Ainda de acordo com a empresa, as imagens foram capturadas na quinta-feira e sucedem-se a outas registadas a 10 de março, que mostram sinais de escavação nos terrenos da Igreja de Santo André e Pyervozvannoho Todos os Santos.
Ainda não foram divulgadas informações oficiais sobre as explosões.
Outros relatos, não confirmados, dão conta de explosões na cidade ocidental de Ternopil, na Ucrânia.
Uma pessoa morreu e três ficaram feridas hoje num ataque russo a um hospital em Rubizhne, no leste da Ucrânia, informou o governador regional, Sergei Gaïdaï, no Telegram, sem adiantar mais detalhes.
"Um projétil inimigo atingiu o hospital Roubizhne", acrescentou o governador no Telegram, colocando uma foto de equipas de resgate a escavar nos escombros.
Esta localidade perto de Lugansk, na região do Donbass, já foi alvo de inúmeros ataques desde o início da invasão russa.
A cidade de Irpin está sem água nem luz e ainda bastante insegura dadas as operações de limpeza de minas e explosivos. A companhia de abastecimento de água foi destruída, com um prejuízo que pode chegar aos 30 milhões de euros. Os quatro mil habitantes que permaneceram na cidade têm vivido em abrigos subterrâneos.
A reportagem da RTP deslocou-se a Irpin e não encontrou um nível de atrocidade idêntico ao de Bucha. As duas localidades estiveram ocupadas e isoladas pelas forças russas.
A jornalista Cândida Pinto refere que a situação em torno de Kiev não está totalmente estável.
O objetivo do ataque foi destruir as infraestruturas de combustíveis que abastecem o exército ucraniano na frente de batalha em Mykolaev.
Os enviados especiais da RTP a Odessa José Manuel Rosendo e Sérgio Ramos verificaram que os moradores têm alguma ansiedade em relação a novos ataques russos.
A Ucrânia acusa as tropas russas de genocídio e massacre deliberado de centenas de civis em várias cidades perto de Kiev. O ministério russo da Defesa refere que os relatos das atrocidades são falsos.
No Ocidente, a reação foi de choque e condenação dos alegados crimes de guerra. Algumas das imagens podem chocar os telespectadores mais sensíveis.
As imagens que chegam da cidade ucraniana de Bucha e outras áreas desocupadas pelas forças russas são "horríveis", escreve a embaixada dos EUA em Kiev no Twitter.
"O governo dos EUA está comprometido em procurar a responsabilização usando todas as ferramentas disponíveis. Não podemos ficar quietos, o mundo precisa saber o que aconteceu e todos devemos agir", refere a embaixada.
Horror é a palavra mais usada nas reações. As comunidades internacional e europeia querem agora que os culpados sejam responsabilizados, como conta a correspondente da Antena 1 em Bruxelas, Andrea Neves.
O Ministério russo da Defesa nega as acusações ucranianas.
"Este mecanismo irá ajudar a Ucrânia e o mundo a levar à justiça aqueles que iniciaram ou participaram de alguma forma nesta terrível guerra contra o povo ucraniano e crimes contra o nosso povo", explicou Zelensky, numa mensagem de vídeo.
O governante disse que os líderes russos deveriam ser responsabilizados pelos "assassinatos" e "tortura" em Bucha, onde muitos civis foram mortos.
"Quero que todos os líderes da Federação Russa vejam como as suas ordens são executadas. Esse tipo de ordem (...) Eles têm uma responsabilidade comum. Por esses assassinatos, por essas torturas (…) pelas balas disparadas na nuca”, disse.
O presidente ucraniano afirmou que "é hora de fazer tudo para que os crimes de guerra do exército russo sejam a última manifestação desse mal na terra".
"Centenas de pessoas foram mortas. Civis torturados e massacrados. (...) Até os corpos dos mortos foram extraídos", disse, acrescentando querer “que cada mãe de cada soldado russo veja os corpos dos mortos em Bucha, Irpin, Gostomel", cidades da região de Kiev recapturadas pelas tropas ucranianas após a retirada das forças russas.
O presidente ucraniano dirigiu-se diretamente às "mães russas" que, apontou, criaram "torturadores", "privados de tudo o que é humano" que "matam deliberadamente e com prazer".
