Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Andreia Martins, Carlos Santos Neves - RTP

Alexander Ermochenko - Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

00h50 - Zelensky confiante numa vitória total sobre as forças russas

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelesnky, assegurou esta sexta-feira, em dois momentos diferentes, que o seu país irá alcançar a vitória final sobre as forças russas, quer no leste da Ucrânia, quer na guerra em geral.

Numa participação por vídeo perante estudantes da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, Zelesnky salientou que a Ucrânia desfez "o mito sobre o poder extraordinário do exército russo -- um exército que supostamente, em poucos dias, poderia conquistar quem quisesse".

"Agora, a Rússia está a tentar ocupar todo a região [Donbass], mas nós sentimo-nos fortes o suficiente para pensar no futuro da Ucrânia, que será aberto ao mundo", realçou o chefe de Estado ucraniano.

Mais tarde, no seu discurso noturno diário em vídeo, o Presidente da Ucrânia abordou a conquista, pelas foras russas, da cidade de Lyman, na região ucraniana de Donetsk, a norte de mais duas cidades importantes ainda sob controlo ucraniano.

Zelensky referiu-se ainda à tentativa de Moscovo em cercar e tomar a importante cidade de Severodonetsk, uma das últimas áreas sob controlo de Kiev em Lugansk.

"Se os ocupantes pensam que Lyman ou Severodonetsk serão deles, estão errados. O Donbass será ucraniano", realçou o Presidente da Ucrânia.
Severodonetsk tem sido o palco de combates ferozes que já destruíram 60% dos edifícios residenciais, explicou o chefe da administração militar de Severodonetsk, Alexander Stryuk, citado pela agência Associated Press.

Esta cidade é a única na região de Lugansk que continua sob controle do governo ucraniano, e as forças russas têm tentado cercá-la.

Também esta sexta-feira, o chefe da unidade militar ucraniana do território do Donbass, Pavlo Kirilenko, admitiu que a cidade de Lyman, na região ucraniana de Donetsk, está praticamente sob o controlo das forças militares russas.

Lyman, perto de Sloviansk, era um dos alvos principais da Rússia na tentativa de cercar as tropas ucranianas no Donbass e de assumir o controlo da rota Bakhmut-Severodonetsk para avançar em direção a Donetsk.

(agência Lusa)


00h25 - Governador de Lugansk nega cerco russo a Severodonetsk mas admite retirada

O governador da região de Lugansk, Serhiy Haidai, negou esta sexta-feira que as forças russas tenham cercado a importante cidade de Severodonetsk, no leste da Ucrânia, embora admita que os combatentes ucranianos podem ter de recuar.

Numa mensagem divulgada na rede social Telegram, Serhiy Haidai negou as alegações das forças russas, mas referiu que os russos tomaram um hotel e uma estação de camionagem.

"Os russos não poderão capturar a região de Lugansk nos próximos dias, como preveem os analistas. Teremos forças e meios suficientes para nos defendermos", assegurou.

Serhiy Haidai acrescentou que, no entanto, é possível que os ucranianos tenham de sair para não ficarem cercados.

Uma via crítica para o abastecimento e evacuação, a autoestrada de Lysychansk-Bakhmut tem estado constantemente debaixo de fogo, embora ainda estejam a circular mantimentos e pessoas, explicou também o governador de Lugansk.

Durante a madrugada de sexta-feira, o líder militar da região anunciou que pelo menos 1.500 pessoas foram mortas em Severodonetsk.

Cerca de 12 mil pessoas permanecem na cidade, que tinha cerca de 100 mil habitantes antes da guerra, disse o chefe da administração militar de Severodonetsk, Alexander Stryuk.

Severodonetsk tem sido o palco de combates ferozes que já destruíram 60% dos edifícios residenciais, disse Stryuk, citado pela agência Associated Press (AP).

Esta cidade é a única zona da região de Lugansk que continua sob controle do governo ucraniano, e as forças russas têm tentado cercá-la.

(agência Lusa)

23h45 - EUA acreditam que objeções da Turquia podem ser superadas rapidamente

Os Estados Unidos estão confiantes de que as objeções da Turquia à adesão da Finlândia e Suécia à NATO podem ser superadas rapidamente e, possivelmente, a tempo da cimeira de junho, referiu esta sexta-feira o secretário de Estado norte-americano.

Antony Blinken, que falava durante uma conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros finlandês, Pekka Haavisto, destacou que os EUA não têm motivos para acreditar que as preocupações da Turquia não podem ser abordadas.

Estas declarações surgem depois de o principal diplomata da Turquia ter referido que a Finlândia e a Suécia teriam que tomar "medidas concretas" antes de Ancara poder apoiar a sua adesão à Aliança Atlântica.

"Os Estados Unidos apoiam totalmente a adesão da Finlândia e da Suécia à Aliança e continuo confiante de que ambos, em breve, serão membros da NATO", frisou Blinken.

"Estamos ansiosos para poder chamar a Finlândia e a Suécia nossos aliados", acrescentou.

Já o ministro finlandês realçou que o seu país e a Suécia mantiveram "boas negociações" com os turcos, sobre as preocupações de Ancara, nos últimos dias.

Pekka Haavisto acrescentou que estas negociações continuarão com o objetivo de se alcançar uma solução antes da cimeira da NATO em Madrid, no final de junho.

