Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Inês Moreira Santos, Carlos Santos Neves - RTP

Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

01h10 - Zelensky rejeita ideia de ceder território à Rússia para acabar com a guerra

O presidente da Ucrânia desafia o antigo secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger a recordar-se da Alemanha nazi para perceber o que sentem os ucranianos.
Esta reação de Volodymyr Zelensky surge depois de Kissinger ter sugerido, no Fórum Económico Mundial, em Davos, que a Ucrânia deveria ceder território à Rússia para acabar com a guerra.

00h48 -  NATO. Turquia diz que houve avanços nas negociações com Suécia e Finlândia

Apesar da missão da Finlândia e da Suécia na Turquia ter terminado sem acordo, o porta-voz do presidente turco diz que houve avanços e que as conversações vão continuar.


00h32 - "Isto é coação". Ucrânia acusa Rússia de não querer negociar

O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia afirma que a Rússia não está disposta a negociar, limitando-se a impor condições.
Dmytro Kuleba diz ainda que o sexto pacote de sanções da União Europeia à Rússia está suspenso.

22h11 - NATO. Ancara pede "medidas concretas" à Suécia e Finlândia

A Turquia não vai aprovar a desejada adesão à NATO por parte da Suécia e da Finlândia sem "medidas concretas" de Estocolomo e Helsínquia que respondam às preocupações já manifestadas por Ancara.

O governo turco acusa os dois países de acolherem militantes curdos do PKK, partido que Ancara considera uma organização terrorista.
Esta quarta-feira, as delegações dos três países encontraram-se em território turco. Depois de cinco horas de reunião continua a não haver acordo.

Ainda assim, Ancara diz ter observado uma atitude positiva por parte dos dois países em relação ao levantamento de um embargo à exportação de armas: desde 2019 que os dois países nórdicos impuseram um embargo à exportação de armas para a Turquia, depois dos ataques turcos a milícias curdas no norte da Síria - eram apoiadas pelo ocidente no combate ao DAESH.

21h13 - União Europeia, Estados Unidos e Reino Unido coordenam investigação sobre crimes de guerra

A União Europeia, Estados Unidos e Reino Unido anunciaram hoje a criação do Grupo Assessor de Crimes Atrozes com o objetivo de coordenar o seu apoio à procuradora-geral ucraniana que investiga crimes cometidos durante a invasão russa.

A intenção consiste em "agilizar os esforços de coordenação e comunicação para garantir as melhores práticas, evitar a duplicidade de esforços e garantir a rápida disponibilização de recursos financeiros e pessoal qualificado para responder às necessidades" da Ucrânia, indicaram em comunicado Bruxelas, Washington e Londres.

Procuradores com experiência no estudo de crimes de guerra, investigadores, analistas militares e especialistas forenses dos países da UE, EUA e Reino Unido vão fornecer apoio à procuradoria ucraniana na recolha e conservação de provas, nas investigações forenses, na preparação de acusações e na investigação de crimes de violência sexual.

A procuradoria da Ucrânia assegurou que "existe uma evidência das atrocidades cometidas pelas forças da Rússia no território da Ucrânia contra civis, incluindo crianças", e disse estar convencida que a formação deste grupo "ajudará no trabalho contínuo" das equipas e "na investigação e indiciamento destes delitos".

(agência Lusa)

21h09 - Rússia assume que está a usar os alimentos como arma

Moscovo disse que levantará o bloqueio alimentar à Ucrânia e abrirá corredores para escoar os cereais ucranianos se o Ocidente parar com as sanções. O correspondente da RTP em Moscovo, Evgueni Mouravitch, tem os pormenores da proposta russa.


21h07 - Toneladas de cereais retidos no porto de Odessa

Várias toneladas de cereais ucranianos estão a estragar-se no porto de Odessa. O enviado-especial da RTP a Odessa, Paulo Jerónimo, está a acompanhar o bloqueio russo que ameaça provocar fome no mundo.


21h00 - Falta de cereais. Ucrânia pede ao mundo que não ceda a chantagem da Rússia

Proposta russa de deixar sair cereais para o resto do mundo em troca do afrouxar das sanções está a deixar as autoridades da Ucrânia indignadas.


20h56 - Rússia atacou Zaporizhia com quatro mísseis

Pelo menos uma pessoa morreu e três ficaram feridas. Os enviados-especiais da RTP a Zaporizhia, Cândida Pinto e David Araújo, está a acompanhar a situação.


20h51 - Severodonetsk é agora um dos principais alvos da ofensiva russa no Donbass

A cidade está cercada e a defesa é cada vez mais frágil. O governador de Lugansk compara a situação com o cerco a Mariupol. Quem está no terreno diz que se vive um inferno.


20h47 - Donbass. Província de Lugansk à beira de cair para os russos

Em Severodonetsk o cerco aperta-se e são já escassas as bolsas da resistência ucranianas. #


19h09 - Guerra empurrará mais quatro milhões de africanos para a pobreza extrema

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) estima que 30 milhões de africanos tenham sido empurrados para a pobreza extrema em 2021 devido à pandemia e prevê que a guerra da Ucrânia empurre outros quatro milhões até 2023.