Zelensky também criticou a "recusa oculta" da NATO em 2008 de aceitar a Ucrânia por causa do "medo absurdo de certos líderes políticos em relação" a Moscovo, que "achavam que rejeitando a Ucrânia poderiam apaziguar a Rússia".
"Convido a Sra. Merkel [ex-chanceler alemã] e o Sr. Sarkozy [ex-Presidente francês] para visitar Bucha e ver o que a política de concessões em relação à Rússia alcançou", afirmou Zelensky. "Não culpamos o Ocidente. Não culpamos ninguém além dos militares russos (...) e aqueles que lhes deram ordens", acrescentou.
É chocante a brutalidade das imagens que nos chegam de Bucha. Condenamos veementemente estas atrocidades contra civis. Uma barbaridade inaceitável que tem de ser veementemente punida pela justiça internacional. #BuchaMassacre
— António Costa (@antoniocostapm) April 3, 2022
"É essencial que uma investigação independente permita encontrar os responsáveis", acrescentou num breve comunicado à imprensa.
I am deeply shocked by the images of civilians killed in Bucha, Ukraine.
— António Guterres (@antonioguterres) April 3, 2022
It is essential that an independent investigation leads to effective accountability.
"À noite, os ocupantes bombardearam o distrito de Slobidsky, em Kharkiv", referiu o governador Oleh Synyehubov no Telegram.
"Infelizmente, há mortos e feridos entre a população civil. Neste momento, há 23 vítimas, incluindo crianças. Os números estão a ser apurados", acrescentou.
Cidade fechada na estrada para Odessa, o maior porto da Ucrânia, Mikolaev foi fortemente atacada quando o exército russo tentou em vão tomá-la.
"O que se sabe até agora levanta claramente questões sérias e perturbadoras sobre possíveis crimes de guerra e graves violações do direito internacional humanitário", disse o gabinete de direitos humanos da ONU.
A Ucrânia acusou a Rússia de "genocídio", alegando ter encontrado os corpos de 410 civis na região de Kiev recentemente recapturada das forças de Moscovo.
Na cidade de Bucha, a noroeste de Kiev, cerca de 300 pessoas foram enterradas em valas comuns, segundo autoridades ucranianas.
O escritório de direitos humanos da ONU afirmou que a sua equipa no local ainda não conseguiu verificar as alegações.
O governante espanhol defendeu ainda que "os crimes de guerra devem ser investigados prontamente e os responsáveis devem ser punidos".
Em Bucha, cidade localizada a cerca de 30 quilómetros de Kiev, recentemente recuperada pelas forças ucranianas, dezenas de cadáveres foram encontrados nas ruas e enterrados em valas comuns, mas a Rússia negou hoje que as suas tropas tenham matado civis nesta cidade e assegurou que todas as fotografias e vídeos publicados pelo governo ucraniano são "uma provocação".
O presidente russo Vladimir "Putin e seus partidários sentirão as consequências" das suas ações, referiu Olaf Scholz em declarações aos jornalistas.
"Continuaremos a disponibilizar armas à Ucrânia para que o país possa defender-se contra a invasão russa", acrescentou.
A União Europeia deve discutir uma proibição de importação de gás russo na sequência das acusações aos militares russos de terem cometido atrocidades perto de Kiev, referiu o Ministério alemão da Defesa.
"Tem que haver uma resposta. Tais crimes não devem ficar sem resposta", referiu o ministério de Christine Lambrecht.
Boris Johnson promete intensificar as sanções e a ajuda militar à Ucrânia. "Farei tudo o que estiver ao meu alcance para matar de fome a máquina de guerra de Putin", afirmou Johnson em comunicado.
"Estamos a intensificar as nossas sanções e o apoio militar, bem como a reforçar o nosso pacote de apoio humanitário para ajudar os que mais precisam no terreno", acrescentou.
To the people of Ukraine: Slava Ukraini.
— Boris Johnson (@BorisJohnson) February 25, 2022
To the people of Russia: I do not believe this war is in your name.
This crisis, this tragedy, can and must come to an end. Because the world needs a free and sovereign Ukraine. pic.twitter.com/ijbAAb8G67
As tropas ucranianas encontraram corpos com sinais de tortura, mãos atadas e ferimentos de bala, após os soldados russos terem saído dos arredores da capital da Ucrânia, denunciaram este domingo as autoridades de Kiev.
