Trump promete "resolver situação" em Gaza após ataques que mataram mais 50 pessoas
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou esta sexta-feira que a situação em Gaza, onde os habitantes, admite, estão a "passar fome", será "resolvida" pela sua Administração. As declarações chegam no mesmo dia em que a Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciou a morte de pelo menos 50 pessoas em bombardeamentos israelitas durante a madrugada.
"Estamos interessados em Gaza. E vamos fazer com que a situação se resolva. Há muita gente a morrer à fome", transmitiu Donald Trump aos jornalistas durante a sua visita aos Emirados Árabes Unidos, a última paragem do seu périplo pelo Golfo.
A ajuda humanitária não entra no território palestiniano desde 2 de março, deixando numa fragilidade ainda maior os 2,4 milhões de habitantes de Gaza.
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, também manifestou na quinta-feira a sua preocupação e disse estar aberto a qualquer nova ideia para a entrega de ajuda humanitária.A Human Rights Watch veio já criticar os planos de Israel "para conter os dois milhões de habitantes de Gaza numa área ainda mais pequena, tornando o resto do território inabitável".
Esta sexta-feira, a Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciou que pelo menos 50 pessoas morreram em bombardeamentos israelitas no norte do enclave durante a madrugada.
O número de mortos "devido aos bombardeamentos israelitas sobre as casas desde a meia-noite é de 50", revelou à agência France-Presse Mohammed al-Moughayir, funcionário da organização, indicando que prosseguem as operações de busca nos escombros. Um médico do hospital de Beit Lahia disse por sua vez à AFP que esta instalação de saúde recebeu 30 corpos.
Já Mohammed Saleh, diretor interino do hospital Al-Awda, em Jabalia, contou que o seu hospital recebeu cinco corpos e que estava a tratar "mais de 75 feridos" na sequência dos ataques.
"A ocupação israelita bombardeou a casa ao lado da minha (...) enquanto os habitantes estavam lá dentro", disse à AFP Youssef al-Soultan, residente em Beit Lahia, relatando "ataques aéreos, artilharia e disparos de drones".
"Há uma enorme onda de deslocação de civis. O medo e o pânico apoderam-se de nós a meio da noite", acrescentou.Netanyahu não deve perder "oportunidade histórica" de libertar reféns
Esta sexta-feira, a principal associação israelita de famílias de reféns apelou ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que não perca a "oportunidade histórica" de libertar os cidadãos ainda detidos em Gaza.
"As famílias dos reféns acordaram esta manhã com o coração pesado e muito preocupadas com as notícias da intensificação dos ataques em Gaza e com a iminente conclusão da visita do presidente Donald Trump à região", afirmou o Fórum das Famílias dos Reféns em comunicado.
"Estamos a viver tempos dramáticos que determinarão o futuro dos nossos entes queridos" e "perder esta oportunidade histórica seria um fracasso retumbante", acrescentou, pedindo a Netanyahu "para unir forças com o presidente Trump" para garantir a libertação de todos os reféns ainda em Gaza.
c/ agências
A ajuda humanitária não entra no território palestiniano desde 2 de março, deixando numa fragilidade ainda maior os 2,4 milhões de habitantes de Gaza.
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, também manifestou na quinta-feira a sua preocupação e disse estar aberto a qualquer nova ideia para a entrega de ajuda humanitária.A Human Rights Watch veio já criticar os planos de Israel "para conter os dois milhões de habitantes de Gaza numa área ainda mais pequena, tornando o resto do território inabitável".
Esta sexta-feira, a Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciou que pelo menos 50 pessoas morreram em bombardeamentos israelitas no norte do enclave durante a madrugada.
O número de mortos "devido aos bombardeamentos israelitas sobre as casas desde a meia-noite é de 50", revelou à agência France-Presse Mohammed al-Moughayir, funcionário da organização, indicando que prosseguem as operações de busca nos escombros. Um médico do hospital de Beit Lahia disse por sua vez à AFP que esta instalação de saúde recebeu 30 corpos.
Já Mohammed Saleh, diretor interino do hospital Al-Awda, em Jabalia, contou que o seu hospital recebeu cinco corpos e que estava a tratar "mais de 75 feridos" na sequência dos ataques.
"A ocupação israelita bombardeou a casa ao lado da minha (...) enquanto os habitantes estavam lá dentro", disse à AFP Youssef al-Soultan, residente em Beit Lahia, relatando "ataques aéreos, artilharia e disparos de drones".
"Há uma enorme onda de deslocação de civis. O medo e o pânico apoderam-se de nós a meio da noite", acrescentou.Netanyahu não deve perder "oportunidade histórica" de libertar reféns
Esta sexta-feira, a principal associação israelita de famílias de reféns apelou ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que não perca a "oportunidade histórica" de libertar os cidadãos ainda detidos em Gaza.
"As famílias dos reféns acordaram esta manhã com o coração pesado e muito preocupadas com as notícias da intensificação dos ataques em Gaza e com a iminente conclusão da visita do presidente Donald Trump à região", afirmou o Fórum das Famílias dos Reféns em comunicado.
"Estamos a viver tempos dramáticos que determinarão o futuro dos nossos entes queridos" e "perder esta oportunidade histórica seria um fracasso retumbante", acrescentou, pedindo a Netanyahu "para unir forças com o presidente Trump" para garantir a libertação de todos os reféns ainda em Gaza.
c/ agências