Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Graça Andrade Ramos, Inês Moreira Santos, Mariana Ribeiro Soares, Andreia Martins - RTP

Prédio residencial destruído em Mariupol, imagem de 18 de abril. Alexander Ermochenko - Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

00h55 - FMI não vê recuperação da economia russa

O novo responsável pela área económica do Fundo Monetário Internacional contradisse o presidente russo Vladimir Putin, que ontem afirmou que as sanções impostas ao país devido à guerra estavam a prejudicar mais as economias ocidentais do que a russa, a qual estaria já a estabilizar.

Pierre-Olivier Gourinchas afirmou contudo esta terça-feira que o isolamento da Rússia está a empurrar a economia do país para “uma trajetória muito diferente” que torna improvável a recuperação económica normalmente registada após choques.

“Enquanto as sanções estiverem ativas – e poderão vir a estar em ação durante muito tempo – então a economia russa irá seguir uma trajetória muito diferente de crescimento”, considerou Gourinchas à Agência Reuters.

O especialista não vê a Rússia a recuperar em breve das sanções e admite que poderá sofrer ainda mais se estas se alargarem para abranger as exportações de energia.

“Vemos isto como… algo que está realmente a castigar a economia russa nos próximos meses e poderá piorar se as sanções escalarem”, afirmou Gourinchas. “O choque já é considerável”, prosseguiu “e não antecipamos uma recuperação da posição em que se encontra a economia russa”.

Para o FMI a Rússia enfrenta uma recessão de 8,5 por cento.

00h43 - Governo dos Países Baixos doa equipamento militar pesado após ofensiva no Donbass

O governo holandês anunciou hoje que vai doar equipamento militar pesado à Ucrânia, incluindo veículos blindados, apontando para "uma nova fase" na guerra, depois da Rússia ter lançado uma ofensiva nas regiões pró-russas de Donetsk e Lugansk.

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, comunicou a entrega deste equipamento ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, numa conversa telefónica, na qual também manifestou o seu "apoio após a Rússia ter embarcado numa nova ofensiva" no Donbass, que Moscovo descreveu como uma "operação especial" de "libertação" da região.

A ministra da Defesa holandesa, Kajsa Ollongren, confirmou que os Países Baixos, em cooperação com outros países que não especificou, "fornecerão equipamento militar mais pesado, começando com veículos blindados", às tropas ucranianas, e denunciou que "a guerra entrou numa nova fase quando [o Presidente russo, Vladimir] Putin, lançou a ofensiva no Donbass".

(Agência Lusa)

00h32 - Zelensky diz que Exército russo pode ser o "mais bárbaro" da história

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, realçou esta terça-feira que a Rússia está a "apostar tudo o que têm" na Ucrânia e acusou o Exército russo de se estar a inscrever como o "mais bárbaro e desumano" da história.

"Mobilizaram quase tudo e todos que é capaz de combater a Ucrânia", referiu o governante, no seu discurso de vídeo dirigido ao país.

Zelensky explicou que a maioria das forças russas prontas para o combate estão agora concentradas na Ucrânia ou junto à fronteira na Rússia. Apesar da Rússia garantir que está a atingir apenas alvos militares, o chefe de Estado ucraniano apontou que as forças russas continuam a "atacar residenciais e a matar civis".

"O Exército russo está, com esta guerra, a inscrever-se para sempre na história mundial como o Exército mais bárbaro e desumano do mundo", vincou Zelensky.

O presidente ucraniano adiantou que a situação em Mariupol permanece inalterada, descrevendo-a como "o mais difícil possível", devido ao bloqueio dos militares russos de todas as tentativas de estabelecer corredores humanitários para fora daquela cidade portuária estratégica no sudeste da Ucrânia, de forma a "salvar o povo".

Volodymyr Zelensky acrescentou que o Kremlin (presidência russa) não respondeu a uma proposta de Kiev para a troca de Viktor Medvedchuk, deputado e empresário próximo de Vladimir Putin, atualmente detido, por defensores de Mariupol.

O governante pediu ainda aos países ocidentais para fornecerem as armas prometidas o mais rápido possível.

"Se recebermos agora o que alguns dos nossos parceiros planeiam dar à Ucrânia nas próximas semanas, isso poderá salvar a vida de milhares e milhares de pessoas", garantiu.

00h25 - Ucrânia exige fim do direito de veto da Rússia

O embaixador da Ucrânia nas Nações Unidas diz que só se a Rússia perder o direito de veto no Conselho de Segurança é que a ONU deixará de ser inoperante no que toca à agressão à Ucrânia.

Sergiy Kyslytsa considera que um país agressor NÃO pode ter estatuto de membro permanente num órgão que tem por missão evitar todas as ofensivas.

00h15 - Conselho de Segurança da ONU dividido entre apelos humanitários e acusações

A reunião deste noite do Conselho de Segurança das Nações Unidas mostrou um órgão dividido.

Houve apelos humanitários à Rússia e acusações de Moscovo ao Ocidente.

A China pede contenção da violência à Rússia e à Ucrânia e o fim das sanções a Moscovo.

00h00 - Ponto da situação
  • O ministério de Defesa russo voltou a propor a rendição das tropas ucranianas cercadas no complexo fabril de Azovstal em Mariupol, sublinhando que nem um só dos combatentes aceitou a anterior oferta semelhante, proposta terça-feira. As tropas russas irão observar um cessar-fogo na área de Azovstal enquanto a proposta estiver em vigor a partir das 14h00 de Moscovo (11h00 GMT) de dia 20 de abril, acrescentou em comunicado. A Rússia confia que Mariupol cairá ainda esta semana.
  • Um assessor do presidente ucraniano afirmou, segundo a Reuters, que a Rússia tinha atacado a fábrica de Azovstal, o principal reduto ucraniano remanescente na cidade de Mariupol, com bombas destruidoras de búnqueres. "O mundo assiste ao assassinato de crianças através da Internet e permanece em silêncio", escreveu o conselheiro Mykhailo Podolyak no Twitter. As bombas terão feito centenas de mortos entre os civis escondidos no complexo fabril.
  • EUA dizem que Rússia perdeu 25% do seu poder de combate e garantem que Ucrânia recebeu nos últimos dias aviões caça e peças para reforçar a sua Força Aérea.
  • Apesar do perigo alguns ucranianos estão a regressar ao país. A cidade de Odessa sustém a respiração enquanto espera resultados da ofensiva russa no Donbass, que esta terça-feira registou o bombardeamento de diversas localidades e combates ferozes. Quem foge acusa as forças russa de "atrocidades".
23h47 - A Ucrânia recebeu caças e peças garante Pentágono

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, garantiu esta terça-feira que a Ucrânia recebeu aviões de caça assim como peças, para reforçar a sua Força Aérea. Kirby recusou contudo revelar qual o tipo de aparelhos fornecido ou a sua origem.