Citadas pela agência Associated Press, as autoridades revelaram estar a documentar as evidências dos alegados crimes de guerra.
O conselheiro do Presidente ucraniano Oleksiy Arestovych disse que dezenas de moradores foram encontrados mortos nas ruas de Busha e nos subúrbios de Kiev, no que classificou como uma "cena de um filme de terror".
Algumas pessoas foram amarradas e baleadas na cabeça e os corpos mostram sinais de tortura, referiu Arestovych, notando que existem relatos de violações.
"O que aconteceu em Bucha e noutros subúrbios de Kiev só pode ser descrito como um genocídio", considerou o presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, em declarações ao jornal alemão Bild, apelando ao fim das importações de gás russo.
Os corpos de 410 civis foram encontrados em territórios da região de Kiev recentemente recuperados pelas forças ucranianas, anunciou a procuradora-geral da Ucrânia, em direto em vários canais de televisão.
"Os peritos forenses já examinaram 140 deles", acrescentou Iryna Venediktova.
A reacção às imagens de homens executados e valas comuns que chegam das zonas das quais os russos se estão a retirar é de horror.
"Todas as fotografias e todos os vídeos publicados pelo regime de Kiev, que alegadamente atestam algum tipo de "crime" por militares russos na cidade de Busha, são outra provocação", afirmou.
Dezenas de cadáveres foram encontrados nas ruas de Busha e enterrados em valas comuns mais de 50 corpos nesta cidade, que foi recentemente recuperada aos russos pelas tropas ucranianas.
Liz Truss exigiu a realização de um "inquérito por crimes de guerra".
Liz Truss assegurou que o Reino Unido defenderá a realização de um inquérito pelo Tribunal Penal Internacional e apelou de novo ao reforço das sanções contra a Rússia.
"Devemos esclarecer esses crimes cometidos pelo exército russo", disse o chefe do governo alemão, num comunicado divulgado hoje.
De acordo com Olaf Scholz, "os autores desses crimes e os seus patrocinadores devem ser responsabilizados".
O líder do executivo germânico exigiu, em particular, que as organizações internacionais tenham acesso à região para "documentar essas atrocidades".
Os corpos de 57 pessoas foram encontrados numa vala comum em Busha, disse uma das fonte das autoridades da região, ao mostrar o local a uma equipa da AFP.
O presidente ucraniano acusou o homólogo russo de cometer "um genocídio" com a invasão da Ucrânia.
O presidente ucraniano acusou o homólogo russo de cometer "um genocídio" com a invasão da Ucrânia. “Sim, é um genocídio. A eliminação de toda a nação. Nós temos mais de 100 nacionalidades. Trata-se de destruir e exterminar todas essas nacionalidades”, afirmou Volodymyr Zelensky, em declarações ao canal americano CBS.
A Ucrânia já tinha acusado a Rússia de cometer um “massacre deliberado” em Bucha, uma cidade no noroeste de Kiev, e outros “horrores” nas regiões que, entretanto, foram libertadas.
“Isto está a acontecer na Europa e no século XXI”, reiterou, sublinhando que “toda a nação está a ser torturada”.
O governante apelou à retirada das tropas russas do território ucraniano e à negociação entre as duas partes.
“Não posso ter sequer uma reunião enquanto a Rússia prossegue com os bombardeamentos. Quando decidirem um cessar-fogo, podemos encontrar-nos com o presidente russo”, Vladimir Putin, referiu.
15h07 - França condena "fortemente" massacre em Bucha
O presidente francês classificou de "insustentáveis" as imagens provenientes da cidade ucraniana de Bucha, onde foram encontrados centenas de cadáveres, e defendeu que as autoridades russas "devem responder por estes crimes".
Les images qui nous parviennent de Boutcha, ville libérée près de Kiev, sont insoutenables. Dans les rues, des centaines de civils lâchement assassinés. Ma compassion pour les victimes, ma solidarité avec les Ukrainiens. Les autorités russes devront répondre de ces crimes.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) April 3, 2022
"Tomei conhecimento de relatos de abusos massivos cometidos por forças russas em cidades ucranianas que ocuparam nas últimas semanas, em particular na localidade de Bucha. Condeno fortemente esses atos que constituem, se confirmados, crimes de guerra", declarou Jean-Yves Le Drian num comunicado enviado à agência de notícias France-Presse (AFP).
