Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Inês Geraldo, Andreia Martins - RTP

Yves Herman - Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

22h35 - Reino Unido vai aumentar ajuda militar à Ucrânia em mais de mil milhões de euros anuncia Downing Street

O aumento de auxílio orçado em 1.16 mil milhões de euros inclui sistemas de defesa antiaérea e drones.

Os novos fundos vão elevar o auxílio militar britânico a Kiev a 2,3 mil milhões de libras, precisou Downing Street em comunicado. Este é um aumento importante numa "nova fase" do apoio ocidental que visa permitir ao exército ucraniano lanaçar uma contra-ofensiva.

22h00 - Vladimir Putin rejeita responsabilidades russas no ataque a Krementchuk

O bombardeamento de um centro comercial ucraniano cheio de clientes fez pelo menos 18 mortos segunda-feira além de dezenas de desaparecidos nos escombros.

21h38 - Rússia promete resposta caso NATO coloque infraestruturas na Finlândia e Suécia

O presidente russo prometeu resposta da Rússia caso a NATO construa infraestruturas na Finlândia e Suécia, países que pediram a adesão à aliança transatlântica. Estes são comentários ditos na sequência do fim do bloqueio turco à adesão do dois países nórdicos.

21h34 - Zelensky corta relações diplomáticas com a Síria

Volodymyr Zelensky anunciou esta quarta-feira o corte de relaçoes diplomáticas com a Síria, depois de o regime de Damasco ter reconhecido a independência das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk.

"Não haverá mais relações entre a Ucrânia e a Síria", disse Zelensky numa mensagem de vídeo publicada através da rede social Telegram.

21h17 - Putin diz que objetivo é libertar Donbass

A informação é avançada pela agência noticiosa IFAX que também avança que o presidente russo declarou que não descarta aumentar de tensões com a Finlândia e a Suécia depois do fim do bloqueio turco à adesão do dois países à NATO.

Vladimir Putin afirmou também que os objetivos da operação militar lançada na Ucrânia a 24 de fevereiro não mudaram.

21h12 - Moscovo garante que já controla 30 por cento de Lysychansk

As forças russas garantem que já controlam 30 por cento de Lysychansk, o último grande reduto ucraniano na região de Lugansk, leste da Ucrânia. Pelo menos seis pessoas morreram em ataques russos a várias outras regiões ucranianas.


21h00 - Dnipro alvo de intensos bombardeamentos das forças russas

Dnipro é nesta altura a última grande cidade antes da região do Donbass, que já está sob controlo dos militares russos. Nos últimos dias, a cidade foi alvo de vários bombardeamentos.


20h52 - Rússia passou a ser vista como maior ameaça da NATO

A Rússia passou a ser a maior ameaça real da Aliança Atlântica, mas a China também é considerada já como uma ameaça aos valores do Ocidente. No primeiro dia de trabalhos da Cimeira de Madrid foi também feito o convite formal de adesão à Suécia e a Finlândia.


20h44 - Segurança e Defesa. Costa não se compromete com 2% do Orçamento

Portugal vai acompanhar o esforço da NATO no aumento das capacidades militares de resposta rápida. Na Cimeira de Madrid, António Costa não quis no entanto assumir o compromisso de atingir a meta de 2% de investimento em segurança e defesa.


19h26 - Relação da Aliança com a Rússia está no nível mais baixo desde a Guerra Fria

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, reconheceu hoje que a relação da Aliança Atlântica com a Rússia "está no seu nível mais baixo desde o final da Guerra Fria", responsabilizando Moscovo por essa deterioração.

"A NATO tentou estabelecer uma boa relação com a Rússia durante décadas: estabelecemos o Conselho NATO-Rússia, o Ato Fundador NATO-Rússia, convidámos a Rússia para participar em várias atividades e, no Conceito Estratégico aprovado em 2010, afirmámos que a Rússia era um `parceiro estratégico`. Foi a Rússia que se afastou desta tentativa de estabelecer mais confiança, mais parcerias e de trabalhar em conjunto de maneira mais próxima", afirmou o secretário-geral da NATO.