“Hoje eles têm à sua disposição mais aviões de caça do que há duas semanas”, garantiu o porta-voz durante uma conferência de imprensa, sublinhando que os Estados Unidos têm facilitado o envio de peças para território ucraniano mas que não encaminharam aviões.

23h35 - Japão envia drones, máscaras e roupa contra armas químicas

O Japão vai fornecer à Ucrânia máscaras e roupa protetora contra armas químicas, assim como drones [aparelhos aéreos não-tripulados], como parte da assistência ao país invadido pela Rússia, disse hoje o Ministério da Defesa japonês.

O envio deste material acontece num momento de crescentes receios sobre a utilização de armas químicas por Moscovo em território ucraniano, à medida que se arrasta o conflito iniciado há quase dois meses, no dia 24 de fevereiro.

"Continuaremos a dar o maior apoio possível à Ucrânia", afirmou o ministro da Defesa japonês, Nabuo Kishi, em conferência de imprensa.

Questionado sobre o uso dos drones, referiu que os mesmos não são considerados equipamento de Defesa, uma vez que são comerciais e têm câmaras embutidas para serem utilizadas em vigilância e recolha de informações.

23h25 - Missões diplomáticas reabrem em Kiev

O Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano anunciou hoje a reabertura de 17 missões diplomáticas na capital Kiev, a par da dos Países Baixos, em Lviv, anunciada pelo governo holandês.

Muitas embaixadas e consulados em Kiev mudaram as suas instalações para o ocidente da Ucrânia após o início da guerra, devido a preocupações de segurança, de acordo com a nota do governo.

Agora, segundo a diplomacia ucraniana, existem novamente na capital representações de países como a República Checa, Estónia, França, Geórgia, Irão, Cazaquistão, Letónia, Moldávia, Polónia, Eslovénia, Turquia, Vaticano, Itália e da União Europeia, entre outros.

Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros holandês anunciou o regresso do embaixador e da sua equipa à cidade de Lviv, com o objetivo de obter "uma boa visão geral da situação atual" na Ucrânia, embora o departamento de assistência consular continue fechado.

(Agência Lusa)

22h49 - Governo holandês doa equipamento militar pesado após ofensiva em Donbass

O governo holandês anunciou que vai doar equipamento militar pesado à Ucrânia, incluindo veículos blindados, apontando para “uma nova fase” na guerra, depois da Rússia ter lançado uma ofensiva nas regiões pró-russas de Donetsk e Lugansk.

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, comunicou a entrega deste equipamento ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, numa conversa telefónica, na qual também manifestou o seu “apoio após a Rússia ter embarcado numa nova ofensiva” no Donbass, que Moscovo descreveu como uma “operação especial” de “libertação” da região.

A ministra da Defesa holandesa, Kajsa Ollongren, confirmou que os Países Baixos, em cooperação com outros países que não especificou, “fornecerão equipamento militar mais pesado, começando com veículos blindados”, às tropas ucranianas, e denunciou que “a guerra entrou numa nova fase quando [o Presidente russo, Vladimir] Putin, lançou a ofensiva no Donbass”.

22h40 - Rússia pede que tropas ucranianas em Azovstal se rendam

O Ministério da Defesa da Rússia emitiu uma nova proposta às tropas ucranianas em Azovstal para se renderem na quarta-feira.

22h34 - Biden vai anunciar novo pacote de ajuda militar para a Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve anunciar nos próximos dias outro pacote de ajuda militar para a Ucrânia, segundo várias fontes próximas à Casa Branca, citadas pela Reuters.

22h26 - EUA afirmam que Rússia perdeu 25% do poder de combate

A avaliação das Forças Armadas norte-americanas sobre a nova ofensiva da Rússia na região ucraniana do Donbass é que começou de forma limitada, sobretudo numa zona a sudoeste da cidade de Donetsk e a sul de Izyum.

“Quando as pessoas dizem que a ofensiva começou, é isso que referem”, disse um alto responsável do Departamento da Defesa dos Estados Unidos.

O responsável indicou que as tropas russas estão a tomar medidas para aumentar a sua capacidade para realizar operações de combate no Donbass e para “se preparar para aquilo que acreditamos serão maiores ofensivas no futuro”. Os Estados Unidos estimam que o exército russo perdeu cerca de 25 por cento do poder de combate que enviou para a Ucrânia no início da guerra e, por isso, estão a reequipar unidades de combate terrestre para enviar para território ucraniano.

A mesma fonte do Pentágono precisou que os russos juntaram ao seu contingente mais dois grupos de batalhões táticos nas últimas 24 horas, somando agora um total de 78, em vez dos 65 da semana passada.

21h52 - Cada vez mais ucranianos procuram refúgio em Odessa

A ofensiva russa está a provocar a escalada do número de deslocados que procuram refugio em Odessa e onde dão testemunho de atrocidades sofridas, incluindo a violação por militares invasores.


21h41 - Estarão entre 10 a 20 mil mercenários do grupo Wagner e combatentes sírios e líbios na Ucrânia

Entre "10 a 20.000" mercenários do grupo paramilitar russo Wagner e combatentes sírios e líbios estão a lutar ao lado de forças russas na Ucrânia, disse uma autoridade europeia à AFP.

Esses homens "não têm veículos ou armas pesadas" e vêm reforçar as tropas russas, disse a mesma fonte que garante ter visto "transferências, de áreas como Síria e Líbia, para a região leste de Donbass", onde Moscovo lançou uma nova fase de seu ataque.

No entanto, admite ser difícil estimar exatamente quantos desses "10 a 20.000" homens são do grupo Wagner, e quantos são combatentes da Líbia ou da Síria.

