos e outros elementos vistos como "indesejáveis" foram marginalizados, escravizados, presos e assassinados.
Mais de um milhão de crianças, dois milhões de mulheres e três milhões de homens judeus morreram durante esse período, genocídio que só terminaria com a derrota alemã na II Guerra Mundial, em 1945.