PM timorense pede "apoio de todos" para estado de emergência

por Lusa
Reuters

O primeiro-ministro timorense, Taur Matan Ruak, pediu hoje o apoio de todos os deputados à declaração do estado de emergência para responder aos grandes desafios colocados pela covid-19.

"Eu preciso do apoio de todos vós para enfrentar a ameaça e o risco da coronavírus", afirmou o chefe do Governo no plenário.

"Este é um momento para estarmos juntos. Este momento é único. Temos de estar juntos para fortalecer a capacidade, para dar força a nação para responder aos riscos que enfrentamos", sublinhou.

Taur Matan Ruak falava no Parlamento Nacional no arranque da sessão plenária extraordinária que está a analisar o pedido de declaração do estado de emergência feito pelo Presidente de Timor-Leste, Francisco Guterres Lu-Olo.

"Este momento é muito especial para a nação. Para o combate precisamos de um esforço nacional, de utilizar todos os recursos", reiterou.

O parlamento timorense vota na quinta-feira, pela segunda vez desde a restauração da independência, a aplicação do estado de exceção, na sequência de um pedido do chefe de Estado sobre esta medida de resposta à pandemia da covid-19.

"Pretendo declarar o estado de emergência (...) por um período de 30 dias com início às 00:00 do dia 26 de março e término às 24:00 do dia 24 de abril, em todo o território nacional", escreveu Lu-Olo, no pedido enviado ao parlamento.

"Este vírus não escolhe cor, raça, género, idade, nacionalidade, posição social ou situação económica. Este é um momento de unidade nacional", acrescentou.

A última vez que um pedido de exceção foi debatido foi em 2008, quando Timor-Leste vivia uma das suas maiores crises, marcada em 11 de fevereiro pelo atentado que quase custou a vida ao então Presidente José Ramos-Horta e pelo ataque ao então primeiro-ministro Xanana Gusmão.

Timor-Leste tem até agora um caso confirmado de covid-19.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 450 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 20.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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