Operação "Promessa Honesta". As ondas de choque do ataque do Irão a Israel

por Mariana Ribeiro Soares, Joana Raposo Santos, Cristina Sambado, Carlos Santos Neves - RTP

O Irão desencadeou um inédito ataque direto a Israel com recurso a mais de três centenas de drones e mísseis balísticos e de cruzeiro - a maioria neutralizada. Acompanhamos aqui, ao minuto, todos os desenvolvimentos sobre a operação que a República Islâmica denominou "Promessa Honesta".

Componente do sistema de defesa antiaérea israelita Iron Dome na região de Jerusalém Abir Sultan - EPA

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por RTP

Escolas em Israel reabrem na segunda-feira

O exército israelita anunciou esta segunda-feira a reabertura, na maior parte do país, das escolas que tinham sido encerradas no sábado por razões de segurança face às ameaças do Irão.

Depois de avaliar a situação, “foi decidido retomar as atividades educativas em todo o país” a partir de segunda-feira, sujeitas no entanto a “restrições” na zona fronteiriça com o Líbano e em localidades próximas da Faixa de Gaza, anunciou o porta-voz do exército, Daniel Hagari, na rede social X.

No sábado, Israel anunciou o encerramento durante dois dias dos estabelecimentos de ensino, o cancelamento de centros recreativos e excursões, bem como restrições a reuniões, após o ataque lançado pelo Irão.
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por RTP

Comando Central dos EUA afirma ter destruído mais de 80 drones unidirecionais do Irão e do Iémen

O Comando Central dos EUA (CENTCOM) disse esta segunda-feira que, entre 13 e 14 de abril, destruiu mais de 80 veículos aéreos não tripulados de ataque unidirecional e pelo menos seis mísseis balísticos destinados a atacar Israel a partir do Irão e do Iémen.
“O comportamento contínuo, sem precedentes, perverso e imprudente do Irão põe em perigo a estabilidade regional e a segurança das forças dos EUA e da coligação”, lê-se no comunicado, publicado na rede social X.

“O CENTCOM continua disponível para apoiar a defesa de Israel contra estas ações perigosas do Irão. Continuaremos a trabalhar com todos os nossos aliados regionais para aumentar a segurança regional”, conclui.

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Momento-Chave
por RTP

EUA alertam que Irão será responsabilizado se realizar qualquer ação contra os EUA ou Israel

O representante adjunto dos Estados Unidos na ONU alertou este domingo, perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas, que o Irão irá ser responsabilizado “se tomar medidas contra os EUA ou novas ações contra Israel”.

Robert Wood evocou a necessidade de condenar o ataque do Irão contra Israel, afirmando que o Conselho de Segurança da ONU tem a “obrigação de não deixar as ações do Irão ficarem sem resposta”.

"Nos próximos dias [...] os Estados Unidos vão explorar medidas adicionais para responsabilizar o Irão aqui nas Nações Unidas. De imediato, o Conselho de Segurança deve condenar inequivocamente as ações agressivas do Irão e instar o país e os seus parceiros e aliados a cessarem o seu incumprimento", afirmou Robert Wood durante o seu discurso na reunião de emergência do Conselho de Segurança.

Em todo o caso, Wood sublinhou que os Estados Unidos não querem uma escalada e que as suas ações “têm sido de natureza puramente defensiva”.

“A melhor maneira de evitar uma escalada é uma condenação inequívoca no Conselho de Segurança do ataque sem precedentes e em grande escala do Irão", afirmou.
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Momento-Chave
"Ação necessária e proporcional"
por RTP

Irão invoca direto à autodefesa, afirmando que "não teve escolha"

Amir Saeid Iravani, embaixador iraniano na ONU, acusou o Conselho de Segurança da ONU de ter “falhado no seu dever de manter a paz e a segurança internacionais” ao não condenar o ataque de 1 de abril contra o consulado iraniano em Damasco.

“Sob estas condições, a República Islâmica do Irão não teve outra escolha senão exercer o seu direito à legítima defesa”, declarou o embaixador iraniano num discurso perante o Conselho de Segurança, este domingo.

“Esta ação foi necessária, proporcional, precisa e tinha apenas objetivos militares levados a cabo com o cuidado de minimizar o potencial de recrudescimento [do conflito] e causar danos civis”, declarou.

Amir Saeid Iravani garantiu que Teerão não quer uma escalada do conflito, mas responderá a “qualquer ameaça ou agressão”.

O embaixador iraniano acusou ainda os EUA, França e Reino Unido de demonstrarem um “comportamento hipócrita”.

“Decidiram fechar os olhos à realidade e às causas de raiz que contribuíram para a situação atual”, acusou.

“Com um comportamento hipócrita, estes três países culparam e acusaram falsamente o Irão, sem considerar as suas próprias falhas: defender o compromisso internacional com a paz e a segurança na região”, acrescentou.
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Momento-Chave
por RTP

Israel pede “todas as sanções possíveis” contra o Irão

O embaixador israelita na ONU, Gilad Erdan, apelou ao Conselho de Segurança para impor “todas as sanções possíveis” contra o Irão.

“O Conselho deve agir”, disse Gilad Erdan durante uma reunião de emergência do Conselho da ONU, este domingo, apelando, em particular, à imposição de “todas as sanções possíveis contra o Irão antes que seja tarde demais”.

“A complacência do mundo tem de acabar. A máscara caiu, as luvas têm de ser usadas”, asseverou, afirmando que “a única opção é condenar o Irão e usar todos os meios ao nossos dispor para que ele pague o preço alto pelos seus crimes horríveis”.

Erdan disse ainda que o ataque do Irão “passou todas as linhas vermelhas” e Israel “tem o direito legal de retaliar”.

O embaixador de Israel na ONU alertou ainda que o Irão "está mais perto do que nunca da bomba nuclear" e apelou a medidas urgentes para travar o país.

“Aos signatários do acordo nuclear com o Irão, eu digo: desencadeiem o mecanismo de suspensão imediatamente. Apliquem todas as sanções contra o Irão antes que seja tarde de mais”, apelou.
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Médio Oriente está "no limite"
por RTP

Guterres apela à "máxima contenção"

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou à “máxima contenção” durante o Conselho de Segurança convocado após o ataque do Irão a Israel, afirmando que “nem a região nem o mundo podem permitir-se mais guerra”.

“O Médio Oriente está à beira de um precipício. O povo da região enfrenta um perigo real de um conflito generalizado e devastador. Este é o momento de acalmar a escalada e de máxima contenção”, apelou António Guterres, alertando os membros da ONU que qualquer ato de retaliação que envolva o uso de força é proibido pelo direito internacional.

“É vital evitar qualquer ação que possa levar a grandes confrontos militares em múltiplas frentes no Médio Oriente”, acrescentou. “Nem a região nem o mundo podem permitir-se mais guerra”, salientou.
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Momento-Chave
por RTP

Entrevista à RTP. Embaixador do Irão vai pedir reunião a Paulo Rangel

O embaixador do Irão vai pedir uma reunião ao ministro dos Negócios Estrangeiros. A informação foi dada pelo próprio embaixador, numa entrevista exclusiva à RTP.

Seyed Majid Tafreshi anunciou ainda que a tripulação do navio com bandeira portuguesa que foi apreendido pela Guarda Revolucionária iraniana está livre.
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por RTP

Portugueses em Israel e no Irão tentam regressar a Portugal após ataque

Foto: Atef Safadi - EPA

Em Israel, 25 cidadãos nacionais pediram ao Governo português ajuda para saírem do país. No Irão, mais de quatro dezenas de turistas estão também a tentar regressar a Portugal por via terrestre e aérea.

Portugal admite realizar uma operação de resgate se a situação se agravar.
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por RTP

Israel planeia há anos atacar o Irão. Agora, resposta poderá ser devastadora

A editora de Internacional da RTP, Márcia Rodrigues, e o comentador da RTP, Bernardo Pires de Lima, comentaram no Telejornal deste domingo o ataque do Irão a Israel.

Telavive diz que 99 por cento dos drones e mísseis foram intercetados. Ainda assim, veio já prometer uma resposta a este ataque, que deverá ser devastadora.
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por RTP

Líderes do G7 condenam "ataque sem precedentes" do Irão

Foto: Casa Branca via Reuters

Os líderes do G7 reuniram-se e condenaram o ataque do Irão a Israel. O presidente dos Estados Unidos garantiu que o apoio ao Estado judaico é de ferro.

António Guterres também condenou o ataque iraniano e pediu o "fim imediato das hostilidades".
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por RTP

Iranianos saíram à rua para celebrar o ataque a Israel

Foto: Abedin Taherkenareh - EPA

Em Teerão, o único fogo que estalou nos céus foi o de artifício. Por toda a capital iraniana, os cidadãos de todas as idades festejaram e não se esqueceram de Gaza. A bandeira palestiniana foi trazida para a festa e andou lado a lado com a bandeira do Irão.

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por RTP

Tensão dispara no Médio Oriente. Israel promete retaliação contra Irão

Foto: Wana via Reuters

Israel anunciou que vai responder ao ataque do Irão, mas o Governo israelita não diz quando nem como.

Irão atacou Israel com mais de 300 mísseis balísticos, drones e mísseis de cruzeiro, mas 99 por cento foram destruídos no ar.
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por RTP

Ministro israelita da Defesa falou com os EUA sobre o estabelecimento de uma aliança estratégica contra o Irão

Durante uma chamada telefónica, o ministro israelita da Defesa, Yoav Gallant, agradeceu o seu homólogo norte-americano, Lloyd Austin, pela “cooperação e coordenação incomparáveis” dos EUA e destacou a oportunidade de estabelecer uma coligação internacional e uma aliança estratégica para combater a ameaça representada pelo Irão”, segundo avança o jornal The Times of Israel.

Gallant também abordou a guerra em curso entre Israel e o Hamas em Gaza e atualizou-o sobre os esforços para libertar os reféns detidos pelo Hamas desde o massacre de 7 de outubro, no sul de Israel.
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por RTP

Israel diz que contou com uma “coligação de aliados internacionais” para se defender

O exército israelita congratulou-se por ter podido contar com “uma coligação defensiva de aliados internacionais”, liderada pelos Estados Unidos com a Grã-Bretanha, França e outros países, para se defender do ataque iraniano.

"O ataque sem precedentes do Irão foi combatido por uma defesa sem precedentes. Foi a primeira vez que uma tal coligação trabalhou em conjunto contra a ameaça do Irão e dos seus representantes no Médio Oriente", disse o porta-voz do exército israelita, Daniel. Hagari, em conferência de imprensa.
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por RTP

Reunião do gabinete de guerra terminou sem uma decisão quanto à retaliação israelita

Após longas horas de discussão, a reunião do gabinete de guerra israelita, do qual fazem parte o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa Yoav Gallant e Benny Gantz, terminou sem uma decisão sobre como e quando Israel irá responder ao ataque do Irão.

O gabinete já anunciou que irá retaliar "no momento certo", mas ainda não há uma decisão sobre quando irá de facto acontecer.

De acordo com relatos de vários meios de comunicação israelitas, o ministro do gabinete de guerra, Benny Gantz, propôs contra-atacar o Irão na noite passada, enquanto o ataque iraniano ainda decorria. No entanto, a sugestão foi firmemente contestada pelo ministro da Defesa e pelo chefe das FDI, Herzi Halevi.
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por Joana Raposo Santos - RTP

Iron Dome. Como funciona o principal sistema de defesa antiaérea de Israel?

O Iron Dome foi desenhado para proteger contra armas de curto alcance, conseguindo operar em quaisquer condições atmosféricas. Amir Cohen - Reuters

Israel abateu a maior parte dos 300 drones, mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro enviados pelo Irão num ataque que já foi considerado como "sem precedentes", mas tal não teria sido possível sem um dos melhores sistemas de defesa antiaérea a nível mundial. No centro desse sistema encontra-se o Iron Dome, também conhecido como Cúpula de Ferro. Em que consiste este sistema?

O Iron Dome foi desenhado para proteger contra armas de curto alcance, conseguindo operar em quaisquer condições atmosféricas. Este sistema usa radares para localizar rockets, drones ou mísseis e consegue diferenciar quais destes dispositivos são suscetíveis de atingir áreas habitadas. Deste modo, só interceta os que colocam em risco pessoas ou construções.