"Trabalharemos, em conjunto com os nossos parceiros, as autoridades ucranianas e os tribunais internacionais competentes, em particular o Tribunal Penal Internacional (TPI), para garantir que estes atos não fiquem impunes e que os responsáveis sejam julgados e condenados", acrescentou Le Drian.
A Ucrânia acusou exército russo de realizar um "massacre deliberado" em Bucha, uma cidade a noroeste de Kiev, bem como outros "horrores" nas regiões agora "libertadas do invasor", provocando indignação na Europa e ainda apelos por sanções adicionais contra Moscovo.
Bucha e a cidade vizinha Irpin, irreconhecível devido aos bombardeamentos, foram palco de alguns dos combates mais ferozes desde que a Rússia atacou a Ucrânia em 24 de fevereiro, quando os soldados russos tentaram cercar Kiev.
Segundo Le Drian, "deve-se manter e reforçar a pressão económica e internacional mais forte possível sobre a Rússia para obrigar as autoridades russas a por fim à guerra de agressão", pois o "custo humano e o impacto humanitário são cada dia mais graves".
"A França continua totalmente empenhada em contribuir para isso, em particular com seus parceiros europeus no âmbito da presidência francesa do Conselho da União Europeia (UE), bem como no G7, e continuará o seu apoio determinado às autoridades ucranianas, em todas as suas formas", acrescentou o ministro francês.
(agência Lusa)
O secretário-geral da Organização do Tratado Atlântico Norte (NATO) afirmou que os assassínios de civis na cidade de Bucha, recapturada recentemente pelos ucranianos ao exército russo, são "absolutamente inaceitáveis".
Os assassinatos de civis atribuídos ao exército russo em Bucha, perto da capital da Ucrânia, são "horríveis", afirmou Jens Stoltenberg, denunciando uma "brutalidade sem precedentes na Europa nas últimas décadas".
Em declarações à televisão americana CNN, Jens Stoltenberg considerou "absolutamente inaceitável que civis sejam alvejados e mortos", acrescentando que "isso realça a importância de acabar com esta guerra".
Questionado sobre a saída das forças russas da região de Kiev, o responsável da NATO referiu que não há lugar para otimismo, porque haverá "um possível aumento de ataques, especialmente no sul [da Ucrânia] e no leste".
"Aqui nesta longa vala, estão enterradas 57 pessoas", afirmou o chefe da proteção civil local, Serhii Kaplytchny, que organizou a retirada dos corpos.
O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, pediu o reforço das sanções económicas contra a Rússia, após um "terrível crime de guerra" que ocorreu em Bucha, na Ucrânia.
No sábado, foram descobertos vários cadáveres em Bucha, uma cidade no noroeste de Kiev, que foi, recentemente, recuperada aos russos.
"Este terrível crime de guerra não pode ficar sem resposta", defendeu Robert Habeck, em declarações ao jornal alemão Bild.
Perante isto, o ministro da Economia pediu o "fortalecimento" das sanções económicas da União Europeia contra a Rússia.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, acusou a Rússia este domingo de realizar um "massacre" deliberado na cidade de Bucha, nos arredores de Kiev, e pediu ao G7 que imponha novas sanções "devastadoras" a Moscovo.
"Ainda estamos a reunir e a procurar corpos, mas o número já chegou às centenas. Há cadáveres nas ruas. Mataram civis enquanto estavam lá e quando estavam a fugir dessas aldeias e cidades", disse no Twitter.
Não há grandes expectativas para a ronda negocial de amanhã. A Rússia fez saber que as concessões feitas pela Ucrânia não são suficientes para um encontro entre Putin e Zelenskyy, ou seja, não há qualquer acordo final de paz na calha.
Kiev recusa ceder território, num momento em que os Estados Unidos garantem que o Kremlin quer uma vitória militar a sul, a tempo dos desfiles de 9 de maio.
Ouvem-se ainda tiroteios de armas ligeiras na região de Kiev, embora a imagem geral seja de retomada de posições pelo exército ucraniano. À medida que retiram as tropas russas, encontram-se cadáveres de civis deixados para trás, e nomeadamente uma vala comum em Busha com cerca de 300 cadáveres.
Continuam a faltar a água e a energia eléctrica e continuam a causar preocupação as minas deixadas no terreno pelas tropas russas. No balanço, ficam grande destruição de infraestruturas e perdas humanas.
