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Ministério dos Negócios Estrangeiros confirma quarto português na flotilha
O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) confirmou esta quinta-feira que há um quarto cidadão português a integrar a flotilha, que seguia no barco "Selvaggia". Depois de receber autorização da família, o Governo confirmou que o quarto português é Diogo Chaves.
Até ao momento havia informação de apenas três portugueses que seguiam na flotilha com ajuda humanitária com destino a Gaza. São eles a porta-voz do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e o ativista Miguel Duarte.
Todos foram detidos pelas forças israelitas depois de as embarcações terem sido intercetadas por Israel. O barco onde seguia o ativista Miguel Duarte foi intercetado durante a madrugada desta quinta-feira. Sofia Aparício e Mariana Mortagua foram detidas ao final do dia de quarta-feira.
Sabe-se agora que há um quarto português detido pelas forças israelitas. Chama-se Diogo Chaves.
Nas últimas horas, segundo Israel, todos os barcos da flotilha terão sido intercetados pelas forças israelitas no percurso para Gaza. "Nenhum dos barcos de provocação do Hamas-Sumud conseguiu entrar numa zona de combate ativa nem violar o bloqueio naval legal", disse o Ministério israelita dos Negócios Estrangeiros, num comunicado citado pela agência de notícias espanhola EFE.Um dos barcos da flotilha esteve a 11 quilómetros da costa de Gaza.
De acordo com o Ministério italiano dos Negócios Estrangeiros, as tripulações foram levadas para o porto de Ashdod e mantidas em centros de detenção específicos, onde poderão aceitar a expulsão voluntária imediata ou rejeitá-la e aguardar decisão judicial.
Em comunicado, a diplomacia israelita garante que os membros da flotilha humanitária que foram presos "estão seguros e de boa saúde" e indica que Israel vai iniciar os procedimentos de deportação para a Europa depois de os detidos serem transferidos para território israelita.
Para além dos quatro portugueses, também foram detidos 30 espanhóis, 22 italianos, 21 turcos, 12 malaios, 11 tunisinos, 11 brasileiros e dez franceses, bem como cidadãos dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, México e Colômbia, entre muitos outros.
Esta manhã, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, considerou que a "mensagem política" dos participantes está executada e disse esperar que "o retorno destes portugueses possa acontecer sem nenhum tipo de incidente".
O presidente da República vai receber, esta quinta-feira, uma delegação do Bloco de Esquerda a pedido do partido liderado por Mariana Mortágua.