21h08 - Ucranianos que fugiram da guerra começam a voltar

A retirada de Kiev e a concentração das tropas russas no leste e no sul do país, aliviou a tensão em algumas cidades.

Os enviados da RTP Hélder Silva e André Mateus Pinto acompanharam algumas famílias no momento de voltar.


20h52 - Forças russas garantem conquistar Mariupol ainda esta semana

Na cidade de Mariupol estão cerca de 1.000 civis e 2.500 militares ucranianos, que dizem que não se rendem e acusam Moscovo de propaganda.

A cidade que tem sido fortemente castigada pela ofensiva russa e está cercada há semanas. O objetivo de Moscovo é atacar o complexo fabril de Azovstal, que serve de quartel da resistência.


20h16 - Ucrânia acusa Rússia de usar bombas anti-búnquer em fábrica de Azovstal

Um assessor do presidente ucraniano afirmou, segundo a Reuters, que a Rússia tinha atacado a fábrica de Azovstal, o principal reduto ucraniano remanescente na cidade de Mariupol, com bombas destruidoras de búnqueres.

"O mundo assiste ao assassinato de crianças através da Internet e permanece em silêncio", escreveu o conselheiro Mykhailo Podolyak no Twitter.



20h09 - Putin “é responsável” por crimes de guerra na Ucrânia

O chanceler alemão, Olaf Scholz, declarou hoje que o Presidente russo, Vladimir Putin, “é responsável” por crimes de guerra na Ucrânia que fizeram milhares de mortos entre a população civil.

“A invasão russa da Ucrânia é uma violação flagrante do direito internacional”, e a morte de milhares de civis constitui “crimes de guerra pelos quais o Presidente russo é responsável”, sustentou Scholz numa conferência de imprensa em Berlim, após uma videoconferência com o Presidente norte-americano, Joe Biden, e vários dirigentes europeus, entre os quais os chefes de Estado francês, Emmanuel Macron, e polaco, Andrzej Duda, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

“Sentimos uma dor imensa pelas vítimas e também grande raiva contra o Presidente russo e esta guerra sem sentido”, acrescentou.

Na reunião, os dirigentes reafirmaram a sua “total solidariedade e apoio” à Ucrânia. O chefe do executivo alemão sublinhou que também é dever deles “impedir o alastramento da guerra a outros países” e reiterou que a NATO não “intervirá diretamente na guerra”.

19h54 - Boris Johnson destaca necessidade de mais armamento na Ucrânia

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, destacou a necessidade de dar mais apoio militar à Ucrânia, numa reunião entre os líderes do Ocidente.

"O primeiro-ministro atualizou os líderes sobre a sua visita a Kiev no início deste mês", lê-se num comunicado do Governo britânico. "Ele ressaltou a necessidade crítica de mais apoio militar à Ucrânia diante de uma grande ofensiva russa no Donbass e dos ataques em andamento noutras regiões”.

19h08 - Itália diz que líderes ocidentais concordaram aumentar pressão sobre Moscovo

Os líderes ocidentais concordaram com a necessidade de pressionar mais a Rússia e aumentar o isolamento internacional de Moscovo após a invasão da Ucrânia, disse em comunicado o governo italiano, esta terça-feira.

Os líderes, incluindo o primeiro-ministro italiano Mario Draghi, Joe Biden e o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, compartilharam "profunda preocupação" com as prolongadas hostilidades na Ucrânia e disseram que um cessar-fogo rápido era necessário.

"Houve amplo consenso sobre a necessidade de aumentar a pressão sobre o Kremlin, inclusive adotando mais sanções, e aumentar o isolamento internacional de Moscovo", declarou o Governo italiano.

19h03 - UE desenvolve Fundo de Solidariedade para “reconstrução de país democrático”

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou hoje que a União Europeia (UE) está já a desenvolver um Fundo de Solidariedade para “apoio imediato e reconstrução de uma Ucrânia democrática”.

“A UE irá desenvolver o Fundo de Solidariedade da Ucrânia para apoio imediato e reconstrução de uma Ucrânia democrática”, anunciou Charles Michel, numa publicação na rede social Twitter.



18h47 - Governo alemão pretende continuar a ajudar militarmente a Ucrânia

A Alemanha vai continuar a apoiar Ucrânia militar e financeiramente, embora tenha praticamente esgotado as armas que pode entregar do seu próprio stock, segundo o chanceler alemão Olaf Scholz.

"Vamos doar o dinheiro necessário para a compra" de armamento, disse Scholz, citado pela Reuters. "O objetivo é fortalecer as forças armadas ucranianas para que possam enfrentar o ataque russo”.

18h30 - Bruxelas promete avaliar “rapidamente” respostas de Kiev sobre adesão à UE

A Comissão Europeia garantiu hoje que irá avaliar, “o mais rapidamente possível”, a resposta das autoridades ucranianas ao questionário para uma eventual adesão à União Europeia (UE), aguardando agora um segundo conjunto de explicações de Kiev.

“As autoridades ucranianas entregaram as primeiras respostas à primeira parte do questionário e estamos à espera da resposta à segunda parte do questionário”, declarou o porta-voz principal da Comissão Europeia, Eric Mamer, falando na conferência de imprensa diária da instituição, em Bruxelas.

“Não podemos apontar uma linha temporal específica sobre este assunto, mas já dissemos que o faremos [a avaliação] o mais rapidamente possível”, concluiu o porta-voz.

18h15 - Empresas da Republica Checa vão reparar tanques ucranianos danificados

Empresas checas vão consertar tanques ucranianos e outros veículos militares que foram danificados nos combates com as forças russas ou que precisam de manutenção, anunciou o Ministério checo da Defesa.

"Pequenas falhas ou danos de combate serão reparados pelos próprios esforços do exército ucraniano e da indústria de defesa ucraniana", disse o Ministério. "A assistência checa utilizará as capacidades das empresas do setor de defesa para trabalhos mais extensos, incluindo revisões e trazendo equipamentos em armazenamento”.

17h39 - Guterres pede pausa humanitária de quatro dias durante Páscoa ortodoxa

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu hoje uma pausa humanitária de quatro dias na guerra na Ucrânia, por ocasião da Páscoa ortodoxa, visando a abertura de uma série de corredores humanitários em território ucraniano.