Irpin, uma cidade com cerca de 40.000 habitantes tem nesta altura umas 4.000 pessoas.
As forças russas destruíram no sábado a refinaria de Kremenchuk, no centro da Ucrânia e a maior do país, bem como os tanques de combustível e lubrificantes que cercam a refinaria, divulgou hoje a agência de notícias polaca PAP.
"O fogo foi extinto, mas a central foi completamente destruída e não pode continuar a funcionar", disse o responsável da administração militar da região de Poltava, Dmitro Lunin, citado pelo PAP.
Lunin informou que várias pessoas ficaram feridas no ataque e sofreram queimaduras graves, embora não corram risco de morte.
A presidente da Comissão Europeia também se referiu, no Twitter, aos testemunhos de "horrores" nas áreas da Ucrânia de onde as tropas russas estão a retirar.
"Uma investigação independente é necessária com urgência", escreveu, acrescentando: "Os perpetradores de crimes de guerra serão responsabilizados".
Appalled by reports of unspeakable horrors in areas from which Russia is withdrawing.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) April 3, 2022
An independent investigation is urgently needed.
Perpetrators of war crimes will be held accountable.
Vários mísseis russos atingiram o porto ucraniano de Mykolaiv, no Mar Negro, disse Anton Gerashchenko, assessor do Ministério do Interior do país, este domingo.
A guerra na Ucrânia causou já 4,17 milhões de refugiados, de acordo com números atualizados diariamente pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), adiantou a agência Efe.
Segundo a agência espanhola, que cita a ONU, o fluxo de refugiados abrandou ligeiramente nas últimas semanas, para menos de 50.000 pessoas por dia, depois de se ter registado um fluxo superior a 100.000 pessoas no inicio da invasão russa.
O chefe do grupo de negociações russo afirmou que a Ucrânia está a cumprir lentamente os acordos já alcançados entre as duas nações em Istambul, mas elogiou uma postura “mais realista” de Kiev face à ideia de estado neutro. Os serviços militares e diplomáticos ucranianos “avançam com um grande atraso, até mesmo no cumprimento dos acordos já alcançados a nível político”, disse o chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, citado pela agência russa Interfax.
“Relativamente aos preparativos para a redação de um acordo para uma cimeira [entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o da Ucrânia, Volodymyr Zelensky], lamentavelmente, não partilho do otimismo de [David] Arakhamia [negociador ucraniano]. No entanto, temos muito trabalho pela frente”, acrescentou.
Na mesma nota da agência Interfax, Medinsky notou que Kiev adotou “uma abordagem mais realista em questões relacionadas com a neutralidade e a desnuclearização da Ucrânia”, apesar de constatar que um projeto de acordo ainda não é possível entre os dois países.
A organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) denunciou hoje que em zonas da Ucrânia sob controlo da Rússia foram cometidas "execuções sumárias" e "outros abusos graves" que podem configurar crimes de guerra.
Num relatório hoje divulgado, a Organização Não Governamental (ONG) afirma ter documentado vários casos, entre 27 de fevereiro e 14 de março, em que as forças russas cometeram o que classificou de crimes de guerra contra civis em áreas ocupadas nas regiões de Chernobyl, Kharkiv e Kiev.
De acordo com uma declaração da organização, estes casos incluem uma violação, duas execuções sumárias (de seis homens numa ocasião e de um noutra), e outros casos de violência e ameaças contra civis.
(agência Lusa)
Shocked by haunting images of atrocities committed by Russian army in Kyiv liberated region #BuchaMassacre
— Charles Michel (@eucopresident) April 3, 2022
EU is assisting #Ukraine & NGO’s in gathering of necessary evidence for pursuit in international courts.
Further EU sanctions & support are on their way.
Слава Україні!
As forças navais russas mantêm bloqueado o acesso da Ucrânia ao Mar Negro e ao Mar de Azov, impedindo o reabastecimento do país por via marítima, refere um relatório de hoje do Ministério da Defesa britânico, avança a Efe.
Segundo a agência de notícias espanhola, a Defesa britânica considera que a Rússia mantém a capacidade para um ataque à Ucrânia por via marítima”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Grécia, Nikos Dendias, deverá deslocar-se "muito em breve" a Odessa, o principal porto ucraniano no Mar Negro bombardeado na manhã de hoje pelas forças russas, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros grego.