Jens Stoltenberg falava em conferência de imprensa após a segunda sessão de trabalhos da cimeira de líderes da NATO, que decorre em Madrid, e que contou com a participação de vários parceiros da Aliança, como a Geórgia, a Austrália, Coreia do Sul ou países da União Europeia que não pertencem à Aliança, como a Áustria ou a Irlanda.

O secretário-geral da Aliança Atlântica defendeu que, nos últimos anos, Moscovo tem manifestado um "padrão de comportamentos" que tornou "impossível" manter o "tipo de parceria com a Rússia" que tinha sido trabalhado nos últimos anos, elencando ações como a "utilização de força militar contra a Geórgia em 2008", a anexação da Crimeia em 2014 ou o "uso força no leste do Donbass a partir de 2014".

"A nossa relação com a Rússia está no seu mais baixo nível desde o final da Guerra Fria, mas não há dúvida nenhuma de que a responsabilidade por isso recai sobre a Rússia", declarou.

Sobre a guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, Stoltenberg afirmou que a NATO se tinha "preparado para essa possibilidade há muito tempo", com base em relatórios de informação que "previam, muito precisamente, que a Rússia estava a juntar tropas e a preparar-se para invadir a Ucrânia".

(agência Lusa)

18h26 - Stoltenberg diz que China não é ameaça mas sério desafio

O secretário-geral da NATO disse esta quarta-feira que a China não é adversário da aliança transatlântica mas que representa sérios desafios para o futuro.

"Enfrentamos uma era de competição estratégica. A China está a aumentar substancialmente as suas forças, especialmente no nuclear, intimidando vizinhos, como Taiwan. A China não é nossa adversária mas devemos estar atentos aos sérios desafios que representa", declarou Stoltenberg.

17h56 - Serviços secretos americanos dizem que Putin quer maior parte da Ucrânia

Avril Haines, Diretor Nacional de Inteligência dos Estados Unidos, disse esta quarta-feira que Vladimir Putin quer conquistar a maior parte da Ucrânia e que a situação no país do leste europeu é muito má.

16h41 - Rússia diz às Nações Unidas que quer limitar ameaça de crise alimentar

Um diplomata de topo da Rússia disse ao secretário-geral das Nações Unidas na quarta-feira que o país estava preparado para coordenar esforços para limitar a ameaça de uma crise alimentar a níve mundial.

Sergei Lavrov também disse a António Guterres, por chamada telefónica, que Moscovo estava comprometido em cumprir as exportações de cereais e fertilizantes.

16h00 - Ucrânia anuncia troca de 144 prisioneiros

A Ucrânia anunciou esta quarta-feira ter trocado 144 soldados com a Rússia, nos quais se incluem 95 dos soldados que se encontravam na Azovstal, em Mariupol.

"Esta é a maior troca com Moscovo desde o início da invasão russa", explicou no Telegram o órgão responsável pela Inteligência ucraniana, ligada ao ministério da Defesa.

14h47 - Mais pormenores sobre o novo conceito estratégico da NATO

A Declaração da Cimeira de Madrid, assinada hoje na capital espanhola, é o novo documento estratégico que serve de bússola à Aliança Atlântica. Mas o que diz este novo documento estratégico?

  • A declaração de Madrid dá início formal ao processo de adesão da Suécia e da Finlândia à NATO. A adesão destes dois países fará com que [os aliados] estejam "mais seguros", com uma NATO "mais forte". 

  • Os 30 Estados-membros comprometem-se a ajudar Kiev na resistência à invasão russa e aprovaram um novo pacote de apoio para ajudar o país a modernizar o setor da Defesa.

  • De igual forma, os países da NATO decidiram reforçar de forma significativa o seu próprio poder de Defesa e dissuasão: "Os aliados comprometeram-se a implantar forças adicionais robustas, prontas para combater no nosso flanco leste".