"Concordamos em continuar com essas discussões. Achamos que esses problemas que a Turquia tem levantado podem ser resolvidos", sublinhou.

A Suécia e a Finlândia apresentaram formalmente os seus pedidos de adesão à Aliança Atlântica na semana passada.

A entrada dos países nórdicos significará uma das maiores ramificações geopolíticas da guerra da Rússia na Ucrânia e pode reescrever o mapa de segurança da Europa.

(agência Lusa)

23h27 - Eslováquia reduz dependência do gás russo

A Eslováquia conseguiu reduzir a sua dependência do gás russo, mediante contratos de fornecimento alternativo realizados com a Noruega e outros países, anunciou hoje o ministro da Economia, Richard Sulik.

Este país do centro da Europa, fronteiriço com a Ucrânia, recebia até agora da Federação Russa 80% do gás que consumia.

Os novos contactos permitem uma redução desta percentagem, uma vez que a Noruega vai fornecer 32% do consumo anual da Eslováquia e outros 34% hão de vir de Croácia, Itália, Bélgica e Reino Unido.

Mas a dependência do gás russo vai diminuir ainda mais, uma vez que a Eslováquia vai passar a receber gás também da Polónia, assim que estiver concluído o gasoduto entre os dois países.

Uma vez que o país continua a comprar gás russo, está com um stock superior ao necessário, o que lhe vai permitir encher os depósitos subterrâneos, detalhou Sulik, durante uma conferência de imprensa, em Bratislava, segundo o sítio noticioso Slovak Spectator.

(agência Lusa)

22h50 - Turquia reclama medidas de Finlândia e Suécia contra resistência curda

22h35 - Responsáveis militares ucranianos emitem apelos desesperados ao Ocidente
22h25 - Patriarca russo recebeu pedido para igreja lituana mudar de jurisdição

A Igreja Ortodoxa Russa nomeou hoje uma comissão que se vai pronunciar sobre um pedido para a Igreja Ortodoxa Lituana passar da jurisdição do patriarcado de Moscovo para o de Constantinopla, devido à guerra na Ucrânia.

Num comunicado divulgado no seu portal na internet, o sínodo da Igreja Ortodoxa Russa anunciou que a comissão, de nove membros, será presidida pelo seu primaz, o patriarca Cirilo de Moscovo.

O pedido para a alteração foi apresentado por elementos da igreja lituana descontentes com o apoio de Cirilo à invasão lançada pela Rússia em 24 de fevereiro.

"Decidimos criar uma comissão para considerar a questão da alteração do estatuto da diocese de Vílnius-Lituânia", cujos resultados serão submetidos "à consideração do Santo Sínodo", lê-se no comunicado.

A diocese lituana pertence ao Patriarcado de Moscovo e reúne paróquias e mosteiros no território da Lituânia, segundo a agência russa TASS.

Um dos membros da comissão, o professor da Academia Teológica de Moscovo Vladislav Tsypin, disse que a transferência da diocese para a jurisdição de Constantinopla está fora de questão.

Tsypin admitiu que possa vir a ser concedido à igreja lituana um estatuto de autonomia dentro da Igreja Ortodoxa Russa, como nos casos da Estónia e da Letónia.

22h15 - Reportagem da RTP no hospital militar de Zaporizhzhya

22h00 - Ucrânia admite recuo no terreno, Rússia admite que a guerra sai cara

21h50 - S&P baixa nota da Ucrânia para CCC+/C com perspetiva negativa devido à guerra com a Rússia

(Agência France Presse)

21h40 - Procurador do TPI deixa apelo à Rússia

O procurador do Tribunal Penal Internacional, Karim Khan, apelou à cooperação da Rússia no inquérito aos presumíveis crimes de guerra cometidos na Ucrânia após a invasão russa de 24 de fevereiro.

Em declarações à Agência France Presse, Khan declarou que Moscovo recusou trabalhar com o TPI desde a abertura das investigações mas garantiu que “a porta se mantém aberta”.

O britânico recusou adiantar se o presidente russo Vladimir Putin poderá um dia ser levado perante a Justiça devido aos crimes de guerra cometidos na Ucrânia.

21h15 - Alto Comissariado esclarece que linha de apoio inclui idioma ucraniano

O Alto Comissariado para as Migrações (ACM) esclareceu hoje que a Linha de Apoio a Migrantes tem como opções iniciais o português, o inglês e russo, os mais solicitados, mas também disponibiliza o ucraniano.

Num esclarecimento à Lusa, o ACM explica que a Linha de Apoio a Migrantes (LAM) e o o Serviço de Tradução Telefónica (STE) "são serviços de atendimento telefónico que funcionam de forma conjunta e complementar" e que, quando se liga, ouve-se uma mensagem automática gravada "que tem três idiomas: português (língua nacional), inglês (língua universal) e russo (dos mais solicitados)" e que, "independentemente do idioma selecionado, e logo que sejam atendidos por um operador, os cidadãos podem solicitar o atendimento noutro idioma, incluindo o ucraniano".

(Agência Lusa)

21H05 - Johnson diz a Orbán que pressão máxima sobre a Rússia deve continuar

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, defendeu hoje, numa conversa com o seu homólogo húngaro, Viktor Orbán, que a comunidade internacional deve continuar a aplicar "a máxima pressão económica" para debilitar a máquina de guerra russa.

