Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelesnky, assegurou esta sexta-feira, em dois momentos diferentes, que o seu país irá alcançar a vitória final sobre as forças russas, quer no leste da Ucrânia, quer na guerra em geral.
Numa participação por vídeo perante estudantes da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, Zelesnky salientou que a Ucrânia desfez "o mito sobre o poder extraordinário do exército russo -- um exército que supostamente, em poucos dias, poderia conquistar quem quisesse".
"Agora, a Rússia está a tentar ocupar todo a região [Donbass], mas nós sentimo-nos fortes o suficiente para pensar no futuro da Ucrânia, que será aberto ao mundo", realçou o chefe de Estado ucraniano.
Mais tarde, no seu discurso noturno diário em vídeo, o Presidente da Ucrânia abordou a conquista, pelas foras russas, da cidade de Lyman, na região ucraniana de Donetsk, a norte de mais duas cidades importantes ainda sob controlo ucraniano.
Zelensky referiu-se ainda à tentativa de Moscovo em cercar e tomar a importante cidade de Severodonetsk, uma das últimas áreas sob controlo de Kiev em Lugansk.
"Se os ocupantes pensam que Lyman ou Severodonetsk serão deles, estão errados. O Donbass será ucraniano", realçou o Presidente da Ucrânia. Severodonetsk tem sido o palco de combates ferozes que já destruíram 60% dos edifícios residenciais, explicou o chefe da administração militar de Severodonetsk, Alexander Stryuk, citado pela agência Associated Press.
Esta cidade é a única na região de Lugansk que continua sob controle do governo ucraniano, e as forças russas têm tentado cercá-la.
Também esta sexta-feira, o chefe da unidade militar ucraniana do território do Donbass, Pavlo Kirilenko, admitiu que a cidade de Lyman, na região ucraniana de Donetsk, está praticamente sob o controlo das forças militares russas.
Lyman, perto de Sloviansk, era um dos alvos principais da Rússia na tentativa de cercar as tropas ucranianas no Donbass e de assumir o controlo da rota Bakhmut-Severodonetsk para avançar em direção a Donetsk.
(agência Lusa)
O governador da região de Lugansk, Serhiy Haidai, negou esta sexta-feira que as forças russas tenham cercado a importante cidade de Severodonetsk, no leste da Ucrânia, embora admita que os combatentes ucranianos podem ter de recuar.
Numa mensagem divulgada na rede social Telegram, Serhiy Haidai negou as alegações das forças russas, mas referiu que os russos tomaram um hotel e uma estação de camionagem.
"Os russos não poderão capturar a região de Lugansk nos próximos dias, como preveem os analistas. Teremos forças e meios suficientes para nos defendermos", assegurou.
Serhiy Haidai acrescentou que, no entanto, é possível que os ucranianos tenham de sair para não ficarem cercados.
Uma via crítica para o abastecimento e evacuação, a autoestrada de Lysychansk-Bakhmut tem estado constantemente debaixo de fogo, embora ainda estejam a circular mantimentos e pessoas, explicou também o governador de Lugansk.
Durante a madrugada de sexta-feira, o líder militar da região anunciou que pelo menos 1.500 pessoas foram mortas em Severodonetsk.
Cerca de 12 mil pessoas permanecem na cidade, que tinha cerca de 100 mil habitantes antes da guerra, disse o chefe da administração militar de Severodonetsk, Alexander Stryuk.
Severodonetsk tem sido o palco de combates ferozes que já destruíram 60% dos edifícios residenciais, disse Stryuk, citado pela agência Associated Press (AP).
Esta cidade é a única zona da região de Lugansk que continua sob controle do governo ucraniano, e as forças russas têm tentado cercá-la.
(agência Lusa)
Os Estados Unidos estão confiantes de que as objeções da Turquia à adesão da Finlândia e Suécia à NATO podem ser superadas rapidamente e, possivelmente, a tempo da cimeira de junho, referiu esta sexta-feira o secretário de Estado norte-americano.
Antony Blinken, que falava durante uma conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros finlandês, Pekka Haavisto, destacou que os EUA não têm motivos para acreditar que as preocupações da Turquia não podem ser abordadas.
Estas declarações surgem depois de o principal diplomata da Turquia ter referido que a Finlândia e a Suécia teriam que tomar "medidas concretas" antes de Ancara poder apoiar a sua adesão à Aliança Atlântica.