Nas suas Perspetivas Económicas Africanas, hoje lançadas no âmbito dos encontros anuais do BAD em Acra, o banco sublinha que, apesar de um crescimento económico de 6,9% em 2021, os impactos da pandemia nas vidas e nas fontes de subsistência dos africanos continuaram a sentir-se no ano passado.

"O banco estima que cerca de 30 milhões de africanos tenham sido empurrados para a pobreza extrema em 2021 e que cerca de 22 milhões de empregos se tenham perdido nos países africanos nesse mesmo ano devido à pandemia", lê-se no relatório.

O BAD alerta que estes resultados devem continuar este ano e no próximo, e estima que, contabilizando as perturbações económicas da guerra provocada pela invasão da Ucrânia pela Rússia, o número de africanos empurrados para a pobreza extrema poderá ser de 1,8 milhões em 2022 e 2,1 milhões em 2023.

(agência Lusa)

18h54 - Turquia observa avanços positivos com Finlândia e Suécia

Um porta-voz do governo turco disse esta quarta-feira que tem havido conversações positivas com Suécia e Finlândia em relação ao levantamento a um embargo de armas.

"Temos visto uma atitude positiva em relação ao levantamento de um embargo relativamente à indústria da defesa, este é um bom desenvolvimento", explicou Ibrahim Kalin.

A Suécia e a Finlândia tinham banido a exportação de armas para a Turquia, depois da incursão turca na Síria contra o PKK, milícia curda.

Em conferência de imprensa, Kalin explicou que as preocupações turcas com um possível apoio dos dois países a causas terroristas também foram discutidas, na tentativa de alcançar um acordo.

18h42 - NATO "não está a fazer literalmente nada" para parar a Rússia

A acusação é de Dmytro Kuleba, ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros. Em Davos, Kuleba elogiou a ação da União Europeia na tentativa de sancionar a Rússia pela invasão do território ucraniano que começou a 24 de fevereiro.

No entanto, o ministro ucraniano deixou críticas à aliança transatlântica, afirmando que foi completamente "de lado" neste conflito.

"A NATO como aliança, como instituição, está completamente de lado e não está a fazer literalmente nada. Peço desculpa por dizê-lo".

Kuleba continuou e explicou que no início da guerra havia um sentimento generalizado de que a NATO era a força maior e que a União Europeia apenas conseguia expressar níveis diferentes de preocupação.

"Mas a guerra é sempre um teste que tira máscaras".

o ministro ucraniano elogiou a ação da União Europeia pelas suas "decisões revolucionárias, que nem eles próprios [estados-membros] esperavam tomar".

17h47 - PM da Eslováquia sublinha necessidade urgente do país abandonar gás russo

O primeiro-ministro da Eslováquia, Eduard Heger, disse hoje que o país percebeu a necessidade de se desligar total e rapidamente do gás russo, do qual ainda depende apesar de há 15 anos vir diversificando as fontes de energia.

"Por muito tempo trocámos os nossos valores por gás e petróleo baratos", reconheceu o chefe de Estado do governo eslovaco, que faz fronteira com a Ucrânia e já acolheu 70.000 refugiados da guerra.

Heger indicou que o seu país está perto de não precisar de abastecimentos russos, mas salientou que para isso precisa do apoio da União Europeia.

"Somos um país do interior e precisamos da mesma fiabilidade que os parceiros à nossa volta", declarou a um painel, enquanto orador no Fórum Económico Mundial de Davos.

(Agência Lusa)

17h30 - Itália anuncia novas apreensões de bens de oligarcas russos

A polícia italiana anunciou hoje novas apreensões de bens de oligarcas russos no país, no âmbito das sanções da União Europeia (UE) impostas a Moscovo pela invasão à Ucrânia.

As autoridades policiais confirmaram hoje o confisco de vários imóveis a Galiana Evgenyevna Pumpyanskaya, localizados na província de Lecco (noroeste da Itália) e com um valor estimado em aproximadamente 300.000 euros.

Também foi confiscada uma escultura, adquirida em 2021, por Alexey Viktorovich Kuzmichev, com valor estimado de aproximadamente 230.000 euros.

16h46 - Autoridade russa no porto ucraniano de Mariupol confirma que partirá primeiro navio nos próximos dias

O funcionário russo disse que o navio levaria cerca de três mil toneladas de metais para Rostov-on-Don, na Rússia, informou a agência de notícias estatal russa Tass. O Ministério da Defesa da Rússia também já tinha anunciado que o porto de Mariupol estava “a operar normalmente”.

16h18 - Zelensky diz que fim da guerra depende do Ocidente e da vontade da Rússia para negociar

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu hoje que o fim da guerra depende tanto da posição unida do Ocidente para ajudar a Ucrânia como da vontade da Rússia de regressar às negociações.

"Sobre quando esta guerra pode terminar, penso que depende de algumas coisas, de coisas concretas", disse Zelensky, citado por agências ucranianas, durante a sua participação virtual num "pequeno-almoço ucraniano" no Fórum Económico Mundial em Davos.