O sistema consiste em várias baterias localizadas em Israel, cada uma delas com três a quatro lançadores capazes de dispararem 20 mísseis intercetores. Esses mísseis, ao serem disparados, percorrem um trajeto em arco – o que explica o nome “cúpula” (“dome”). Nesse trajeto, acabam por embater nos mísseis ou drones lançados pelo inimigo, destruindo-os.

O sistema começou a ser desenvolvido em 2006, após o conflito entre Israel e o grupo militante Hezbollah, do sul do Líbano. Nessa altura, os milhares de rockets lançados pelo grupo mataram dezenas de pessoas em Israel.

O Iron Dome tornou-se operacional em 2011 e teve o seu primeiro grande teste, durante oito dias, em novembro de 2014, quando foram disparados a partir de Gaza cerca de 1.500 rockets contra Israel. Na altura, as autoridades israelitas falaram numa taxa de sucesso de até 90 por cento.O Iron Dome foi atualizado em 2021, mas os detalhes das mudanças não foram divulgados por Israel. Neste momento, Israel tem dez destes sistemas em operação.

Segundo o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, com sede em Washington, o custo de produção de cada intercetor do Iron Dome fixa-se entre os 40 mil e 50 mil dólares. Um sistema completo, incluindo os radares, computadores e três a quatro lançadores, custa, por sua vez, cerca de 100 milhões de dólares.

O Iron Dome representa um dos pilares estratégicos da aliança entre Telavive e os Estados Unidos. No ano passado, apenas dois dias após o ataque de 7 de outubro pelo Hamas, o Governo de Benjamin Netanyahu pediu a Washington mais munições para os seus aviões de combate e mais intercetores para o Iron Dome.

Os intercetores do sistema possuem 15 centímetros de largura e três metros de comprimento, reunindo vários pequenos sensores que detetam os projéteis de curto alcance. Para combater dispositivos de longo alcance, Israel depende de outro sistema: o Arrow.

O Arrow ("Flecha") foi concebido para intercetar mísseis balísticos armados com bombas nucleares ou de outro tipo fora da atmosfera terrestre. Daniel Hagari, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, declarou este domingo que este sistema foi bem-sucedido “contra um número significativo de mísseis balísticos” disparados pelo Irão.

c/ agências
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Momento-Chave
por Andrea Neves - correspondente da Antena 1 em Bruxelas

Ataque do Irão. Borrell convoca reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros

Foto: Sathiri Kelpa - Anadolu via AFP

A crise bélica entre o Irão e Israel está a desencadear uma série de reações e movimentações políticas. Depois de Joe Biden ter pedido mais diálogo e afirmado que não vai juntar-se diretamente a uma retaliação de Israel ao Irão, os apelos à contenção chegam da União Europeia.

O chefe da diplomacia dos 27, Josep Borrell, convocou uma reunião extraordinária de ministros dos Negócios Estrangeiros.

Da parte de Israel, a opinião de alguns ministros do Governo de Netanyahu é contrária e, segundo as agências de notícias internacionais, já vieram defender uma retaliação contra o Irão.

No fim da reunião dos lideres do grupo das sete países mais ricos, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, referiu o apoio incondicional do G7 a Israel e reforçou o apelo à máxima conteção de todas as partes.
Von der Leyen referiu ainda que o G7 também analisou a necessidade de acabar com a crise em Gaza o mais brevemente possível, o que inclui um cessar-fogo imediato e a libertação de todos os reféns do Hamas.

O G7 deixou ainda um apelo para se aumente a prestação de assistência humanitária aos palestinianos.
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Isaac Herzog
por RTP

"Declaração de guerra". É assim que o presidente israelita se refere ao ataque do Irão

Em declarações à estação televisiva britânica Sky News, o presidente israelita afirma que o seu país está "a considerar todas as opções" para responder ao ataque do Irão.

"Isto é uma declaração de guerra. Agora, porque somos contidos, porque conhecemos as repercussões e porque temos deliberações com os nossos parceiros, estamos a considerar todas as opções e estou muito confiante em que daremos os passos necessários para proteger e defender o nosso povo. Nós não estamos em busca de guerras", advogou.
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Momento-Chave
Ursula von der Leyen e Charles Michel
por RTP

Presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia condenam ataque iraniano

A presidente da Comissão Europeia junta-se aos demais líderes ocidentais na condenação da Operação "Promessa Honesta".

"Expressamos a nossa solidariedade e apoio ao povo de Israel. E reafirmamos o nosso compromisso para com a sua segurança", reagiu Ursula von der Leyen, acrescentando que as ações iranianas "arriscam-se a provocar uma escalada regional incontrolável e isto deve ser evitado".


Também o presidente do Conselho Europeu, que esteve reunido com os líderes do G7, sublinha a condenação deste grupo do "ataque sem precedentes contra Israel".


"Todas as partes devem exercer a contenção. Vamos continuar com os nossos esforços para trabalhar no sentido de um recuo na escalada. Acabar com a crise em Gaza o mais cedo possível, nomeadamente através de um cessar-fogo imediato, fará a diferença", advoga Charles Michel.
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por RTP

Líderes do G7 condenam ataque e reafirmam compromisso para com Israel

Os líderes do G7 condenaram este domingo o ataque do Irão contra Israel e reafirmaram o seu compromisso para com a segurança desse país.

A posição foi tomada durante uma reunião sobre o desenvolvimento do conflito no Médio Oriente, avançou a Casa Branca numa publicação na rede social X.

"O presidente Biden falou hoje por videochamada com os líderes do G7. Os líderes condenaram o ataque sem precedentes do Irão contra Israel e reafirmaram o compromisso para com a segurança" desse Estado, lê-se na publicação.



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por RTP

A Cúpula de Ferro

Ronen Zvulun - Reuters

Um projétil disparado pelo sistema de defesa antiaérea israelita Iron Dome rasga o céu noturno de Jerusalém durante o inédito ataque do Irão com drones e mísseis de cruzeiro.

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Cameron reprova Teerão
por RTP

Ministro britânico dos Negócios Estrangeiros esteve ao telefone com homólogo iraniano

David Cameron diz ter "condenado formalmente nos termos mais fortes" o ataque levado a cabo pelo Irão na noite de sábado para domingo, durante um contacto com o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amir Abdollahian.


"Deixei claro que o Irão deve parar com estes ataques irresponsáveis, inverter a escalada e libertar o MSC Aries", escreveu o antigo primeiro-ministro britânico no X, referindo-se ao navio de pavilhão português apresado pela Guarda Revolucionária iraniana.
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"Missões operacionais"
por RTP

Forças de Defesa de Israel convocam duas brigadas de reserva para a Faixa de Gaza

Em curto comunicado, o exército israelita afirma que estes reservistas estão a ser chamados "para permitir a continuação do esforço e da prontidão para defender o Estado de Israel e manter a segurança dos residentes".

O Tsahal adiantou ainda que as restrições de segurança implementadas face ao ataque iraniano vão manter-se em vigor até às 23h00 de segunda-feira.
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"Grande gratidão"
por RTP

Chefe do Estado-Maior israelita agradece apoio norte-americano na resposta defensiva ao ataque do Irão

Segundo a edição eletrónica do jornal The Times of Israel, o tenente-general Herzi Halevi falou nas últimas horas com o general norte-americano Michael Erik Kurilla, número um do Centcom - centro de comando dos Estados Unidos no Médio Oriente -, a quem agradeceu o apoio na defesa face ao ataque iraniano.

Herzi Halevi, adiantaram em comunicado as Forças de Defesa de Israel, "expressou grande gratidão pelo esforço conjunto de defesa para desviar e intercetar o ataque iraniano". 

Os Estados Unidos foram um entre vários países que auxiliaram o Estado hebraico na interceção de muitos dos mais de 170 drones apontados a território israelita.
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"Terceira guerra mundial"
por RTP

Fórmula é empregue pelo presidente da Bolívia para descrever potencial de escalada no Médio Oriente

"A guerra é a pior forma de resolver conflitos internacionais", escreve o presidente boliviano no X. Para acrescentar que "não há vencedores na guerra, todos perdem e a escalada de violência no mundo coloca a humanidade em risco de desaparecer".


Luis Arce exorta o secretário-geral da ONU, António Guterres, a convocar uma reunião de emergência "para impedir este conflito de escalar para uma terceira guerra mundial".
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por Gonçalo Costa Martins - Antena 1

Ataque iraniano reaviva sentimento de insegurança na população israelita

Foto: Amir Cohen - Reuters

Depois do ataque do Irão a Israel, na noite de sábado para domingo, a população israelita volta a mostrar alguma preocupação com a segurança.

Apesar da ausência de novos ataques, o país está em alerta máximo. Escolas e universidades vão começar a semana fechadas e parte do comércio também não vai abrir portas, relata uma moradora em Haifa, no norte de Israel.
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por Lusa

Síria considera ataque do Irão um exercício "legítimo" de autodefesa

O Governo sírio manifestou hoje o seu apoio a Teerão, após o ataque iraniano na noite de sábado contra Israel, considerando que aquela ação militar representa "um direito legítimo de autodefesa".

"O que a República Islâmica do Irão fez foi responder de maneira apropriada à entidade sionista [Israel]", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros sírio, Faisal Mekdad, citado pela agência oficial Sana, durante uma conversa telefónica com o seu homólogo iraniano Hossein Amir-Abdollahian.

O responsável considerou que a resposta iraniana enquadra-se num "direito legítimo de autodefesa".

O Irão lançou na noite de sábado e madrugada de hoje um ataque contra Israel, depois de um bombardeamento ao consulado do Irão em Damasco, na Síria, a 01 de abril, que matou sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.

Faisal Mekdad denunciou ainda "as posições negligentes do Ocidente diante dos massacres e ações cometidas" por Israel, cuja ofensiva na Faixa de Gaza já provocou a morte de mais de 30 mil palestinianos.

Já o seu homólogo iraniano considerou que a Síria e o Irão estão na "mesma trincheira" pela "justa causa do povo palestiniano, que resiste contra o regime sionista e quem o apoia".

Citado também pela agência Sana, Hossein Amir-Abdollahian referiu que a resposta de Teerão foi "reflexiva e precisa", vincando que não "hesitará em exercer de novo o seu direito a defender-se contra qualquer nova agressão israelita".

O Irão atacou Israel com recurso a mais de 200 `drones` (aeronaves não tripuladas), mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos, a grande maioria intercetados, segundo o Exército israelita.

O ataque surgiu depois de um bombardeamento ao consulado do Irão em Damasco, que aumentou as tensões entre Teerão e Telavive, já marcadas nos últimos tempos pela ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.

O presidente do Irão, Ebrahim Raisi, afirmou hoje que o ataque lançado no sábado contra Israel foi "uma lição contra o inimigo sionista", avisando Telavive que qualquer "nova aventura" irá contar com uma resposta "ainda mais dura" de Teerão.

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por Lusa

Ministros ultranacionalistas querem resposta forte contra o Irão

Vários ministros israelitas apelaram hoje a uma resposta firme ao ataque iraniano de sábado à noite, que dois ministros da coligação governamental, radicais e ultranacionalistas, consideram ser uma oportunidade para "moldar o Médio Oriente", noticiou a EFE.

O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, declarou hoje, num discurso gravado na rede social X, que "os olhos de todo o Médio Oriente e de todo o mundo" estão a olhar para Israel e apelou a que se aproveitasse a ocasião para formular uma resposta que "ressoe em todo o Médio Oriente durante as gerações vindouras".

"Se o ignorarmos, Deus nos livre, colocar-nos-emos a nós próprios e aos nossos filhos numa ameaça existencial imediata", argumentou Smotrich, após o ataque iraniano de sábado com cerca de 300 drones e mísseis.

Simultaneamente, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, também ele anti-árabe e residente num colonato da Cisjordânia ocupada, afirmou que Israel tem de reagir para "criar dissuasão no Médio Oriente".

Ben Gvir afirmou que, desde o ataque do Hamas em 07 de outubro, que causou 1.200 mortos em solo israelita, o país está a exercer novas doutrinas de contenção e proporcionalidade, e alegou que a resposta de Israel não pode ser fraca.

O ministro da Cultura e dos Desportos, Miki Zohar, afirmou também que "uma resposta laxista" apenas serviria para dar continuidade ao "conceito obsoleto de lógica razoável face a terroristas brutais" e referiu que este conceito já "falhou" contra o Hamas antes de 07 de outubro, contra o Hezbollah, que "continua os seus ataques no norte de Israel", e avisou que "falhará contra o Irão, que "não hesitou em atacar diretamente Israel".