  • Nesse sentido, a NATO reconhece a partir de agora - e em contraste com o anterior documento estratégico firmado em Lisboa, em 2010 - que a Federação Russa é "a maior e mais direta ameaça à segurança, paz e estabilidade dos aliados na região euro-atlântica". Ainda assim, a Aliança Atlântica "não procura o confronto" e "não representa nenhuma ameaça" para Moscovo.

  • Por outro lado, a NATO assume a possibilidade de a Ucrânia se tornar membro da organização no futuro: "A segurança dos países que aspiram a tornar-se membros da Aliança está ligada à nossa segurança. Apoiamos fortemente a sua independência, soberania e integridade territorial".

14h30 - Síria reconhece repúblicas autoproclamadas de Donetsk e Lugansk

A Reuters avança que a Síria reconheceu esta quarta-feira a independência e soberania das duas regiões do Donbass, Lugasnk e Donetsk, no leste da Ucrânia.

As autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk remontam a 2014. Até ao momento, a Rússia era o único membro das Nações Unidas que reconhecia estas repúblicas como independentes.  

14h24 - Ucrânia poderá contar com a NATO "o tempo que for preciso"

Em conferência de imprensa, o secretário-geral da NATO afirmou que a Ucrânia poderá contar com o apoio da Aliança Atlântica "o tempo que for necessário". Num documento oficial da cimeira, todos os Estados-membros reconhecem a "crueldade terrível" de Moscovo nesta invasão.

Jens Stoltenberg anunciou ainda que os líderes da NATO concordaram na ajuda à Ucrânia através de um "pacote abrangente" que inclui meios de comunicação, combustível, material médico, equipamentos para desminagem e sistemas antidrones.

14h08 - Cimeira de Madrid declara Rússia como "a maior e mais direta ameaça" à NATO

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, já tinha anunciado durante a manhã a mudança que agora se confirma. Na Declaração da Cimeira de Madrid, documento subscrito pelos 30 chefes de Estado e de Governo da NATO, lê-se que "a Federação Russa é a maior e mais direta ameaça à segurança, paz e estabilidade dos aliados na região euro-atlântica".

O documento destaca ainda que a China "declarou ambições e políticas coercivas", desafiando os "interesses, segurança e valores" dos aliados.

De lembrar que o anterior conceito estratégico, aprovado em Lisboa no ano de 2010, não tinha qualquer referência à China e designava a Rússia como parceira estratégica da NATO.

14h05 - Ucrânia reforça pedido de armas e dinheiro

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reafirmou hoje o seu pedido aos países da NATO, reunidos em cimeira em Madrid, para que forneçam artilharia moderna e apoio financeiro para a Ucrânia enfrentar a invasão russa.

"Para quebrarmos a preponderância da artilharia russa, uma vantagem significativa, precisamos de muitos mais destes sistemas modernos, artilharia moderna", disse Zelensky aos líderes da NATO, numa intervenção por videoconferência, citado pela agência francesa AFP.

Zelensky disse que o apoio financeiro à Ucrânia "é tão importante como a ajuda em armamento" tendo em conta o seu elevado défice, enquanto Moscovo beneficia das receitas das suas exportações de petróleo e gás.

Nesse sentido, reforçou o apelo para sanções mais fortes contra Moscovo, justificando que isso "acabaria com a sua capacidade de pagar pela guerra", que iniciou em 24 de fevereiro.

O líder ucraniano reafirmou que a Ucrânia precisa de cerca de 5.000 milhões de dólares (mais de 4.750 milhões de euros, ao câmbio atual) por mês para a sua defesa.

"Se [a NATO] realmente define a Rússia como a principal ameaça, tem de apoiar totalmente o seu primeiro e principal alvo", disse Zelensky, referindo que a Ucrânia está a lutar pela "futura ordem mundial".

"Com um Kremlin extremamente agressivo, o mundo precisa de uma Aliança extremamente corajosa", acrescentou, citado pela agência espanhola EFE.