"Os Estados Unidos apoiam totalmente a adesão da Finlândia e da Suécia à Aliança e continuo confiante de que ambos, em breve, serão membros da NATO", frisou Blinken.
"Estamos ansiosos para poder chamar a Finlândia e a Suécia nossos aliados", acrescentou.
Já o ministro finlandês realçou que o seu país e a Suécia mantiveram "boas negociações" com os turcos, sobre as preocupações de Ancara, nos últimos dias.
Pekka Haavisto acrescentou que estas negociações continuarão com o objetivo de se alcançar uma solução antes da cimeira da NATO em Madrid, no final de junho.
"Concordamos em continuar com essas discussões. Achamos que esses problemas que a Turquia tem levantado podem ser resolvidos", sublinhou.
A Suécia e a Finlândia apresentaram formalmente os seus pedidos de adesão à Aliança Atlântica na semana passada.
A entrada dos países nórdicos significará uma das maiores ramificações geopolíticas da guerra da Rússia na Ucrânia e pode reescrever o mapa de segurança da Europa.
(agência Lusa)
A Eslováquia conseguiu reduzir a sua dependência do gás russo, mediante contratos de fornecimento alternativo realizados com a Noruega e outros países, anunciou hoje o ministro da Economia, Richard Sulik.
Este país do centro da Europa, fronteiriço com a Ucrânia, recebia até agora da Federação Russa 80% do gás que consumia.
Os novos contactos permitem uma redução desta percentagem, uma vez que a Noruega vai fornecer 32% do consumo anual da Eslováquia e outros 34% hão de vir de Croácia, Itália, Bélgica e Reino Unido.
Mas a dependência do gás russo vai diminuir ainda mais, uma vez que a Eslováquia vai passar a receber gás também da Polónia, assim que estiver concluído o gasoduto entre os dois países.
Uma vez que o país continua a comprar gás russo, está com um stock superior ao necessário, o que lhe vai permitir encher os depósitos subterrâneos, detalhou Sulik, durante uma conferência de imprensa, em Bratislava, segundo o sítio noticioso Slovak Spectator.
(agência Lusa)
22h35 - Responsáveis militares ucranianos emitem apelos desesperados ao Ocidente
A Igreja Ortodoxa Russa nomeou hoje uma comissão que se vai pronunciar sobre um pedido para a Igreja Ortodoxa Lituana passar da jurisdição do patriarcado de Moscovo para o de Constantinopla, devido à guerra na Ucrânia.
Num comunicado divulgado no seu portal na internet, o sínodo da Igreja Ortodoxa Russa anunciou que a comissão, de nove membros, será presidida pelo seu primaz, o patriarca Cirilo de Moscovo.
O pedido para a alteração foi apresentado por elementos da igreja lituana descontentes com o apoio de Cirilo à invasão lançada pela Rússia em 24 de fevereiro.
"Decidimos criar uma comissão para considerar a questão da alteração do estatuto da diocese de Vílnius-Lituânia", cujos resultados serão submetidos "à consideração do Santo Sínodo", lê-se no comunicado.
A diocese lituana pertence ao Patriarcado de Moscovo e reúne paróquias e mosteiros no território da Lituânia, segundo a agência russa TASS.
Um dos membros da comissão, o professor da Academia Teológica de Moscovo Vladislav Tsypin, disse que a transferência da diocese para a jurisdição de Constantinopla está fora de questão.
Tsypin admitiu que possa vir a ser concedido à igreja lituana um estatuto de autonomia dentro da Igreja Ortodoxa Russa, como nos casos da Estónia e da Letónia.
(Agência France Presse)
O Alto Comissariado para as Migrações (ACM) esclareceu hoje que a Linha de Apoio a Migrantes tem como opções iniciais o português, o inglês e russo, os mais solicitados, mas também disponibiliza o ucraniano.
Num esclarecimento à Lusa, o ACM explica que a Linha de Apoio a Migrantes (LAM) e o o Serviço de Tradução Telefónica (STE) "são serviços de atendimento telefónico que funcionam de forma conjunta e complementar" e que, quando se liga, ouve-se uma mensagem automática gravada "que tem três idiomas: português (língua nacional), inglês (língua universal) e russo (dos mais solicitados)" e que, "independentemente do idioma selecionado, e logo que sejam atendidos por um operador, os cidadãos podem solicitar o atendimento noutro idioma, incluindo o ucraniano".