Benny Gantz, membro do Gabinete de Guerra israelita, líder do partido da oposição Unidade Nacional e principal adversário político do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, afirmou que o Irão é "um problema global" e um desafio para Israel, e considerou que este é um bom momento para uma maior cooperação regional.

"Este incidente ainda não terminou: a aliança estratégica e o sistema de cooperação regional que construímos, que resistiram ao grande desafio (do Irão), devem ser reforçados agora mais do que nunca", sublinhou Gantz.

"Perante a ameaça do Irão, construiremos uma coligação regional e garantiremos que o Irão pague o preço da forma certa e no momento certo para nós", concluiu.

O Irão lançou no sábado à noite um ataque contra Israel em resposta ao bombardeamento israelita do consulado iraniano em Damasco.

O Exército israelita garantiu que foi capaz de repelir a maior parte dos ataques lançados pelo Irão e observou que nenhum dos `drones` lançados por este país atingiu o território israelita.

As Forças Armadas israelitas também afirmaram ter intercetado 25 dos cerca de 30 mísseis de cruzeiro e quase todos os mísseis balísticos, "mais de 120", que o Irão lançou contra Israel, em ataques que deixaram uma criança gravemente ferida em Israel e outras oito pessoas com ferimentos ligeiros.

Por seu lado, o Governo do Irão descreveu o ataque a Israel como um "sucesso" e, embora tenha anunciado que não tem intenção de continuar com a ofensiva, avisou que voltará a agir se necessário "para proteger os seus interesses".

Entretanto, os Estados Unidos da América não querem uma escalada nem uma "guerra alargada" no Médio Oriente, referiu o porta-voz do conselho de segurança da Casa Branca, após o ataque do Irão contra Israel.

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"No momento certo para nós"
por RTP

Governo israelita sinaliza que contra-ataque será desencadeado quando o Estado hebraico o considerar oportuno

As palavras são do ministro do gabinete de guerra Benny Gantz: "Vamos construir uma coligação regional e cobrar o preço ao Irão no modo e no tempo que forem certos para nós".

O gabinete de guerra israelita, do qual fazem parte o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa Yoav Gallant e Benny Gantz, está reunido desde as 15h30 locais (13h30 em Lisboa) para discutir a resposta ao ataque iraniano.

O Governo israelita já veio também frisar que defende a adoção de "sanções dolorosas" contra o regime dos ayatollahs.
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por Lusa

Portugal vai manter reserva sobre diligências em relação a navio apreendido pelo Irão

Portugal vai continuar a "desenvolver todas as diligências previstas e adequadas" relativamente ao navio com pavilhão português capturado pelas autoridades iranianas, mas, dada a sensibilidade da situação, irá "manter reserva", disse hoje fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

O embaixador de Portugal em Teerão reuniu-se hoje de manhã (10h30, hora de Lisboa) com o chefe da diplomacia do Irão, para obter esclarecimentos sobre a captura do navio com pavilhão português no Estreito de Ormuz.

Na sequência desse encontro, fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) disse à Lusa que "o Governo continua a desenvolver todas as diligências previstas e adequadas".

"Atendendo ao novo contexto e à sensibilidade da situação, é aconselhável manter reserva", acrescentou, não dando mais pormenores sobre o encontro.

Questionada sobre se o Governo português pondera ou não agravar as medidas diplomáticas face a este incidente, a mesma fonte disse que essa hipótese não está excluída, tendo em conta o "constante acompanhamento e evolução" da situação.

Disse também não saber responder sobre se o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, irá chamar o embaixador iraniano em Lisboa.

O navio com pavilhão português, um porta contentores, foi apreendido no sábado pelo Irão perto do Estreito de Ormuz, no Golfo Pérsico, com um total de 25 tripulantes a bordo.

Na altura, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português confirmou tratar-se de um navio de carga, o MSC Aries, com pavilhão português (registo na Região Autónoma da Madeira), sendo a empresa proprietária a Zodiac Maritime Limited, com sede em Londres.

No comunicado era indicado que o acompanhamento da situação está a ser feito sob coordenação direta do gabinete do primeiro-ministro, envolvendo os ministérios dos Negócios Estrangeiros, da Presidência, da Defesa Nacional e da Economia.

O incidente ocorre numa altura de elevada tensão, criada pelo ataque israelita ao consulado do Irão em Damasco, a 01 deste mês, que deixou sete membros da Guarda Revolucionária mortos. O Irão prometeu retaliar, tendo os Estados Unidos alertado para a possibilidade de Teerão responder durante o fim de semana.

O navio porta-contentores capturado está ligado à empresa Zodiac Maritime, parte do Grupo Zodiac, com uma frota de mais de 180 navios e pertencente ao bilionário israelita Eyal Ofer.

O navio saiu de Khalifa, nos Emirados Árabes Unidos, com destino a Nhava Sheva, na Índia, e a última posição recebida foi sexta-feira, exatamente no mesmo local perto do Estreito de Ormuz onde foi apresado.

Desde 2019 que o Irão tem sido acusado de estar envolvido em vários assaltos e ataques a navios na zona do golfo de Omã, por onde passa cerca de um quinto de todo o petróleo comercializado no mundo.

As tensões, marcadas nos últimos seis meses pela guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, subiram recentemente com um bombardeamento a 01 de abril ao consulado iraniano em Damasco, na Síria, que matou altos funcionários militares iranianos, e que foi atribuído a Telavive.

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Correspondentes da RTP
por RTP

Netanyahu "ganha mais espaço em termos diplomáticos"

O correspondente da RTP no Brasil, Pedro Sá Guerra, deu conta de uma "grande preocupação" nos corredores políticos do país, perante os acontecimentos no Médio Oriente. O Ministério brasileiro das Relações Exteriores emitiu uma nota a expressar isso mesmo.

A partir de Londres, a correspondente Rosário Salgueiro sintetizou também os desenvolvimentos, em solo britânico, relacionados com a escalada das últimas horas no Médio Oriente. O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, prepara-se para convocar uma reunião de emergência do seu gabinete, que terá lugar nos próximos dias.

O correspondente da RTP em Bruxelas, Duarte Valente, elencou, por sua vez, as principais reações do bloco europeu face ao ataque iraniano contra Israel. Os chefes das diplomacias dos 27 países-membros da União reúnem-se na próxima terça-feira.

Em Paris, o correspondente José Manuel Rosendo fez a leitura dos reflexos do ataque iraniano para o destino político interno e externo do primeiro-ministro israelita. Benjamin Netanyahu, explica o repórter da RTP, acaba por ganhar "mais espaço em termos diplomáticos".

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Novo aviso aos EUA
por RTP

Irão ameaça atacar bases norte-americanas no Médio Oriente utilizadas para "apoiar" Israel

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão saiu este domingo a terreiro para advertir os Estados Unidos de que o regime dos ayatollahs atacará "inevitavelmente" bases militares norte-americanas no Médio Oriente, caso estas sejam usadas para "defender e apoiar" o Estado hebraico.

Segundo a agência espanhola Efe, que cita a iraniana ISNA, Hossein Amir Abdolahian avisou que, "se o espaço aéreo ou o território dos países referidos forem utilizados pelos Estados Unidos para defender e apoiar o regime de Telavive, a base americana nesse país será inevitavelmente atacada".O ministro iraniano voltou a dar por terminada a resposta de Teerão ao ataque contra o consulado iraniano em Damasco, a 1 de abril, atribuído a Israel, que matou seis sírios e sete membros da Guarda Revolucionária iraniana.


Abdolahian referiu também que os países da região foram informados da operação 72 horas antes do seu início: "Informámos os nossos vizinhos e os países da região de que a resposta da República Islâmica do Irão no quadro da legítima defesa é certa".

O objetivo foi atacar "apenas e só o regime israelita". "O facto de nos limitarmos à legítima defesa e ao castigo do regime sionista significa que não definimos qualquer alvo civil na nossa resposta e que as nossas forças não visaram um local económico e populacional", vincou.
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A reação de Josep Borrell
por RTP

Representante da UE para a Política Externa convoca reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco

Na rede social X, Josep Borrell "condena nos termos mais fortes" e "em nome dos Estados-membros da UE" o ataque do Irão contra Israel e apela "a todas as partes para que exerçam a máxima contenção".


"Acabo de falar com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão Abdollahian para lhe transmitir estas mensagens e exortar o Irão a não não escalar ainda mais", escreve.
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Turquia terá sido avisada
por RTP

Fonte diplomática turca indica que Teerão informou antecipadamente Ancara do ataque a Israel

A fonte, que é citada pela agência Reuters, adianta ainda que a Administração norte-americana fez chegar a Teerão, por intermédio do Governo turco, que a operação contra o Estado hebraico teria de ser conduzida "dentro de certos limites".

O próprio ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amir Abdolahian, afirmou, durante uma reunião com embaixadores em Teerão, que os Estados Unidos foram informados de que o ataque seria "limitado".
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O que diz John Kirby
por RTP

Porta-voz da Segurança Nacional da Casa Branca garante que Estados Unidos não querem "guerra alargada" no Médio Oriente

"Não estamos à procura de uma escalada", afirmou John Kirby no programa Meet the Press, da estação televisiva norte-americana NBC. O responsável fez, contudo, questão de frisar que Joe Biden reiterou a Benjamin Netanyahu, nas últimas horas, o completo apoio de Washington à defesa de Israel.
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"Iron Dome"
por RTP

Os detalhes do sistema defensivo de Israel

O sistema israelita "Cúpula de Ferro" foi concebido para acautelar a defesa do Estado hebraico tendo em conta a posição geográfica do país. É um dos mais avançados do mundo. Esta é a explicação de um mecanismo complexo.
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por Lusa

Turquia apela ao Irão para que evite uma "nova escalada"

A Turquia apelou hoje a Teerão para que evite uma "nova escalada" de violência na região, depois do ataque iraniano contra Israel lançado na noite de sábado, afirmou fonte da diplomacia turca.

"O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, teve hoje uma conversa telefónica com o seu homólogo iraniano [...] e disse que não queremos uma nova escalada na região", afirmou à agência de notícias francesa France-Presse uma fonte da diplomacia da Turquia.

Segundo a mesma fonte, o chefe da diplomacia iraniana, Hossein Amir-Abdollahian, afirmou que "a operação de retaliação contra Israel terminou", mas que Teerão mantinha o direito de agir "com mais firmeza", em caso de uma resposta por parte de Telavive.

O Irão lançou na noite de sábado e madrugada de hoje um ataque contra Israel, com recurso a `drones` (aeronaves não tripuladas), mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos, a grande maioria intercetados, segundo o Exército israelita.

O ataque surgiu depois de um bombardeamento ao consulado do Irão em Damasco, na Síria, a 01 de abril, que matou sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios, aumentando as tensões entre Teerão e Telavive, já marcadas nos últimos tempos pela ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.

O presidente do Irão, Ebrahim Raisi, afirmou hoje que o ataque lançado contra Israel foi "uma lição contra o inimigo sionista", avisando Telavive que qualquer "nova aventura" irá contar com uma resposta "ainda mais dura" de Teerão.

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Sinal amarelo das Nações Unidas
por RTP

Organização adverte para "custo potencial" em matéria de Direitos Humanos

De acordo com a agência Efe, o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, condenou o ataque do Irão a Israel, apontando que o armamento empregue poderia ter provocado danos graves, além dos objetivos militares, e colocado civis em risco. "Isto só vem alimentar o fogo em toda a região", advertiu o responsável.
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por Lusa

Centenas de palestinianos tentam marcha para regressar a casa no norte de Gaza

Centenas de civis palestinianos iniciaram hoje de madrugada uma marcha em direção ao norte da Faixa de Gaza para regressar a casas, apesar de o exército israelita ter proibido o retorno ao que considera "zona de combate".

A agência palestiniana Maan relatou esta marcha, que começou pouco depois da meia-noite, coincidindo aproximadamente com o ataque lançado pelo Irão contra Israel.

Centenas de pessoas iniciaram então a viagem em direção à Cidade de Gaza, no norte do enclave.