Em comunicado, o Governo de Londres indicou que, na conversa telefónica que manteve com Orbán, o líder conservador britânico "expressou forte condenação do ataque continuado da Rússia à Ucrânia e disse que a comunidade internacional tem que continuar a aplicar a máxima pressão económica para invalidar a máquina de guerra de [Vladimir] Putin", o Presidente russo.

Johnson falou também das "circunstâncias desafiantes que alguns países têm enfrentado ao procurar fornecedores de energia", embora confie que a União Europeia (UE) poderá continuar a aplicar o seu sexto pacote de sanções, "dada a prioridade de pôr fim à guerra na Ucrânia o mais rapidamente possível".

"Ambos os líderes concordaram que é fundamental reforçar a segurança energética e a resistência doméstica na Europa, porque um confronto sem fim na Ucrânia só provocaria mais sofrimento", refere a nota de imprensa.

Boris Johnson disse ainda que as forças ucranianas "lutarão o tempo que for necessário e prestou homenagem aos seus esforços", acrescenta o texto.

(Agência Lusa)

20h40 - Moscovo restringe ação dos bancos italianos Intesa Sanpaolo e UniCredit

O banco central da Federação Russa impôs restrições temporárias às contas bancárias de empresas e cidadãos italianos das filiais locais do Intesa Sanpaolo e UniCredit, disseram à Efe fontes conhecedoras do caso.

As entidades italianas receberam uma carta do banco russo a informá-las de que a partir de 25 de maio, e durante um ano, as pessoas e empresas italianas com contas correntes nas suas subsidiárias russas não podem abrir contas nem retirar dinheiro sem a autorização da sua direção local.

Moscovo está a adotar medidas para procurar responder às sanções que lhe foram impostas desde que invadiu a Ucrânia, a partir de 24 de fevereiro, e neste sentido já cortou o fornecimento de gás a países como Finlândia, Polónia ou Bulgária, que se negaram a pagá-lo em rublos.

O UniCredit está presente na Federação Russa com 70 sucursais, quatro mil empregados e 1.500 clientes empresariais, ao passo que o Intesa Sanpaolo opera como Banca Intesa Rússia, com mil empregados e 28 sucursais.

(Agência Lusa)

20h30 - Ucrânia acusa IAEA de adotar propaganda russa

Os inspetores nucleares da Ucrânia apelaram à Agência Internacional de Energia Atómica de apoiar os esforços de Kiev para expulsar forças russas da importante central de energia de Zaporizhzhia, acusando o organismo de se deixar influenciar pela propaganda russa.

A central, a maior do género na Europa, foi ocupada pelas forças russas e Oleg Korikov, diretor dos inspetores ucranianos em exercício, acusou o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi de ter afirmado no Fórum Económico Mundial de Davos esta semana, que existem em Zaporizhzhia grandes reservas de plutónio e de urânio enriquecido que podem ser usadas para fabricar armas atómicas.

Korikov garantiu que tais informações são completamente falsas. O presidente russo Vladimir Putin acusou a Ucrânia de utilizar comhecimentos soviéticos para fabricar armas nucleares.

"É muito triste quando as mentiras descaradas da propaganda russa são transmitidas a altos níveis pelos mais altos responsáveis da AIEA" comentou Korikov numa publicação na página oficial dos inspetores nacionais do Facebook.

20h10 - Rússia espera receber um bilião de rublos

Moscovo espera receber mais de um bilião de rublos (13,7 mil milhões de euros) adicionais em pagamentos  por petróleo e gás este ano, anunciou o ministro russo das Finanças na televisão estatal.

"Estimamos que as receitas adicionais dos hidrocarbonetos podem chegar a um bilião de rublos, de acordo com as previsões feitas com o Ministério do Desenvolvimento Económico", disse Anton Siluanov.

O bilião de rublos adicionais será reservado em parte para financiar a invasão russa na Ucrânia e investido em aumentos dos apoios sociais.

Anton Siluanov afirmou ainda que a Rússia se prepara para estabelecer um mecanismo de liquidação antes dos pagamentos da sua dívida soberana em junho.

(Agência Interfax)

20h00 - Impasse sobre adesão da Suécia e da Finlândia à NATO tem de ser resolvido até fim de junho

O ministro finlandês dos Negócios Estrangeiros ,Pekka Haavisto, considerou esta tarde ser “muito importante” que os problemas da Turquia com a adesão da Finlândia e da Suécia à NATO sejam resolvidos antes da cimeira da Aliança em Madrid no final de junho.

O comentário aos jornalistas seguiu-se a uma reunião de Haavisto com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.

Ancara não parece contudo interessada em facilitar consensos.

"Não é um processo fácil", afirmou à Reuters um alto responsável turco esta sexta-feira. A Suécia e a Finlândia terão ambas de dar passos "difíceis" para conseguir o apoio da Turquia, acrescentou.

"As negociações vão continuar. Mas não parece que uma data esteja próxima", advertiu.

19h30 - Líder da Chechénia diz que Polónia poder ser o próximo alvo russo

O líder da Chechénia, uma província do sul da Rússia, divulgou hoje um vídeo onde avisa a Polónia que pode ser o próximo país a ser invadido, após a Ucrânia.

