Sri Lanka. Número de mortos sobe para 359, mais suspeitos detidos

por RTP
Thomas Peter - Reuters

O número de mortos nos atentados suicidas no domingo de Páscoa no Sri Lanka subiu para 359 e mais 18 suspeitos foram detidos nas últimas horas.

O porta-voz da polícia, Ruwan Gunasekara, informou que foram detidos mais 18 suspeitos de ligação aos atentados, elevando o total para 58.

Já o número de mortos é de 359. O anterior balanço apontava para 320 vítimas mortais. Um português residente em Viseu está entre as vítimas mortais das oito explosões de domingo.

O primeiro-ministro do Sri Lanka, Ranil Wickremesinghe, alertou na terça-feira que vários suspeitos armados com explosivos ainda se encontravam em fuga.

Dois dias depois dos ataques, o grupo extremista Estado Islâmico reivindicou na terça-feira a autoria dos atentados contra igrejas e hotéis de luxo. No entanto, a organização terrorista não apresentou qualquer prova.

De acordo com o ministro da Defesa do Sri Lanka, Ruwan Wijewardene, um dos bombistas suicidas que participou no ataque de domingo estudou no Reino Unido e na Austrália e ter-se-á inspirado no Estado Islâmico para cometer o atentado.

"Acreditamos que um dos bombistas suicidas estudou no Reino Unido e mais tarde na Austrália, antes de regressar e de se estabelecer novamente no Sri Lanka", disse esta quarta-feira o governante, citado pelo The Guardian.  

Wijewardene frisou ainda que grande parte dos bombistas suicidas tinham ligações ao exterior, tendo vivido ou estudado no estrangeiro.
Nova Zelândia desconhece ligação
A primeira-ministra da Nova Zelândia disse entretanto que não recebeu nenhum dado oficial do Sri Lanka ou dos serviços de informação que corroborem as alegações de que os ataques foram retaliações ao atentado às mesquitas em Christchurch.

Jacinda Ardern disse aos jornalistas em Auckland que o Sri Lanka está numa fase inicial da sua investigação e que não se encontra em contacto direto com o Sri Lanka.

Segundo as autoridades cingalesas, os primeiros indícios da investigação sobre os atentados de domingo no Sri Lanka mostram que foram realizados em represália pelos ataques às mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia, disse na terça-feira o vice-ministro da Defesa do Sri Lanka.

"As investigações preliminares revelaram que o que se passou no Sri Lanka foram [atos] cometidos em represália aos ataques aos muçulmanos de Christchurch", disse Ruwan Wijewardene ao Parlamento cingalês.

O vice-ministro referia-se ao ataque que, a 15 de março, fez 50 mortos em duas mesquitas na cidade no sul da Nova Zelândia.

c/ Lusa
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