Numa declaração em frente a uma escultura contra a violência, junto à sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, Guterres afirmou que ucranianos e russos celebrarão a Páscoa dentro de cinco dias, num feriado que une os cristãos ortodoxos dos dois países, lamentando que a celebração esteja a ser marcada por "uma guerra que representa a negação total da mensagem da Páscoa".

"Hoje estou a pedir uma pausa humanitária de quatro dias na Semana Santa, começando na Quinta-feira Santa e indo até ao domingo de Páscoa, 24 de abril, para permitir a abertura de uma série de corredores humanitários", pediu o secretário-geral da ONU.

(agência Lusa)

17h27 - Grécia apreende petroleiro russo como parte das sanções da UE contra Moscovo

A Grécia apreendeu um petroleiro russo na ilha de Evia, informou a guarda costeira grega esta terça-feira, como parte das sanções da União Europeia impostas a Moscovo. No início deste mês, a UE baniu navios de bandeira russa dos portos do bloco de 27 países, com algumas isenções, já que adotou novas sanções abrangentes contra a Rússia.

17h14 - Turquia considera que renovação da confiança entre Ocidente e Rússia vai demorar décadas

A renovação da confiança entre os países ocidentais e a Rússia vai demorar “provavelmente décadas”, disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Mevlut Cavusoglu.

“Reconstruir tudo isso levará tempo. Pode levar décadas para restaurar a confiança”, disse Cavusoglu, acrescentando que “se está a testemunhar ao início de uma nova Guerra Fria”.

Membro da NATO e aliado da Ucrânia – país ao qual já entregou ‘drones’ (aeronaves não tripuladas) de combate -, a Turquia tem tentado facilitar, desde o início do conflito no território ucraniano, uma mediação entre Moscovo e Kiev, e recusou-se a aplicar as sanções ocidentais contra a Rússia para poder manter também uma linha aberta com o Kremlin (Presidência russa).

“Apesar dos desenvolvimentos no terreno, acreditamos que ainda há lugar para a diplomacia", acrescentou o representante turco, durante uma conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo húngaro, Peter Szijjarto, em Ancara.

Cavusoglu defendeu ainda que “devem ser tomadas medidas rápidas para estabelecer um cessar-fogo” entre Kiev e Moscovo.

17h01 - Rússia expulsa 36 diplomatas belgas e holandeses como represália

A Rússia anunciou a expulsão de 36 diplomatas belgas e holandeses em retaliação contra uma medida semelhante tomada pela Bélgica e pelos Países Baixos contra a ofensiva russa na Ucrânia. Os 36 visados são 21 diplomatas belgas e 15 holandeses (14 funcionários da embaixada em Moscovo e um do consulado geral holandês em São Petersburgo), de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

Os diplomatas expulsos terão de deixar a Rússia nas próximas duas semanas, adiantou a mesma fonte. A diplomacia russa também referiu ter convocado hoje o embaixador do Luxemburgo para “protestar firmemente” contra a expulsão de um diplomata russo por este país.

A Rússia “reserva-se o direito de tomar medidas de retaliação” por essa expulsão “hostil e infundada”, avisou o ministério, no comunicado.

16h45 - Presidente dos EUA e aliados em conversações esta tarde

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, iniciou uma reunião virtual sobre a ofensiva russa na Ucrânia com os principais aliados, anunciou a Casa Branca.

A videoconferência começou pouco antes das 10h00 da manhã em Washington e conta com a participação de Emmanuel Macron, Boris Johnson, Olaf Scholz, Klaus Iohannis, Andrzej Duda, Mario Draghi, Justin Trudeau e Fumio Kishida .

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, também participará na reunião, assim como os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, Ursula von der Leyen e Charles Michel, informou a Casa Branca.

Joe Biden pretende debater o "apoio contínuo à Ucrânia e esforços para responsabilizar a Rússia", disse um funcionário da Casa Branca à AFP.

16h22 - Pelo menos 37 morreram no naufrágio do Moskva, portal russo Meduza

Pelo menos 37 pessoas morreram no naufrágio do cruzador russo Moskva no Mar Negro, na semana passada, segundo o portal independente russo Meduza, que cita fontes não identificadas. A bordo do navio - que de acordo com fontes militares ucranianas naufragou, na semana passada, após ter sido atingido por dois mísseis "Neptune" - estavam cerca de 500 pessoas e destas uma centena ficou ferida, não sendo conhecido o número de desaparecidos.

O portal Meduza cita como fonte "uma pessoa no comando" da Marinha no Mar Negro. Horas antes do naufrágio, Kiev tinha relatado várias explosões no navio russo, causadas pelo impacto dos mísseis ucranianos.

16h06 - Partido russo propõe pena de morte para ucranianos acusados de torturar soldados russos

O Partido Liberal Democrático da Rússia propôs hoje a aplicação da pena de morte aos prisioneiros ucranianos que tenham participado em “torturas e atrocidades” contra civis e militares russos na guerra na Ucrânia. O presidente interino da Comissão de Assuntos Internacionais da Duma (câmara baixa do parlamento federal), Leonid Slutsky, disse que a proposta poderá ser discutida se “encontrar apoio da liderança do país”.

“O Partido Liberal Democrático propõe a introdução de uma exceção à moratória sobre a pena de morte para os militantes ucranianos que participaram em torturas e atrocidades contra civis e militares russos e que foram feitos prisioneiros”, lê-se na proposta, citada pela agência oficial TASS.

15h44 - Rússia quer estar preparada para reforço das fronteiras da NATO, avança imprensa russa

Um alto funcionário russo disse, esta terça-feira, que as ações de reforço da NATO das fronteiras com a Rússia não é apenas conversa e que a Rússia devia estar preparada para uma possível ação ofensiva, informou a agência de notícias russa TASS, citando Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia.

15h28 - MNE ucraniano pede à Bulgária para não ter compaixão da Rússia

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia admitiu hoje, em Sófia, saber que parte da sociedade búlgara tem sentimentos pró-russos, mas advertiu que a Rússia não merece compaixão porque “destrói, assassina, tortura e viola” pessoas.