Ramzan Kadyrov, famoso pelas suas impetuosas declarações, disse num vídeo colocado na sua página oficial Telegram que a Ucrânia era um "negócio fechado" e que "se for emitida uma ordem após a Ucrânia, vamos mostrar-vos [à Polónia] em seis segundo daquilo que são feitos".

A Polónia, que faz fronteira com a Ucrânia, tem fornecido ao seu vizinho diverso armamento na sequência da invasão da Rússia em 24 de janeiro, e também acolheu milhões de refugiados ucranianos.

Kadyrov também exortou o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky a "finalmente ter alguma sensatez e aceitar as condições oferecidas pelo nosso Presidente [Vladimir Putin]".

(Agência Lusa)

19h25 - Pentágono não descarta entregar a Kiev foguetes militares de longo alcance

O Pentágono revelou hoje que não descarta a possibilidade de entregar foguetes militares de longo alcance à Ucrânia, para neutralizar o avanço das forças russas no Donbass, no leste do país europeu.

A observação foi feita pelo porta-voz do Pentágono, John Kirby, numa conferência de imprensa em que adiantou que os Estados Unidos sabiam que os ucranianos iriam precisar de foguetes militares de longo alcance desde o momento em que Rússia decidiu concentrar-se no Donbass.

Sem querer especificar se Washington finalmente vai entregar este tipo de armamento a Kiev, John Kirby enfatizou que o Departamento de Defesa norte-americano trabalha todos os dias para levar armas e sistemas defensivos para a Ucrânia.

"Estamos em constante diálogo com eles [ucranianos] sobre as suas necessidades", disse o porta-voz do Pentágono.

John Kirby disse ainda que os Estados Unidos estão conscientes de que os ucranianos solicitaram "privada e publicamente" sistemas de foguetes com múltiplos lançadores, sem querer confirmar se vão ser finalmente fornecidos.

O porta-voz acrescentou que até agora o país forneceu a Kiev 10 pacotes de ajuda e que o 11.º está preparado.

Kirby lembrou que a situação é "muito dinâmica" no Donbass.

"Há cidades e vilas que caem nas mãos dos russos num determinado dia, e depois os ucranianos recuperam-nas. Há muito `tira e dá`", indicou.

(Agência Lusa)

19h00 - Rússia acusa EUA de usar NATO e aliados para preservar domínio global

A Rússia acusou hoje os Estados Unidos de estarem a usar a NATO e os aliados mais próximos para tentar preservar uma ordem mundial unipolar, face à deslocação dos "motores de desenvolvimento" para outras regiões do mundo.

"A influência política e o poder militar estão a deslocar-se para Leste, para outras regiões do mundo, e os Estados Unidos e os membros da NATO terão de contar com esta realidade multipolar", disse o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros Alexander Grushko.

Numa entrevista ao canal de televisão Rossiya-24, citada pela agência TASS, Grushko disse que Washington quer manter uma "ordem mundial injusta" que permitiu aos EUA reivindicar um papel global durante muitos anos.

Gurshko afirmou que os EUA receiam que a União Europeia (UE) tenha relações económicas e políticas vantajosas com a Rússia, e estão a tentar que os europeus fiquem dependentes do "caro gás americano".

O objetivo dos EUA é "subjugar economicamente a Europa", disse Gurshko, um dos vice-ministros do chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov.

(Agência Lusa)

18h19 - Acusações contra Moscovo sobre crise alimentar "sem fundamento"

As acusações contra a Rússia, responsabilizada pelos problemas mundiais de distribuição de cereais devido à sua ofensiva na Ucrânia, são "sem fundamento", assegurou hoje o presidente russo, Vladimir Putin, num contacto telefónico com o chanceler austríaco, Karl Nehammer.

"Vladimir Putin sublinhou que as tentativas de tornar a Rússia responsável pelas dificuldades na entrega dos produtos agrícolas nos mercados mundiais são sem fundamento", indicou o Kremlin em comunicado.

Na terça-feira, Putin referiu ao primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, que a Rússia estava "pronta a fornecer uma contribuição significativa para ultrapassar a crise alimentar através da exportação de cereais e fertilizantes, sob reserva do levantamento pelo ocidente das restrições com motivações políticas".

A Ucrânia, um importante exportador de cereais, em particular de milho e trigo, tem a sua produção bloqueada devido aos combates.

(agência Lusa)

17h37 - Tropas ucranianas poderão de ter de retirar-se de Lugansk

A informação é avançada pelo presidente da região de Lugansk que está quase toda sob ocupação russa. Serhiy Gaidai explicou que as tropas de ucranianas poderão retirar-se para evitarem ser capturadas. O anúncio foi feito através de Telegram.

"Os russo não vão conseguir conquistar a região de Lugansk nos próximos dias como previram os analistas. Teremos força e recursos suficientes para nos defendermos. No entanto, para não sermos cercados será possível haver uma retirada", concluiu o presidente da região pertencente ao Donbass.

17h34 - Igreja Ortodoxa da Ucrânia anuncia ruptura com a Rússia

Até agora afiliada a Moscovo, a Igreja Ortodoxa Ucraniana anunciou o rompimento da ligação com a Rússia, na sequência da invasão, declarando "plena independência".