(agência Lusa)

13h57 - NATO dá início ao processo formal de adesão da Suécia e Finlândia

Os líderes da NATO lançaram formalmente esta quarta-feira o processo de adesão da Suécia e Finlândia à organização. A adesão segue em frente após o levantamento do veto por parte da Turquia, na terça-feira.

"Decidimos hoje convidar a Finlândia e a Suécia a tornarem-se membros da NATO e decidimos assinar os protocolos de adesão", indicaram os líderes da Aliança num comunicado conjunto. 

A adesão terá agora de ser ratificada pelos 30 parlamentos dos vários Estados-membros da NATO.

13h43 - Portugal vai responder ao pedido da NATO de mobilizar mais meios e efetivos

Portugal vai responder ao pedido da NATO de mobilizar mais meios e efetivos para a Força de Operação Rápida mas não se compromete com a data para atingir os 2% do PIB em investimento na Defesa. 

13h29 - PR português afirma que Rússia "subiu a parada" e a NATO está a responder

O Presidente da República considera que a NATO está a assumir uma posição mais dura perante a Rússia para mostrar que, se for preciso, também "sobe a parada".

13h04 - Reforço militar dos EUA na Europa? Rússia não está "intimidada", diz a diplomacia russa

Em resposta ao anúncio do reforço da presença militar norte-americana na Europa, hoje anunciada pelo presidente Joe Biden, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros diz que a Rússia não está "intimidada".

"Acho que quem avança com esse tipo de decisões tem a ilusão de que a Rússia pode ser intimidada ou contida de alguma forma. Mas não terão sucesso", afirmou o vice-chanceler russo, citado pelas agências russas.

12h58 - Cimeira de Madrid confirma a "agressividade" da NATO em relação à Rússia

O vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguei Riabkov, considera qe a cimeira da NATO, que decorre em Madrid, demonstra a agressividade da aliança em relação à Rússia.

É a resposta de Moscovo às declarações do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, que indicou que a Aliança Atlântica passará a considerar a Rússia como uma "ameaça direta" para a segurança da coligação militar ocidental.

12h40 - Macron e Erdogan da Turquia discutiram exportação de cereais da Ucrânia

O presidente francês Emmanuel Macron e o homólogo turco Tayyip Erdogan debateram, na cimeira da NATO, a importância de implementar medidas alternativas para permitir que a Ucrânia exporte cereais e garantir a segurança no porto de Odessa.

12h27 - EUA reforçam apoio militar da NATO na Europa

Numa conferência com o secretário-geral da NATO, Joe Biden afirmou que os Estados Unidos vão reforçar a presença militar norte-americana em toda a Europa para que a NATO possa responder a ameaças "vindas de todas as direções e em todas as áreas".

O presidente norte-americano indicou, durante a cimeira da NATO, que decorre em Madrid, que os EUA vão "fortalecer a sua posição militar" em Espanha, na Polónia, na Roménia, nos Estados bálticos, no Reino Unido, na Alemanha e em Itália.


12h17 - Zelensky acredita que Rússia quer ditar futura ordem mundial

Na intervenção na cimeira da NATO, o presidente ucraniano afirmou o país precisa de mais armas e dinheiro para se defender da Rússia, frisando que as ambições de Mosocovo não se ficam pela Ucrânia.

"Esta não é uma guerra travada pela Rússia apenas contra a Ucrânia. Esta é uma guerra pelo direito de ditar as condições na Europa - como será a futura ordem mundial", disse Zelensky.

11h51 - "A questão é: quem é o próximo para a Rússia, depois da Ucrânia?", avisa Zelensky

Em declarações à cimeira da NATO por videoconferência, o presidente ucraniano alertou que a situação de guerra poderá ser mais grave no próximo ano, não só para a Ucrânia mas também para outros países, incluindo membros da Aliança Atlântica.

Zelensky fala especificamente de um dos países na mira das tropas russas, considerando que Moscovo quer "escravizar" a Lituânia.

