Nagorno-Karabakh, uma guerra às portas da Europa

por RTP
Invólucro de rocket Reuters

O conflito com mais de 30 anos entre a Arménia e o Azerbaijão parecia estar silenciado, mas voltou a ouvir-se em setembro. Desde então, perderam-se centenas de vidas humanas e muitas outras estão deslocadas e em fuga.

O enclave territorial do auto-proclamado Estado de Nagorno-Karabakh terá sido atingido por um bombardeamento surpresa vindo do Azerbeijão, o que desencadeou o uso de armas de longo alcance adquiridas na ultima década por ambos os lados. 

No início do séc. XX, este recanto montanhoso a sul do Cáucaso tinha uma população maioritariamente arménia mas em termos geográficos era território do Arzebaijão. Da Rússia, em 1920, chegou a ordem implementada pela força, mas o fim da URSS na década de 90 do século passado, traçou a insegurança da região.

O conflito entre os dois Estados assenta em avanços e recuos armados na tentativa de incorporarem esta região nas fronteiras respectivas. Os acordos de paz quase sempre são desrespeitados e os aliados têm agendas próprias. 

Thomas de Waal, analista de Política Internacional, na publicação The Guardian, explica quais as forças que tiram proveito desta luta territorial: os nacionalistas na Turquia de Erdogan, que apoiam o Azerbaijão, e a indústria de armamento da Rússia de Putin, que fornece os arsenais dos dois lados.
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