"No que diz respeito à guerra na Ucrânia nós não estamos de acordo com o patriarca moscovita Kirill", explicou a Igreja em comunicado após um concílio dedicado à "agressão" contra o seu país.

O concílio pronunciou a "plena independência e autonomia da Igreja Ortodoxa Ucraniana".

"O concílio apela às autoridades da Ucrânia e Rússia para que prossigam o processo negocial e a procura de uma palavra forte e sensata que possa travar o derramamento de sangue", acrescenta.

Cirilo I, que mantém uma estreita relação com o Kremlin, apelou aos russos nas suas homilias para cerrarem fileiras com o Kremlin e o exército russo na sua guerra santa contra o "Anticristo", numa referência ao Governo ucraniano e patrocinadores ocidentais.

Muitas das dioceses ucranianas que ainda dependem do Patriarcado de Moscovo deixam de mencionar Cirilo nos seus sermões, num sinal de rejeição.
 
(Agência France Press)

16h22 - Draghi discutiu com Zelensky exportação de cereais

O primeiro-ministro italiano e o presidente da Ucrânia falaram esta sexta-feira na possibilidade de desbloquear a exportação de cereais a partir da Ucrânia para tentar atacar a crise alimentar que se vive nos países mais pobres do mundo.


O anúncio foi realizado pelo gabinete de Draghi.

16h02 - Chanceler austríaco disse que Putin está disposto a retomar negociações

Karl Nehammersaid disse esta sexta-feira que Vladimir Purin garantiu em chamada telefónica que está disposto a conversar com a Áustria sobre os seus compromissos com a importação de gás e revelou que o presidente russo quer retomar negociações para haver troca de prisioneiros, com a Ucrânia.

14h51 - Tropas russas cercam Severodonetsk e já controlam Lyman

É um dos avanços mais significativos de Moscovo das últimas semanas. No leste da Ucrânia, as forças russas capturaram nas últimas horas a cidade de Lyman, de grande importância estratégica sobretudo pelas ligações ferroviárias.

Também esta sexta-feira, a Ucrânia reconhece que as tropas russas já estão a cercar grande parte da cidade de Severodonetsk, em concreto cerca de dois terços da cidade. O governador regional de Lugansk, Serhiy Gaidai, disse na quinta-feira que 90 por cento dos edifícios em Severodonetsk ficaram destruidos.

14h16 - Mariupol. 70 corpos foram encontrados nos escombros de um edifício

Cerca de 70 corpos foram encontrados esta sexta-feira nos escombros de um antigo edifício industrial em Mariupol, cidade que esteve sob ataque russo durante várias semanas até deixar de ser controlada por Kiev.

De acordo com Petro Andryushchenko, conselheiro do prefeito da cidade, os corpos foram encontrados por autoridades dos serviços russos de emergência e foram levados para uma vala comum.

O responsável adianta que as 70 pessoas ficaram retidas num prédio que desmoronou na sequência de um bombardeamento.

"Os moradores dizem basicamente que não havia nada que permitisse a identificação, dada a condição em que se encontravam os corpos", disse o autarca o Telegram.

Nesta altura, Petro Andryushchenko, conselheiro do prefeito de Mariupol, e o próprio prefeito de Mariupol, bem como outras autoridades locais, já não se encontram em Mariupol e continuam a acompanhar todos os desenvolvimentos a partir de território controlado pela Ucrânia.

13h52 - Serviços secretos de Kiev alertam que conflito vai durar pelo menos até ao final do ano

Os serviços de informações ucranianos admitiram que a guerra poderá prolongar-se até pelo menos ao final de 2022. Segundo argumentam, o presidente russo não está disposto a desistir dos seus planos de conquista.

"Putin não vai desistir dos seus planos, esta guerra vai arrastar-se", disse Vadym Skibitsky, funcionário dos serviços secretos militares ucranianos.

Vadym Skibitsky argumentou que Putin não está a ouvir ninguém que tente convencê-lo a acabar com o conflito.

"Não confia em ninguém, não ouve ninguém. Tem os seus próprios planos para a restauração do império russo", assegurou o operacional ucraniano, citado pelas agências internacionais.

13h43 - Negociador russo para o conflito nomeado líder de partido de extrema-direita

Um dos negociadores russos para a Ucrânia, Leonid Slutski, foi nomeado como líder do Partido Liberal Democrático da Rússia (LDPR, extrema-direita), um aliado próximo da Presidência russa.

Slutski dirige a comissão de Assuntos Internacionais da Duma e recebeu apoio unânime dos 86 delegados que participaram na votação em que era o único candidato.

O político russo já tinha sido eleito líder do grupo parlamentar do LDPR na câmara baixa do parlamento russo.

Leonid Slutski vai substituir Vladimir Zhirinovski, fundador do partido, em 1989, que morreu no início de abril, aos 75 anos.

(agência Lusa)

13h23 - Deputado comunista na Rússia opõe-se à intervenção na Ucrânia durante sessão numa assembleia local

Um deputado comunista eleito na região de Primorsky, no extremo oriente da Rússia, exigiu esta sexta-feira o fim da ofensiva russa na Ucrânia.