"A questão é: quem é o próximo para a Rússia, depois da Ucrânia?", avisou o presidente ucraniano, que pede a colaboração da NATO ao nível militar e financeiro.

Volodymyr Zelensky argumentou ainda que, para que a paz seja alcançada, o "entendimento sobre o flanco oriental da NATO deve ser reconsiderado".

"A nossa contribuição para a segurança da Europa ainda não foi suficiente?", interrogou o chefe de Estado ucraniano.

11h32 - Papa Francisco condena ataque "bárbaro" contra centro comercial

O chefe da Igreja Católica condenou esta quarta-feira o bombardeamento de um centro comercial na cidade de Kremenchuk, no início da semana, considerando que este é o mais recente da lista de "ataques bárbaros" contra a Ucrânia.

De acordo com as autoridades ucranianas, pelo menos 20 pessoas morreram e várias dezenas continuam desaparecidas. A Rússia insiste que atingiu um alvo militar legítimo e que o centro comercial estava vazio no momento do ataque.

"Todos os dias trago no meu coração a querida e martirizada Ucrânia, que continua a ser flagelada por ataques bárbaros como o que atingiu o centro comercial de Kremenchuk", afirmou o papa na audiência semanal na Praça de São Pedro.

"Rezo para que esta guerra louca termine de imediato e reforço o meu apelo para que não me canse de rezar pela paz", acrescentou.

11h08 - Boris Johnson diz que Putin "não teria invadido a Ucrânia" se fosse mulher, Moscovo responde

Em entrevista à alemã ZDF, por ocasião da participação no G7, o primeiro-ministro afirmou que "se Putin fosse uma mulher" não teria iniciado uma "guerra maluca e machista".

"Se querem ver um exemplo perfeito de masculinidade tóxica, é o que ele está a fazer na Ucrânia", disse o primeiro-ministro britânico.

Na resposta a estas declarações, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, respondeu com ironia: "O velho Freud teria sonhado com tal objeto de estudo durante a sua vida", numa referência ao fundador da psicanálise, Sigmund Freud. 

11h02 - Adesão é "negativa". A visão de Moscovo sobre a adesão da Finlândia e Suécia à NATO

O vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Rybakov, disse esta quarta-feira que vê de forma "negativa" os planos de adesão da Suécia e da Finlândia à NATO.

Citado pela agência RIA, o responsável indica que a expansão da NATO contribui para "destabilizar" e não para aumentar a segurança dos membros da aliança.

10h35 - Região de Kherson prepara referendo sobre adesão à Rússia

O governo civil-militar imposto por Moscovo na região de Kherson, na Ucrânia, anunciou esta quarta-feira que já estão em curso os preparativos para um referendo sobre a adesão daquela região à Rússia.

Em declarações à agência Reuters, Kirill Stremousov, vice-chefe do governo apoiado pelo Kremlin, indicou esta quarta-feira que ainda não foi escolhida qualquer data para a realização da consulta popular, mas revelou que espera que a votação possa ocorrer "no próximo meio ano".

10h24 - Rússia diz ter atingido base de treino para "mercenários estrangeiros" perto de Mykolaiv

No mais recente briefing operacional militar, a Rússia alega ter atingido e destruído um campo de treino de "mercenários estrangeiros" perto de Mykolaiv. Refere ainda que Moscovo destruiu praticamente o 108º batalhão da Ucrânia e quatro postos de comando, dois dos quais em Kharkiv.

Alega ainda ter derrubado uma aeronave MiG-29, duas aeronaves Su-25, um helicóptero Mi-8 e nove drones ucranianos.

Neste briefing diário, a Rússia destaca ainda que a situação alimentar "é crítica" para várias unidades das Forças Armadas ucranianas e que há registo de "inúmeros casos" de deserção de militares devido à fome.

10h16 - Biden anuncia reforços da presença militar norte-americana em toda a Europa

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou hoje que vai reforçar a presença militar norte-americana em toda a Europa para que a NATO possa responder a ameaças "vindas de todas as direções e em todas as áreas".