“Estou consciente do papel da Rússia na história da Bulgária, assim como na história da Ucrânia", disse Dmytro Kuleba, em conferência de imprensa, depois de se encontrar com a sua homóloga búlgara, Teodora Genchovska, em Sófia.

E argumentou: “Historicamente, a Rússia fez algumas coisas [positivas] que continuam a viver nos sentimentos das pessoas desses dois países”, mas é hoje “uma Rússia diferente”.

“Destrói, assassina, tortura e viola. Esta Rússia não merece compaixão nem compreensão. Quero que todos entendam isto”, sublinhou o chefe da diplomacia ucraniana.

(agência Lusa)

14h32 - Moscovo libertou 76 ucranianos prisioneiros de guerra

A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, anunciou esta terça-feira que a Rússia libertou 76 ucranianos em troca de prisioneiros de guerra.

Destes 76 ucranianos detidos, 60 são soldados e dez oficiais ucranianos. Outros 16 são civis.

De acordo com a governante, esta foi a quinta vez desde o início da guerra que os dois países fizeram uma troca de prisioneiros.

14h09 - Rússia exige libertação de civis em Azovstal, Mariupol

O Ministério russo da Defesa exigiu esta terça-feira que sejam tomadas medidas para a libertar de civis que ainda estejam na zona industrial de Azovstal, na cidade de Mariupol. De acordo com as forças ucranianas, há cerca de 1.000 civis retidos neste distrito.

14h02 - Pelo menos três mortos e 16 feridos após bombardeamentos em Kharkiv

Oleh Synehubov, governador da região de Kharkiv, disse esta terça-feira que a Rússia bombardeou "áreas residenciais" da região nas últimas horas. Os distritos de Dergachiv e Chuhuiv também foram bombardeados, indicou o governador através do Telegram.

"A intensidade dos bombardeamentos em Kharkiv aumentoiu. Por isso pedimos aos moradores da cidade que permaneçam o máximo de tempo possível nos abrigos e não saíam excepto em caso de necessidade urgente. Não criem filas, não se juntem em grandes grupos de pessoas, agora é algo muito perigoso!", disse o governador da região através do Telegram.

13h41 - Reino Unido prepara-se para deixar de reconhecer Bolsa de Valores de Moscovo

A secretária financeira do Tesouro no Reino Unido, Lucy Frazer, disse esta terça-feira que o país planeia revogar o estatuto da Bolsa de Moscovo como Bolsa de Valores reconhecida.

"Revogar o estatuto de Bolsa de Valores de Moscovo envia uma mensagem clara - não há motivo para novos investimentos na Rússia", refere a responsável do governo britânico em comunicado.

A medida poderá retirar algumas isenções fiscais para investidores britânicos na bolsa de valores de Moscovo. 

13h36 - O essencial da informação a esta hora

  • “Batalha pelo Donbass começou”. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou na segunda-feira que se iniciou a ofensiva russa em larga escala na região leste do Donbass. “Agora já podemos afirmar que as tropas russas começaram a batalha pelo Donbass para a qual se preparavam há muito tempo”, afirmou. Zelensky acrescenta que "parte significativa de todo o exército russo está agora concentrada nesta ofensiva”.

  • Nova etapa. O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, indicou que a Rússia está a iniciar uma nova fase na operação em curso na Ucrânia, numa referência à ofensiva concentrada na zona leste do país. "Está a começar mais uma etapa (...) e tenho a certeza que será muito importante para toda esta operação militar especial", afirmou Sergei Lavrov.

  • “Corredor” em Mariupol. O Exército russo disse esta terça-feira que abriu um corredor para retirar soldados ucranianos na zona industrial de Azovstal, no porto estratégico de Mariupol. Horas antes, Moscovo exigiu a rendição das forças ucranianas e estrangeiras no complexo industrial até às 12h00 locais (10h00 em Portugal Continental). De acordo com as autoridades ucranianas, há cerca de 1.000 civis escondidos em túneis subterrâneos nesta zona da cidade.

  • Kreminna nas mãos do exército russo. O governador da região de Lugansk, Serhiy Gaidai, confirmou esta terça-feira que as forças russas assumiram o controlo da cidade de Kreminna, no leste da Ucrânia. "Os nossos defensores tiveram de se retirar. Entrincheiraram-se em novas posições e continuam a lutar contra o exército russo", acrescentou. O governador pediu ainda aos moradores da cidade que abandonem imediatamente a região. Esta é a primeira cidade a ser capturada pela Rússia desde a concentração de tropas no Donbass, leste da Ucrânia.

  • Rússia diz ter atingido 1.260 alvos na Ucrânia. As forças de mísseis e artilharia russas atingiram 1.260 alvos na Ucrânia durante a noite, segundo indicou o Ministério russo da Defesa esta terça-feira. Moscovo revelou ainda ter derrubado um jato ucraniano MiG-29 na região de Donetsk.

13h07 - Mariupol. Rússia diz que abriu corredor para saída de forças ucranianas

O Exército russo anunciou esta terça-feira que abriu um corredor para retirar soldados ucranianos na zona industrial de Azovstal, no porto estratégico de Mariupol, poucas horas depois de exigir a sua rendição.

"Dada a situação catastrófica na fábrica metalúrgica de Azovstal (...), as forças russas abriram um corredor a partir das 14h (12h00 em Portugal Continental) para permitir a saída de soldados do exército ucraniano e combatentes de formações nacionalistas que deponham armas voluntariamente", disse o Ministério russo da Defesa.

Moscovo acrescenta que foi estabelecido um cessar-fogo para garantir a retirada.

13h07 - Lituânia proíbe uso da letra 'Z' em demonstração de apoio à guerra da Rússia na Ucrânia

O parlamento da Lituânia votou esta terça-feira uma lei que proibe a exibição pública da letra "Z" e da fita preta e laranja de São Jorge (símbolo patriótico usado por Moscovo na II Guerra Mundial e em condecorações concedidas por Moscovo), entre outros símbolos vistos como expressão de apoio à invasão russa da Ucrânia.

Os parlamentares lituanos proibem também "os símbolos de regimes totalitários ou autoritários usados ​​no passado ou usados ​​atualmente para promover agressões militares, crimes contra a humanidade e crimes de guerra" associados ao nazismo e ao socialismo.