Depende "antes de mais”, disse, da “vontade de diferentes partes; da vontade de um Ocidente unido em termos de armamento e solidez financeira da Ucrânia e da vontade de um Ocidente unido de não ter medo de lutar contra a Rússia, de lutar esta guerra híbrida de formas diferentes, não com o seu próprio povo, acima de tudo”.

"E também depende da vontade da Rússia, porque esta guerra vai acabar de qualquer maneira", sublinhou.

Acrescentou que existe a parte "militar" da guerra, com muitas mortes entre civis inocentes e soldados, e depois, mostrou-se convicto de que "em qualquer caso, haverá um processo de paz e haverá uma mesa de negociações, e haverá definitivamente paz".

15h50 - ONU confirma quase 4.000 civis mortos em três meses de guerra

A ONU confirmou hoje que pelo menos 3.974 civis morreram e 4.654 ficaram feridos em três meses de guerra na Ucrânia, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores.

Das vítimas mortais confirmadas pelo Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), 259 são crianças, e há também 402 crianças entre os feridos, de acordo com as estatísticas diariamente atualizadas.

A ONU teme que os números de vítimas da guerra na Ucrânia, que entrou hoje no seu 91.º dia, aumentem consideravelmente quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.

15h24 - Países do Conselho Báltico temem impacto negativo na região de invasão russa

Os chefes da diplomacia dos países do Mar Báltico defenderam, esta quarta-feira, que a invasão russa da Ucrânia terá um "impacto negativo de longo prazo" na segurança da região. As reuniões ministeriais do Conselho dos Estados do Mar Báltico, um órgão de cooperação regional, foram suspensas após a anexação da Crimeia pela Rússia, em 2014, e com o início do apoio de Moscovo aos separatistas no leste da Ucrânia.

Rompendo com esta longa pausa, os chefes da diplomacia dos 10 países do Mar Báltico - Alemanha, Noruega, Suécia, Dinamarca, Finlândia, Islândia, Polónia, Estónia, Lituânia, Letónia – reuniram na terça-feira e hoje em Kristiansand (sul da Noruega), também na presença do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell. A Rússia, por outro lado, não esteve representada nesse encontro, já que, depois de ver suspensa a sua participação no Conselho, em 03 de março, retirou-se em 17 de maio.

"A agressão russa [na Ucrânia] é completamente inconsistente com o modelo de cooperação que rege as relações internacionais na região do Mar Báltico: tem um impacto negativo de longo prazo na segurança regional e é contrária à ordem internacional baseada em regras", disseram os participantes.

"As relações do Conselho com a Rússia e com a Bielorrússia (país observador) permanecerão em suspenso até que a cooperação seja possível de novo, dentro da estrutura dos princípios fundamentais do direito internacional", acrescentaram os membros do Conselho.

(Agência Lusa)

15h00 - "Chantagem ao mundo"

O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros acusa a Rússia de procurar exercer "chantagem sobre o mundo", ao sinalizar que só desbloqueará os portos do Mar Negro mediante um levantamento das sanções.

Dmytro Kuleba escreve no Twitter que quem estiver disposto a entrar no "jogo" da Rússia deve "visitar primeiro as sepulturas de crianças ucranianas mortas e falar com os seus pais".

14h42 - Novo apelo ao fornecimento de armas. "Só temos uma escolha"

A deputada ucraniana Anastasia Radina afirmou aos jornalistas, à margem do Fórum Económico Mundial, em Davos, que países ocidentais como a Alemanha devem utrapassar a relutância em fornecer armamento à Ucrânia.

"Só temos uma escolha, que é receber armamento moderno ao estilo da NATO, porque não podemos vencer a guerra com o armamento de estilo soviético que temos", insistiu a legisladora.

Ainda de acordo com Radina, o que as forças russas "estão a fazer é esperar" que a Ucrânia fique "sem armas", ou que "o coletivo ocidental esteja menos unido e mais preocupado com os seus próprios problemas".

14h25 - Defesa britânica pede à Rússia que permita exportação de grãos da Ucrânia

O secretário de Defesa do Reino Unido pediu a Moscovo que deixe a Ucrânia exportar grãos para ajudar os países onde a escassez de cereais já está a provocar crise alimentar. Ben Wallace advertiu, numa conferência em Madrid com a homóloga espanhola, que a Rússia devia “fazer o correto”.

A Defesa britânica, que aprova a sugestão de as nações ocidentais escolatarem os carregamentos no Mar Negro, recusou, contudo, suspender as sanções contra a Rússia em troca da exportação de grãos.

14h23 - Charles Michel e a esperança no embargo ao petróleo russo

O presidente do Conselho Europeu diz continuar a acreditar que os países-membros da União Europeia alcancem um acordo sobre o embargo ao petróleo russo antes da cimeira da próxima semana. Isto apesar da posição contrária do Governo húngaro.

O Conselho Europeu extraordinário terá lugar nas próximas segunda e terça-feira em Bruxelas.

