O Presidente russo afirmou que a Rússia tem muitos amigos nos Estados Unidos e que as relações entre os dois países vão regressar à normalidade. Sobre a alegada interferência de Moscovo nas eleições norte-americanas, Vladimir Putin diz tratar-se de uma “provocação inventada e ilusória”.
Putin considera “um grande erro” as tentativas de algumas forças norte-americanas de piorar as relações entre os dois países e levá-las ao nível da “crise dos mísseis”.
“Não acredito que seja do interesse da maioria do povo norte-americano levar as relações entre a Rússia e os Estados Unidos ao ponto de culpar a agenda interna. O que queremos? Acabar com as nossas relações? A rutura total das relações diplomáticas? Repetir a situação dos anos 60, a crise dos mísseis de Cuba? E o que acontece depois? Onde nos levará a irresponsabilidade de algumas pessoas? ”, afirmou o Presidente russo.
Para Putin, isso seria um “grande erro”. O Presidente russo aguarda “que algum dia, o mais rápido possível, as relações entre os dois países se normalizem”.
"Mentiras e ficções"
“Consideramos e tratamos os Estados Unidos como uma grande potência com a qual queremos estabelecer uma boa relação. Tudo o resto são mentiras e ficções”, sublinhou o Presidente russo num discurso no Fórum Internacional sobre o Ártico que está a decorrer na cidade russa de Arkhangelsk.
Vladimir Putin também desvalorizou o encontro entre Jared Kushner (genro de Donald Trump) e Sergey Gorkov, presidente do banco de desenvolvimento russo VneshEconomBank, que esteve sob sanções dos Estados Unidos desde julho de 2014.
“Existem algumas questões agora levantadas a respeito das reuniões com os nossos banqueiros. Mas os banqueiros americanos entraram na Rússia e falaram connosco. Caso contrários como podem eles trabalhar? Claro que realizam reuniões”, sublinhou.