Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Graça Andrade Ramos, Andreia Martins - RTP

Um militar ucraniano salta de um carro armado Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

23h39 - Washington afasta deixar de emitir vistos a cidadãos russos

Os Estados Unidos excluem por agora deixar de emitir vistos a cidadãos russos, uma sanção exigida pela Ucrânia e alguns países europeus em resposta à invasão de Moscovo do território ucraniano.

"A nossa intenção é que as nossas sanções não prejudiquem ou tenham um impacto significativo sobre o povo russo", disse hoje o porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Vedant Patel, numa conferência de imprensa telefónica, quando questionado sobre uma possível proibição de vistos.

Patel salientou que o "desacordo" é com o Governo de Vladimir Putin e não com o povo russo.

O porta-voz adjunto também afirmou que os Estados Unidos "já tomaram medidas significativas para responder a Putin", tais como restrições comerciais e sanções económicas.

(Agência Lusa)

22h30 - OMS. Ataques estão a instalações hospitalares estão a privar ucranianos de cuidados médicos

A Organização Mundial de Saúde contou 445 ataque a instalações médicas e fornecedores de serviços na Ucrânia desde o início da invasão russa e consequente guerra na Ucrânia.
Os ataques resultaram em 105 feridos e 86 mortes.

“Estes ataques negam à população os cuidados mais urgentes, colocam em perigo os cuidadores e fragilizam o sistema de saúde”, relatou a agência da ONU no seu relatório mais recente.

“O acesso aos cuidados de saúde continua a sofrer impactos graves devido a preocupações de segurança, mobilidade restrita, cadeias de abastecimentos interrompidas e deslocações em massa”, acrescentou.

A OMS afirma que 6.2 milhões de pessoas se refugiaram em países europeus vinda da Ucrânia, com 6.6 milhões a terem-se deslocado internamente, até 23 de julho.

22h00 - Conselho de Segurança apoia envio de missão da AIEA a Zaporizhia

A exigência de uma visita "incondicional" da AIEA à central invocada pelo diretor-geral da Agência foi apoiada pela generalidade dos países, que expressaram intensa "preocupação" com os riscos de um desastre nuclear com implicações graves para seres humanos e para o meio-ambiente.

21h25 - Ucrânia tenta evacuar região de Donetsk antes do inverno

A vice-ministra ucraniana Iryna Vereshchuk revelou em conferência de imprensa que Kiev pretende evacuar dois terços dos residentes de áreas que controla na região de Donetsk antes do inverno, parcialmente devido à preocupação de que a população não consiga aquecer-se entre as infraestruturas destruídas pela guerra.

O plano é retirar 220 mil pessoas entre cerca de 350 mil, incluindo 52.000 crianças.

20h50 - Zelensky apela mundo a "reagir" para "expulsar" russos de Zaporizhia

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que o mundo tem de "reagir imediatamente" para expulsar "os ocupantes russos" da central nuclear.

"Só a retirada total dos russos e o regresso total da Ucrânia ao controlo da central irá garatir a segurança nuclear para toda a Europa", referiu Zelensky.

20h20 - Conselho de Segurança reunido de emergência

O Conselho de Segurança das Nações Unidas está reunido de emergência para analisar os recentes atques à central nuclear de Zaporizhia.

Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica, AIEA, ouvido pelos diplomatas presentes na reunião, frisou que "a hora é grave", enquanto explicava o que se sabe nas últimas horas. Rafael Grossi reconheceu contudo que não há "ameaça imediata".

O embaixador russo, Vasily Nebenzya, refutou todas as acusações movidas contra Moscovo, imputando a responsabilidade pelo perigo a Kiev e aos Estados ocidentais que apoiam "o regime" ucraniano. Desfiou ainda uma longa lista de alegadas ações ucranianas que ameaçaram a central nuclear, frisando a necessidade de intervenção das forças russas para evitar o pior.

A Ucrânia tem acusado os separatistas pró-russos de bombardear a área em torno da central, pondo em perigo a zona.

A veracidade das alegações é impossível de verificar.

20h00 - Ucrânia diz que avanço russo foi repelido

As forças ucranianas repeliram com sucesso os ataques russos esta quinta-feira e nalguns casos conseguiram avançar no terreno, afirmou o estado maior da Ucrânia.

