Um dia depois da ida às urnas, o PSOE não dá um sinal claro que pretende encontrar uma solução com o PP para a formação de um governo. Para já, os socialistas espanhóis dizem que não apoiam e também não se abstêm numa investidura de Rajoy.
“Cabe a Mariano Rajoy dar o primeiro passo e o PSOE não está disposto a fazer pressão”, afirmou Antonio Hernando, o porta-voz do partido socialista espanhol.
O vencedor das eleições de domingo, Mariano Rajoy, declarou, “vou tentar ser investido, para aprovar os pressupostos de 2017, fazer avançar as leis e os compromissos europeus, primeiro com o PSOE”.
Procura-se um novo caminho
A chave para a formação de um governo liderado pelo PP pode estar em deixar de fora Pedro Quevedo, o vice-presidente da Nova Canária, que tem estado coligado com o PSOE, mantendo a sua autonomia.
Este deputado já anunciou que irá abster-se para receber a aprovação do PSOE. Esta pode ser uma solução.
Nesta encruzilhada política, há ainda outro facto a ter em conta. A posição de Pedro Sanchez difere da de Guilherme Fernández Vara, o Presidente da Extremadura, que não duvida que se deva apoiar Rajoy. A ausência de um acordo “já provocou tantos danos a este país, penso que não haver governo vai causar ainda mais estragos”.
O PSOE tem agendada a sua Comissão Federal para o próximo dia 9 de Julho. O encontro vai ter dois pontos na ordem de trabalhos: definir a posição do partido sobre uma investidura de Rajoy e traçar novas linhas de trabalho caso o partido enfrente pela terceira vez eleições legislativas.
Para já, ao Podemos e ao Cidadãos, a terceira e quarta forças políticas mais votadas, resta-lhes esperar para ver se há um entendimento entre Rajoy e Sanchez. Só depois disso é que podem entrar em jogo.