Centenas de milhares de palestinianos vivem atualmente na sobrelotada cidade de Rafah, no sul de Gaza, depois de terem sido deslocados à força das suas casas pela operação israelita contra o Hamas.

No meio de uma situação humanitária catastrófica, a população vive sob a ameaça de uma possível operação israelita em grande escala na cidade.

À agência palestina Maan, testemunhas garantiram que os militares israelitas estavam a garantir aos participantes da marcha que todas as mulheres, menores de 14 anos e homens com mais de 50 anos poderiam regressar livremente às suas casas no norte de Gaza, mas o Exército israelita negou categoricamente e garantiu que não deu qualquer tipo de permissão.

"O norte da Faixa de Gaza é uma zona de conflito e o seu regresso para lá é impossível", disse o exército.

Em 07 de outubro, um ataque do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades de Israel.

Desde então, Israel tem em curso uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou mais de 30.000 mortos, de acordo com o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas (que governa o pequeno enclave palestiniano desde 2007).

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por Lusa

Zelensky apela a resposta global unida ao "terror" do Irão e da Rússia

EPA

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou hoje a uma resposta global "firme e unida" ao "terror" provocado pelo Irão e pela Rússia, condenando o ataque de sábado à noite de Teerão a Israel.

"As ações do Irão ameaçam toda a região e o mundo, tal como as da Rússia ameaçam um conflito mais vasto. A colaboração óbvia entre os dois regimes para espalhar o terror deve ser enfrentada com uma resposta firme e unida do mundo", escreveu, apelando a que tudo seja feito para evitar uma escalada no Médio Oriente.

Segundo escreveu Zelensky na rede social X (antigo Twitter), a Ucrânia condena o ataque do Irão a Israel utilizando `drones` [aeronaves não tripuladas] e mísseis `Shahed`.

"Na Ucrânia, conhecemos bem o horror de ataques semelhantes da Rússia, que utiliza os mesmos drones `Shahed` e mísseis russos, as mesmas táticas de ataques aéreos maciços", acrescentou, referindo-se aos mísseis de fabrico iraniano.

Zelensky salientou ser "essencial" que o Congresso dos Estados Unidos tome as decisões necessárias "para reforçar os aliados da América neste momento crítico".

A Ucrânia está a pedir aos seus aliados mais ajuda militar para enfrentar a invasão russa, que começou há mais de dois anos, a 24 de fevereiro de 2022.

Mas as divisões políticas em Washington, que têm como pano de fundo as eleições presidenciais de novembro próximo, têm bloqueado o processo.

O Congresso norte-americano tem bloqueado um pacote de ajuda à Ucrânia no valor de 60.000 milhões de dólares (cerca de 56.300 milhões de euros), para grande descontentamento de Kiev.

O ataque, reivindicado pela Guarda Revolucionária Iraniana, foi realizado com cerca de 300 drones e mísseis, a grande maioria dos quais foi intercetada fora do espaço aéreo israelita, e surgiu como resposta ao bombardeamento do consulado iraniano na Síria, atribuído a Israel, que destruiu o edifício e provocou 13 mortos, incluindo dois generais do grupo paramilitar iraniano.

Este ataque sem precedentes, que provocou ferimentos graves numa pessoa e ligeiros noutras oito, suscitou fortes condenações em todo o mundo e apelos à contenção.

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por Lusa

Alemanha considera que Irão colocou Médio Oriente "à beira do precipício"

Fabrizio Bensch - Reuters

A ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha acusou hoje o Irão de colocar "conscientemente" o Médio Oriente "à beira do precipício", ao disparar centenas de foguetes, drones e mísseis contra Israel.

Annalena Baerbock, que fazia uma intervenção em Frankfurt, disse que o regime iraniano "quase mergulhou uma região inteira no caos", pelo que apelou a "todos os atores da região para agirem com cautela", porque "a espiral de escalada deve ser quebrada".

As palavras de Baerbock foram proferidas numa altura em que o chanceler alemão, Olaf Scholz, está de visita à China, onde também apelou à contenção de todas as partes na sequência dos ataques iranianos.

"Só podemos apelar a todos, e ao Irão em particular, para que não continuem nesta via", afirmou à imprensa.

O Chanceler denunciou "uma grave escalada" das tensões no Médio Oriente e manifestou a sua "solidariedade" com Israel.

O ataque, reivindicado pela Guarda Revolucionária Iraniana, foi realizado com cerca de 300 drones e mísseis, a grande maioria dos quais foi intercetada fora do espaço aéreo israelita, e surgiu como resposta à destruição do consulado iraniano na Síria, atribuída a Israel, que destruiu o edifício e provocou 13 mortos, incluindo dois generais do grupo paramilitar iraniano.

Este ataque sem precedentes, que provocou ferimentos graves numa pessoa e ligeiros noutras oito, suscitou fortes condenações em todo o mundo e apelos à contenção.

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por Lusa

PM do Reino Unido confirma que aviões britânicos abateram drones iranianos

Andy Rain - EPA

O Primeiro-Ministro britânico, Rishi Sunak, confirmou hoje que os aviões da Força Aérea do Reino Unido posicionados no Médio Oriente abateram "vários" drones iranianos durante o ataque do Irão contra Israel na noite de sábado.

Em declarações à BBC, o líder conservador afirmou que graças ao "esforço de colaboração internacional, no qual o Reino Unido participou, quase todos os mísseis foram intercetados, salvando vidas não só em Israel, mas também em países vizinhos como a Jordânia".

O porta-voz militar israelita, Daniel Hagari, disse hoje que "99% das ameaças lançadas [desde sábado pelo Irão] contra o território israelita foram intercetadas", tendo a maioria delas ocorrido fora das fronteiras de Israel, graças à ajuda dos "sistemas [antiaéreos] israelitas" e de parceiros, como EUA e Reino Unido.

Na declaração feita à porta da sua residência e gabinete oficial em Downing Street, Londres, Sunak prestou "homenagem à bravura e profissionalismo" dos pilotos do seu país, "que voaram perante o perigo para proteger os civis".

O chefe do executivo confirmou que a Força Aérea enviara aviões adicionais para a região "como parte da operação (britânica) existente para combater o Daesh no Iraque e na Síria".

Sunak afirmou ainda que, na passada sexta-feira, presidiu a uma reunião do seu comité de emergência - Cobra - para "acordar um plano de ação".

Segundo o porta-voz militar israelita, Daniel Hagari, "99% das ameaças lançadas contra o território israelita foram intercetadas, uma conquista estratégica muito significativa"."Como disse (no sábado), é evidente que o Irão está determinado a semear a agitação e a desestabilizar a região no seu próprio quintal. As suas ações são muito claras", afirmou o líder conservador.

Sunak sublinhou ainda que o seu Governo defende "a segurança de Israel e da região, o que é, naturalmente, importante também para a segurança interna" do Reino Unido.

"O que precisamos agora é que a calma prevaleça e vamos continuar a trabalhar com os nossos aliados para evitar que a situação se agrave", disse o político, pouco antes de uma reunião dos líderes dos países do G7, de que o Reino Unido faz parte.

"É importante que nos coordenemos com os nossos aliados e falaremos sobre os próximos passos", afirmou.

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Diligências diplomáticas
por RTP

Embaixador português em Teerão esteve reunido com ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros

Fonte da diplomática adiantou à RTP que já terminou a reunião do embaixador de Portugal no Irão com o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros. Este encontro, como revelou o ministro português dos Negócios Estrangeiro, Paulo Rangel, decorreu a pedido de Portugal, depois da abordagem iraniana a um navio com pavilhão de Portugal no Estreito de Ormuz.

A RTP apurou que o responsável pela diplomacia iraniana reiterou que o que diz desde as últimas horas: o Irão não fará mais nada se Israel não fizer mais nada.

Portugal pede a libertação imediata do navio, que pertence a um milionário israelita e está registado na Madeira. Entre os 17 tripulantes, não há qualquer cidadão português, mas o Governo considera a situação preocupante, dado o contexto de agudização da tensão no Médio Oriente, e garante que a operação da Marinha iraniana constitui uma violação grave do Direito Internacional.
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por Lusa

França recomenda aos seus cidadãos que abandonem Irão

O Governo francês recomendou hoje aos seus cidadãos que abandonem o Irão devido à escalada militar do conflito deste país com Israel, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.

"Devido ao novo nível atingido durante a noite pelo Irão e ao risco de uma escalada militar, a Embaixada de França recomenda aos franceses residentes no Irão que têm a possibilidade, em função da retoma do tráfego aéreo internacional, que abandonem temporariamente o país", refere o ministério em comunicado.

Além disso, "pede-se-lhes que sejam extremamente prudentes nas suas deslocações, que evitem as multidões no país e que se mantenham informados sobre a situação", continua-se no texto.

Relativamente a possíveis viagens para o Irão, Paris recorda que "os cidadãos franceses são aconselhados a abster-se absolutamente de viajar para o Irão, Líbano, Israel e Territórios Palestinianos".

A França continuará a avaliar e a rever a situação numa base regular e "dada a proliferação de rumores, recomenda-se que se confie apenas nas informações oficialmente divulgadas pelas autoridades francesas".

O Irão lançou na noite de sábado um ataque contra Israel, com recurso a `drones` (aeronaves não tripuladas), mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos, a grande maioria intercetados, segundo o Exército israelita.

As tensões entre Israel e Irão, já marcadas pela ofensiva de Telavive na Faixa de Gaza, agudizaram-se nas últimas semanas, depois de um bombardeamento, a 01 de abril, do consulado do Irão em Damasco, na Síria, que matou sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.

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por RTP

Hamas terá rejeitado novo acordo de cessar-fogo

Foto: Hannah McKay - Reuters

A informação é avançada pela Mossad, os serviços secretos israelitas, acusando o movimento radical palestiniano de estar a prolongar a crise.

Em Telavive, os protestos contra o Governo de Israel continuam. Exigem que o primeiro-ministro israelita acabe com a guerra, para que seja possível recuperar os reféns.

Através dos serviços secretos, Israel refere que o chefe do Hamas na Faixa de Gaza não quis um acordo humanitário.
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por RTP

Conselho de Segurança da ONU reúne-se a pedido de Israel

Foto: Anadolu via AFP

O Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne-se este domingo de emergência, a pedido de Israel. António Guterres já condenou o ataque iraniano e pede o "fim imediato das hostilidades".

Também Joe Biden vai reunir os líderes do G7. O presidente norte-americano garante que "o apoio à segurança de Israel é de ferro".

Por todo o mundo, as manifestações de condenação sucedem-se. Mas na capital do Irão a noite foi de festejos: as ruas encheram-se de pessoas que celebraram o ataque ao território israelita.
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por RTP

Irão ameaça com resposta "mais firme" em caso de retaliação israelita

Foto: Ronen Zvulun - Reuters

O Irão promete uma reposta "mais firme e mais forte" se Israel decidir avançar com uma retaliação contra os ataques da noite de sábado para domingo.

Foram mais de 300 os drones e mísseis intercetados por Telavive com a ajuda de Estados unidos, França e Reino Unido.

Há notícia de uma base aérea atingida e de uma criança de sete anos ferida em estado crítico.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, diz ao país que a união levará à vitória.
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Retidos em Teerão
por RTP

Grupo de 33 portugueses mantém-se na capital iraniana

A RTP apurou que há um grupo de 33 portugueses retidos em Teerão. Deveriam ter abandonado a capital do Irão na manhã deste domingo.

Estes cidadãos portugueses estavam de férias e tiveram de regressar ao hotel porque o espaço aéreo iraniano permanece encerrado. O consulado de Portugal em Teerão está a par da presença deste grupo.
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por RTP

Grupo de turistas portugueses saiu do Irão em direção à Turquia

Um grupo de 47 turistas portugueses que estava no do Irão já está a caminho da Turquia, revelou o secretário de Estado das Comunidades à RTP.

Em relação aos portugueses que se mantêm em Israel, José Cesário afirmou que a “comunidade portuguesa é muito grande”, sendo que a maioria é luso-israelita”. E existem pelo menos 13 cidadãos portugueses deslocados.

José Cesário apelou ainda a quem precise de apoio a recorrer ao Gabinete de Emergência Consular em Lisboa ou a Embaixada de Portugal em Israel. O secretário de Estado das Comunidades volta a apelar aos cidadãos portugueses para que evitem deslocações não urgentes aos países do Médio Oriente.
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Momento-Chave
por Lusa

Papa lança apelo urgente para evitar "conflito ainda maior" no Médio Oriente

O Papa Francisco lançou hoje um "apelo urgente" para evitar "uma espiral de violência com o risco de arrastar o Médio Oriente para um conflito ainda maior".