“Os ocupantes tentaram sem sucesso ganhar terreno e melhorar as suas posições táticas” perto da cidade de Kramatrosk, mas foram “repelidos”, afirmou.
Os militares ucranianos também impediram o progresso russo em Bakhmut e Avdiivka.

“Os soldados ucranianos infligiram baixas aos ocupantes e forçaram-nos a fugir”, acrescentou o Estado-Maior, especialmente em Avdiivka.

Toda a frente leste foi alvo de ataques de artilharia e de bombardeamentos aéreos, revelou ainda no seu relatório.

19h20 - Aviões militares russos entraram na zona de identificação defensiva do Alasca três vezes esta semana

O Comando norte-americano de Defesa Aeroespacial revelou um terceiro incidente entre 8 de 10 de agosto com aviões militares russos, que entraram na zona de identificação aérea do Alasca (ADIZ), sem identificar a data precisa.

Os primeiros dois incidentes foram reportados na terça-feira.

A ADIZ é um espaço aéreo internacional adjacente ao Alasca que por vezes se estande mais de 160 quilómetros a partir do território dos Estados Unidos. Por questões de segurança nacional, as forças militares norte-americanas realizam procedimentos de verificação de identidade para os aparelhos aéreos que entrem na ADIZ.

No segundo incidente as forças norte-americanas publicaram uma fotografia de um F-22 a voar dentro do círculo visual de um aparelho russo Il-20.

18h55 - Costa garante que Alemanha "pode contar 100% com o empenho de Portugal" para construção de gasoduto

O primeiro-ministro garantiu hoje que "a Alemanha pode contar 100% com o empenho de Portugal para a construção do gasoduto", depois de o chanceler alemão ter apelado à construção dessa infraestrutura para reduzir a dependência de gás russo.

"A Alemanha pode contar 100% com o empenho de Portugal para a construção do gasoduto. Hoje para o gás natural, amanhã para o hidrogénio verde", escreveu António Costa numa publicação na sua conta oficial da rede social Twitter.

Segundo o chefe do executivo, até à concretização desse gasoduto, "o Porto de Sines poderá ser utilizado como plataforma logística para acelerar a distribuição de Gás Natural Liquefeito (GNL) para a Europa".

O chanceler alemão, Olaf Scholz, manifestou-se hoje a favor de um gasoduto que transporte gás a partir de Portugal através de Espanha e França para o resto da Europa, para reduzir a atual dependência de gás russo.

(Agência Lusa)

18h45 - Alemanha planeia reconstrução da Ucrânia

Berlim está a planear uma conferência internacional, a ter lugar possivelmente em outubro, para debater a reconstrução da Ucrânia após a invasão russa, afirmaram fontes governamentais à Agência Reuters.

A mesma fonte, sob anonimato, sublinhou que está tudo ainda na fase de planeamento, indicando 25 de outubro como uma data possível para a conferência, “mas não está ainda decidido”.

A Alemanha lidera atualmente o G7 que agrupa as nações mais industrializadas do planeta.

Já esta quinta-feira o chanceler Olaf Scholz afirmou aos repórteres que o esforço de reconstrução necessário para reconstruir a Ucrânia será enorme, ainda maior do que o Plano Marshall, o programa norte-americano que auxiliou a recuperação da Europa ocidental a pós a Segunda Grande Guerra.

18h35 - Rússia cria estrutura para desacreditar Zelensky


O Diretório dos Serviços de Informação da Defesa ucraniana afirmou que a Rússia criou uma nova estrutura dos seus serviços especiais especificamente para difamar o presidente Volodimyr Zelensky e destruir a sua imagem externa.

18h00 - EUA apoiam designação de zona desmilitarizada em torno de Zaporizhia

Um porta-voz do Departamento de Estado afirma que os Estados Unidos são a favor da criação de uma zona desmilitarizada em torno da centreal nucelar ucraniana de Zaporizhia, devido aos bombardeamentos da área nos últimos dias.

"Lutar perto de uma central nuclear é perigoso e irresponsável - e continuamos a apelar à Rússia para cessar todas as operações militares na central ou nos arredores e devolver o controlo total à Ucrânia e a apoiar os apelos ucranianos por uma zona desmilitarizada em torno da central nuclear", afirmou.

O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky apelou à instauração de uma zona desmilitarizada em Zaporizhia, controlada pelas tropas russas desde 04 de março, pouco após o início da ofensiva na Ucrânia em 24 de fevereiro.