(Agência Lusa)
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, defendeu hoje, numa conversa com o seu homólogo húngaro, Viktor Orbán, que a comunidade internacional deve continuar a aplicar "a máxima pressão económica" para debilitar a máquina de guerra russa.
Em comunicado, o Governo de Londres indicou que, na conversa telefónica que manteve com Orbán, o líder conservador britânico "expressou forte condenação do ataque continuado da Rússia à Ucrânia e disse que a comunidade internacional tem que continuar a aplicar a máxima pressão económica para invalidar a máquina de guerra de [Vladimir] Putin", o Presidente russo.
Johnson falou também das "circunstâncias desafiantes que alguns países têm enfrentado ao procurar fornecedores de energia", embora confie que a União Europeia (UE) poderá continuar a aplicar o seu sexto pacote de sanções, "dada a prioridade de pôr fim à guerra na Ucrânia o mais rapidamente possível".
"Ambos os líderes concordaram que é fundamental reforçar a segurança energética e a resistência doméstica na Europa, porque um confronto sem fim na Ucrânia só provocaria mais sofrimento", refere a nota de imprensa.
Boris Johnson disse ainda que as forças ucranianas "lutarão o tempo que for necessário e prestou homenagem aos seus esforços", acrescenta o texto.
(Agência Lusa)
O banco central da Federação Russa impôs restrições temporárias às contas bancárias de empresas e cidadãos italianos das filiais locais do Intesa Sanpaolo e UniCredit, disseram à Efe fontes conhecedoras do caso.
As entidades italianas receberam uma carta do banco russo a informá-las de que a partir de 25 de maio, e durante um ano, as pessoas e empresas italianas com contas correntes nas suas subsidiárias russas não podem abrir contas nem retirar dinheiro sem a autorização da sua direção local.
Moscovo está a adotar medidas para procurar responder às sanções que lhe foram impostas desde que invadiu a Ucrânia, a partir de 24 de fevereiro, e neste sentido já cortou o fornecimento de gás a países como Finlândia, Polónia ou Bulgária, que se negaram a pagá-lo em rublos.
O UniCredit está presente na Federação Russa com 70 sucursais, quatro mil empregados e 1.500 clientes empresariais, ao passo que o Intesa Sanpaolo opera como Banca Intesa Rússia, com mil empregados e 28 sucursais.
Os inspetores nucleares da Ucrânia apelaram à Agência Internacional de Energia Atómica de apoiar os esforços de Kiev para expulsar forças russas da importante central de energia de Zaporizhzhia, acusando o organismo de se deixar influenciar pela propaganda russa.
A central, a maior do género na Europa, foi ocupada pelas forças russas e Oleg Korikov, diretor dos inspetores ucranianos em exercício, acusou o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi de ter afirmado no Fórum Económico Mundial de Davos esta semana, que existem em Zaporizhzhia grandes reservas de plutónio e de urânio enriquecido que podem ser usadas para fabricar armas atómicas.
Korikov garantiu que tais informações são completamente falsas. O presidente russo Vladimir Putin acusou a Ucrânia de utilizar comhecimentos soviéticos para fabricar armas nucleares.
(Agência Interfax)
Ancara não parece contudo interessada em facilitar consensos.
"Não é um processo fácil", afirmou à Reuters um alto responsável turco esta sexta-feira. A Suécia e a Finlândia terão ambas de dar passos "difíceis" para conseguir o apoio da Turquia, acrescentou.
"As negociações vão continuar. Mas não parece que uma data esteja próxima", advertiu.
O líder da Chechénia, uma província do sul da Rússia, divulgou hoje um vídeo onde avisa a Polónia que pode ser o próximo país a ser invadido, após a Ucrânia.
Ramzan Kadyrov, famoso pelas suas impetuosas declarações, disse num vídeo colocado na sua página oficial Telegram que a Ucrânia era um "negócio fechado" e que "se for emitida uma ordem após a Ucrânia, vamos mostrar-vos [à Polónia] em seis segundo daquilo que são feitos".
A Polónia, que faz fronteira com a Ucrânia, tem fornecido ao seu vizinho diverso armamento na sequência da invasão da Rússia em 24 de janeiro, e também acolheu milhões de refugiados ucranianos.