Francisco apelou também à comunidade internacional para ajudar israelitas e palestinianos a viverem em "dois Estados vizinhos".

"Apelo urgentemente a que se ponha termo a todas as ações que possam alimentar uma espiral de violência com o risco de arrastar o Médio Oriente para um conflito ainda maior. Ninguém deve ameaçar a existência de outro", afirmou o líder da Igreja Católica, que disse seguir com "preocupação e também com dor" a evolução da situação após o ataque do Irão a Israel.

O Médio Oriente atravessa um período de tensão acrescida, agravada com o ataque do Irão a Israel, que na noite de sábado e na madrugada de hoje lançou mais de 300 `drones`, mísseis e mísseis balísticos que não causaram vítimas mortais (um ferido grave e oito ligeiros), mas que marcaram o primeiro ataque deste tipo a partir de solo iraniano.

"Todas as nações estão do lado da paz e ajudam os israelitas e os palestinianos a viver em dois Estados, lado a lado, em segurança, que é o seu desejo profundo e legítimo e o seu direito. Dois Estados vizinhos", disse após a recitação do Regina Coeli, que substitui o Angelus na Páscoa.

Da janela do Palácio Apostólico, perante os milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, Francisco apelou também a "um rápido cessar-fogo em Gaza" e a que "se prossiga o caminho da negociação", repetindo a última palavra: "negociação".

O Papa pediu também "determinação para ajudar a população precipitada numa catástrofe humanitária e para libertar rapidamente os reféns raptados há meses. 

"Tanto sofrimento, rezemos pela paz. Basta de guerra, basta de ataques, basta de violência, que haja diálogo e paz", disse Francisco, cujo apelo foi recebido com aplausos na praça.

A presidência italiana do G7 convocou para hoje ao início da tarde uma videoconferência com os líderes das sete democracias mais ricas do mundo para discutir o ataque iraniano a Israel, enquanto o Conselho de Segurança da ONU vai realizar uma sessão de emergência a pedido de Israel.

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por Lusa

Comunidade Israelita diz que Portugal deve manter e até reforçar o apoio a Israel

A Comunidade Israelita de Lisboa saudou hoje a condenação pelo Governo do ataque do Irão a Israel e apelou ao Parlamento para a acompanhar, considerando que Portugal deve manter e até reforçar o apoio a Israel.

"A direção da Comunidade Israelita de Lisboa saúda a posição ontem expressamente assumida pelo primeiro-ministro de Portugal de condenar veementemente o ataque do Irão a Israel e de apelar à contenção, em ordem a evitar uma escalada da violência", lê-se no comunicado hoje divulgado, que "exorta o Parlamento português a adotar a mesma posição".

Para a Comunidade Israelita de Lisboa (CIL) "estar ao lado de Israel num momento como este é um imperativo das nações democráticas".

Para a CIL, "Portugal -- qualquer que se seja o prisma pelo qual se olhe -- está hoje diretamente envolvido num conflito regional e é uma vítima inquestionável de guerra por procuração", numa referência ao arresto pelo Irão de um navio de pavilhão português no Estreito de Ormuz.

E acrescenta que, perante estes atos de agressão, "Portugal saberá estar à altura das circunstâncias, mantendo e até reforçando o seu apoio a Israel".

A CIL considerou ainda que a captura do navio é um "grave ato de ataque", considerando que essa "flagrante violação do Direito Internacional deve merecer cuidada atenção do Estado e do Governo português" e que foram "as mesmas forças militares que atacaram e capturaram um navio de bandeira portuguesa", que atacaram Israel no sábado.

"Além de ostentar pavilhão nacional, este é um navio cuja propriedade é pertença de um cidadão israelita. Ou seja, para terroristas extremistas, sejam organizações (como o Hamas), sejam Estados (como o iraniano), os meios justificam plenamente os fins e os fins, como é sabido, contemplam a destruição de Israel e do seu povo. O que é, obviamente, inaceitável e inadmissível", refere a CIL.

O comunicado termina a afirmar que "a democracia e a paz devem prevalecer" e que as orações da comunidade israelita estão com Israel e o seu povo e com a tripulação do navio com pavilhão português.

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, condenou hoje o ataque em curso do Irão a Israel, apelando à contenção nas hostilidades para "evitar uma escalada de violência".

O Irão lançou sábado à noite um ataque com drones contra Israel "a partir do seu território", confirmou o porta-voz do exército israelita num discurso transmitido pela televisão.

As tensões entre Israel e Irão subiram nas últimas semanas, depois do bombardeamento do consulado iraniano em Damasco, a 01 de abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.

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Momento-Chave
por Lusa

NATO condena a escalada do Irão e pede contenção

A NATO "condena a escalada do Irão", que no sábado realizou um ataque sem precedentes contra Israel, e "pede contenção" para que "o conflito no Médio Oriente não se torne incontrolável", disse hoje um porta-voz da Aliança Atlântica.

"Condenamos a escalada do Irão durante a noite, apelamos à contenção e monitorizamos de perto os desenvolvimentos. É essencial que o conflito no Médio Oriente não saia do controlo", afirmou o porta-voz da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Farah Dakhlallah, num comunicado.

O ataque do Irão contra Israel, em que, segundo Telavive, foram utilizados mais de 300 `drones`, mísseis balísticos e de cruzeiro, ocorreu duas semanas depois de um atentado bombista ao consulado iraniano em Damasco, no qual morreram sete membros da Guarda revolucionária iraniana e seis sírios, ataque que Teerão atribui a Israel.

Os ataques, segundo as autoridades israelitas, provocaram ferimentos graves numa pessoa e ligeiros noutras oito.

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Momento-Chave
por Lusa

Presidente do Irão promete medidas "mais duras" caso Israel responda ao ataque

O presidente do Irão afirmou hoje que o ataque lançado no sábado contra Israel foi "uma lição contra o inimigo sionista", avisando Telavive que qualquer "nova aventura" irá contar com uma resposta "ainda mais dura" de Teerão.

O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, classificou hoje o ataque lançado por Teerão contra Israel na noite de sábado e madrugada de hoje como uma "medida defensiva" e de "legítima defesa", numa resposta "às ações agressivas do regime sionista [Israel] contra os objetivos e interesses do Irão", nomeadamente o bombardeamento recente ao consulado de Irão em Damasco, na Síria.

Num comunicado publicado na sua página de internet, Ebrahim Raisi, realçou que o ataque foi "uma ação militar decisiva", apesar de o Exército israelita ter afirmado que a grande maioria dos `drones`, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos lançados por Teerão foram intercetados.

O presidente do Irão deixou ainda um recado a Israel, alertando que, caso Telavive ou os que apoiam aquele país "mostrem um comportamento imprudente, receberão uma resposta muito mais decisiva e violenta".

"Durante os últimos seis meses, e especialmente durante os últimos dez dias, o Irão usou todas as ferramentas regionais e internacionais para chamar a atenção da comunidade internacional sobre os perigos mortais face à inação do Conselho de Segurança das Nações Unidas [ONU], diante das contínuas violações do regime sionista", referiu.

Considerando que falta capacidade ao Conselho de Segurança da ONU para cumprir "as suas obrigações", o presidente iraniano argumentou que o Irão atuou "em defesa da sua integridade, soberania e interesses nacionais".

Dessa forma, Raisi considerou que o ataque de sábado foi uma forma de "castigar o agressor [Israel] e gerar estabilidade na região".

O Irão "considera a paz e a estabilidade na região como algo necessário para a sua segurança nacional" e, nesse sentido, "não poupa esforços para restaurá-la", referiu.

"Está totalmente claro para qualquer observador justo que as ações do regime sionista são de uma entidade ocupante, terrorista e racista, que considera que não está vinculada a deveres ou normas legais ou morais", criticou.

Para o presidente do Irão, Israel, com a sua ofensiva na Faixa de Gaza, levou a cabo "uma campanha genocida" contra os palestinianos, com "o apoio cúmplice" dos Estados Unidos.

No seu comunicado, Raisi aconselhou ainda aqueles que ajudam Israel a deixar de apoiar "cegamente" Telavive, considerando ser essa uma "das principais causas" para que aquele país intensifique "violações das leis internacionais".

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por RTP

Irão não hesitará em defender os seus interesses contra qualquer nova agressão

O Irão não tem intenção de prolongar as suas "operações defensivas", mas não hesitará em salvaguardar os seus interesses legítimos contra qualquer nova agressão, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amirabdollahian, num post na rede social X.
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por RTP

Jordânia considera que escalada na região pode levar a "caminhos perigosos”

O primeiro-ministro da Jordânia, Bisher Khasawneh, avisou que qualquer escalada de conflitos na região conduziria a "caminhos perigosos", depois de o Irão ter lançado centenas de drones e mísseis de cruzeiro contra Israel.

Em declarações ao Conselho de Ministros, Khasawneh afirmou que as forças armadas do país enfrentariam qualquer tentativa de qualquer partido que procurasse pôr em perigo a segurança do reino.

A Jordânia, um firme aliado dos Estados Unidos, intercetou alguns objetos voadores que entraram no seu espaço aéreo no sábado à noite para garantir a segurança dos seus cidadãos, segundo um comunicado do gabinete de Bisher Khasawneh.

A Jordânia, que se situa entre o Irão e Israel, preparou defesas aéreas para intercetar quaisquer drones ou mísseis que violassem o seu território, disseram duas fontes de segurança à Reuters.
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“Posição irresponsável”
por RTP

Irão convoca embaixadores britânico, francês e alemão

O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano convocou os embaixadores do Reino Unido, da França e da Alemanha para questionar aquilo a que se referiu como a sua "posição irresponsável" em relação aos ataques de retaliação de Teerão contra Israel, informou a agência noticiosa semioficial Iranian Labour.

Israel, com a ajuda dos principais aliados ocidentais, incluindo o Reino Unido, afirmou ter intercetado 99 por cento dos lançamentos durante o ataque em massa do Irão no sábado.

O Reino Unido e a França estão entre os países ocidentais que condenaram o ataque com drones e mísseis contra Israel e apelaram à contenção.
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Momento-Chave
por Lusa

Moscovo pede contenção a "todas as partes envolvidas"

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia apelou à contenção de "todas as partes envolvidas", após os ataques iranianos de sábado à noite e madrugada de hoje contra Israel.

"Apelamos a todas as partes envolvidas para que tenham contenção e para evitar uma escalada perigosa. Contamos com os Estados da região para encontrar uma solução para os problemas existentes, através de meios políticos e diplomáticos", acrescentou, num comunicado, o ministério tutelado por Serguei Lavrov.

O Governo russo destaca no entanto que, "de acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, o ataque [contra Israel] foi realizado no âmbito do seu direito à autodefesa nos termos do artigo 51 da Carta da ONU, em resposta a ataques contra alvos iranianos no região", nomeadamente o ataque ao consulado iraniano em Damasco, que Moscovo "condenou veementemente".

Moscovo manifestou também "grande preocupação" com os acontecimentos na região e sublinhou que tinha alertado para o aumento das tensões caso não fosse encontrada uma resolução para "as numerosas crises no Médio Oriente, principalmente na área do conflito israelo-palestiniano". 

O ataque do Irão contra Israel, em que, segundo Telavive, foram utilizados mais de 300 `drones`, mísseis balísticos e de cruzeiro, ocorreu duas semanas depois de um atentado bombista ao consulado iraniano em Damasco, no qual morreram vários membros da Guarda revolucionária iraniana, ataque que Teerão atribui a Israel.

Para o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, a posição dos membros ocidentais do Conselho de Segurança da ONU "inviabilizou uma reação adequada ao ataque à missão consular iraniana".

Na quinta-feira, o Kremlin apelou à contenção do Irão e de Israel face à informação sobre uma resposta iminente de Teerão ao ataque ao seu consulado.

"Agora é muito importante que todos atuem com moderação para não desestabilizar completamente a situação na região, que já não é estável nem previsível", disse então o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov.

O secretário do Conselho de Segurança Russo, Nikolai Patrushev, tinha alertado dias antes que o ataque de Telavive ao consulado iraniano em Damasco poderia levar a uma "escalada incontrolável de tensões".

