Trump: "Todas as opções em cima da mesa"

por Alexandre Brito - RTP

"Todas as opções estão em cima da mesa". É a primeira reação do presidente dos EUA depois do lançamento de mais um míssil norte-coreano que passou sobre o Japão. Num comunicado divulgado pela Casa Branca, Donald Trump reafirma que um ataque à Coreia do Norte é uma possibilidade.

As palavras de Trump surgem depois de a Coreia do Norte ter disparado um míssil balístico que passou sobre a ilha japonesa de Hokkaido no norte do país. Um claro desafio, o mais sério até ao momento, do regime de Kim Yong-un, numa altura em que norte-americanos e sul-coreanos realizam exercícios militares na região.

Donald Trump disse que o mundo ouviu "alto e bom som" a última mensagem da Coreia do Norte. "Este regime tem mostrado o seu desprezo pelos países vizinhos, por todos os membros das Nações Unidas, e por um padrão mínimo de comportamento internacional aceitável".

"Ações ameacadoras e que desestabilizam apenas aumentam o isolamento do regime norte-coreano na região e entre todas as nações do mundo", continuou.

Uma vez mais, o presidente dos EUA garantiu que "todas as opções estão em cima da mesa"Reações internacionais
Donald Trump falou e concordou com o primeiro-ministro japonês, logo após o lançamento do míssil, que a Coreia do Norte "representa uma ameaça grave aos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, tal como a vários países do mundo".

Os dois reafirmaram a intenção de aumentar a pressão à Coreia do Norte e a trabalhar para que a comunidade internacional reaja no mesmo sentido.

O maior aliado da Coreia do Norte, a China, já afirmou, pelo voz da porta-voz dos Negócios Estrangeiros, que a crise aproxima-se de uma "situação crítica". Logo acrescentado que também pode ser um ponto de viragem para a abertura de conversações de paz.

Já a Rússia apelou à Coreia do Norte para respeitar as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, afirmou que Moscovo insiste que "os norte-coreanos devem respeitar as resoluções das Nações Unidas".
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