Putin e Merkel discutem possibilidade de produção conjunta de vacinas

por Lusa

O Presidente russo, Vladimir Putin, discutiu com a chanceler alemã, Angela Merkel, a possibilidade de uma "produção conjunta de vacinas" contra o novo coronavírus, anunciou hoje o Kremlin, enquanto Moscovo procura aumentar as suas capacidades nesta área.

Numa conversa telefónica, os dois líderes abordaram "questões de cooperação na luta contra a pandemia do novo coronavírus" e "a ênfase foi colocada nas possíveis perspetivas de produção conjunta de vacinas", segundo um comunicado de imprensa do Kremlin.

"Ficou acordado continuar os contactos sobre este assunto entre os Ministérios da Saúde e outras estruturas especializadas dos dois países", acrescentou a nota.

A vacina russa contra o novo coronavírus, chamada de "Sputnik V" em homenagem ao primeiro satélite lançado pela URSS em 1957, foi recebida com ceticismo na comunidade internacional.

O anúncio da sua aprovação, em agosto, antes mesmo do início de ensaios clínicos em grande escala (da fase 3) e da publicação de resultados científicos, foi considerado prematuro.

A vacinação da população russa com a Sputnik V começou no início de dezembro e foram enviados lotes para a Bielorrússia, Sérvia e Argentina, mas Moscovo admitiu que não tinha recursos de produção suficientes para fabricá-los rapidamente e em quantidade necessária.

A Índia deverá ajudar a produzir 100 milhões de doses doa Sputnik V e parcerias foram firmadas com o Brasil, a China e a Coreia do Sul.

De acordo com o comunicado do Kremlin, Vladimir Putin e Angela Merkel também discutiram a resolução do conflito entre as forças de Kiev e separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, em grande parte congelado desde acordos de paz assinados em 2015, mas cujo componente político está estagnado.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.843.631 mortos resultantes de mais de 85 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 7.186 pessoas dos 431.623 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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