Kadyrov também exortou o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky a "finalmente ter alguma sensatez e aceitar as condições oferecidas pelo nosso Presidente [Vladimir Putin]".
(Agência Lusa)
O Pentágono revelou hoje que não descarta a possibilidade de entregar foguetes militares de longo alcance à Ucrânia, para neutralizar o avanço das forças russas no Donbass, no leste do país europeu.
A observação foi feita pelo porta-voz do Pentágono, John Kirby, numa conferência de imprensa em que adiantou que os Estados Unidos sabiam que os ucranianos iriam precisar de foguetes militares de longo alcance desde o momento em que Rússia decidiu concentrar-se no Donbass.
Sem querer especificar se Washington finalmente vai entregar este tipo de armamento a Kiev, John Kirby enfatizou que o Departamento de Defesa norte-americano trabalha todos os dias para levar armas e sistemas defensivos para a Ucrânia.
"Estamos em constante diálogo com eles [ucranianos] sobre as suas necessidades", disse o porta-voz do Pentágono.
John Kirby disse ainda que os Estados Unidos estão conscientes de que os ucranianos solicitaram "privada e publicamente" sistemas de foguetes com múltiplos lançadores, sem querer confirmar se vão ser finalmente fornecidos.
O porta-voz acrescentou que até agora o país forneceu a Kiev 10 pacotes de ajuda e que o 11.º está preparado.
Kirby lembrou que a situação é "muito dinâmica" no Donbass.
"Há cidades e vilas que caem nas mãos dos russos num determinado dia, e depois os ucranianos recuperam-nas. Há muito `tira e dá`", indicou.
(Agência Lusa)
"A influência política e o poder militar estão a deslocar-se para Leste, para outras regiões do mundo, e os Estados Unidos e os membros da NATO terão de contar com esta realidade multipolar", disse o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros Alexander Grushko.
Numa entrevista ao canal de televisão Rossiya-24, citada pela agência TASS, Grushko disse que Washington quer manter uma "ordem mundial injusta" que permitiu aos EUA reivindicar um papel global durante muitos anos.
Gurshko afirmou que os EUA receiam que a União Europeia (UE) tenha relações económicas e políticas vantajosas com a Rússia, e estão a tentar que os europeus fiquem dependentes do "caro gás americano".
O objetivo dos EUA é "subjugar economicamente a Europa", disse Gurshko, um dos vice-ministros do chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov.
As acusações contra a Rússia, responsabilizada pelos problemas mundiais de distribuição de cereais devido à sua ofensiva na Ucrânia, são "sem fundamento", assegurou hoje o presidente russo, Vladimir Putin, num contacto telefónico com o chanceler austríaco, Karl Nehammer.
"Vladimir Putin sublinhou que as tentativas de tornar a Rússia responsável pelas dificuldades na entrega dos produtos agrícolas nos mercados mundiais são sem fundamento", indicou o Kremlin em comunicado.
Na terça-feira, Putin referiu ao primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, que a Rússia estava "pronta a fornecer uma contribuição significativa para ultrapassar a crise alimentar através da exportação de cereais e fertilizantes, sob reserva do levantamento pelo ocidente das restrições com motivações políticas".
A Ucrânia, um importante exportador de cereais, em particular de milho e trigo, tem a sua produção bloqueada devido aos combates.
(agência Lusa)
A informação é avançada pelo presidente da região de Lugansk que está quase toda sob ocupação russa. Serhiy Gaidai explicou que as tropas de ucranianas poderão retirar-se para evitarem ser capturadas. O anúncio foi feito através de Telegram.
"Os russo não vão conseguir conquistar a região de Lugansk nos próximos dias como previram os analistas. Teremos força e recursos suficientes para nos defendermos. No entanto, para não sermos cercados será possível haver uma retirada", concluiu o presidente da região pertencente ao Donbass.
"No que diz respeito à guerra na Ucrânia nós não estamos de acordo com o patriarca moscovita Kirill", explicou a Igreja em comunicado após um concílio dedicado à "agressão" contra o seu país.
O concílio pronunciou a "plena independência e autonomia da Igreja Ortodoxa Ucraniana".