Durante uma reunião da assembleia local, o deputado Leonid Vassioukevich, do Partido Comunista da Rússia, insurgiu-se contra a guerra na Ucrânia, que o Kremlin designa como "operação militar especial".

"Entendemos que, se o nosso país não parar esta operação de guerra, haverá cada vez mais órfãos. Por causa desta operação militar, há pessoas que vão acabar incapacitadas, jovens que podem fazer muito pelo nosso país. Exigimos a retirada imediata das tropas russas", afirmou Leonid Vassioukevich, recolhendo alguns aplausos de outros deputados.

De acordo com a agência France Presse, o discurso foi interrompido pelo governador da região, Oleg Kojemiako. Dirigindo-se ao deputado comunista e aos que apoiaram a declaração anterior, acusou-os de "desacreditarem o exército russo (...), que está a lutar contra o nazismo".

Pelo menos dois deputados, incluindo Vassioulevich, ficaram privados do direito de voto pela Assembleia. O responsável pelo grupo comunista na Assembleia, Anatoly Dolgachev, condenou a atitude dos colegas e indicou que irá responder à ação com medidas retaliatórias.

13h17 - Mais de 4 mil civis morreram na Ucrânia desde o início da guerra, diz a ONU

Em comunicado, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR) indica que mais de 4.000 civis morreram na Ucrânia desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro.

No total, 4.031 civis foram mortos desde o início da guerra, incluindo quase 200 crianças. Os civis foram mortos sobretudo por armas explosivas. A ONU admite que os números possam ser muito superiores.

13h03 - ACNUR pede apoio monetário para refugiados na Polónia

O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) pediu quase 700 milhões de euros para apoiar as necessidades prioritárias dos ucranianos que fugiram do seu país para a Polónia.

O apelo está a ser coordenado pela agência da ONU, mas reúne 87 organizações que fazem parte do Plano Regional Interagências de Resposta a Refugiados, na Polónia.

"Até agora, 25% dos apelos para a Polónia foram financiados", indicou a porta-voz porta-da organização, Olga Sarrado, numa conferência de imprensa realizada em Genebra, na Suíça.

A Polónia é o país que mais acolheu refugiados desde o início da guerra, a 24 de fevereiro. Só o país recebeu 3,5 milhões de pessoas nos últimos três meses.

Os refugiados que continuam a chegar à Polónia não têm, muitas vezes, recursos económicos, e pedem ajuda para aceder a serviços de saúde, bem como apoio em questões de "transporte, dinheiro, necessidades psicossociais, alojamento, acesso a serviços sociais" e também apoio para pessoas com deficiência e idosos.

12h53 - Lyman. Grande parte da cidade está sob controlo russo, admitem as autoridades ucranianas

Oleksiy Arestovych, conselheiro do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskly, admitiu na sexta-feira que a cidade possa já ter caído para os russos.

"De acordo com dados ainda por verificar, perdemos a cidade de Lyman", admitiu numa mensagem de vídeo.

No mesmo sentido, o governador da região de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, disse à imprensa ucraniana que a cidade de Lyman está "em grande parte controlada pelas tropas russas".

12h38 - Tropas russas cercaram dois terços de Severodonetsk

Citado pela agência Reuters, o governador da região de Lugansk diz que as forças russa cercaram dois terços da cidade de Severodonetsk e que 90 por cento dos prédios de habitação ficaram danificados pelos bombardeamentos.

12h00 - O essencial da informação a esta hora

  • O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, admitiu esta sexta-feira que o país terá de negociar com Vladimir Putin, para terminar com a guerra em curso. "Temos de encarar a realidade que estamos a viver", disse ainda, acusando o presidente russo de não estar preparado para iniciar conversações de paz.

  • Por sua vez, o Kremlin acusa a Ucrânia de fazer declarações "contraditórias" sobre as negociações de paz. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, diz que as mudanças de posicionamento por parte da liderança em Kiev não permite que Moscovo "compreenda perfeitamente" o que quer o lado ucraniano.

  • O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, admitiu esta sexta-feira que a Rússia está a avançar de forma "palpável" na região do Donbass. São progressos "graduais, lentos, mas palpáveis, e por isso é absolutamente vital que continuemos a apoiar os ucranianos a nível militar", acrescentou.

  • As autoridades ucranianas começam a admitir que a Rússia tem nesta altura grande vantagem no combate a leste. O governador da região de Lugansk, Sehiy Haidai, assumiu que as tropas ucranianas controlam apenas 5 por cento deste território onde os separatistas pró-russos continuam a avançar.

  • Os separatistas pró-russos anunciaram esta sexta-feira que já assumiram o controlo da cidade de Lyman, no leste da Ucrânia.  Em Dnipro, vários ataques com mísseis durante a última noite fizeram pelo menos dez mortos e 30 feridos.

  • O Kremlin rejeita que esteja a bloquear as exportações de cereais da Ucrânia e prometeu estabelecer um corredor marítimo para garantir a exportação destas mercadorias, bloqueadas nos portos ucranianos. Durante a manhã, não houve sinais de qualquer alteração da situação.

11h33 - "Russofobia". Moscovo diz que o Ocidente declarou "guerra total" contra a cultura e o povo russos

O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, disse esta sexta-feira que os países ocidentais estão em "guerra total" contra a Rússia, bem como contra a cultura e o povo russos.