Biden avançou, durante a cimeira da NATO, que decorre em Madrid, que os Estados Unidos vão "fortalecer a sua posição militar" em Espanha, na Polónia, na Roménia, nos Estados bálticos, no Reino Unido, na Alemanha e em Itália.

A medida visa ajudar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) a "responder às ameaças vindas de todas as direções e em todas as áreas: terrestre, aérea e marítima", explicou o Presidente dos EUA.

O principal conselheiro diplomático e militar de Joe Biden, Jaque Sullivan, já tinha anunciado na terça-feira, a bordo do Air Force One, que os Estados Unidos iam fazer "anúncios específicos" na cimeira da NATO sobre "novos compromissos militares em terra, mar e ar a longo prazo na Europa", em particular no leste do continente.

(agência Lusa)

10h04 - Presidente da Indonésia viaja até Kiev

Joko Widodo, presidente da Indonésia, visita a Ucrânia esta quarta-feira acompanhado pela mulher. A viagem faz parte do esforço, por parte da Indonésia, de ajudar às negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia.

O presidente da Indonésia é, atualmente, presidente do G20, e um dos seis líderes mundiais nomeado pelas Nações Unidas para o Grupo de Resposta a Crises Globais, para dar resposta à ameaça de uma crise alimentar global.

A Indonésia garante que está empenhada para enfrentar a situação de escassez de alimentos e energia. Antes da guerra, a Ucrânia era um dos maiores fornecedores de trigo para a Indonésia.

Depois de Kiev, o líder indonésio segue para a Rússia onde irá reunir-se com Vladimir Putin.

9h52 - "Não vais ganhar". A mensagem de Pedro Sánchez para Vladimir Putin na cimeira da NATO

O primeiro-ministro espanhol, anfitrião da cimeira da NATO que ocorre esta semana em Madrid, afirmou esta quarta-feira que a Aliança está a transmitir uma mensagem forte ao presidente Vladimir Putin sobre a invasão na Ucrânia.

"Estamos a enviar uma mensagem forte a Putin. Não vais ganhar", afirmou o chefe do Governo espanhol.

9h29 - NATO vai continuar a fornecer armas à Ucrânia "enquanto for necessário", garante o chanceler alemão

À entrada para o segundo dia de cimeira da NATO, Olaf Scholz garantiu que os aliados vão continuar a fornecer armas à Ucrânia no contexto da invasão russa.

"É positivo que os países aqui reunidos, mas também muitos outros, façam as suas contribuições para que a Ucrânia se possa defender - dando os meios financeiros e humanitários, mas também fornecendo as armas de que a Ucrânia necessita urgentemente", afirmou o chanceler alemão, citado pela agência Reuters.

"A mensagem é esta: vamos continuar a fazê-lo - e de forma intensa - enquanto for necessário, para permitir que a Ucrânia é capaz de se defender", acrescentou.

8h55 - Rússia nega ataque propositado a centro comercial de Kremenchuk

A Rússia garante que não pretendia um ataque direto contra o centro comercial de Kremenchuk, na Ucrânia. A explicação foi dada pelo ministro russo dos Negócios Estrangeiros durante uma visita ao Tajiquistão. Sergei Lavrov indica que a Rússia bombardeou um hangar "para onde tinham sido levadas armas e munições americanas".

Em consequência da detonação "um centro comercial vazio junto dele incendiou-se", disse o MNE russo. "Quanto mais armas forem fornecidas, mais missões executaremos no terreno", concluiu.

8h32 - Zelensky pede expulsão da Rússia do Conselho de Segurança. Rússia denuncia intervenção de Zelensky

O Presidente ucraniano discursou por videoconferência na reunião do Conselho de Segurança da ONU e apelou à expulsão da Rússia deste órgão das Nações Unidas.
Por sua vez, os canais de comunicação do Ministério russo dos Negócios Estrangeiros destacam as declarações de Dmitry Polyansky, vice-representante permanente da Rússia nas Nações Unidas.