Cirilo I, que mantém uma estreita relação com o Kremlin, apelou aos russos nas suas homilias para cerrarem fileiras com o Kremlin e o exército russo na sua guerra santa contra o "Anticristo", numa referência ao Governo ucraniano e patrocinadores ocidentais.
Muitas das dioceses ucranianas que ainda dependem do Patriarcado de Moscovo deixam de mencionar Cirilo nos seus sermões, num sinal de rejeição.
O primeiro-ministro italiano e o presidente da Ucrânia falaram esta sexta-feira na possibilidade de desbloquear a exportação de cereais a partir da Ucrânia para tentar atacar a crise alimentar que se vive nos países mais pobres do mundo.
Had a phone conversation with 🇮🇹 Prime Minister #MarioDraghi. Informed about the situation on the frontline. We expect further defense support from our partners. Raised the issue of fuel supply. Ways to prevent the food crisis were discussed. We have to unblock 🇺🇦 ports together.
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) May 27, 2022
Karl Nehammersaid disse esta sexta-feira que Vladimir Purin garantiu em chamada telefónica que está disposto a conversar com a Áustria sobre os seus compromissos com a importação de gás e revelou que o presidente russo quer retomar negociações para haver troca de prisioneiros, com a Ucrânia.
"Não confia em ninguém, não ouve ninguém. Tem os seus próprios planos para a restauração do império russo", assegurou o operacional ucraniano, citado pelas agências internacionais.
Leonid Slutski vai substituir Vladimir Zhirinovski, fundador do partido, em 1989, que morreu no início de abril, aos 75 anos.
Citado pela agência Reuters, o governador da região de Lugansk diz que as forças russa cercaram dois terços da cidade de Severodonetsk e que 90 por cento dos prédios de habitação ficaram danificados pelos bombardeamentos.
- O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, admitiu esta sexta-feira que o país terá de negociar com Vladimir Putin, para terminar com a guerra em curso. "Temos de encarar a realidade que estamos a viver", disse ainda, acusando o presidente russo de não estar preparado para iniciar conversações de paz.
- Por sua vez, o Kremlin acusa a Ucrânia de fazer declarações "contraditórias" sobre as negociações de paz. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, diz que as mudanças de posicionamento por parte da liderança em Kiev não permite que Moscovo "compreenda perfeitamente" o que quer o lado ucraniano.
- O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, admitiu esta sexta-feira que a Rússia está a avançar de forma "palpável" na região do Donbass. São progressos "graduais, lentos, mas palpáveis, e por isso é absolutamente vital que continuemos a apoiar os ucranianos a nível militar", acrescentou.
- As autoridades ucranianas começam a admitir que a Rússia tem nesta altura grande vantagem no combate a leste. O governador da região de Lugansk, Sehiy Haidai, assumiu que as tropas ucranianas controlam apenas 5 por cento deste território onde os separatistas pró-russos continuam a avançar.
- Os separatistas pró-russos anunciaram esta sexta-feira que já assumiram o controlo da cidade de Lyman, no leste da Ucrânia. Em Dnipro, vários ataques com mísseis durante a última noite fizeram pelo menos dez mortos e 30 feridos.
- O Kremlin rejeita que esteja a bloquear as exportações de cereais da Ucrânia e prometeu estabelecer um corredor marítimo para garantir a exportação destas mercadorias, bloqueadas nos portos ucranianos. Durante a manhã, não houve sinais de qualquer alteração da situação.
As forças russas estão a disparar contra unidades militares ucranianas e a lançar ataques de mísseis contínuos no Donbas, confirma o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia.
Lyman é a mais recente cidade-alvo dos russos no leste da Ucrânia.
As tropas de Moscovo estão também a tentar impedir unidades militares ucranianas de reforçarem o contingente que está a defender Bakhmut.
Em Slovyansk, cidade com 125 mil habitantes, sucedem-se igualmente os bombardeamentos russos.
O Estado-Maior ucraniano alega, todavia, que 12 ataques russos em Donetsk e Lugansk, desencadeados ao longo do dia de quinta-feira, falharam os objetivos e que várias unidades russas foram destruídas.
8h21 - Russos controlam 90% do território de Lugansk
A vice-ministra da defesa da Ucrânia, Hanna Malial, adiantou ontem que as forças russas já controlam 90 por cento do território de Lugansk e que os ataques intensificaram-se. Antena 1
O exército ucraniano admite estar a perder terreno, mas nega que esteja em manobras de retirada.
