Mundo
Guerra na Ucrânia
Noruega acusa Rússia de ter violado três vezes o seu espaço aéreo. NATO apela que Moscovo trave a escalada
As autoridades norueguesas acusaram esta terça-feira a Rússia de ter violado três vezes o seu espaço aéreo este ano, mas ressalvou que não está claro se as violações foram deliberadas ou resultado de erros de navegação. Face às sucessivas violações do espaço aéreo europeu, a NATO apela uma desescalada por parte de Moscovo.
O primeiro-ministro noruguês, Jonas Gahr Støre, afirmou em comunicado que "a Rússia violou o espaço aéreo norueguês três vezes nesta primavera e
neste verão". A Noruega, que partilha uma fronteira marítima e 198 km de fronteira terrestre com a Rússia, classificou os incidentes como "inaceitáveis".
"Não podemos determinar se foi um ato deliberado ou um erro de navegação. Seja qual for a causa, isso continua a ser inaceitável, e deixámos isso claro às autoridades russas", acrescentou.
"Não podemos determinar se foi um ato deliberado ou um erro de navegação. Seja qual for a causa, isso continua a ser inaceitável, e deixámos isso claro às autoridades russas", acrescentou.
As três violações do espaço aéreo, no mar e sobre terra, ocorreram após uma década inteira sem incidentes comparáveis: a primeira remonta a 25 de abril, quando um caça russo SU-24 atravessou o espaço aéreo norueguês durante quatro minutos, depois a 24 de julho um avião de transporte L410 Turbolet durante três minutos e mais recentemente, a 18 de julho, um caça SU-33 durante um minuto, explicou o governo.
"Os incidentes na Noruega são de menor magnitude do que os ocorridos na Estónia, Polónia e Roménia, tanto em termos de localização como de duração", precisou Støre. "No entanto, continuam a ser eventos que levamos muito a sério", acrescentou.
NATO apela a cessar da escalada
Após uma reunião dos seus representantes esta terça-feira, em Bruxelas, a Aliança Atlântica advertiu que Moscovo deve cessar a "escalada" após uma série de violações do espaço aéreo da NATO por aviões e drones nos últimos dias.
"A Rússia é totalmente responsável por estas ações, que são suscetíveis
de conduzir a uma escalada, podem dar origem a erros de avaliação e
colocam vidas em perigo. Tudo isto tem de parar", alertou a NATO em
comunicado.
c/agências