Região nordeste do Brasil apresenta medidas de combate às alterações climáticas

por Lusa

A região nordeste do Brasil, governada por partidos de oposição ao Presidente Jair Bolsonaro, apresentou em Nova Iorque, na abertura da Semana do Clima da ONU, medidas de preservação dos recursos naturais.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, ficou encarregado de expor em Nova Iorque, em nome dos nove estados da região e do Espírito Santo, no sudeste, os programas e projetos para a redução da emissão de gases de efeito estufa.

Após a abertura do evento, complementar à Cimeira de Ação Climática das Nações Unidas, o grupo reuniu-se com representantes da Aliança Climática dos Estados Unidos, que integra por 25 dos 50 estados do país.

"Fizemos uma apresentação sobre o trabalho integrado da região nordeste em favor do desenvolvimento sustentável e da resposta às alterações climáticas", afirmou o grupo regional brasileiro, em comunicado.

Entre as iniciativas apresentadas à comunidade internacional, estão as novas unidades de conservação (Caatinga e Mata Atlântica), no estado de Pernambuco, e o incentivo local à produção e uso de energias renováveis na região.

Outra das "ações inovadoras", disse o governador, é o Programa Carbono Zero, na ilha de Fernando de Noronha, o território brasileiro mais próximo da África e da Europa, que visa, até 2020, "remover todos os carros movidos a combustão".

"Esperamos que seja uma semana muito produtiva, com avanços a curto e longo prazo na área do meio ambiente, que exijam atenção do poder público e de toda a sociedade", afirmou Câmara.

Na segunda-feira (hoje de madrugada em Lisboa), um dia antes do início dos debates na Assembleia-Geral da ONU, teve início, com a presença do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, uma cimeira sobre as alterações climáticas da qual se espera que os 193 países-membros possam aprovar políticas destinadas a proteger o planeta.

À margem da Cimeira de Ação Climática da ONU, 16 jovens, incluindo a ativista sueca Greta Thunberg, anunciaram uma ação judicial contra cinco países a propósito da inação em relação às alterações climáticas.

Os jovens denunciaram a inação dos líderes como uma violação da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança.

A queixa sem precedentes junta 16 jovens de 12 países, com idades entre os 8 e os 17 anos e tem a ajuda do escritório de advocacia internacional Hausfeld e o apoio da UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância). Tem como alvos Alemanha, França, Argentina, Brasil e Turquia.

Tópicos
pub