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por Carlos Santos Neves - RTP

Após ataque do Irão a Israel. Marcelo convoca Conselho de Defesa Nacional

O Irão desencadeou, na noite de sábado para domingo, um ataque com recurso a drones e mísseis de cruzeiro Hugo Delgado - Lusa (arquivo)

O presidente da República convocou uma reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional para o final da tarde da próxima terça-feira, no Palácio de Belém. Uma decisão que se segue ao ataque desencadeado pelo Irão contra Israel.

Tendo em conta a situação atual e possíveis desenvolvimentos, o presidente da República decidiu convocar uma reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional para terça-feira, 16 de abril, pelas 18h00, no Palácio de Belém”, lê-se em comunicado publicado no portal da Presidência da República.

Ao abrigo da Constituição da República, o Conselho Superior de Defesa Nacional é um órgão colegial específico, presidido pelo chefe de Estado, com funções de consulta para os assuntos relativos à defesa do país e à organização, funcionamento e disciplina das Forças Armadas.A última reunião do órgão decorreu no passado dia 28 de fevereiro. Foi então emitido um parecer favorável, por unanimidade, às propostas de ajustamento às forças destacadas para 2024 e realizado um ponto de situação do apoio à Ucrânia.


Integram o órgão consultivo o primeiro-ministro, os ministros de Estado e da Defesa Nacional, Negócios Estrangeiros, Administração Interna, Finanças e responsáveis pelas áreas da indústria, energia, transportes e comunicações, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas e os chefes da Armada, do Exército e da Força Aérea.

O Conselho Superior de Defesa Nacional inclui ainda os representantes da República e presidentes dos governos das regiões autónomas dos Açores e da Madeira, o presidente da Comissão de Defesa Nacional da Assembleia da República e mais dois deputados eleitos para este órgão por maioria de dois terços.

O ataque iraniano contra o Estado hebraico envolveu, de acordo com Telavive, mais de três centenas de drones e mísseis balísticos e de cruzeiro. Foi desencadeado duas semanas depois de um ataque ao consulado iraniano em Damasco, na Síria, que causou as mortes de vários elementos dos Guardas da Revolução iraniana. Ação que Teerão atribuiu aos israelitas.

Nenhum dos cerca de 170 drones lançados pelo Irão antes das 0h00 deste domingo terá atingido território israelita, segundo um balanço das Forças de Defesa de Israel. Vinte e cinco dos cerca de 30 mísseis de cruzeiro e quase todos os "mais de 120" mísseis balísticos foram igualmente intercetados com o apoio de meios militares dos Estados Unidos e do Reino Unido.

c/ agências
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por RTP

Aeroportos iranianos cancelam voos até a manhã de segunda-feira

Vários aeroportos iranianos, incluindo o Aeroporto Internacional Imam Khomeini de Teerão, cancelaram os voos até segunda-feira, revelaram os meios de comunicação social estatais iranianos.

"Todos os voos do Aeroporto Internacional Imam Khomeini de Teerão foram cancelados até às 6h00 horas da manhã (02h30 GMT), na sequência de um anúncio da Organização da Aviação Civil do Irão", disse o executivo do aeroporto à agência noticiosa iraniana Student.

Os voos domésticos do aeroporto de Mehrabad, em Teerão, e dos aeroportos de Shiraz, Isfahan, Bushehr, Kerman, Ilam e Sanandaj também foram cancelados até segunda-feira de manhã, segundo a Companhia de Aeroportos e Navegação Aérea do Irão, uma vez que o espaço aéreo ocidental do país continua interdito aos voos.

As principais companhias aéreas do Médio Oriente anunciaram o cancelamento de alguns dos seus voos, tendo sido obrigadas a reencaminhar outros, embora Israel tenha reaberto o seu espaço aéreo a partir das 7h30 locais de domingo de manhã.

O aeroporto de Beirute também reabriu esta manhã e os voos de e para a capital libanesa terão sido retomados.
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Para discutir resposta ao ataque iraniano
por RTP

Gabinete de guerra de Israel vai reunir

O gabinete de guerra de Israel vai reunir-se para discutir uma resposta ao ataque de drones e mísseis lançado pelo Irão.

Neste pequeno núcleo estão o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, o minsitro da Defesa Yoav Gallant e Benny Gantz, um dos opositores ao governo.

Desta reunião sairá uma decisão sobre o que fazer em resposta ao ataque iraniano.
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por Lusa

Israel bombardeia leste do Líbano

A aviação israelita bombardeou hoje o Vale de Bekaa, um reduto do grupo xiita Hezbollah no leste do Líbano, longe da fronteira comum, num contexto de crescente tensão regional depois do ataque do Irão contra o Estado judaico.

O bombardeamento por "combatentes inimigos" teve como alvo a aldeia de Nabi Chit, no distrito de Baalbek, uma zona que já tinha sido alvo de vários ataques durante os últimos dois meses de combates, informou o jornal online Al Ahed News, propriedade do Hezbollah.

De acordo com a Agência Nacional de Notícias (ANN) libanesa, os projéteis atingiram um edifício na localidade, que ficou destruído com o impacto, enquanto as forças de segurança isolaram a área, sem que tenham sido registadas vítimas até ao momento.

A ação ocorre depois de o Irão ter lançado um grande número de mísseis e drones contra Israel na noite passada, em resposta ao bombardeamento de há duas semanas que destruiu o consulado iraniano em Damasco e matou sete membros da Guarda Revolucionária, incluindo dois generais proeminentes.

O Líbano lidera a lista dos países com maior risco de serem arrastados para uma potencial escalada regional decorrente deste ataque sem precedentes, uma vez que o Hezbollah - um aliado próximo do Irão - tem estado envolvido em intensos confrontos com Israel há mais de meio ano.

Os confrontos, os piores desde a guerra travada entre a formação libanesa e o Estado judaico em 2006, concentraram-se sobretudo nas zonas fronteiriças, mas nos últimos dois meses Israel já tinha bombardeado o Vale de Bekaa em momentos de especial tensão.

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por Lusa

Von der Leyen e Michel pedem que se evite escalada ainda maior

Os líderes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu pediram hoje que se evite uma "nova escalada" no Médio Oriente depois dos ataques que o Irão lançou sábado à noite contra Israel, ofensiva que ambos condenaram.

Numa mensagem nas redes sociais, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, apelou ao Irão e aos seus aliados para "cessarem imediatamente estes ataques" e apelou a "todos os intervenientes" para se "absterem de novas escaladas e trabalharem para restaurar a estabilidade na região".

Israel disse ter intercetado 25 dos cerca de 30 mísseis de cruzeiro e quase todos "mais de 120" mísseis balísticos", bem como os 70 `drones` (aeronaves não tripuladas), em ataques que deixaram uma pessoa gravemente ferida em Israel e outras oito com ferimentos leves.

Por seu lado, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, também numa mensagem publicada na rede social X (ex-Twitter), pediu para que se façam "todos os possíveis para evitar uma nova escalada regional" no Médio Oriente e "mais derramamento de sangue", segundo afirmou numa mensagem também publicada através da rede social X.

O presidente do Conselho Europeu, órgão da UE que reúne os presidentes e primeiros-ministros dos 27, afirmou que o bloco comunitário irá "acompanhar de perto" a evolução da situação com os seus aliados.

A presidência italiana do G7 convocou para hoje uma videoconferência com os líderes das sete democracias mais ricas do mundo para discutir o ataque iraniano contra Israel, informaram fontes oficiais.

A reunião, convocada pelo Governo presidida por Giogia Meloni, decorrerá a seguir ao almoço.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou hoje de manhã que iria solicitar uma reunião do G7 para coordenar uma resposta diplomática depois de garantir o apoio de Washington a Israel e garantir que as forças norte-americanas contribuirão para travar o ataque do Irão.

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por Lusa

Hamas considera ataque iraniano um "direito natural e resposta merecida"

O movimento islâmico Hamas considerou hoje a resposta iraniana, com mais de 300 `drones`, mísseis balísticos e de cruzeiro lançados sábado contra Israel, como "um direito natural e uma resposta merecida".

"Nós, no Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), consideramos a operação militar levada a cabo pela República Islâmica do Irão contra a entidade ocupante sionista como um direito natural e uma resposta merecida ao crime de ataque ao consulado iraniano em Damasco", a 01 deste mês, referiu, num comunicado, o Hamas, movimento apoiado por Teerão.

O Hamas também apelou ao resto dos países árabes, "aos povos livres do mundo e às forças de resistência da região" para continuarem a apoiar "a liberdade e independência" do povo palestiniano, em referência à guerra que Israel continua que se alastrou na Faixa de Gaza e já ceifou a vida a mais de 33.600 pessoas em pouco mais de seis meses.

"Pedimos a todas as forças da nação que continuem a apoiar a resistência e a operação `Al Aqsa Flood`", disse, referindo-se ao nome oficial dado aos ataques perpetrados a 07 de outubro contra Israel, conforme foi noticiado pelo jornal palestiniano `Filastin`, associado ao Hamas.

No total, sete membros da Guarda Revolucionária e seis sírios morreram no atentado bombista ao consulado iraniano em Damasco, pelo qual, como é habitual neste tipo de casos, Israel não assumiu a responsabilidade.

Tal como relatado hoje pelo Exército israelita, dos cerca de 170 `drones` (aeronaves não tripuladas) que o Irão lançou antes da meia-noite, nenhum atingiu o território israelita e 25 dos cerca de 30 mísseis de cruzeiro e quase todos os "mais de 120" mísseis balísticos também foram intercetados.

Segundo o porta-voz militar israelita, Daniel Hagari, "99% das ameaças lançadas contra o território israelita foram intercetadas, uma conquista estratégica muito significativa".

Em conferência de imprensa, o Hagari referiu que o ataque representou "mais de 300 ameaças de vários tipos" e confirmou vários lançamentos, sem especificar números, provenientes dos "territórios do Iraque e do Iémen".

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por RTP

Emirados Árabes Unidos apelam a contenção para evitar repercussões perigosas

Os Emirados Árabes Unidos apelaram à contenção para evitar repercussões perigosas no Médio Oriente, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros num comunicado no domingo, na sequência do ataque de Teerão a Israel.

Os Emirados Árabes Unidos apelaram igualmente à resolução dos conflitos através do diálogo e das vias diplomáticas.

Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia manifestou "extrema preocupação com mais uma perigosa escalada" no Médio Oriente e apelou também à contenção após os ataques iranianos a Israel.
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por Lusa

Jordânia intercetou engenhos voadores durante ataque do Irão contra Israel

O Governo da Jordânia anunciou hoje ter intercetado "engenhos voadores" que penetraram no seu espaço aéreo durante o ataque com drones e mísseis lançado pelo Irão contra Israel na noite passada.

Em comunicado, o Governo avisou ainda que o Exército do reino árabe "irá confrontar (...) tudo o que exponha a segurança da nação, dos seus cidadãos e do seu espaço aéreo e território a qualquer perigo ou transgressão por qualquer das partes, com todas as capacidades disponíveis".

O comunicado refere que as Forças Armadas "intercetaram e neutralizaram os engenhos que penetraram no espaço aéreo (jordano) na noite passada" e que os destroços caíram "em vários locais" sem causar feridos.

A Jordânia faz fronteira com o Iraque e a Síria, onde estão presentes milícias pró-iranianas que atacam frequentemente posições israelitas e norte-americanas na região.

Qualquer ataque direto entre Israel e o Irão tem necessariamente de passar pelo espaço aéreo da Jordânia ou da Síria.

Imagens que circularam nas redes sociais na noite de sábado mostraram incêndios que teriam sido causados em algumas cidades jordanas pela queda de fragmentos de alguns drones e mísseis.

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por RTP

Português residente em Jerusalém revela à RTP que se refugiou nun bunker

David Moura está em Israel desde 2021 a tirar o doutoramento. Descreve o momento em que os drones sobrevoaram a cidade de Jerusalém. Ontem à noite, teve de refugiar-se num bunker.

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por RTP

Embaixada dos EUA em Israel afirma que "ameaça de bombardeamentos diminuiu"

A embaixada dos EUA em Jerusalém afirma que "a ameaça de bombardeamentos com drones e mísseis diminuiu" e que a ordem de abrigo para os funcionários do governo dos EUA e seus familiares foi levantada.

