ONU eleva crise de emergência em Moçambique

por RTP
Tiago Petinga - Lusa

O ciclone Idai provocou 732 mortos em Moçambique, Zimbabué e Malawi. O maior número de vítimas mortais foi em território moçambicano, onde já foram confirmados 417 óbitos. A ONU elevou a crise de emergência em Moçambique ao mesmo nível da Síria, Iémen e Sudão Sul.

Com a descida do nível da água a dimensão dos estragos fica mais visível.

A logística da ajuda humanitária internacional é um pesadelo numa região sob ameaça de novo agravamento das cheias.
Um cenário agravado pela eventual necessidade de descargas de barragens de vários países vizinhos que já se encontram próximo dos limites de retenção.

As barragens do Zimbabué e de Cahora Bassa estão a atingir os níveis máximos, a possível abertura das comportas leva as autoridades a apelar à população para abandonar as zonas de risco.

Grande parte da população de Buzi, uma das localidades mais atingidas pelas cheias, a população recusa ser transportada para a Cidade da Beira.
Não há portugueses entre os mortos

Ainda existem alguns cidadãos portugueses residentes na Cidade da Beira que continuam incontactáveis. Na lista das vítimas mortais não constam portugueses nem luso-moçambicanos.

Domingo, no voo comercial que vai deixar o aeroporto da Cidade da Beira vão regressar a Portugal seis cidadãos portugueses.

Também para domingo, está agendado mais um encontro entre empresários portugueses e o secretário de Estado das Comunidades para começar a ser feito um levantamento dos estragos provocados pelo ciclone e pelas cheias.
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