"O Ocidente declarou guerra contra nós, contra todo o mundo russo. A cultura de cancelar a Rússia e tudo o que esteja ligado ao nosso país já está a chegar ao absurdo", considerou.

Lavrov apontou o dedo aos Estados Unidos, país que diz estar a "quadruplicar" esforços para "conter o nosso país". Para isso, Washington está a recorrer às mais variadas ferramentas, desde "sanções económicas unilaterais" até ao uso de "falsa propaganda" na esfera dos media a nível global, disse o MNE russo.

"Em muitos países ocidentais, a russofobia quotidiana assumiu uma dimensão sem precedentes e, para nosso grande pesar, está a ser encorajada nos círculos governamentais em vários países", acrescentou.

11h29 - Pelo menos dez mortos e mais de 30 feridos no ataque em Dnipro

Há a registar pelo menos dez mortes e entre 30 a 35 feridos na sequência dos ataques russos com mísseis na cidade de Dnipro, ocorridos nas últimas horas.

A informação é avançada pelo responsável do Centro de Defesa Territorial, Hennadiy Korban, citado pela BBC. Korban revela ainda que três dos mísseis foram lançados a partir da região de Rostov, na Rússia.

10h54 - Kremlin acusa a Ucrânia de declarações "contraditórias" sobre as negociações de paz

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, considera que Kiev não está a clarificar o que pretende das conversações e que tem adotado posições contraditórias.

"A liderança ucraniana está constantemente a fazer declarações contraditórias. Isto não nos permite compreender perfeitamente o que quer o lado ucraniano", afirmou Peskov esta sexta-feira, em declarações aos jornalistas.

10h42 - Rússia vai expulsar cinco diplomatas croatas

A Rússia anunciou esta sexta-feira a expulsão de cinco diplomatas croatas em resposta a Zagreb contra a expulsão de 24 diplomatas russos em abril, na sequência da invasão russa da Ucrânia.

O Ministério russo dos Negócios Estrangeiros acusa a Croácia de "apoiar militarmente o regime neonazi em Kiev". 

10h27 - Ucrânia deve "encarar a realidade" e negociar com Putin, afirma Zelensky

Em declarações a um think thank da Indonésia, citadas pela agência Reuters, o presidente ucraniano considerou que será essencial falar e negociar com Vladimir Putin para acabar com a guerra em curso.

"Há coisas que temos de discutir com o líder russo. Não estou a dizer que, para mim, o nosso povo esteja ansioso para conversar com ele, mas temos de encarar a realidade que estamos a viver", afirmou Volodymyr Zelensky.

O presidente ucraniano esclareceu o que procura obter de uma eventual reunião com Putin: "Queremos as nossas vidas de volta. Queremos recuperar a vida de um país soberano, dentro do seu próprio território", disse Zelensky. No entanto, o líder ucraniano considera que o Kremlin não está preparado para encetar negociações de paz.

10h20 - Putin está a conseguir progresso "lento mas palpável" no Donbass, diz Boris Johnson

O primeiro-ministro britânico admitiu esta sexta-feira que a Rússia está a avançar de forma "palpável" na região do Donbass. "Temos que Putin, com grande custo para si próprio e para os militares russos, continue e combater no Donbass", afirmou Boris Johnson, em declarações à Bloomberg TV.

"Ele [Putin] continua a fazer progressos graduais, lentos, mas palpáveis, por isso é absolutamente vital que continuemos a apoiar os ucranianos a nível militar", acrescentou o primeiro-ministro britânico.

10h05 - Moscovo estima exportação de 50 milhões de toneladas de cereais no próximo ano agrícola

Dmitry Patrushev, ministro russo da Agricultura, disse esta sexta-feira que estima que a Rússia consiga exportar um total de 50 milhões de toneladas de cereais no próximo ano agrícola, um grande aumento em relação aos números atuais num contexto de crise alimentar provocado pela guerra na Ucrânia.

O presidente russo, Vladimir Putin, indicou que o país está pronto para ajudar a "superar a crise alimentar" no mundo. Na sequência da invasão russa, as exportações russas estão a ser afetadas pelas sanções internacionais, enquanto a Ucrânia não consegue exportar as suas próprias colheitas devido à guerra. Tanto a Rússia como a Ucrânia são líderes mundiais na produção agrícola.

9h40 - Rússia promete corredor marítimo para escoar cereais

A Rússia comprometeu-se a abrir esta manhã um corredor marítimo para escoamento de cereais. A promessa foi feita, mas por enquanto não há informações que confirmem o anúncio.

9h10 - Separatistas pró-russos controlam Lyman

Os separatistas pró-russos da autoproclamada República Popular de Donetsk anunciaram esta sexta-feira, através do Telegram, que já controlam por completo a cidade estratégica de Lyman, no leste da Ucrânia.

A cidade fica próxima de centros urbanos de grande importância estratégica, como Sloviansk e Kramatorsk.

8h40 - Bombardeamentos em Dnipro, no centro do país

Nas últimas horas, forças russas bombardearam alvos na região de Dnipro, no centro da Ucrânia. Dnipro é a quarta cidade mais populosa da Ucrânia.