“O Conselho de Segurança não deve transformar-se numa plataforma onde o presidente Zelensky, ainda que remotamente, possa ir buscar mais armas à NATO. Isso corrói a autoridade do Conselho como órgão responsável na tomada de decisões coletivas, no interesse da manutenção da paz e da segurança internacionais”, acusam os russos.

8h15 - PM espanhol diz que a Rússia será nomeada como principal ameaça à NATO

Em entrevista a uma rádio espanhola, Pedro Sánchez revelou que a Rússia será identificada como "principal ameaça" da NATO no novo conceito estratégico da organização.

O anfitrião da cimeira da NATO, que decorre por estes dias em Madrid, confirmou à rádio Cadena SER esta mudança de posição, sendo que a Rússia era anteriormente identificada como parceiro estratégico.

"Há alguns anos, a Rússia era um parceiro estratégico e hoje será considerada a principal ameaça", indicou. 

8h09 - "A Rússia representa uma ameaça direta à nossa segurança", diz o secretário-geral da NATO

Em declarações aos jornalistas, Jens Stoltenberg declarou esta quarta-feira que a Rússia representa "uma ameaça direta" à segurança dos países da NATO e indicou que a Aliança Atlântica irá fortalecer o flanco leste em resposta à invasão russa da Ucrânia.

"Vamos dizer de forma clara (...) que a Rússia representa uma ameaça direta à nossa segurança", dando a indicação que o posicionamento oficial da Aliança Atlântica irá alterar-se pela primeira vez desde 2010.

Jens Stoltenberg disse ainda que os países da Aliança vivem "a mais grave crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial" e que os trabalhos em Madrid vão operar "a revisão mais significativa da nossa defesa coletiva desde a Guerra Fria".

7h55 - Pelo menos três mortos em ataque a edifício residencial de Mykolayiv

De acordo com as equipas de socorro, pelo menos três pessoas morreram e cinco ficaram feridas na sequência de um ataque russo contra um edifício residencial em Mykolaiv, na madrugada de quarta-feira.

O prefeito da cidade, Oleksandr Senkevych, indicou que oito mísseis atingiram aquela cidade e apelou à retirada dos residentes que ainda permanecem na cidade.
Ponto de situação:
  • Na cimeira da NATO que decorre esta semana em Madrid, a Turquia, Finlândia e Suécia assinaram um memorando conjunto que permite a adesão dos dois países escandinavos à Aliança Atlântica. “Tenho o prazer de anunciar que temos um acordo que abre caminho para a Finlândia e Suécia se juntarem à NATO”, anunciou na terça-feira o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg.

  • O anúncio surge depois de um acordo em que Finlândia e Suécia se comprometem a levantar o embargo de armas, alterar leis sobre terrorismo, apoiar a Turquia no conflito com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerada uma “organização terrorista” em Ancara. Prometem ainda chegar a um acordo com a Turquia para a extradição de elementos considerados terroristas.

  • Com o fim do veto da Turquia, os aliados deverão convidar esta quarta-feira a Suécia e a Finlândia a aderirem à NATO. A adesão terá posteriormente de ser ratificada pelos parlamentos dos 30 Estados-membros da NATO.

  • Numa intervenção em vídeo no Conselho de Segurança das Nações Unidas na terça-feira, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky acusou o líder russo, Vladimir Putin, de se tornar um “terrorista” à frente de um “Estado terrorista”. Voltou a alertar para a disseminação das ações russas para o resto da Europa e pediu uma visita da ONU a Kremenchuk, o local onde um centro comercial foi alvo de ataques no início da semana. Pelo menos 20 pessoas morreram, mas dezenas continuam desaparecidas.

  • Nesta sessão de urgência do Conselho de Segurança, que decorreu na terça-feira, todos os 15 membros - incluindo a Rússia - cumpriram um minuto de silêncio depois de Zelensky ter apelado à comemoração de “todos os ucranianos que morreram nesta guerra”.