A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) está confiante nos resultados da Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, que abre hoje, "apesar de o volume de negócios não ser o que era há dez anos".
Em declarações à agência Lusa, Bruno Pacheco, da APEL, declarou que "Portugal tem este ano uma participação, antes de mais muito bem localizada, na vizinhança do `país-tema`, que é França", o que poderá gerar impacto indireto, além de "um pavilhão renovado e com uma participação de editores portugueses que tem vindo a crescer nos últimos dois anos".
No pavilhão de Portugal, de 120 metros quadrados, estão representadas 44 chancelas portuguesas.
Bruno Pacheco salientou à Lusa a importância da Feira de Frankfurt: os editores partilham experiências, dão conta dos efeitos positivos de estar presente em Frankfurt, "não tanto na concretização imediata de negócios, mas como `ponto de encontro`, em que os primeiros passos são dados".
"Atrevo-me a dizer que não se fecharão tantos negócios, como se fechavam há dez anos, mas continua a ser um ponto de paragem obrigatório, e continua a ser muito importante estar cá presente e trazer autores portugueses", afirmou Bruno Pacheco.
"Esta feira continua a ser muito importante, não que se façam muitos negócios na própria feira, o que também acontece, como é óbvio, mas tenho o `feedback` por parte de muitos editores que é um ponto-chave".
O pavilhão da APEL, que representa Portugal, é um espaço dos editores portugueses, e inclui a Direção-Geral do Livro, Bibliotecas e Arquivos (DGLAB), "com uma secção muito própria que faz promoção dos seus programas de apoio para a tradução de autores portugueses", e a agência portuguesa BookOffice, que representa diferentes autores nacionais, duas instituições que participam há quatro anos.
A DGLAB, em comunicado, adiantou que vai apresentar em Frankfurt uma "uma mostra de obras de autores portugueses publicadas recentemente no estrangeiro com o seu apoio, e aproveita para divulgar os programas que promove anualmente na área da divulgação da literatura portuguesa".
Divulgará também o programa especial de apoio "Portugal Guadalajara 2018", destinado a editoras latino-americanas, uma iniciativa da DGLAB e do Instituto Camões, no âmbito da presença de Portugal na Feira Internacional do Livro de Guadalajara, no próximo ano, de que é país convidado.
A feira encerra no domingo.