Valentyn Reznichenko, chefe da Administração Militar Regional de Dnipropetrovsk, indicou através do Telegram que a cidade sofreu "vários ataques" e as equipas de resgate estão à procura de sobreviventes entre os escombros de edifícios atingidos.

8h27 - Tropas russas em máxima mobilização no Donbass

As forças russas estão a disparar contra unidades militares ucranianas e a lançar ataques de mísseis contínuos no Donbas, confirma o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia.

Lyman é a mais recente cidade-alvo dos russos no leste da Ucrânia.

As tropas de Moscovo estão também a tentar impedir unidades militares ucranianas de reforçarem o contingente que está a defender Bakhmut.

Em Slovyansk, cidade com 125 mil habitantes, sucedem-se igualmente os bombardeamentos russos.

O Estado-Maior ucraniano alega, todavia, que 12 ataques russos em Donetsk e Lugansk, desencadeados ao longo do dia de quinta-feira, falharam os objetivos e que várias unidades russas foram destruídas.

8h21 - Russos controlam 90% do território de Lugansk

A vice-ministra da defesa da Ucrânia, Hanna Malial, adiantou ontem que as forças russas já controlam 90 por cento do território de Lugansk e que os ataques intensificaram-se.
Antena 1

O exército ucraniano admite estar a perder terreno, mas nega que esteja em manobras de retirada.

8h00 - Forças russas tentam cercar Severodonetsk e Lyschansk

As forças terrestres da Rússia continuam a procurar cercar as cidades de Severodonetsk e Lyschansk, tendo já conseguido capturar várias localidades a noroeste de Popasna, adianta o último relatório dos serviços de informações militares do Reino Unido.


"O Agrupamento de Forças do Sul da Rússia continuará provavelmente com a missão de ocupar território ucraniano a sul. Nos últimos dias, a Rússia terá movimentado tanques T-62 com 50 anos de armazenamento profundo para a área de responsabilidade" daquele contingente, indica o Ministério britânico da Defesa.

7h54 - Primeira-ministra finlandesa visitou Bucha e Kiev

A primeira-ministra da Finlândia deslocou-se às cidades ucranianas de Irpin e Bucha, fortemente atacadas pelas tropas russas. A chefe do executivo finlandês também esteve em Kiev e afirmou que as ações da Rússia na Ucrânia foram um ponto de viragem para o mundo.
A governante acrescenta que as relações com Moscovo não podem voltar à situação pré-guerra.

7h46 - Zelensky acusa a Rússia de "genocídio" no Donbass

Na mais recente mensagem noturna, Volodymyr Zelensky disse que Moscovo está tornar o leste da Ucrânia inabitável e a praticar assassinatos em massa.
O presidente ucraniano questionou-se ainda sobre a razão por que alguns Estados-membros da União Europeia estão a bloquear o sexto pacote de sanções contra a Rússia.
Zelensky considera que esse boicote dá a Moscovo oportunidade de financiar a guerra.

7h28 - Ponto de situação


  • A cidade de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, foi alvo de novos ataques das forças russas. Morreram pelo menos nove civis, incluindo uma criança. Outras 19 pessoas ficaram feridas. Os habitantes da cidade foram aconselhados a voltar aos abrigos.

  • Na sua habitual intervenção noturna, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, referiu-se aos novos bombardeamentos sobre Kharkiv: “Hoje os ocupantes bombardearam outra vez Kharkiv. Até ao momento, a lista de mortos inclui nove pessoas. Dezanove feridos. Todos civis”.

  • As autoridades ucranianas começam a admitir que a Rússia leva nesta altura vantagem nos combates no leste do país. O governador de Lugansk, Serhiy Haidai, adiantou que apenas cinco por cento da região permanece sob controlo ucraniano. “O exército russo atirou todas as suas forças para a tomada da região de Lugansk. Estão a decorrer combates extremamente ferozes nos arredores de Severodonetsk. Eles estão simplesmente a destruir a cidade, estão a bombardeá-la todos os dias, bombardeamentos sem pausas”, descreveu o responsável.

  • O Kremlin rejeita que esteja a bloquear as exportações de cereais da Ucrânia, atribuindo responsabilidades ao Ocidente, designadamente as sanções impostas à Rússia. Moscovo disse-se mesmo disposta a abrir um “corredor humanitário marítimo” a partir do sul do país invadido, mas condicionou este gesto ao levantamento de sanções.

  • A ministra britânica dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, acusou Vladimir Putin de tornar a fome uma arma, por via do bloqueio das exportações agrícolas ucranianas. A Turquia está envolvida em conversações com russos e ucranianos tendo em vista a abertura de um corredor através do Bósforo.

  • Dois soldados russos capturados pelas tropas ucranianas declararam-se culpados do bombardeamento de uma localidade no nordeste do país, naquele que é o segundo julgamento por alegados crimes de guerra.

  • A Rússia está a fazer circular carrinhas munidas de ecrãs de televisão de grandes dimensões por Mariupol, no sul da Ucrânia. São difundidas mensagens de propaganda.

  • O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou que a cooperação entre chineses e russos, na esteira da invasão da Ucrânia, “faz soar alarmes”.

  • “Armas, armas e outra vez armas”. Foi o que tornou a pedir o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba.

  • O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, aliado de Vladimir Putin, ordenou a formação de um novo comando militar para a fronteira meridional com a Ucrânia.