Charles Michel, que esta semana recebeu uma carta do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, a recomendar que a questão do embargo ao petróleo russo não seja incluída na ordem de trabalhos da cimeira, admite que as negociações com Budapeste vão ser "difíceis".

"Estamos a trabalhar muito arduamente para resolver esta questão e levar adiante a proposta da Comissão Europeia", declarou o responsável durante uma deslocação a Estocolmo.

14h11 - "Batalhas ferozes" em redor de Severodonetsk

O gabinete presidencial ucraniano dá conta de "batalhas ferozes" em redor da cidade industrial de Severodonetsk, na região de Lugansk, leste da Ucrânia.

Em comunicado, citado pela estação norte-americana CNN, Kiev aponta para bombardeamentos constantes e um avanço contínuo das tropas terrestres da Rússia. Morreram pelo menos seis civis e outros oito ficaram feridos nas últimas horas.

Serhiy Haidai, número um da administração militar de Lugansk, fala de um "aumento exponencial" dos ataques: "As tropas russas estão muito perto. Eles podem já disparar morteiros".

"Os combates decorriam ontem nos arredores da cidade. As forças [russas] estão a ser transferidas para aqui de diferentes regiões - de Kharkiv, Mariupol, até de Donetsk, para avançar pela região de Lugansk a qualquer custo", acrescenta.

14h04 - Donbass. Ucrânia procura manter controlo da principal rota de abastecimento

A forças ucranianas continuam a combater para manter o controlo da estrada principal para a cidade de Severodonetsk, na linha da frente, informou o Ministério da Defesa da Ucrânia.

O porta-voz do Ministério, Oleksandr Motuzyanyk, afirmou ainda que há rotas alternativas para abastecer as unidades militares ucranianas na região que está cercada pelas forças russas.

13h45 - Diplomacia russa considera "fantasia" plano de paz proposto por Itália

A porta-voz do Ministério russo dos Negócios Estrangeiros disse esta quarta-feira que o plano de paz com a Ucrânia proposto por Itália é uma “fantasia”.

"Não podem fornecer armas à Ucrânia com uma mão e elaborar planos para uma resolução pacífica da situação com a outra", afirmou Maria Zakharova no briefing semanal, referindo-se à iniciativa italiana.

O ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, Luigi Di Maio, apresentou as linhas gerais do plano na semana passada e disse que o debateu com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, durante visita a Nova Iorque.

13h38 - Milhões de toneladas de cereais retidos nos portos da Ucrânia

Numa altura em que a Rússia reforça a ofensiva para tentar controlar o leste e o sul da Ucrânia, há milhões de toneladas de cereais bloqueadas no país.
Em Mykolaiv, os enviados da RTP Paulo Jerónimo e Marques de Almeida revelam que no porto da cidade estão retidas várias toneladas de cereais em navios.

A Ucrânia é um dos maiores fornecedores de cereais a nível mundial.

13h36 - Mísseis russos atingiram Zaporizhia

Quatro misseis russos atingiram na manhã desta quarta-feira a cidade de Zaporizhia. Os alvos foram uma fábrica de reparação de motores de aviões e e uma superfície comercial. Pelo menos uma pessoa morreu e três ficaram feridas.
Os enviados da RTP Cândida Pinto e David Araújo revelam que também uma casa de habitação foi atingida.

As explosões provocaram estragos nos edifícios vizinhos do shopping, que está situado numa das principais avenidas da cidade.

13h26 - Moscovo alega que porto de Mariupol está a funcionar

Segundo Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, o porto de Mariupol foi completamente desminado e recomeçou a funcionar.

A agência Tass cita dados do Ministério russo da Defesa segundo os quais foram encontrados e desarmadilhados mais de 12 mil engenhos explosivos e outro tipo de armamento na infraestrutura portuária daquela cidade do sul da Ucrânia.

13h18 - Lugansk pode transformar-se em nova Mariupol

Várias cidades ucranianas do Donbass estão a viver um êxodo.
O governador de Lugansk diz que a região se está a transformar numa nova Mariupol, com a Rússia a intensificar a ofensiva.

13h15 - "Não estamos a enviar dinheiro para organizações terroristas"

A primeira-ministra sueca respondeu às objeções do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ao alargamento da NATO. Magdalena Andersson nega que o seu país esteja a financiar estruturas terroristas.

Ancara acusa suecos e finlandeses de apoiarem o PKK, Partido dos Trabalhadores do Curdistão, e de darem abrigo a seguidores de Fethullah Gulen, acusado da orquestração de uma tentativa de golpe, em 2016.

"Não estamos a enviar dinheiro para organizações terroristas, é claro, nem quaisquer armas", redarguiu a primeira-ministra da Suécia.

Esta declaração foi proferida no dia em que delegações da Suécia e da Finlândia se avistam com responsáveis do Governo de Ancara, na Turquia.

12h49 - "Inovação no domínio da defesa"

Também esta quarta-feira a Comissão Europeia desbloqueou uma verba de 924 milhões de euros para o Fundo Europeu de Defesa, tendo em vista investir nas capacidades de defesa estratégica.