"No entanto, as anteriores restrições de viagem impostas aos funcionários do governo dos EUA e aos membros das suas famílias continuam em vigor. As viagens pessoais estão limitadas às deslocações dentro e entre Telavive (incluindo Herzliya, Netanya e Even Yehuda), Jerusalém e Be'er Sheva", lê-se no comunicado.

"A embaixada dos EUA continuará a monitorizar de perto o ambiente de segurança. As escolas em Israel permanecem fechadas hoje, 14 de abril. Muitos voos foram cancelados ou atrasados, e os viajantes são encorajados a verificar com a companhia aérea a situação do seu voo. Os postos de fronteiras terrestres, incluindo a ponte Allenby, estão abertos".
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por Lusa

Ataque "alcançou todos os seus objetivos", afirma Teerão

O chefe das forças armadas iranianas disse hoje que o ataque realizado durante a noite contra Israel "alcançou todos os seus objetivos".

"A Operação Honest Promise foi realizada com sucesso entre ontem (sábado) à noite e esta manhã, e alcançou todos os seus objetivos", declarou o general Mohammad Bagheri na televisão, especificando que nenhum centro urbano ou económico foi alvo de `drones` (aeronaves não tripuladas) e mísseis iranianos.

Bagheri afirmou que os dois locais mais visados foram "o centro de inteligência que forneceu aos sionistas as informações necessárias" para o ataque que destruiu o consulado iraniano em Damasco a 01 de abril, bem como "a base aérea de Novatim, de onde descolaram os aviões de caça israelitas `F-35` que bombardearam as instalações diplomáticas do Irão na capital síria.

"Estes dois centros foram consideravelmente danificados e colocados fora de serviço", garantiu.

"Não temos intenção de continuar esta operação, mas se o regime sionista tomar medidas contra a República Islâmica do Irão, seja no nosso solo ou nos nossos centros na Síria ou noutro local, a nossa próxima operação será bem mais importante do que esta", alertou o chefe das forças armadas iranianas.

O general Bagheri também indicou que as autoridades iranianas enviaram uma mensagem aos Estados Unidos "em que são avisados de que se cooperarem com Israel nas suas possíveis próximas ações, as bases [norte-americanas na região] não estarão seguras".

Por seu lado, o comandante em chefe da Guarda Revolucionária do Irão, general Hossein Salami, advertiu hoje que Teerão contra-atacará de forma "mais severa que os bombardeamentos" de sábado à noite se Israel iniciar uma ofensiva contra interesses ou cidadãos iranianos em qualquer parte do país.

"Se o regime sionista (Israel) atacar os nossos interesses, autoridades ou cidadãos a partir de qualquer ponto, contra-atacaremos", disse o chefe do corpo militar de elite e do exército ideológico do Irão, informou a cadeia de televisão Press TV.

"A nossa reação a qualquer agressão israelita será mais severa", garantiu Salami em declarações à Press TV.

Israel, que vinha alertando há vários dias que a retaliação iraniana era iminente, planeia agora uma "resposta significativa" ao ataque iraniano, disse um funcionário que pediu anonimato à estação de televisão Channel 12. 

Salami afirmou que a operação de sábado à noite e que se prolongou pela madrugada, na qual centenas de mísseis e drones foram disparados contra Israel, "foi mais bem-sucedida do que o esperado".

"Os mísseis do Irão foram capazes de perfurar as defesas israelitas supostamente fortes", disse Salami, contradizendo a versão de Telavive, que afirmou ter intercetado 99% dos mais de 300 `drones`, mísseis balísticos e de cruzeiro.

O Exército israelita afirmou hoje que, dos cerca de 170 `drones` que o Irão lançou antes da meia-noite, nenhum chegou ao território israelita; e também teria intercetado 25 dos cerca de 30 mísseis de cruzeiro e quase todos os "mais de 120" mísseis balísticos.

Por seu lado, o ministro da Defesa do Irão, Mohammad Reza Ashtiani, avisou sábado à noite que qualquer país que permita a utilização do seu espaço aéreo ou território para realizar ataques contra solo iraniano receberá uma resposta forte.

O ataque iraniano ocorreu como retaliação ao bombardeamento atribuído por Teerão a Israel, ao consulado do Irão em Damasco, a 01 de abril, em que morreram seis sírios e sete membros da Guarda Revolucionária.

Entre os mortos estava o líder do ramo da Força Quds para a Síria e o Líbano, o Brigadeiro-General Mohamed Reza Zahedi.

O líder supremo do Irão, `ayatollah` Ali Khamenei, insistiu repetidamente nas últimas semanas que "o regime sionista deve ser e será punido", ameaças que foram repetidas por praticamente todos os altos funcionários do país após o ataque em Damasco.

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por Lusa

G7 reúne-se por vídeoconferência para debater ataque do Irão contra Israel

Os chefes de Estado e de Governo do G7 vão realizar uma videoconferência hoje ao início da tarde "para debater o ataque iraniano contra Israel", anunciou o Governo italiano, que detém atualmente a presidência deste grupo de países industrializados.

"A presidência italiana do G7 convocou uma videoconferência a nível de líderes para o início da tarde de hoje", afirmou o Governo italiano num breve comunicado.

Esta cimeira de emergência surge depois de o Irão ter lançado mais de 200 drones e mísseis contra Israel durante a noite, em resposta a um ataque contra o consulado iraniano em Damasco.

No entanto, segundo o exército israelita, este ataque direto iraniano sem precedentes foi frustrado.

O Conselho de Segurança deverá realizar hoje também uma reunião de emergência, com o chefe da ONU, António Guterres, a condenar "uma grave escalada".

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por Lusa

Iraque, Líbano e Jordânia reabrem espaços aéreos

O Iraque, o Líbano e a Jordânia anunciaram hoje a reabertura dos respetivos espaços aéreos, fechados desde sábado à noite devido ao ataque sem precedentes lançado pelo Irão contra Israel.

Estes três países tinham anunciado o encerramento dos seus espaços aéreos e a interrupção do tráfego no sábado à noite.

Num comunicado emitido hoje de manhã, a Autoridade da Aviação Civil iraquiana confirmou que "o espaço aéreo foi reaberto" aos aviões que chegam ou partem dos aeroportos iraquianos, assegurando, nomeadamente, que "todos os riscos para a segurança dos aviões civis no Iraque - país vizinho do Irão - foram excluídos".

No Líbano, país vizinho de Israel, o ministro dos Transportes, Ali Hamie, declarou à AFP que os voos foram retomados desde as 7:00 locais.

"Retomámos os voos desde as 07:00 (05:00 em Lisboa) e estamos a acompanhar a situação", referiu.

A Jordânia, outro país que faz fronteira com Israel, também anunciou num comunicado que o seu espaço aéreo tinha sido reaberto hoje na manhã.

O chefe da Autoridade da Aviação Civil, Haitham Misto, disse ao canal de televisão estatal Al-Mamlaka que "o espaço aéreo jordano foi reaberto e tudo voltou ao normal", e que as companhias aéreas e os aeroportos foram informados.

"O mais importante é preservar a segurança da aviação civil no espaço aéreo e nos aeroportos, e foi isso que foi feito", afirmou Misto.

O reino jordano foi o primeiro país a fechar completamente o seu espaço aéreo perante a ameaça iraniana de um ataque contra Israel, já que várias companhias aéreas decidiram nos últimos dias suspender os seus voos para Israel.

O ataque, reivindicado pela Guarda Revolucionária Iraniana, foi realizado com cerca de 200 drones e mísseis, a grande maioria dos quais foi intercetada fora do espaço aéreo israelita, e surgiu como resposta à destruição do consulado iraniano na Síria, atribuída a Israel, que destruiu o edifício e provocou 13 mortos, incluindo dois generais do grupo paramilitar iraniano.

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por RTP

Português residente em Haifa pondera abandonar Israel

Um dos portugueses residentes na cidade de Haifa, no norte de Israel, pondera abandonar o país se a situação piorar. Não quis ser identificado, mas diz que a população está, de certa forma, habituada à iminência de um ataque a Israel.

Ainda assim, afirma que a ameaça do Irão é diferente.
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por RTP

Iranianos festejam ataque a Israel nas ruas de Teerão

Foto: Majid Asgaripour/WANA - via Reuters

Em Teerão, parte da população saiu à rua para festejar o ataque. Enquanto alguns se juntaram às celebrações dentro dos próprios carros, outros participaram a pé. Lançaram fogo de artifício e gritaram palavras de ordem contra Israel.

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por RTP

Irão adverte Israel e EUA contra retaliação

O Irão avisou Israel de um ataque maior ao seu território, caso este retalie contra o ataque de drones e mísseis de Teerão durante a noite de domingo, acrescentando que Washington foi avisado para não apoiar a ação militar israelita.

"A nossa resposta será muito maior do que a ação militar desta noite, se Israel retaliar contra o Irão", afirmiu o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Major-General Mohammad Bagheri, à televisão estatal, acrescentando que Teerão avisou Washington que qualquer apoio à retaliação israelita resultaria em bases dos EUA como alvo.

O comandante do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica, Hossein Salami, também avisou que Teerão retaliaria contra qualquer ataque israelita aos seus interesses, funcionários ou cidadãos.
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por Lusa

Brasil pede "máxima contenção" após ataque iraniano

O Brasil pediu "máxima contenção" ao Irão e a Israel, após os ataques iranianos no sábado à noite, e instou a comunidade internacional a mobilizar esforços para "evitar uma escalada".

O Irão lançou ataque com `drones` contra Israel "a partir do seu território", confirmou o porta-voz do exército israelita num discurso transmitido pela televisão.

O Governo brasileiro está a acompanhar "com grave preocupação" os relatos de lançamentos de `drones` e mísseis do Irão contra Israel, afirma-se num comunicado divulgado esta noite pelo Ministério das Relações Exteriores.

O ministério também destacou que, desde o início do atual conflito na Faixa de Gaza, o Brasil tem alertado para o "potencial destrutivo do alastramento das hostilidades à Cisjordânia e para outros países, como Líbano, Síria, Iémen e, agora, o Irão".

No comunicado, o Brasil não usa palavras de condenação ao ataque iraniano, em contraste com a condenação, na semana passada, do ataque israelita ao consulado iraniano em Damasco, escreveu a agência de notícias espanhola Efe.

Numa mensagem na rede social X, a missão iraniana junto da ONU alegou que, "de acordo com o artigo 51.º da Carta das Nações Unidas sobre a legítima defesa, a ação militar do Irão foi uma resposta à agressão do regime sionista" contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco.

As tensões entre os dois países subiram nas últimas semanas, depois do bombardeamento do consulado iraniano em Damasco, a 01 de abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.

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por Lusa

Arábia Saudita pede "máxima contenção" para não alargar conflito

A Arábia Saudita manifestou hoje "profunda preocupação" com o ataque sem precedentes do Irão contra Israel, pedindo "máxima moderação" para evitar um alargamento da guerra à região.

Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros lamentou "a evolução da escalada militar na região e a gravidade das suas repercussões" e exigiu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que "assuma a sua responsabilidade na manutenção da paz e segurança internacionais".

São precisos esforços extraordinários naquela "região extremamente sensível pela paz e pela segurança globais", defendeu a diplomacia saudita.

Caberá às Nações Unidas tomar medidas para "preveinr a escalada de uma crise que terá graves consequências se for alargada".

O Irão lançou hoje um ataque com `drones` contra Israel "a partir do seu território", confirmou o porta-voz do exército israelita num discurso transmitido pela televisão.

Numa mensagem na rede social X, a missão iraniana junto da ONU alegou que, "de acordo com o artigo 51.º da Carta das Nações Unidas sobre a legítima defesa, a ação militar do Irão foi uma resposta à agressão do regime sionista" contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco.

As tensões entre os dois países subiram nas últimas semanas, depois do bombardeamento do consulado iraniano em Damasco, a 01 de abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.

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por RTP

Yoav Gallant fala em conquista impressionante

O ministro da Defesa de Israel fala numa conquista impressionante do exército israelita em parceria com os aliados norte-americanos.
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por Lusa

China expressa "profunda preocupação" com situação no Médio Oriente

A China expressou hoje "profunda preocupação" com o agravamento da situação no Médio Oriente, após o ataque do Irão contra Israel, e pediu "calma e contenção".

Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês manifestou preocupação "com a atual escalada da situação" na região e apelou a "todas as partes para que exerçam a calma e a contenção".

O Irão lançou no sábado à noite um ataque com `drones` contra Israel "a partir do seu território", confirmou o porta-voz do exército israelita num discurso transmitido pela televisão.

As tensões entre os dois países subiram nas últimas semanas, depois do bombardeamento do consulado iraniano em Damasco, a 01 de abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.

"Esta é a mais recente manifestação das repercussões do conflito em Gaza. A prioridade máxima é a aplicação efetiva da Resolução 2728 do Conselho de Segurança da ONU e o fim do conflito em Gaza o mais rapidamente possível", indicou o comunicado de Pequim.

A China deixou ainda um apelo à comunidade internacional, "especialmente aos países influentes", para que desempenhem "um papel construtivo na manutenção da paz e da estabilidade regionais".

O Conselho de Segurança da ONU vai realizar uma sessão de emergência hoje, a pedido de Israel, para discutir os ataques iranianos de sábado à noite.

Na semana passada, o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, condenou "de forma veemente" o ataque atribuído por Israel ao consulado iraniano em Damasco.

Numa conversa com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, Wang pediu ainda respeito pela soberania do Irão e da Síria e sublinhou "a inviolabilidade" das instituições diplomáticas.

A China reiterou que a recente escalada das tensões é "uma extensão" do conflito na Faixa de Gaza e que a "prioridade imediata" é "acalmar a situação" na região.

Pequim tem manifestado apoio à "causa justa do povo palestiniano para restaurar os seus direitos e interesses legítimos" e à solução de dois Estados, ao mesmo tempo que manifesta consternação pelos ataques contra civis por parte de Israel.

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por RTP

Benjamin Netanyahu garante que Israel vai vencer

Benjamin Netanyahu avisa que Telavive vai defender-se contra qualquer ameaça. E atacar também.
O primeiro-ministro garante que Israel vai vencer.
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por RTP

Israel confirma abate de 99% das ameaças

A defesa de Israel fez há pouco o ponto de situação do ataque iraniano.
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por Lusa

EUA ajudaram a abater "quase todos" os projécteis iranianos

O Presidente norte-americano, Joe Biden, declarou no sábado à noite que as forças dos Estados Unidos ajudaram a abater "quase todos" os `drones` e mísseis disparados pelo Irão contra Israel.

Em comunicado, Joe Biden afirmou ainda que vai convocar hoje os homólogos do G7, o grupo dos países mais industrializados, para coordenar uma "resposta diplomática unida" ao "ataque descarado" do Irão.

"O Irão e os seus representantes que operam a partir do Iémen, da Síria e do Iraque lançaram um ataque aéreo sem precedentes contra instalações militares em Israel. Condeno estes ataques da forma mais veemente possível", afirmou.

O Irão lançou `drones` e mísseis contra Israel no sábado à noite, em resposta a um ataque contra o consulado de Teerão em Damasco, Síria, a 01 de abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária Iraniana e seis cidadãos sírios.

Trata-se do primeiro ataque direto da República Islâmica do Irão contra o território de Israel, inimigo declarado.

Biden disse ter falado entretanto ao telefone com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para reafirmar "o compromisso inabalável dos Estados Unidos com a segurança de Israel".

"Disse-lhe que Israel tinha demonstrado uma capacidade notável para se defender e impedir ataques sem precedentes, enviando uma mensagem clara aos seus inimigos de que não podem ameaçar eficazmente a segurança de Israel", acrescentou, de acordo com o comunicado.

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por Lusa

Netanyahu e Biden falaram ao telefone sobre ataque do Irão

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, falou hoje ao telefone com o Presidente norte-americano, Joe Biden, sobre o ataque iraniano contra Israel lançado no sábado à noite.

Segundo o gabinete do chefe do Governo israelita, Netanyahu telefonou a Biden após uma reunião do Gabinete de Guerra que acompanhou o ataque sem precedentes do Irão, que lançou centenas de `drones` e mísseis para atingir território israelita.

Joe Biden já tinha manifestado numa mensagem na rede social X o "compromisso férreo" dos Estados Unidos da América com a defesa de Israel contra ataques do Irão ou dos seus parceiros.

Sobre o conteúdo da conversa, o gabinete do primeiro-ministro não revelou pormenores.

A estação de notícias Canal 12 relatou que o Gabinete de Segurança de Israel autorizou o Gabinete de Guerra a decidir como o país irá responder ao ataque de Teerão.

Já hoje, pelas 04:00 locais (02:00 em Lisboa), o Exército autorizou a população a sair dos refúgios e abrigos, depois de confirmar o abate de mais de 200 mísseis, foguetes e `drones` lançados pelo Irão, a maior parte ainda fora do espaço aéreo israelita.

Vão manter-se em vigor restrições à concentração de pessoas em espaços públicos, bem como proibição de excursões escolares, numa altura em que os alunos estão em férias de Páscoa.

O Irão lançou no sábado à noite um ataque com `drones` contra Israel "a partir do seu território", confirmou o porta-voz do exército israelita num discurso transmitido pela televisão.

Numa mensagem na rede social X, a missão iraniana junto da ONU alegou que, "de acordo com o artigo 51.º da Carta das Nações Unidas sobre a legítima defesa, a ação militar do Irão foi uma resposta à agressão do regime sionista" contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco.

As tensões entre os dois países subiram nas últimas semanas, depois do bombardeamento do consulado iraniano em Damasco, a 01 de abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.

 

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por Lusa

Espaço aéreo israelita reaberto

O espaço aéreo israelita, encerrado no sábado à noite pouco antes do ataque iraniano a Israel, reabriu às 07:30 locais (05:30 em Lisboa), anunciou a autoridade aeroportuária.

"De acordo com as diretivas de segurança, o espaço aéreo israelita foi reaberto depois das 07:30 da manhã (04:30 GMT) e o aeroporto Be Gurion está de novo operacional", lê-se num comunicado da autoridade aeroportuária.

O portal na Internet do aeroporto dá conta de atrasos significativos, tanto nas partidas como nas chegadas.

O Irão lançou no sábado à noite um ataque com `drones` contra Israel "a partir do seu território", confirmou o porta-voz do exército israelita num discurso transmitido pela televisão.

Numa mensagem na rede social X, a missão iraniana junto da ONU alegou que, "de acordo com o artigo 51.º da Carta das Nações Unidas sobre a legítima defesa, a ação militar do Irão foi uma resposta à agressão do regime sionista" contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco.

As tensões entre os dois países subiram nas últimas semanas, depois do bombardeamento do consulado iraniano em Damasco, a 01 de abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.

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por Lusa

Serviços secretos israelitas dizem que Hamas rejeitou proposta de trégua

Os serviços secretos israelitas afirmaram hoje que o grupo islamita palestiniano Hamas rejeitou a última proposta de tréguas apresentada há uma semana no Cairo pelos mediadores.

A rejeição da proposta apresentada pelos três países que estão a mediar as negociações - Estados Unidos, Egito e Qatar - mostra que o chefe do Hamas na Faixa de Gaza, Yahya Sinouar, "não quer um acordo humanitário, nem o regresso dos reféns", declarou a Mossad, os serviços secretos de Israel, num comunicado divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro.

Sinouar "continua a explorar as tensões com o Irão", com o objetivo de "obter uma escalada na região", lê-se no comunicado, publicado poucas horas depois de um ataque sem precedentes de Terão, que disparou `drones` e mísseis na direção de Israel, sem causar danos significativos.

Israel "continuará a trabalhar para atingir os objetivos da guerra contra o Hamas com toda a sua força e dará tudo por tudo para trazer de volta os reféns de Gaza", acrescentou a mesma fonte.

O Hamas tinha dito no sábado ter apresentado a resposta aos mediadores sobre a proposta de trégua com Israel na Faixa de Gaza, insistindo num cessar-fogo permanente.

"O Hamas reafirma as suas exigências e as exigências do nosso povo: um cessar-fogo permanente, a retirada do exército ocupante de toda a Faixa de Gaza, o regresso dos deslocados às suas áreas e locais de residência, a intensificação da entrada de ajuda humanitária e o lançamento da reconstrução", afirmou, em comunicado, o movimento palestiniano, sem rejeitar explicitamente a proposta.

Os emissários de Israel e do Hamas reuniram-se em 07 de abril no Cairo, com representantes do Egito, do Qatar e dos Estados Unidos, para mais uma tentativa de negociação indireta com vista a encontrar um acordo de trégua na Faixa de Gaza, após seis meses de guerra.

Até agora, os protagonistas não tinham respondido claramente ao acordo proposto, que previa a libertação de reféns israelitas detidos em Gaza em troca de detidos palestinianos, acompanhada de um aumento da ajuda humanitária.

Israel opõe-se a um cessar-fogo permanente e à retirada total das forças armadas da Faixa de Gaza e o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, diz estar determinado a lançar uma ofensiva terrestre em Rafah, no extremo sul do território palestiniano, que apresenta como o último grande bastião do Hamas.

Netanyahu acusou o Hamas de ser "o único obstáculo" a um acordo que poderia "permitir a libertação dos reféns", citando em particular como principal ponto de desacordo "o fim da guerra e a retirada do exército Israelita da Faixa de Gaza" exigido pelo movimento islâmico.

"O Governo e as forças de segurança estão unidos na sua oposição a estas exigências infundadas", disse o primeiro-ministro israelita num comunicado.

Em 07 de outubro do ano passado, combatentes do Hamas -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.163 mortos, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar o Hamas", que começou por cortes no abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre no norte do território, que depois se estendeu ao sul.

A guerra entre Israel e o Hamas, que continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 33.200 mortos, quase 76.000 feridos e cerca de 7.000 desaparecidos presumivelmente soterrados nos escombros, na maioria civis, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais.

 

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Momento-Chave
Para esta tarde
por RTP

Reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas marcado

Na rede social X o secretário-geral da ONU apelou já à cessação imediata das hostilidades.

António Guterres condena de forma veemente a escalada da guerra na região. E avisa que "Nem a região nem o mundo podem permitir-se outra guerra."

Ursula von der Leyen fala de um "ataque flagrante e injustificável do Irão a Israel".

A presidente da Comissão Europeia pede ao Irão e aos representantes para que "cessem imediatamente estes ataques".

Reação também de Josep Borrell. O líder da diplomacia europeia escreve que Bruxelas condena o que chama "inaceitável ataque iraniano contra Israel".

E entende que "esta é uma escalada sem precedentes e uma grave ameaça à segurança regional."

O primeiro-ministro britânico condena o "ataque imprudente do regime iraniano contra Israel". Rishi Sunak escreve que "O Irão demonstrou mais uma vez que pretende semear o caos no próprio quintal.

E avisa que o Reino Unido vai continuar a defender a segurança de Israel e de todos os parceiros regionais, incluindo a Jordânia e o Iraque.

A "França condena nos termos mais fortes possíveis o ataque do Irão a Israel"

O ministro francês dos Negócios Estrangeiros avisa que "Ao tomar uma ação sem precedentes, o Irão ultrapassou um novo limiar nas ações desestabilizadoras"

Espanha admite que acompanha os acontecimentos no Médio Oriente com a maior preocupação. O primeiro-ministro Pedro Sánchez afirma que "a escalada regional deve ser evitada a todo custo".
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Ponto de situação
por RTP

Israel alvo de ataque sem precedentes do Irão

  • A maioria dos drones e mísseis lançados pelo Irão contra Israel foi intercetada. Telavive garante que 99 por cento dos projéteis iranianos foram abatidos. A defesa israelita acrescenta que apenas um pequeno número de mísseis balísticos ou de cruzeiro atingiu o território;


  • O ataque foi conduzido a partir do Irão, Iraque e Iémen. De resto, Israel já abriu o espaço aéreo. Assim como a Jordânia e o Iraque;


  • Este ataque é uma retaliação pelo bombardeamento que matou um comandante iraniano e subordinados em Damasco, na Síria, no início deste mês, ação que Teerão atribui a Israel;


  • O Irão cita a disposição da Carta da ONU para legítima defesa, nos termos do Artigo 51, e refere que considera o "assunto concluído";


  • Mas o regime iraniano deixa um aviso: se o regime israelita cometer outro erro, a resposta do Irão será consideravelmente mais severa. E aconselha os EUA a ficaram afastados.

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