A violação destas proibições implica uma multa de 900 euros para indivíduos e de 1.500 euros para empresas.

A decisão da Lituânia ocorre após proibições semelhantes na Letónia e na Moldávia. A Alemanha também está a estudar a imposição de uma proibição que vise a letra "Z".

12h43 - Cerco de Mariupol torna processo de negociação “ainda mais complicado”

O cerco da cidade de Mariupol pela Rússia complicou ainda mais o processo de negociação e é difícil prever quando as negociações diretas poderão ser retomadas, disse o negociador ucraniano, Mykhailo Podolyak, à agência Reuters esta terça-feira.

"Obviamente, tendo como pano de fundo a tragédia de Mariupol, o processo de negociação tornou-se ainda mais complicado", disse Podolyak sobre a cidade portuária do sul.

Esta terça-feira, a Rússia exigiu a rendição das forças ucranianas e estrangeiras no complexo industrial de Azovstal até às 12h00 locais (10h00 em Portugal Continental).

12h36 - Moradores de Lugansk instados a abandonar imediatamente a cidade

O governador da região de Lugansk, Serhiy Gaidai, pediu aos moradores da cidade que abandonem imediatamente a região enquanto as forças russas continuam a atacar.

Gaidai tinha anunciado anteriormente que 50 pessoas foram retiradas das cidades orientais de Lysychansk e Severodonetsk, na região de Lugansk, e levadas para locais seguros. "Hoje vamos retirar toda a gente", escreveu o governador no Telegram.

Há cerca de uma hora, o governador da região confirmou que as forças russas assumiram o controlo da cidade de Kreminna, no leste da Ucrânia. "Kreminna está sob controlo dos Ogres (russos). Eles entraram na cidade", confirmou o responsável regional.

12h01 - Nova ofensiva russa no leste vai falhar, diz assessor de Zelensky

Oleksiy Arestovych, assessor do presidente ucraniano, disse esta terça-feira que a ofensiva russa no leste da Ucrânia irá falhar, considerando que as forças russas não têm força suficiente para romper com as forças de defesa da Ucrânia.

"A batalha pelo Donbass, que foi anunciada e aparentemente começou ontem, está em curso e segue de forma muito cautelosa. A batalha não irá correr bem à Rússia", considerou o responsável em declarações na televisão ucraniana, citado pela agência Reuters.

O assessor de Volodymyr Zelenslky disse que as forças russas estão a tentar encontrar "pontos sensíveis" na defesa da Ucrânia.

"A ofensiva (russa) vai falhar, dou-vos 99 por cento de garantias. Eles não têm força suficiente", afirmou.

11h23 - Ucrânia perdeu o controlo de Kreminna, diz o governador regional

O governador da região de Lugansk, Serhiy Gaidai, confirmou esta terça-feira que as forças russas assumiram o controlo da cidade de Kreminna, no leste da Ucrânia.

"Kreminna está sob controlo dos Ogres (russos). Eles entraram na cidade", confirmou o responsável regional.

O responsável confirma que as tropas ucranianas se retiraram da cidade após ataques russos "vindos de todos os lados".

"Os nossos defensores tiveram de se retirar. Entrincheiraram-se em novas posições e continuam a lutar contra o exército russo", acrescentou.

Kreminna tinha, à altura da invasão, mais de 18 mil habitantes. Fica a 100 quilómetros leste da capital ucraniana, Kiev.

"É impossível calcular o número de vítimas entre a população civil. As estatísticas oficiais são de cerca de 200 mortos, mas na realidade são muitos mais", afirmou o governador regional, sem esclarecer o período temporal desta estimativa.

Esta é a primeira cidade a ser capturada desde a concentração da ofensiva russa no Donbass, na zona leste da Ucrânia.

11h15 - Rússia inicia "mais uma etapa" da "operação militar especial" na Ucrânia, diz o MNE russo

Em declarações ao canal India Today, o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, indicou que a Rússia está a iniciar uma nova fase na operação em curso na Ucrânia, numa referência à ofensiva concentrada na zona leste do país.

"Está a começar mais uma etapa (...) e tenho a certeza que será muito importante para toda esta operação militar especial", disse o chefe da diplomacia russa. 

11h12 - Começou a "batalha pelo Donbass". Qual a importância da região para a Rússia?

Há várias semanas que a Ucrânia vinha a alertar para uma ofensiva em grande escala no leste do país, depois de o exército russo ter retirado as suas tropas da capital ucraniana, Kiev, e ter concentrado os esforços da “operação militar especial” na zona do Donbass.

Mas o que é, afinal, o Donbass e porquê que Vladimir Putin quer controlar esta região?


10h55 - Moscovo acusa países ocidentais de "prolongarem" conflito na Ucrânia com envio de armas

O ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, afirmou esta terça-feira que os Estados Unidos e vários outros países ocidentais estão a fazer com que a "operação militar" em curso na Ucrânia se arraste por muito mais tempo.

"O volume crescente de abastecimento de armas vindas do estrangeiro demonstra claramente as intenções de levar o regime de Kiev a lutar até a última posição ucraniana", disse o ministro russo, citado pela agência TASS.

10h52 - Hungria não vai apoiar embargo ao petróleo e gás russos

O ministro húngaro dos Negócios Estrangeiros, Peter Szijjarto, disse esta terça-feira que a Hungria não irá apoiar nenhuma sanção da União Europeia que vise o petróleo e gás russos.

O chefe da diplomacia húngara indicou ainda que o abastecimento de gás russo continua a acontecer sem interrupções.

10h35 - Moskva. Familiares de tripulantes do navio russo sem notícias dos marinheiros

Num momento em que a Rússia tenta conter informação sobre o que se passou com o navio Moskva, os familiares da tripulação começam a partilhar nas redes sociais e com os media informação que contradiz a tese oficial de que não houve mortes nem desaparecidos.

Há quem já compare este acidente ao do submarino Kursk, em 2000, onde morreram 118 marinheiros. Na altura, o submarino afundado abalou a presidência de Vladimir Putin, que estava no poder há poucos meses.

10h25 - Pedro Sánchez vai reunir-se com Zelensky em Kiev nos próximos dias

O primeiro-ministro espanhol viaja nos próximos dias até à capital ucraniana para se reunir com o presidente Volodymyr Zelensky. A notícia é avançada esta terça-feira pelo jornal El País, que cita responsáveis do Palácio da Moncloa.