O local da central nuclear de Zaporizhia voltou a ser hoje bombardeado, com a Ucrânia e a Rússia, de novo, a acusarem-se mutuamente. 

17h20 - Novos bombardeamentos perto da central nuclear de Zaporizhia

O operador ucraniano denunciou quatro novos ataques em torno da central que terão afetado vários medidores de radiação, sem causar feridos, apontado o dedo aos separatistas russos.

17h00 - Guterres apela a fim da atividade militar em Zaporizhia

A ONU exortou hoje a Rússia e a Ucrânia a cessarem qualquer atividade militar nas proximidades da central nuclear ucraniana de Zaporizhia, a maior da Europa e controlada pelo Exército russo, devido ao receio de uma catástrofe nuclear.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que é grave a situação em torno daquelas instalações, localizadas no sul da Ucrânia e que contêm 1.200 toneladas de combustível nuclear, e apelou às partes envolvidas no conflito para que se abstenham de pôr em perigo a sua estrutura.

"Infelizmente, em vez de uma desescalada (das hostilidades) nos últimos dias, temos visto incidentes muito preocupantes que, se continuarem, podem levar a um desastre", afirmou Guterres, que considerou urgente que Moscovo e Kiev cheguem a um acordo para proteger o perímetro e deixá-lo livre de qualquer presença militar.

O secretário-geral exortou a Rússia e a Ucrânia a retirarem as suas forças e equipamento militar da central nuclear, sublinhando que este tipo de instalações "não devem ser utilizados como parte de operações militares".

"Temos de deixar claro que quaisquer potenciais danos em Zaporizhia ou noutra instalação nuclear na Ucrânia, ou em qualquer outro lugar, podem ter consequências catastróficas não só na área circundante, mas na região e não só", alertou Guterres.

(Agência Lusa)

16h48 - Ucrânia à espera de três mil milhões de dólares dos EUA

O ministro das Finanças da Ucrânia, Sergiy Marchenko, afirmou que o seu país espera receber em agosto três mil milhões de dólares oriundos de um pacote de apoio norte-americano orçado em 7,5 mil milhões, acordado entre a Ucrânia e os Estados Unidos no início do verão.

O financiamento vai ser usado em “despesas críticas” como pensões e custos com a Saúde, acrescentou Marchenko.

16h30 - Jornalista russa em prisão domiciliária até nove de outubro

A jornalista russa Marina Ovsiannikova, conhecida por ter criticado publicamente a ofensiva militar na Ucrânia durante um direto na televisão em plena rua perto do Kremlin, vai ficar em prisão domiciliária, anunciou um tribunal de Moscovo.

“O tribunal do distrito de Basmanny acedeu ao pedido dos procuradores no sentido de decidir por uma medida restritiva sob forma de prisão domiciliária”, indicaram os juízes em comunicado.

A sentença será aplicada até nove de outubro.

A jornalista é acusada de “desacreditar” o exército durante um ato de protesto solitário em meados de julho, quando brandiu um cartaz acusando as forças russas de abusos na Ucrânia.

Nos termos de uma nova legislação penal adotada depois do início da guerra para dissuadir os críticos, Marina Ovsiannikova, de 44 anos, arrisca 10 anos de prisão.

Na audiência de hoje, Ovsiannikova ergueu um cartaz onde se lia: "Que as crianças mortas (durante o conflito na Ucrânia) vos assombrem nos vossos sonhos."

Desde finais de julho, a senhora Ovsiannikova já foi duas vezes multada por "desacreditar" o exército russo, incluindo com base em mensagens que criticam a ofensiva na Ucrânia publicada nas redes sociais.

Tornou-se conhecida quando, em meados de março, apareceu no meio de um telejornal no canal de televisão pró-Kremlin para o qual trabalhava com um cartaz denunciando a ofensiva na Ucrânia e a "propaganda" dos meios de comunicação controlados pelo governo.

(com Lusa)


16h18 - Ucrânia espera navio para carregar cereais com destino à Etiópia

“Graças à iniciativa do Mar Negro, estamos prontos a carregar mais 23.000 toneladas de cereais e exporta-los para a Etiópia”, afirmou o ministro ucraniano das Infraestruturas Aleksandr Kubrakov, na rede Twitter.

O carregamento é possível ao abrigo do recente acordo estabelecido entre Ucrânia, Rússia, Turquia e Nações Unidas.