De acordo com uma nota da Comissão, Bruxelas adotou o segundo programa de trabalho anual do FED, introduzindo "uma série de novas ferramentas que visam promover a inovação no domínio da defesa".

O programa abarca 33 temas estruturados em oito apelos a propostas, a lançar no próximo mês de junho, em domínios como a cibersegurança, o espaço ou o combate naval.

O programa de trabalho visa as tecnologias e capacidades de defesa definidas na Bússola Estratégica, aprovada a 21 de março pelo Conselho da União Europeia.

12h46 - Bruxelas pretende criminalizar violação de sanções

A Comissão Europeia propôs esta quarta-feira acrescentar a violação das medidas restritivas da União Europeia à lista de crimes no espaço comunitário, bem como regras reforçadas para a recuperação e o confisco de ativos de oligarcas e outros criminosos.

Adotado na reunião semanal do colégio do Executivo comunitário - e motivado pela forma como oligarcas russos contornam restrições -, o pacote de medidas agora propostas surge no contexto da task force "Congelar e Apreender", formada em março pela Comissão Europeia. Prevê ações a vários níveis, desde logo tornar a violação das sanções decretadas pelos 27 um crime na UE.

Sublinhando que a violação das medidas restritivas impostas pela UE a indivíduos e entidades é "um crime particularmente grave, uma vez que pode perpetuar ameaças à paz e segurança internacionais, e tem um claro contexto transfronteiriço, o que exige uma resposta uniforme a nível da UE e a nível global", a Comissão Europeia argumenta que a sua proposta facilitará "a investigação, o procedimento penal e a punição de violações de medidas restritivas em todos os Estados-membros".

c/ Lusa

12h29 - Rússia oferece cidadania de forma rápida a residentes nas regiões ucranianas ocupadas

O presidente Vladimir Putin assinou um decreto, esta quarta-feira, que simplifica o processo para os moradores das regiões de Kherson e Zaporizhzhia, na Ucrânia, adquirirem cidadania e passaportes russos. O decreto estende um esquema disponível desde 2019 a moradores de áreas controladas por separatistas apoiados pela Rússia nas regiões ucranianas de Donetsk e Luhansk.

12h20 - Rússia quer negociar corredores de navegação no Mar Negro

Esta quarta-feira, a Rússia afirmou estar diposta a negociar um corredor de navegação no Mar Negro para navios com cereais bloqueados nos portos da Ucrânia, ao mesmo tempo que anunciou que o porto de Mariupol voltou a estar operacional.

"Declaramos mais do que uma vez que a solução do problema alimentar exige concentração global e está relacionada com o levantamento das sanções contra as exportações e as transações financeiras [russas]", disse o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia Andrei Rudenko, citado pela agência Interfax, acrescentando que a Ucrânia deve desminar todos os portos onde se encontram os navios.

"A Rússia está disposta a dar um passo humanitário", disse Rudenko, que não especificou se existem contactos sobre a abertura do eventual corredor de navegação (que Moscovo classificou "humanitário") desde o porto de Mariupol, no Mar de Azov, até ao Mar Negro.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo disse ainda que a situação no Mar Negro pode agravar-se "consideravelmente" caso cheguem à região navios de escolta a cargueiros de cereais, uma possibilidade que foi noticiada na imprensa internacional. Além disso, negou as acusações de que Moscovo está a "roubar" os cereais que se encontram armazenados nos portos ucranianos.

11h55 - Cai a idade-limite para combater pelas Forças Armadas russas

A Duma, câmara baixa do Parlamento russo, aprovou a eliminação da idade máxima para entrar nas fileiras da estrutura militar do país.

Até agora, só os cidadãos russos com idades entre os 18 e os 40 anos e os estrangeiros entre os 18 e os 30 podiam alistar-se no exército.

11h35 - "A Eslováquia é a próxima"

O primeiro-ministro eslovaco, Eduard Heger, afirmou perante dirigentes e empresários europeus, no Fórum Económico Mundial, em Davos, que o seu país pode estar na mira de Moscovo, caso a Rússia derrote a Ucrânia.

"Se a Ucrânia cair, a Eslováquia é a próxima. Eles têm de vencer", frisou Heger, que deixou ainda críticas aos países-membros da União Europeia mais dependentes da energia russa.


Foto: Gian Ehrenzeller - EPA

"Basicamente, trocámos os nossos valores por gás e petróleo baratos durante demasiado tempo. Fazer concessões perante Putin causou uma guerra na Ucrânia, uma guerra agressiva. Há pessoas a morrer", vincou o governante eslovaco, antes de sublinhar que os ucranianos "estão a derramar o seu sangue pelos nossos valores, para que não tenhamos de o fazer".

11h27 - "Tempestade perfeita" para África

O secretário-geral da ONU veio esta quarta-feira considerar que a guerra na Ucrânia constitui uma "tempestade perfeita" para os países em desenvolvimento, desde logo em África, tendo em conta o impacto nos preços.