Na segunda-feira, o chefe de Governo espanhol tinha anunciado a reabertura "em breve" da Embaixada espanhola em Kiev.

10h12 - "Fundado em 1886. Destruído em 2022". Câmara de Mariupol lamenta perda do estaleiro de Azov

No Telegram, a autarquia lamenta a destruição do "empreendimento mais antigo de Mariupol", assim como de toda a cidade portuária.

"É assim que a «paz russa» deixa para trás a ruína e a morte. Os ocupantes não querem a nossa cidade nem o nosso povo. Só precisam do nosso território e de um corredor para a Crimeia. Estão a construir uma estrada sobre os ossos de dezenas de milhares de ucranianos", diz a Câmara Municipal de Mariupol na rede social.

E acrescenta: "Não haverá uma reconstrução de Mariupol durante a ocupação. O renascimento da cidade só será possível sob bandeira ucraniana".

10h00 - Stellantis suspende produção na única fábrica na Rússia

A Stellantis anunciou hoje que suspendeu a produção na única fábrica de produção de veículos que tem na Rússia, especializada na montagem de furgonetas, devido ao efeito das sanções e às dificuldades na obtenção de peças.

Num comunicado, o grupo automóvel explicou que com esta suspensão de atividade na fábrica de Kaluga garante "o pleno cumprimento de todas as sanções em vigor" e também protege os seus empregados.

Também insistiu que condena a violência e apoia "qualquer ação para restaurar a paz", numa referência direta à invasão russa da Ucrânia.

A Stellantis tinha decidido, pouco depois do início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro, suspender todas as operações de exportação e importação com a Rússia.

A suspensão da atividade na sua fábrica de Kaluga - na qual partilha a propriedade com a Mitsubishi, com participações de 70% e 30% respetivamente - é em princípio temporária, embora a empresa não tenha dado qualquer indicação sobre o futuro.

Antes do conflito, 2.700 empregados trabalhavam na fábrica, que monta as furgonetas dos modelos Expert de Peugeot, Jumpy de Citroen e Vivaro de Opel, e apenas 11.000 unidades deixaram as suas linhas de montagem no ano passado.

Estes números ilustram o papel marginal desempenhado pela produção na Rússia por um grupo como a Stellantis, que no ano passado vendeu 6,5 milhões de veículos em todo o mundo.

(agência Lusa)

9h47 - Guterres não tentou contactar Putin desde o início da guerra, diz Moscovo

A porta-voz do Ministério russo dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, disse esta terça-feira que o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, não tentou entrar em contacto com o presidente russo, Vladimir Putin, desde o início da "operação militar" na Ucrânia.

"Ninguém entrou em contacto connosco, nem através da missão permanente da Rússia na ONU, nem diretamente através do Ministério dos Negócios Estrangeiros", afirmou a responsável, citada pela Reuters.

9h40 - Grécia apreende navio-tanque russo com petróleo

A Grécia apreendeu um navio russo no porto de Karystos, avança a agência Athens Press. Um funcionário do governo grego confirmou à agência Reuters que o navio-tanque foi apreendido na ilha de Evia devido às sanções da União Europeia contra a Rússia, na sequência da guerra na Ucrânia.

O navio Pegas, com bandeira russa e 19 tripulantes russos a bordo, foi junto à cidade de Karystos, no Mar Egeu. 

Um responsável pela guarda costeira disse à agência Reuters que o navio foi apreendido, mas não a carga de petróleo que trazia.

9h36 - Moscovo confirma ataques aéreos e de artilharia no leste ucraniano

A Rússia anunciou hoje ter feito dezenas de ataques aéreos e disparos de mísseis contra o leste da Ucrânia durante a noite, na mesma altura em que Kiev declara que o Exército russo lançou uma "grande ofensiva" contra o Donbass.

"Dezenas de mísseis de alta precisão, das forças russas neutralizaram 13 fortificações das unidades ucranianas", disse hoje de manhã o Ministério da Defesa da Rússia em comunicado.

A mesma nota refere que está a concentrar tropas na cidade de Sloviansk, região de Donetsk.

A Rússia efetuou centenas de disparos de mísseis de artilharia no sul e no leste da Ucrânia, desde segunda-feira à noite.

Hoje, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que a Rússia lançou uma "grande ofensiva" no leste do país marcando uma nova fase da invasão.

"Podemos afirmar que as tropas russas começaram a batalha (para tomar) o Donbass sendo que se esteve a preparar há muito tempo. Uma grande parte do Exército da Rússia está mobilizado para esta ofensiva", declarou o chefe da Estado da Ucrânia numa mensagem transmitida hoje pela rede social Telegram.

(agência Lusa)

9h24 - Rússia exige rendição de combatentes ucranianos e estrangeiros em Azovstal

A Rússia exigiu esta terça-feira a rendição das forças ucranianas e estrangeiras no complexo industrial de Azovstal até às 12h00 locais (10h00 em Portugal Continental).

"Todos os que depuserem armas têm a garantia de que permanecerão vivos", indicou o Ministério russo da Defesa.

O parque industrial é último reduto da resistência ucraniana na cidade portuária de Mariupol, sitiada há várias semanas. De acordo com as autoridades ucranianas, há cerca de 1.000 civis escondidos em túneis subterrâneos nesta zona da cidade.

De acordo com informações da agência RIA, que citava o porta-voz dos separatistas, Eduard Basurin, as forças pró-russas estavam esta manhã a tentar invadir o parque industrial de Azovstal na cidade de Mariupol.

9h06 - Ex-primeira-ministra da Ucrânia diz que "a Europa está em perigo" com Putin

A ex-primeira-ministra ucraniana Yulia Tymoshenko, líder da Revolução Laranja de 2004, afirmou hoje que o presidente russo, Vladimir Putin, "está a cruzar muitas linhas vermelhas" na Ucrânia, o que coloca a Europa "em perigo".

"A estratégia de Putin é atacar a cidade mais ocidental. Com a guerra, muitas embaixadas mudaram-se para lá, e ele pretende atingir estrangeiros também. São mísseis apontados para o mundo inteiro, essa é a forte mensagem que está a enviar", disse hoje em entrevista ao diário italiano La Repubblica.