"O ministro deverá deslocar-se muito em breve a Odessa para levar ajuda humanitária, que será entregue às autoridades da cidade", e pretende discutir com os responsáveis locais "a criação de um mecanismo permanente de distribuição de ajuda humanitária", segundo o Ministério grego.
As forças ucranianas estão agora a reposicionar-se na região deixada pelas tropas russas, a norte de Kiev. Os militares estão a limpar barricadas e a inspecionar objetos suspeitos.
Continua a ser difícil retirar civis de Mariupol. Mais uma vez, falharam os corredores humanitários. A Rússia culpou a Cruz Vermelha por ações que diz terem sido desconstrutivas, mas o Comité Internacional anuncia que ainda está a tentar concretizar a operação de retirada de pessoas. A Cruz Vermelha sublinha, no entanto, que a situação no terreno é volátil e sujeita a rápidas mudanças.
A Rússia disse, este domingo, que as negociações de paz não avançaram o suficiente para uma reunião de líderes e que a posição de Moscovo sobre a Crimeia e Donbass permaneceu inalterada.
"O esboço do acordo não está pronto para ser submetido a uma reunião de líderes", disse o negociador-chefe russo, Vladimir Medinsky, no Telegram. "Repito várias vezes: a posição da Rússia sobre a Crimeia e Donbass permanece inalterada”.
O trabalho de retirada de pessoas, com a ajuda da Cruz Vermelha, de Mariupol continua este domingo, com autocarros a tentar aproximar-se da cidade sitiada, disse a vice-primeira-ministra ucraniana Iryna Vereshchuk.
"Sete autocarros vão tentar aproximar-se de Mariupol, acompanhados pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha", disse Vereshchuks num vídeo online.
O Ministério da Defesa russo disse que os seus ataques com mísseis destruíram uma refinaria de petróleo e três instalações de armazenamento de combustível perto do porto ucraniano de Odesa, no Mar Negro, este domingo. Segundo o Kremlin, estas infraestruturas eram usadas pela Ucrânia para abastecer as suas tropas perto da cidade de Mykolaiv.
Os bombardeamentos russos destruíram o maior avião do mundo. A notícia já tinha sido avançada, mas agora chegam as imagens da destruição. O Antonov 225 estava estacionado no Aeroporto de Gostomel, perto de Kiev, local atacado e ocupado pelas tropas russas, mas recuperado pelas forças ucranianas.
O presidente da Ucrânia considera que a Rússia pretende tomar o leste e o sul do país. Na declaração da última noite, Volodymyr Zelensky sublinhou que as forças ucranianas vão fazer de tudo para "repelir" os militares russos.
A Ucrânia acredita que pode estar aberto o caminho para acabar com a Guerra na Ucrânia. Um negociador do país avança que a Rússia aceitou oralmente os pontos gerais da proposta ucraniana sobre a Crimeia. Falta agora colocar, por escrito, os termos desse acordo.
A cidade portuária de Odessa, na Ucrânia, registou ao início da manhã fortes, sendo possível observar três grandes nuvens de fumo negro numa área onde se armazena o combustível.
Segundo a agência de notícias Efe, o fumo é visível a norte da cidade, onde se encontra localizada uma refinaria.
O conselheiro do ministro do Interior ucraniano Anton Guerachtchenko escreveu na plataforma de mensagens Telegram: "Odessa foi atacado do ar. Foram relatados incêndios em algumas áreas. Alguns dos mísseis foram abatidos pela defesa aérea".
- Mais de 200 pessoas foram detidas na Rússia em protestos contra a ofensiva russa na Ucrânia, disse a OVD-Info, uma organização não-governamental (ONG) especializada na monitorização de detenções no país.
- O principal negociador da Ucrânia nas negociações de paz com a Rússia, David Arakhamia, disse que Moscovo aceitou "oralmente" as principais propostas ucranianas, acrescentando que Kiev aguarda agora confirmação por escrito. Em declarações transmitidas pela televisão, David Arakhamia deu a entender que as negociações destinadas a acabar com as hostilidades fizeram progressos significativos.
- A Rússia vai oferecer ajuda na retirada de cidadãos estrangeiros da cidade ucraniana de Mariupol, anunciou um porta-voz do Ministério da Defesa russo, citado pela agência noticiosa oficial Tass.