16h00 - Credores congelam dívida ucraniana por dois anos

Os credores ucranianos acederam ao pedido do país e vão congelar durante dois anos mais de 20 mil milhões de dólares em obrigações internacionais, evitando que a Ucrânia entre em incumprimento.

15h45 - Central de Zaporizhia. Nível radioativo "normal" após bombardeamentos

A garantia foi deixada pelo responsável prórusso da central nucelar ucraniana.

"A esta hora não foi detetada qualquer contaminação na estação e o nível de radioatividade é normal", declarou numa publicação na rede social Telegram Evgueni Balitski, diretor da administração civil e militar nomeada para administrar a região do sul da Ucrânia atualmente controlada pelos russos.

Balitski garantiu ainda que as colunas de fumo captadas em vídeos publicados nas redes sociais provêm de um incêndio de mato num campo próximo, que os bombeiros estão a combater.

O operador ucraniano acusa os separatistas prós russos de ter realizado cinco bombardeamentos de locais próximos de um depósito de substâncias radioativas na central.

A empresa estatal ucraniana de Energia, Energoatom, afirmou que ninguém ficou ferido nos ataques e que a situação se mantém sob controlo.

A agência russa de notícias russa TASS afirmara horas antes que o bombardeamento tinha sido realizado pelas forças ucranianas, citando a administração russa da central.

É impossível verificar a veracidade de qualquer uma das acusações.

15h25 - Doadores prometem 1.5 mil milhões de euros

O ministro da Defesa da Dinamarca, Morten Bodskov, anunciou em conferência de imprensa mais de 1.5 mil milhões de euros em ajuda para incrementar as capacidades militares ucranianas contra a Rússia, a serem doados por 26 países.

"Todas as nações participantes prometeram apoio, atividades de treino, desminagem e algumas doações concretas", destacou Morten Bødskov, em conferência de imprensa.

"Estes 1.500 milhões de euros disponibilizados hoje é dinheiro que será usado em 2022 e no próximo ano", acrescentou.

As quantias exatas de doações por todos os 26 países participantes não foram divulgados, mas a Dinamarca anunciou um montante adicional de 114 milhões de euros, elevando para quase 417 milhões de euros o esforço total desde o início da invasão russa da Ucrânia.

O Reino Unido, que foi juntamente com o aliado escandinavo e a Ucrânia o anfitrião do evento, prometeu também 300 milhões de euros.

"Os nossos parceiros sabem que precisamos de fundos e manifestaram-se disponíveis para nos apoiar financeiramente", realçou o ministro da Defesa ucraniano, Oleksiï Reznikov.

"É uma maratona e para uma maratona é necessário energia e, honestamente, neste caso, a principal energia é o dinheiro", atirou ainda.

O grupo de doadores deve reunir-se novamente em meados de setembro.

"Vamos trabalhar na produção concreta de novas peças de artilharia. São linhas de produção que serão abertas quando encontrarmos o financiamento necessário", explicou o ministro da Defesa dinamarquês.

No início da semana, os Estados Unidos anunciaram uma nova ajuda militar à Ucrânia, incluindo mísseis.

(com Lusa)

14h45 - Rússia duplicou bombardeamentos aéreos

O brigadeiro ucraniano Oleksiy Hromov afirma que a Rússia duplicou o número de bombardeamentos aéreos a posições militares e infraestruturas civis ucranianas, em comparação com a semana passada.

14h16 - Moscovo recusa que a Ucrânia seja representada pela Suíça na Rússia

A Rússia anunciou na quinta-feira que se recusou a permitir que a Suíça representasse Kiev diplomaticamente em território russo. Moscovo considera que Berna "perdeu o seu estatuto de neutralidade" devido à aplicação de sanções na sequência da invasão russa da Ucrânia.

Na última quarta-feira, o Ministério suíço dos Negócios Estrangeiros anunciou que a Ucrânia pediu que a Suíça representasse diplomaticamente os interesses de Kiev na Rússia.

"Infelizmente a Suíça perdeu o seu estatuto de estado neutro e não pode atuar como mediadora ou como representante dos interesses ucranianos", afirmou o porta-voz da diplomacia russa, Ivan Nechayev.

O responsável considerou ainda "completamente incompreensível" que as autoridades helvéticas se ofereçam para mediar o conflito quando estão a aplicar sanções contra Moscovo.