"A guerra na Ucrânia está a criar uma tempestade perfeita para os países em desenvolvimento, especialmente em África; esta crise está a resultar num aumento exponencial de custos para os alimentos, energia e fertilizantes, como consequências devastadoras para os sistemas alimentares e de nutrição, ao mesmo tempo que torna mais difícil para o continente mobilizar os recursos financeiros necessários para investir no seu povo", escreveu António Guterres.

Numa mensagem divulgada por ocasião do Dia de África, Guterres enfatizou que "África é um lar de esperança", mas enfrenta "múltiplos desafios" que a impedem de "atingir o seu pleno potencial, incluindo a pandemia de covid-19 e o seu impacto devastador nas economias africanas, a mudança climática, os conflitos por resolver e uma severa crise alimentar".

11h23 - Marks & Spencer abandona a Rússia

O grupo retalhista britânico Marks & Spencer anunciou que sairá "totalmente" da Rússia, em consequência da guerra na Ucrânia.

"A M&S é um negócio regido por valores; por isso, como resultado da invasão da Ucrânia, cessámos os fornecimentos para a Rússia a 3 de março de 2022", afirma o grupo num relatório de resultados divulgado esta quarta-feira, para depois comunicar a decisão de abandonar por completo o "franchise russo".

A Marks & Spencer engrossa assim um número crescente de marcas que decidiram abandonar ou reduzir a mínimos as operações em solo russo.

Na segunda-feira, a Starbucks anunciou ter "tomado a decisão de sair e deixar de ter a presença da marca no mercado" russo. E na semana passada a McDonald's anunciara a venda da sua operação na Rússia, ao fim de mais de 30 anos de atividade.

11h07 - Lituânia compromete-se a fornecer mais armas à Ucrânia

A Lituânia prepara-se para enviar um novo carregamento de material de guerra à Ucrânia, tendo em vista "continuar a apoiar a defesa contra a Rússia", anuncia o Ministério lituano da Defesa.

No Twitter, o ministro Arvydas Anušauskas indica que o país do Báltico vai fazer chegar a solo ucraniano 20 veículos blindados M113, dez camiões militares e dez veículos para operações de desminagem.


"O nosso apoio é crucial para a vitória ucraniana e a defesa da sua soberania", afirma o titular da pasta da Defesa no Governo lituano, para acrescentar que "a Lituânia forneceu a primeira assistência antes de a guerra começar e agora está constantemente a pensar em apoio adicional e efetivo que é crítico para que a Ucrânia avance".

10h43 - Londres antevê agravamento adicional de preços dos alimentos

O bloqueio russo de portos ucranianos do Mar Negro continua a travar as exportações de cereais, pelo que a escalada de preços dos alimentos vai perdurar, avalia o Ministério britânico da Defesa, no mais recente relatório compilado pelos serviços de informações militares.

Londres faz notar, a título de exemplo, que Odessa, cidade do sul da Ucrânia, tem a atividade marítima praticamente paralisada desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro.

10h31 - Mísseis russos abatem-se sobre Kramatorsk

Segundo o jornal ucraniano The Kyiv Independent, mísseis russos atingiram uma "área residencial em Kramatorsk", no oblast de Donetsk.


"O presidente da câmara de Kramatorsk Oleksandr Honcharenko anunciou que vários edifícios residenciais foram destruídos ou danificados devido aos ataques aéreos que atingiram a cidade durante a noite, mas não há vítimas", lê-se no Twitter.

10h23 - Ponto de situação

  • O Donbass, região do leste da Ucrânia, está debaixo de uma intensa ofensiva por parte das forças russas, que tentam agora capturar zonas de Lugansk que continuam sob controlo ucraniano.

  • As forças russas estão a tentar cercar as cidades de Lysychansk e Severodonetsk.

  • O governador regional, Serhiy Haidai, indica que Severodonetsk está a ser sistematicamente destruída pela artilharia e pelos bombardeamentos aéreos russos.

  • As autoridades ucranianas adiantam que duas zonas da cidade de Zaporizhia, no sul, foram atingidas, ao início da manhã, por mísseis russos. Há notícia de pelo menos uma vítima mortal e três feridos.

  • Delegações da Suécia e da Finlândia estão na Turquia para uma série de contactos destinada a atenuar objeções ao alargamento da NATO. Para aderirem à Aliança Atlântica, os dois países nórdicos terão de captar a aprovação dos 30 países-membros.

10h07 - Zona Euro. Condições financeiras degradam-se

As condições financeiras degradaram-se na Zona Euro desde a invasão russa da Ucrânia, dado que os preços da energia e a inflação dispararam, ao passo que o crescimento desacelerou, estima o Banco Central Europeu.

No Relatório de Estabilidade Financeira de maio de 2022, agora divulgado, o BCE avisa que a guerra fez aumentar os riscos para a estabilidade financeira do bloco da moeda única.

Luis de Guindos, vice-presidente do BCE, afirmou, em conferência de imprensa virtual, que "a terrível guerra na Ucrânia trouxe um terrível sofrimento humano" e "aumentou também os riscos para a estabilidade financeira".

"A reação do mercado à invasão russa da Ucrânia tem sido, em grande parte, ordenada. Contudo, os preços das matérias-primas e da energia permaneceram elevados e voláteis, causando tensão nos mercados de derivados destes produtos", completou.

