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Portugueses na flotilha "foram sempre acompanhados", garante Paulo Rangel

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, afirma que os três portugueses que participam na flotilha humanitária rumo a Gaza "são objeto de proteção consular e diplomática".

RTP /

Foto: Eduardo Muñoz - Reuters

"Desde o dia em que saíram na flotilha até hoje foram sempre acompanhados pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. Nem sempre o disseram, mas foram", vincou o chefe da diplomacia portugues em declarações à RTP3.

Paulo Rangel deu como exemplo o contacto com o Embaixador português na Tunísia durante o percurso da flotilha e vincou que um eventual envio das Forças Armadas seria "completamente desproporcional".Rangel referiu ainda que a flotilha saiu das águas internacionais e por isso é que as forças israelitas intervieram.


"Estes cidadãos foram no exercício da sua liberdade individual, mas também sabiam que havia riscos"
, acrescentou o MNE português. 

Paulo Rangel afirmou ainda que os serviços consulares estiveram em contacto diário com as autoridades israelitas, sobretudo ao longo dos últimos dias. 

Já esta quarta-feira, depois da detenção dos portugueses e do comunicado Ministério dos Negócios Estrangeiros, houve contacto com Telavive, acrescentou. 

De acordo com informações das autoridades israelitas, os primeiros cidadãos só deverão começar a chegar ao porto designado pelas 8h00 de quinta-feira (6h00 em Lisboa). 

Esperam-se alguns atrasos no processo e no próprio contacto direto com os portugueses, uma vez que a chegada desta flotilha coincide no dia em que se celebra o Yom Kippur, o dia mais sagrado do judaísmo, destacou Paulo Rangel. 

"Está tudo encerrado em Israel, os serviços funcionam em serviços mínimos (...). O prognóstico que existe neste momento e que tudo faremos para acelerar é o dia de domingo, que é o primeiro dia da semana no calendário judeu", adiantou.
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