Desde o século XIX que a Suíça costuma oferecer-se para ajudar em funções diplomáticas ou consulares quando dois Estados entram em litígio.

Atualmente, o país recorre ao estatuto neutral que a define há várias décadas para representar, por exemplo, os interesses russos na Geórgia e os interesses da Geórgia na Rússia desde 2009. Berna também representa os interesses do Irão no Egito desde a Revolução Islâmica, em 1979 e os interesses de Teerão no Canadá desde junho de 2019.

13h18 - Guterres apela à suspensão imediata de atividades militares junto à central de Zaporizhia

O secretário-geral das Nações Unidas apelou esta quinta-feira ao fim imediato das atividades militares junto à central nuclear de Zaporizhia, a maior da Europa.

"Peço às forças militares da Federação Russa e da Ucrânia para que cessem de imediato todas as atividades militares nas imediações da central e que não tenham como alvo as suas instalações ou os seus arredores", disse António Guterres em comunicado.

12h36 - Scholz declara apoio à construção de gasoduto de Portugal para a Europa Central

O chanceler alemão Olaf Scholz declarou esta quinta-feira o seu apoio à construção de um gasoduto que ligue Portugal ao resto da Europa, através de Espanha e França até aos restantes países europeus. O objetivo é reduzir a dependência energética da Europa face à Rússia.

"Esse gasoduto iria aliviar massivamente a situação atual do abastecimento", disse Scholz na conferência de imprensa a partir de Berlim.

Olaf Scholz disse ainda que abordou o assunto em conversações com os líderes da Espanha, Portugal, França e a Comissão Europeia em Bruxelas. O chanceler alemão adiantou ainda que exerceu forte pressão para a criação de tal projeto.

O chanceler alemão lamenta mesmo que o gasoduto não tenha ainda sido construído. "Faz falta de uma forma dramática", considerou.

11h24 - Moscovo condena decisão do Parlamento letão

A Rússia condenou esta quinta-feira a decisão do Parlamento da Letónia em declarar a Rússia como "Estado patrocinador de terrorismo". No Telegram, a porta-voz do Ministério russo dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, considerou que a decisão é "xenofóbica".

11h06 - Alemanha promete enfrentar crise energética em solidariedade com restantes países europeus

O chanceler alemão disse esta quinta-feira que o país está determinado a manter a solidariedade europeia, quando os vários países enfrentam uma crise de energia e se preparam para o próximo inverno.

"A União Europeia deve lidar com estes tempos difíceis com solidariedade, isso é algo com que me comprometo especificamente", garantiu Olaf Scholz numa conferência de imprensa.

Enquanto "o maior país com a maior economia e a maior população no centro da Europa, temos uma missão especial", acrescentou o chanceler alemão.

10h34 - Reino Unido e Dinamarca reforçam ajuda à Ucrânia

Em Copenhaga, onde decorre uma conferência de doadores, o Reino Unido e a Dinamarca anunciaram um reforço na ajuda monetária e de armas à Ucrânia.

Em comunicado, o Reino Unido indicou que vai fornecer mais sistemas de lançamento múltiplo que podem atingir alvos até 80 quilómetros de distância. Ben Wallace, secretário britânico de Defesa, indicou que estes recursos vão ajudar Kiev a defender-se da artilharia pesada dos russos. 

Por seu lado, a Dinamarca vai aumentar a ajuda financeira à Ucrânia em 110 milhões de euros (113,6 milhões de dólares), segundo indicou o primeiro-ministro Mette Frederiksen.

"Esta é uma guerra contra os valores sobre os quais a Europa e o mundo livre foram construídos. Hoje reafirmamos o nosso compromisso de apoiar a Ucrânia", afirmou o chefe de Governo de Copenhaga.

A conferência decorre na capital dinamarquesa e é organizada em conjunto pela Ucrânia, Dinamarca e Reino Unido. Tem como intuito reunir apoio para a resistência ucraniana à invasão russa.

9h58 - Parlamento letão declara Rússia como "Estado patrocinador de terrorismo"

O Parlamento da Letónia passa a partir de hoje a reconhecer a Rússia como "Estado que apoia o terrorismo". Num comunicado publicado no site deste órgão, os deputados letões convidam os restantes parlamentos a seguirem o exemplo de Riga.