9h50 - Severodonetsk atacada sem tréguas

Os ataques russos contra a cidade de Severodonetsk, no leste da Ucrânia, intensificaram-se nas últimas horas, adianta o governador regional. Serhiy Haidai afirmou, em declarações à televisão estatal ucraniana, que está em curso uma destruição "24 sobre 24 horas".

"Eles estão a despejar bombas de aviões, a usar Grad e Smerch e artilharia", descreveu o responsável, referindo-se a sistemas de lançamento múltiplo de rockets.

"As tropas russas aproximaram-se o suficiente para bombardear com morteiros. A situação na cidade é muito difícil", apontou.

Já no Telegram, Serhiy Haidai acusou as tropas russas de atacarem a fábrica Azot, que tem serviço de abrigo a civis. Terão morrido pelo menos seis pessoas e outras oito ficaram feridas.

9h33 -Helsínquia tem mais de cinco mil abrigos da II Guerra Mundial

Helsínquia volta-se agora para espaços do passado e prepara-se para o pior. A capital finlandesa tem mais de cinco mil abrigos subterrâneos.

São estruturas de construção obrigatória, mas há também abrigos públicos que, em tempos de paz, são usados para todo o tipo de funções.
Joana Carvalho Reis, enviada especial da Antena 1

9h17 - Moscovo exige levantamento de sanções para travar crise alimentar

"A resolução do problema alimentar passa por uma abordagem coordenada, implicando nomeadamente o levantamento de sanções que foram instauradas contra as exportações russas e as transações financeiras", propugna o vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, referindo-se ao bloqueio das exportações de cereais da Ucrânia.

Andrei Rudenko exige também "a desminagem por Kiev" dos portos do Mar Negro, de forma a que os navios possam recomeçar a transportar carregamentos de cereais.

8h58 - A Moldova e as aspirações à União Europeia

A Moldova está aberta "a qualquer mecanismo" que a aproxime da União Europeia desde que o processo de adesão seja salvaguardado, enfatizou a primeira-ministra do país, ao intervir num painel do Fórum Económico Mundial, em Davos.

"Acolhemos qualquer mecanismo que nos aproxime, que melhore a nossa cooperação, desde que isto não substitua o caminho para a adesão", sublinhou Natalia Gavrilita.

8h52 - Falta "união" ao Ocidente, segundo Zelensky

Na sua segunda intervenção destinada a Davos, Volodymyr Zelensky sustentou que falta "união" aos países ocidentais face à guerra na Ucrânia, ao cabo de três meses desde o início da invasão russa.

"A minha questão é: há união na prática? Eu não a vejo", vincou o presidente ucraniano, para reiterar o apelo "ao apoio de uma Europa unida".

8h41 - Atualização sobre bombardeamentos em Zaporizhia

A edição online da BBC noticia, citando as autoridades ucranianas, que os mísseis russos terão feito um morto e três feridos em Zaporizhia.

Pelo menos quatro mísseis foram disparados depois das 5h00 locais (3h00 em Lisboa). Foi o primeiro ataque do género a atingir aquela cidade do sul da Ucrânia.

A administração regional adianta que foram atingidos um centro comercial e mais de 60 casas.

8h31 - Transporte de alimentos

De acordo com Andrei Rudenko, vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, citado pela agência Interfax, Moscovo estaria disposta a abrir "um corredor humanitário" para permitir que navios carregados com alimentos partissem da costa ucraniana.

Rudenko referiu-se ainda aos prisioneiros de guerra ucranianos, para dizer que a Rússia só admite discutir uma troca de soldados quando os operacionais capturados passarem pelo crivo da justiça russa.

8h25 - "Tudo calmo na região de Lviv"

O governador de Lviv, no oeste da Ucrânia, região próxima da Polónia, reporta que, durante a última noite, as sirenes de alerta para potenciais bombardeamentos aéreos soaram por duas vezes.

"As ameaças não se materializaram. Está tudo calmo na região de Lviv", adianta Maksym Kozytskyi.

8h16 - Vaga de mísseis russos abate-se sobre Zaporizhia

Mísseis russos atingiram um centro comercial e uma fábrica de componentes para aviação no centro da cidade de Zaporizhia, no sul da Ucrânia.

Os bombardeamentos russos aconteceram na última madrugada e, para já, não há notícia de vítimas.
O enviado especial da Antena 1 Luís Peixoto descreve o rasto de destruição destes bombardeamentos.

8h12 - O adeus de Abramovich ao Chelsea

A venda do Chelsea Football Club, até agora propriedade do oligarca russo Roman Abramovich, vai por diante. O emblema será adquirido por um consórcio encabeçado pelo investidor norte-americano Todd Boehly - o negócio envolve uma verba equivalente a 4,25 mil milhões de euros.

O Governo britânico deu luz verde à operação depois de concluir que esta "não beneficiará Roman Abramovich ou qualquer outro indivíduo sancionado".