Tymoshenko, 61 anos, que foi chefe de governo por dois mandatos entre 2005 e 2010 sob a presidência de Victor Yushchenko, apoia fortemente o atual presidente, Volodymyr Zelensky, após a invasão russa.

“Putin é um bárbaro e fascista que incentivou a eliminação de idosos, mulheres e crianças. (…). Alguns pensam que ele é louco, eu não acho. Tem uma mente racional e cínica. Por trás do seu comportamento há um núcleo sombrio, algo que vem da Idade Média mais sombria”, disse.

De acordo com Tymoshenko, a missão de Putin “é conquistar a Ucrânia".

“Portanto, este é o momento da verdade: deixá-lo fazer ou detê-lo. Mas a vitória não depende apenas da Ucrânia. Os líderes dos países democráticos devem estar unidos contra ele", enfatizou, lembrando que em 2008, quando era primeira-ministra, Putin atacou a Geórgia.

Segundo Tymoshenko, "Putin quer voltar às antigas fronteiras, não as da União Soviética, mas as do império russo",

“Ele quer aumentar o território e a Ucrânia é apenas o primeiro passo. Ele quer a posse e o controle da uma parte importante do que chamamos de Estados Unidos da Europa", que "no futuro poderá tornar-se uma prisão”, sublinhou.

(agência Lusa)

8h59 - Rússia diz ter atingido 1.260 alvos na Ucrânia durante a noite

Forças de mísseis e artilharia russas atingiram 1.260 alvos na Ucrânia durante a noite, segundo indicou o Ministério da Defesa russo esta terça-feira.

Moscovo revelou ainda ter derrubado um jato ucraniano MiG-29 na região de Donetsk.

8h31 - Separatistas apoiados pela Rússia tentam invadir parque industrial de Azovstal

De acordo com a agência RIA, que cita o porta-voz dos separatistas, Eduard Basurin, as forças pró-russas estão a tentar invadir o parque industrial de Azovstal na cidade de Mariupol.

O objetivo dos separatistas é "libertar" as instalações o mais rapidamente possível.

O parque industrial é último reduto da resistência ucraniana na cidade portuária, sitiada há várias semanas. De acordo com as autoridades ucranianas, há cerca de 1.000 civis escondidos em túneis subterrâneos nesta zona da cidade.

Nos últimos dias, a Ucrânia rejeitou o ultimato para a rendição dos militares ucranianos que ainda resistem aos ataques. Denys Shmyhal, primeiro-ministro da Ucrânia, disse na segunda-feira que Kiev vai lutar pela cidade portuária "até ao fim".

8h20 - À procura de um lugar seguro na Ucrânia

Para além dos refugiados, há também os deslocados internos que fogem de várias cidades ucranianas, como Mariupol. Em Kiev, o repórter Nuno Amaral, enviado da Antena 1 à Ucrânia, ouviu as memórias recentes de um homem que fugiu de uma das zonas mais intensas de combates e bombardeamentos.

8h04 - UE prepara embargo ao petróleo russo, diz o ministro francês das Finanças

O ministro francês das Finanças, Bruno Le Maire, disse esta terça-feira que a União Europeia está a preparar um embargo ao petróleo russo em resposta à invasão russa da Ucrânia.

"Espero que seja possível convencer os nossos parceiros europeus a parar as importações de petróleo russo", disse o governante em entrevista à rádio Europe 1.

7h41 - Ucrânia sem corredores humanitários pelo terceiro dia consecutivo

A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, anunciou que não foi possível estabelecer corredores humanitários esta terça-feira, algo que acontece pelo terceiro dia consecutivo.

"Os bombardeamentos intensos continuam no Donbass. De acordo com Mariupol, os russos recusam-se a disponibilizar um corredor para civis na direção de Berdyansk. Continuamos as negociações difíceis sobre a abertura de corredores humanitários nas regiões de Kherson e Kharkiv", disse a responsável através do Telegram.

7h27 - Forças ucranianas atacam vila russa junto à fronteira

Forças ucranianas atacaram a vila de Golovchino, perto da fronteira da Rússia com a Ucrânia, e feriram um morador, segundo indicou o governador da província russa de Belgorod, citado pela agência Reuters.
Ponto de situação

  • Ofensiva a leste. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou na segunda-feira o início da ofensiva russa em larga escala na região leste do Donbass. “Agora já podemos afirmar que as tropas russas começaram a batalha pelo Donbass para a qual se preparavam há muito tempo”, afirmou. Zelensky acrescenta que "parte significativa de todo o exército russo está agora concentrada nesta ofensiva”. As autoridades ucranianas indicam que Moscovo tentou derrubar as posições de Kiev nas regiões de Donetsk, Luhansk e Kharkiv.

  • Ataques generalizados. Na segunda-feira, os bombardeamentos russos em várias cidades do país mataram pelo menos 17 pessoas, sete das quais na cidade ocidental de Lviv, que até então tinha escapado aos ataques. Em Kreminna, cidade na região de Lugansk que passou a estar sob controlo de Moscovo, os bombardeamentos russos destruíram várias casas e um centro de treino olímpico, provocando pelo menos quatro vítimas mortais.

  • Dimensão da devastação em Irpin. Há novas imagens divulgadas que mostram a extensão da destruição em Irpin. As forças de defesa ucranianas comparam o cenário que encontraram com a devastação da cidade síria de Aleppo. Investigadores ucranianos indicam que já examinaram 269 corpos desde que a cidade foi recuperada das forças russas no final de março, indicou a Reuters na segunda-feira.

  • Mariupol. O parque industrial de Azovstal é agora o último reduto da resistência ucraniana na cidade portuária de Mariupol. Os soldados ucranianos continuam a resistir e há cerca de 1.000 civis escondidos em túneis subterrâneos. De acordo com o prefeito daquela cidade, cerca de 40 mil pessoas foram retiradas à força para a Rússia ou para zonas da Ucrânia controladas pela Rússia.

  • Quase 5 milhões já fugiram do país. A ONU revela que mais de 4,9 milhões de ucranianos já fugiram do país desde o início da guerra, a 24 de fevereiro.