Os parlamentares referem que a Rússia tem dado "apoio e financiamento a regimes e organizações terroristas desde há muitos anos, direta e indiretamente", tendo sido "o maior fornecedor de armas ao regime de Assad na Síria", por exemplo.

Na Ucrânia, "a Rússia escolheu uma tática semelhante, cruel, imoral e ilegal, recorrendo a armas e munições imprecisas e proibidas internacionalmente, procurando visar civis e locais públicos com brutalidade desproporcional", lê-se ainda na declaração.

9h37 - Pelo menos 361 crianças morreram desde o início da guerra

A comissão parlamentar da Ucrânia para os Direitos Humanos apresentou esta quinta-feira dados atualizados sobre a situação humanitária no país desde o início da invasão russa.

De acordo com este órgão, citado pelo jornal The Guardian, pelo menos 361 crianças morreram e 705 ficaram feridas desde 24 de fevereiro. Até 11 de agosto, pelo menos 6.159 crianças foram deportadas.

9h25 - Embaixadores de Lugansk e de Pyongyang na Rússia discutem cooperação

O embaixador da autoproclamada República Popular de Lugansk em Moscovo, Rodion Miroshnik, reuniu-se com o embaixador norte-coreano na Rússia, Sin Hong Chul, para discutir possibilidades de cooperação comercial e económica.

Miroshnik disse que os dois diplomatas falaram, na quarta-feira, sobre cooperação "mutuamente benéfica", nomeadamente no turismo, bem como a possível participação de Pyongyang na “reconstrução das cidades de Luhansk destruídas durante a agressão ucraniana".

O diplomata de Lugansk disse na plataforma Telegram que as duas partes chegaram a acordo para realizar um estudo detalhado de "áreas promissoras de cooperação", que mais tarde serão consagradas num acordo formal.

O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia anunciou em julho o rompimento das relações diplomáticas com a Coreia do Norte, depois da nação asiática ter reconhecido a independência de Donetsk e Lugansk, localizadas na região de Donbass, no leste da Ucrânia.

A Ucrânia considerou a decisão de Pyongyang como uma tentativa de minar a soberania nacional e a integridade territorial do país, bem como uma violação da Carta das Nações Unidas e das normas e princípios fundamentais do direito internacional.

A Coreia da Norte e a Síria, ambos aliados da Rússia, são até ao momento os únicos países estrangeiros a reconhecer as repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, apoiadas por Moscovo desde 2014.

(agência Lusa)

8h21 - Crimeia. Imagens de satélite mostram base aérea russa danificada após ataque

Vários aviões de guerra russos podem ter ficado danificados ou mesmo destruídos no recente ataque à base aérea de Saky, na Crimeia.

As imagens de satélite agora divulgadas mostram grandes zonas de terra queimada e danos à infraestrutura, ao lado dos restos carbonizados de aeronaves militares.


Na noite de quarta-feira, a Força Aérea da Ucrânia indicava que pelo menos nove aeronaves russas tinham ficado destruídas após as explosões de terça-feira. De acordo com a Rússia, pelo menos uma pessoa morreu, 14 ficaram feridas e dezenas de casas ficaram danificadas.

Kiev não reivindicou publicamente a responsabilidade pelo ataque. No entanto, Volodymyr Zelensky referiu-se ao ataque no discurso diário à nação, na quarta-feira à noite. “Em apenas um dia, os ocupantes perderam dez aviões de combate: nove na Crimeia e outro na direção de Zaporizhia”, afirmou.
Ponto de situação

  • Na quarta-feira, houve relatos de explosões junto à fronteira entre a Bielorrússia e a Ucrânia. Franak Viacorka, conselheiro de Sviatlana Tsikhanouskaya, que lidera a oposição ao presidente Alexander Lukashenko, disse ter ouvido “pelo menos oito explosões” na região de Homiel, perto da fronteira com a Ucrânia.

  • A Rússia reclamou o controlo da cidade de Pisky, na região de Donetsk. Um responsável da República Popular de Donetsk, apoiada pela Rússia, indicou ontem que Pisky, na linha de frente a apenas dez quilómetros a noroeste da capital da província, Donetsk, estava sob controlo de forças russas e separatistas.

  • O Conselho de Segurança da ONU vai ter hoje uma reunião de emergência para analisar a crise na central nuclear de Zaporizhia, na Ucrânia. A reunião está marcada para as 15h00 locais (19h00 em Portugal Continental).