8h01 - Zelensky volta a falar ao Fórum Económico Mundial

O presidente ucraniano voltou a dirigir-se ao Fórum Económico Mundial, a decorrer em Davos, na Suíça. Por videoconferência, Volodymyr Zelensky disse-se disponível para conversações apenas com Vladimir Putin, sem intermediários.

Zelensky acrescentou que, se o presidente russo "compreender a realidade", há uma possibilidade de divisar uma solução diplomática para a guerra.

O presidente da Ucrânia afirmou que Moscovo deveria retirar-se para as posições anteriores à invasão, a 24 de fevereiro: "Esse poderia ser um primeiro passo para conversações".

Na quarta-feira, o antigo presidente russo Dmitry Medvedev sustentou que qualquer acordo de paz teria de reconhecer decisões "finais" sobre o futuro das regiões separatistas de Donetsk e Lugansk e que qualquer acordo de paz que sugerisse uma retirada russa da Crimeia seria encarado como ameaça de guerra.

7h50 - "A defesa ucraniana está a desfazer-se"

Rodion Miroshnik, embaixador da autoproclamada República Popular de Lugansk, afirma na plataforma Telegram que as forças russas e pró-russas estão a penetrar as defesas ucranianas na região.

"A defesa ucraniana está a desfazer-se. Um assalto ativo a Zolote está em curso. As forças de manutenção de paz estão a avançar para Maloryazantsevo, Volcheyarovka. Ainda não se sabe exatamente que parte das formações militares ucranianas deixou estes locais e que parte permaneceu, mas a tendência é claramente visível", escreve Miroshnik.

7h43 - Finlandeses e suecos na Turquia

Já se encontram na Turquia as delegações da Finlândia e da Suécia. Vão tentar resolver a oposição turca ao pedido de adesão à Aliança Atlântica.

As objeções de Ancara colocaram entraves, uma vez que os dois países esperavam que este fosse um processo rápido.
Ancara confirmou que as conversações começam esta quarta-feira.

7h31 - Ponto de situação


  • Na última alocução noturna, o presidente ucraniano afirmou que a Rússia pretende destruir as estruturas industriais do Donbass. Volodymyr Zelensky descreveu a situação no leste da Ucrânia como “extremamente difícil”: “Todas as forças que restam ao exército russo estão agora concentradas nesta região”.

  • As tropas russas conseguiram assumir o controlo de pelo menos três localidades da região de Donetsk, no leste da Ucrânia, incluindo Svitlodarsk, segundo o governador regional Pavlo Kyrylenko.

  • Por sua vez, o governador da região de Lugansk, Sergiy Gaidai, diz que a situação local “só está a piorar”. “Está a piorar dia após dia e até hora após hora. Estão simplesmente a eliminar Severodonetsk”.

  • Foram descobertos os corpos de mais de duas centenas de pessoas entre os escombros de um edifício em Mariupol, revelou Petro Andryushchenko, conselheiro do president da câmara local, Vadym Boychenko. Os restos mortais foram encontrados na cave do prédio, que colapsou.

  • Os soldados ucranianos capturados por forças russas ao cabo de três meses de cerco à Azovstal, siderúrgica de Mariupol, no sul da Ucrânia, encontram-se em condições “satisfatórias”, adianta a mulher do comandante da unidade que se rendeu. Pelo menos mil combatentes ucranianos, entre os quais elementos do batalhão ultranacionalista Azov, foram transportados para território controlado pelas forças russas.

  • As autoridades ucranianas estão a recolher corpos de soldados russos em localidades anteriormente ocupadas pelo exército de Moscovo. Esperam poder trocá-los por prisioneiros de guerra ou corpos de soldados ucranianos.

  • Procuradores ucranianos desencadearam uma investigação a alegados crimes de guerra perpetrados no Parque Gorky, em Kharkiv, no nordeste do país. “Atingir alvos civis, infraestruturas civis, tentar matar civis e destruir herança cultural são crimes de guerra. Um erro pode acontecer uma ou duas vezes, mas há registo de 56 ataques. Não é um acidente. Eles estavam a alvejar o parque”, sustentou o procurador ucraniano Roman Petrenko.

  • Uma sondagem conhecida na terça-feira indica que 82 por cento dos ucranianos recusam abdicar de território para a Rússia, no quadro de um eventual acordo de paz.

  • O Ministério russo dos Negócios Estrangeiros anunciou sanções contra membros da Câmara dos Lordes do Reino Unido – 154 estão agora proibidos de entrar em território russo.

  • Em Davos, onde decorre o Fórum Económico Mundial, o multimilionário George Soros, avisou que a invasão na Ucrânia ameaça ser “o início de uma terceira guerra mundial” que poderia levar ao colapso da civilização.

  • Responsáveis turcos recebem esta quarta-feira, em Ancara, delegações da Suécia e da Finlândia, no âmbito das candidaturas dos dois países nórdicos à NATO. São conhecidas as objeções do presidente turco a estas adesões. Recep Tayyip Erdogan acusa finlandeses e suecos de darem abrigo a uma “organização terrorista”, nomeadamente o PKK, Partido dos Trabalhadores do Curdistão.