8h00 - Forças russas tentam cercar Severodonetsk e Lyschansk
As forças terrestres da Rússia continuam a procurar cercar as cidades de Severodonetsk e Lyschansk, tendo já conseguido capturar várias localidades a noroeste de Popasna, adianta o último relatório dos serviços de informações militares do Reino Unido.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 27 May 2022
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) May 27, 2022
Find out more about the UK government's response: https://t.co/8oy0CIaoIP
🇺🇦 #StandWithUkraine 🇺🇦 pic.twitter.com/6gQjEGEiRb
"O Agrupamento de Forças do Sul da Rússia continuará provavelmente com a missão de ocupar território ucraniano a sul. Nos últimos dias, a Rússia terá movimentado tanques T-62 com 50 anos de armazenamento profundo para a área de responsabilidade" daquele contingente, indica o Ministério britânico da Defesa.
7h54 - Primeira-ministra finlandesa visitou Bucha e Kiev
A primeira-ministra da Finlândia deslocou-se às cidades ucranianas de Irpin e Bucha, fortemente atacadas pelas tropas russas. A chefe do executivo finlandês também esteve em Kiev e afirmou que as ações da Rússia na Ucrânia foram um ponto de viragem para o mundo. A governante acrescenta que as relações com Moscovo não podem voltar à situação pré-guerra.
7h46 - Zelensky acusa a Rússia de "genocídio" no Donbass
Na mais recente mensagem noturna, Volodymyr Zelensky disse que Moscovo está tornar o leste da Ucrânia inabitável e a praticar assassinatos em massa. O presidente ucraniano questionou-se ainda sobre a razão por que alguns Estados-membros da União Europeia estão a bloquear o sexto pacote de sanções contra a Rússia. Zelensky considera que esse boicote dá a Moscovo oportunidade de financiar a guerra.
7h28 - Ponto de situação
- A cidade de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, foi alvo de novos ataques das forças russas. Morreram pelo menos nove civis, incluindo uma criança. Outras 19 pessoas ficaram feridas. Os habitantes da cidade foram aconselhados a voltar aos abrigos.
- Na sua habitual intervenção noturna, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, referiu-se aos novos bombardeamentos sobre Kharkiv: “Hoje os ocupantes bombardearam outra vez Kharkiv. Até ao momento, a lista de mortos inclui nove pessoas. Dezanove feridos. Todos civis”.
- As autoridades ucranianas começam a admitir que a Rússia leva nesta altura vantagem nos combates no leste do país. O governador de Lugansk, Serhiy Haidai, adiantou que apenas cinco por cento da região permanece sob controlo ucraniano. “O exército russo atirou todas as suas forças para a tomada da região de Lugansk. Estão a decorrer combates extremamente ferozes nos arredores de Severodonetsk. Eles estão simplesmente a destruir a cidade, estão a bombardeá-la todos os dias, bombardeamentos sem pausas”, descreveu o responsável.
- O Kremlin rejeita que esteja a bloquear as exportações de cereais da Ucrânia, atribuindo responsabilidades ao Ocidente, designadamente as sanções impostas à Rússia. Moscovo disse-se mesmo disposta a abrir um “corredor humanitário marítimo” a partir do sul do país invadido, mas condicionou este gesto ao levantamento de sanções.
- A ministra britânica dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, acusou Vladimir Putin de tornar a fome uma arma, por via do bloqueio das exportações agrícolas ucranianas. A Turquia está envolvida em conversações com russos e ucranianos tendo em vista a abertura de um corredor através do Bósforo.
- Dois soldados russos capturados pelas tropas ucranianas declararam-se culpados do bombardeamento de uma localidade no nordeste do país, naquele que é o segundo julgamento por alegados crimes de guerra.
- A Rússia está a fazer circular carrinhas munidas de ecrãs de televisão de grandes dimensões por Mariupol, no sul da Ucrânia. São difundidas mensagens de propaganda.
- O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou que a cooperação entre chineses e russos, na esteira da invasão da Ucrânia, “faz soar alarmes”.
- “Armas, armas e outra vez armas”. Foi o que tornou a pedir o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba.
- O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, aliado de Vladimir Putin, ordenou a formação de um novo comando militar para a fronteira meridional com a Ucrânia.